13 de Mirtul de 1372 CV
A carroça arrastava-se sobre a estrada de terra, chacoalhando por causa dos sulcos feitos pelas rodas de muitas outras carroças e pelos desníveis naturais a esse tipo de estrada. O sol estava alto no céu, uma esfera dourada de calor insuportável. O cabelo ruivo de Jorün estava pesado por causa do suor, colado contra a testa e a nuca da aasimar, que vertiam gotas salgadas de desgosto. Logo a caravana faria sua pausa para o almoço, mas Jorün não sentia fome alguma, apesar de já fazer algumas horas que teve o desjejum. A paisagem era agradável; a irregular e escarpada Costa da Espada e o oceano sem fim à direita e o bucolismo das montanhas e florestas com seus homens do campo à esquerda, mas a barda já estava começando a ficar cansada daquilo.
Não foi difícil para a aasimar conseguir uma carona para o sul. Sendo belíssima e carismática, saber cantar e tocar seu alaúde foram apenas detalhes, e Jorün sabe disso. Não bastou mais do que alguns minutos de observação para constatar que era uma das poucas mulheres no comboio de oito carroças. Ali havia apenas a esposa e a filha do líder da caravana, Lasar Queryor, duas mercenárias contratadas para proteger as vidas e as mercadorias transportadas – e elas, dentro do grupo mercenário, eram as únicas mulheres em doze pessoas – e Jorün. Antes do final do primeiro dia de viagem a barda já tinha se tornado amiga das duas mercenárias, Ammij e Seluue, e dividia a barraca com elas. Enquanto uma cumpria seu turno de vigia, Jorün e a outra mercenária dormiam. A aasimar, que não teria aonde dormir e ficaria vulnerável às investidas noturnas de homens solitários e bêbados, conseguiu remediar os dois problemas com apenas uma solução.
Encontrar uma solução para o terceiro problema talvez seja mais complicado. Viajar com uma caravana era um exercício de paciência, já que eles seguiam viagem muito devagar, avançando poucos quilômetros a cada dia; e Achazriel já estava com um dia de vantagem, sozinha e à cavalo. De Águas Profundas até o Vau da Adaga existem 193 quilômetros de estradas ruins e belas paisagens e, depois de três dias de viagem, o comboio tinha percorrido pouco mais da metade do caminho, deixando a Floresta Ardeep para trás apenas no dia anterior. Jorün precisