Capítulo 5
No dia seguinte, Gull-rash liderava Rhogar, Barragan e Van Gogh pelas ruas sinuosas de Calimporto. A mansão de Malik Zarif ficava em um bairro próspero da cidade, onde as casas eram adornadas com jardins exuberantes e fontes ornamentais. A habilidade de rastreamento de Gull-rash provou ser inestimável.
- Lá está - disse Gull-rash, apontando com a cabeça para uma imponente mansão de paredes brancas e telhado de azulejos verdes. Árvores altas e palmeiras adornavam o pátio externo, e uma grade de ferro forjado protegia a propriedade.
Dois homens estavam de pé junto ao portão principal. Ambos vestiam armaduras leves de couro reforçado e carregavam espadas curtas em suas cinturas. Suas feições eram marcantes: rostos largos, olhos ligeiramente puxados e expressões endurecidas pela experiência. Eram tuigans, claramente de terras distantes.
- Tuigans - comentou Van Gogh, sua voz grave e contemplativa.
- Vejo neles os ventos das estepes. Um povo forte e resiliente, forjado pelo vasto vazio das Terras da Horda.- São só guardas, mestre tortle - resmungou Gull-rash.
- Vamos nos concentrar no trabalho.Rhogar assentiu, caminhando na frente enquanto o grupo se aproximava do portão. Os dois guardas endireitaram-se, as mãos repousando em suas armas enquanto observavam os visitantes com desconfiança.
- Quem são vocês? - perguntou um deles, sua voz áspera, mas carregada de um sotaque peculiar.
Barragan deu um passo à frente, sua postura descontraída e amigável, mas seus olhos atentos como sempre.
- Saudações. Meu nome é Barragan, e esses são meus companheiros, Rhogar e Van Gogh. Viemos em paz, apenas para falar com o mercador Malik Zarif.O segundo guarda estreitou os olhos, inclinando-se levemente para frente.
- O mestre Malik não está recebendo visitas hoje. Voltem outro dia.Rhogar cruzou os braços, a sombra de sua presença imponente projetando-se sobre os dois homens.
- Não estamos aqui para causar problemas. Apenas queremos esclarecer alguns assuntos.Van Gogh, percebendo a tensão crescente, interveio com sua voz calmante.
- Vocês são homens de longe, não são? Vejo isso em suas posturas, na maneira como observam o mundo. Devem ter vindo de muito longe para proteger esta casa.Os dois guardas trocaram olhares cautelosos, e o primeiro respondeu:
- Somos das Terras da Horda, do outro lado do mundo. Chegamos aqui como escravos e conseguimos nossa liberdade. Malik nos deu um propósito, e agora protegemos esta casa.- Então sabem o valor da lealdade - disse Barragan, com um sorriso gentil.
- E sabem também que a confiança é algo precioso. Não estamos aqui para prejudicar Malik. Queremos apenas compreender algo que o envolve.Os guardas hesitaram, claramente divididos entre suas obrigações e a empatia pelos visitantes. Van Gogh inclinou-se levemente, suas palavras soando como um murmúrio de sabedoria antiga.
- Às vezes, aqueles que viajam distâncias tão longas carregam mais do que obrigações. Carregam histórias, memórias e a chance de fazer escolhas que moldam destinos.O segundo guarda, visivelmente mais experiente, reafirmou sua posição.
- Não podemos deixá-los entrar. Barragan observou atentamente os dois guardas tuigans, seu olhar penetrante procurando sinais de insatisfação ou cansaço. Ele cruzou os braços, assumindo uma postura casual, mas sua voz era carregada de intenção.
- Diga-me, amigos, trabalhar para Malik Zarif é tão vantajoso quanto parece? Vocês têm toda essa distância entre suas terras e Calimporto, mas ele realmente valoriza o esforço que vocês fazem para proteger esta mansão?Os dois guardas trocaram um olhar hesitante. O mais jovem, que parecia mais falante, respondeu com um leve encolher de ombros.
- Ele paga. Não muito, mas o suficiente para sobreviver. E pelo menos não estamos nas ruas.O mais velho estreitou os olhos para o companheiro, mas suspirou logo em seguida.
- Não é uma vida fácil, mas é melhor do que escravidão. Mesmo assim, as promessas de nosso mestre muitas vezes soam mais doces do que são na realidade. É o normal nessa cidade.Barragan inclinou-se um pouco para frente, falando com um tom conspiratório.
- Todos nós precisamos de uma pausa de vez em quando. Não seria melhor conversarmos em um ambiente mais relaxante? Que tal uma taverna?Os guardas olharam para ele com suspeita. O mais jovem perguntou:
- Você quer que deixemos nosso posto e nos encontremos com vocês? Por quê?Van Gogh, percebendo a hesitação, falou com sua voz grave, mas reconfortante.
- Porque vocês carregam o peso de uma terra distante e merecem um momento para lembrá-la. Eu mesmo preparei algo especial, um gosto das Terras da Horda, para honrar suas origens.O guarda mais velho franziu a testa, claramente interessado, mas ainda cauteloso.
- O que você sabe sobre nossas terras?Van Gogh sorriu lentamente, como alguém que tinha muitas histórias para contar.
- Mais do que você imagina. Conheço os ventos secos das estepes e os banquetes feitos de carne seca e leite fermentado. A honra e o sacrifício que moldam seu povo são conhecidos, e quero que saibam que respeitamos isso.Barragan interveio, oferecendo um sorriso amigável.
- Pensem nisso como uma forma de conversar sem as formalidades deste portão. Na taverna Aposta de Cobre, à noite. Nós pagamos a comida e a bebida.Os dois guardas hesitaram novamente, mas o pensamento de uma refeição reconfortante e uma pausa nos deveres pesados parecia tentador. O mais jovem olhou para o mais velho, que finalmente deu um aceno de cabeça.
- Muito bem. Encontramo-nos lá depois do expediente. Mas não esperem muito de nós.Barragan inclinou-se levemente em um gesto de agradecimento.
- Não esperamos nada além de uma boa conversa.
Após o encontro, o grupo retornou ao bordel para colocar Zayn à par das novidades. Van Gogh assumiu a liderança na cozinha, suas mãos calejadas trabalhando com destreza ao reunir os ingredientes necessários para uma refeição que honrasse a dieta tradicional dos tuigans.
Ele preparou carne seca de qualidade, fervida levemente em água salgada com cebolas selvagens para amaciar e realçar o sabor. Uma tigela de leite coalhado foi misturada e deixada à parte, enquanto ele adicionava especiarias locais de Calimporto para dar um toque especial ao prato. Por fim, ele conseguiu kumiss, uma bebida alcoólica feita de leite de égua fermentado, comprada de um mercador especializado em iguarias exóticas.
Enquanto trabalhava, Van Gogh explicou pacientemente cada etapa do preparo a Portinari, que o observava com uma expressão vazia.
- A comida tem um poder que vai além do corpo, Portinari - explicou Van Gogh, como se o jacaré-gavial estivesse realmente interessado.
- Ela aquece a alma e constrói pontes.
A taverna Aposta de Cobre estava animada, como sempre, com o som de risadas e apostas ecoando no ar. Os halflings olharam com suspeitas para o grupo, pois a taverna não costumava receber tantos seres altos de uma vez. Muitos da clientela reconheceram o draconato, mas dessa vez, não fizeram nenhum tipo de piada com ele. O grupo havia reservado uma mesa em um canto mais discreto, onde o aroma da comida de Van Gogh se misturava ao ambiente já familiar do lugar.
Os dois guardas chegaram pouco tempo depois, ainda em suas armaduras leves, mas com expressões visivelmente mais relaxadas. O mais jovem parecia ansioso pela promessa de uma refeição, enquanto o mais velho mantinha sua postura reservada.
Van Gogh levantou-se para recebê-los, gesticulando para que se sentassem.
- Sejam bem-vindos. Espero que este gosto de casa traga algum conforto.Os guardas sentaram-se, e os pratos preparados pelo druida foram servidos. O mais velho experimentou primeiro, mastigando lentamente antes de dar um breve aceno de aprovação.
- É... familiar. E bem-feito.O mais jovem deu uma risada, já devorando o prato com entusiasmo.
- Faz muito tempo que não comemos algo assim. Vocês não são como os outros que encontramos por aqui.- Porque não somos como os outros - respondeu Barragan, com um sorriso.
- Agora, vamos falar sobre Malik Zarif. O que vocês podem nos dizer dele?Os guardas trocaram olhares, o mais velho tomando a palavra.
- Ele é um mercador astuto. Ficou rico comprando e vendendo coisas que ninguém mais ousava... ou que ninguém deveria.- Escravos? - perguntou Rhogar, com uma expressão dura. Ele próprio já foi um escravo no passado.
O guarda mais jovem assentiu lentamente.
- Sim. Mas não qualquer escravo. Ele sempre buscou raças raras, exóticas. Elfos de terras distantes, tabaxis... já ouvi até mesmo rumores sobre gênios aprisionados, mas acho que ele nos disse isso para nos intimidar.Van Gogh se aprumou na cadeira, sua voz grave.
- E esses escravos? Ele ainda mantém isso?O guarda mais velho balançou a cabeça.
- Não mais. Recentemente, um grupo de elfos que ele mantinha cativos conseguiu escapar. Causaram muitos problemas para ele no processo, inclusive destruindo parte de suas caravanas. Isso prejudicou os negócios.Barragan esfregou o queixo, ponderando as informações.
- Então ele está mais vulnerável agora do que nunca - pensou em voz alta, se questionando se foi por esse motivo que ele começou a se interessar por artefatos perigosos.
- Talvez - respondeu o mais velho. -
Mas ele ainda tem seus recursos e guarda tudo o que é mais valioso na mansão.Rhogar aproveitou a deixa, sua voz como um trovão controlado.
- E quanto às defesas? Alguma proteção mágica?O guarda mais jovem soltou uma risada curta.
- Proteção mágica? Malik Zarif não confia em magos. Ele diz que a única proteção de que precisa é o aço.Barragan sorriu ligeiramente, mas sem demonstrar suas intenções.
- Isso é bom de saber. E sobre um item que ele possa ter adquirido recentemente... uma garrafa azul, talvez?Os guardas balançaram a cabeça, visivelmente confusos.
- Não sabemos de nada assim - disse o mais velho.
A conversa continuou com perguntas e respostas cuidadosamente calibradas por Barragan, que extraiu o máximo de informações sem levantar suspeitas. Após algum tempo, ele inclinou-se para trás e fez um gesto para chamar Dwahvel Tigre-de-Seda, a proprietária halfling da taverna.
Barragan aproximou-se discretamente de Dwahvel enquanto os guardas conversavam casualmente com Van Gogh e Rhogar. A halfling, com seus olhos brilhantes e expressão travessa, percebeu imediatamente que algo estava por vir.
- Barragan, sempre é interessante vê-lo em minha humilde casa. O que posso fazer por você? - perguntou ela, cruzando os braços enquanto inclinava a cabeça.
- Preciso de uma distração - respondeu ele, com um sorriso conspiratório. -
Algo que ocupe aqueles dois guardas por algum tempo.Dwahvel estreitou os olhos, analisando a situação antes de dar um sorriso lento.
- Tenho algo perfeito para isso. Duas de minhas meninas podem manter esses guerreiros entretidos. Mas, como sempre, isso vai lhe custar.- Com certeza - respondeu Barragan, retirando um punhado de moedas de ouro e colocando-as na mão dela.
Dwahvel acenou, sinalizando para duas halflings de aparência encantadora, que rapidamente entenderam a tarefa. Com sorrisos cativantes, elas aproximaram-se da mesa dos guardas, trazendo consigo um ar de charme e diversão.
Enquanto os guardas eram distraídos pelas halflings, Barragan levantou-se discretamente e sinalizou para Rhogar e Van Gogh.
- Fiquem de olho neles. Vou dar uma olhada na mansão de Malik Zarif.- Sozinho? - perguntou Rhogar. Ele odiava a ideia de ficar parado enquanto outros faziam o trabalho duro.
- Confie em mim - respondeu Barragan, com um sorriso.
- É o meu campo de especialidade.Van Gogh assentiu lentamente, mas sua voz tinha um tom de aviso.
- Seja cuidadoso, Barragan. Algumas portas, quando abertas, nunca podem ser fechadas novamente.- Sempre sou - respondeu ele, antes de desaparecer na noite, movendo-se com a destreza e a precisão de um homem acostumado a caminhar nas sombras.
Enquanto Barragan fazia seu caminho para a mansão de Malik Zarif, Rhogar e Van Gogh mantinham-se atentos aos guardas, prontos para intervir caso algo saísse do controle.
Barragan aproximou-se da mansão de Malik Zarif sob o manto da noite, suas roupas escuras misturando-se perfeitamente às sombras. Ele murmurou palavras de poder, ativando uma magia de
Invisibilidade que o tornou imperceptível aos olhos mortais. Em seguida, outro encantamento,
Patas de Aranha, permitiu que ele escalasse as paredes da mansão com facilidade, como um predador silencioso.
Com movimentos cuidadosos, ele subiu pelas paredes externas, evitando janelas iluminadas e pontos onde os guardas podiam estar atentos. Ele observou os padrões da ronda: dois guardas patrulhavam o perímetro do jardim, enquanto outros dois ficavam postados nas entradas principais.
Ao alcançar o telhado, Barragan entrou pela janela de um dos aposentos do andar superior. O quarto estava vazio, mas ele vasculhou rapidamente, procurando pela Garrafa Azul de Tenaarlaktor ou qualquer outra pista que pudesse revelar os segredos de Malik Zarif. Não encontrou nada de significativo.
Ele continuou explorando a casa, movendo-se de cômodo em cômodo. A decoração opulenta revelava o gosto de Malik por luxo: tapeçarias exóticas, móveis finamente entalhados, e objetos de ouro e prata espalhados pelos ambientes. No entanto, não havia sinal da garrafa.
Ao chegar ao corredor que levava ao quarto principal, Barragan notou que a porta estava fechada e trancada. Ele aproximou-se com cautela, pressionando o ouvido contra a madeira. Não ouviu nada além do som abafado do vento lá fora.
- Interessante... - murmurou para si mesmo. -
Deve ser o quarto de Malik Zarif. Mesmo tentado a investigar mais, Barragan sabia que forçar a porta poderia comprometer sua missão. Ele recuou, saindo pela mesma janela por onde entrou, e escalou novamente até o telhado. Antes de partir, deu mais uma olhada para os guardas no pátio. Agora tinha um mapa mental claro de suas rondas e números.
- Nada ainda... mas isso não acaba aqui. - Ele desapareceu na noite, retornando para a taverna Aposta de Cobre.
Na taverna Aposta de Cobre, Rhogar e Van Gogh estavam sentados em uma mesa discreta, conversando sobre os próximos passos enquanto observavam os guardas tuigans subirem as escadas com as halflings. A atmosfera estava mais tranquila, mas algo despertou os instintos aguçados de Van Gogh.
Ele sentiu um olhar fixo vindo de uma sombra perto do balcão. Quando virou-se discretamente, seus olhos encontraram uma pequena criatura alada, com asas de membrana e um corpo incandescente que parecia feito de magma vivo. Era um mephit de fogo, uma criatura extraplanar. Assim que percebeu que fora visto, o mephit soltou um som agudo e alçou voo, saindo pela janela aberta.
- Espere aqui, Rhogar - disse Van Gogh, levantando-se lentamente.
Antes que o draconato pudesse responder, o tortle murmurou uma prece à natureza e transformou-se em um grande morcego, suas asas de couro batendo pesadamente enquanto disparava pela mesma janela. As asas de Van Gogh batiam vigorosamente enquanto ele voava pelos céus de Calimporto. O brilho incandescente do mephit de fogo era como uma fagulha viva cortando a noite, enquanto a criatura subia cada vez mais alto, tentando despistar seu perseguidor.
O mephit, percebendo que o tortle-morcego não desistiria facilmente, virou-se no ar, suas asas flamejantes deixando rastros de calor. Com um movimento rápido, a criatura abriu a boca e disparou uma rajada de fogo que explodiu no espaço vazio onde Van Gogh estava um segundo antes.
Van Gogh girou no ar, desviando habilmente do ataque. Ele planava em espirais amplas, mantendo-se fora do alcance direto, mas próximo o suficiente para pressionar o inimigo.
O mephit soltou um grito estridente e lançou outra rajada flamejante, que passou de raspão pelas asas do morcego gigante. O calor era insuportável, mas Van Gogh manteve o foco. Ele mergulhou em direção ao mephit, suas mandíbulas abertas em um ataque feroz, tentando abocanhar a criatura.
O mephit, ágil, desviou no último instante, batendo as asas para ganhar altitude. Mesmo assim, Van Gogh quase o alcançou, suas presas fechando-se a centímetros da cauda flamejante do oponente. A criatura, então, decidiu mudar de tática. Ela parou no ar abruptamente, desafiando a gravidade com suas asas incandescentes. Com as mãos flamejantes, formou uma esfera de fogo que cresceu rapidamente antes de ser lançada em direção ao tortle-morcego.
Van Gogh desviou por pouco, mas a explosão da esfera o fez perder altitude, obrigando-o a planar em círculos mais baixos para recuperar estabilidade. Em resposta, ele emitiu um grito agudo e mergulhou em uma investida direta, forçando o mephit a recuar.
A perseguição continuou em ziguezague, com o mephit tentando escapar pelas torres e pontes de Calimporto. Quando a criatura tentou passar por uma rua estreita, Van Gogh surpreendeu-o com uma manobra acrobática, bloqueando sua saída. Ele tentou novamente abocanhar a criatura, mas o mephit desviou no último momento, golpeando Van Gogh com suas garras flamejantes.
A dor da queimadura foi intensa, mas Van Gogh não cedeu. Ele investiu mais uma vez, sua mandíbula roçando as asas do mephit, arrancando faíscas que se espalharam pelo céu noturno.
O mephit, desesperado, disparou em direção a uma das torres mais altas de Calimporto. Seu objetivo era claro: alcançar uma janela arqueada para escapar. Van Gogh, percebendo a intenção, usou todo o impulso restante para alcançar o teto da estrutura antes da criatura.
Assim que pousou, ele voltou à sua forma original. Com sua altura imponente e carapaça reluzente sob a luz da lua, Van Gogh levantou suas mãos pro céu enquanto o mephit se aproximava.
- Você não vai fugir! - rugiu Van Gogh, seus olhos brilhando com a fúria da natureza.
Antes que o mephit pudesse alcançar a janela, Van Gogh invocou seu poder druídico. Uma coluna de chamas irrompeu do céu, engolfando a criatura em um turbilhão de fogo sagrado.
O grito do mephit ecoou pela cidade enquanto seu corpo incandescente se desfazia em cinzas e faíscas. Em questão de segundos, a criatura desapareceu completamente, dissolvendo-se e retornando ao seu plano de origem.
Van Gogh permaneceu de pé no teto da torre, respirando pesadamente enquanto o silêncio se restabelecia. Ele olhou para o céu estrelado.
- Quem enviou você, pequena criatura? - murmurou ele, sentindo que esse ataque era apenas o início de algo muito maior.
Após um momento de reflexão, o druida começou a descida, retornando à taverna Aposta de Cobre, onde Rhogar o esperava.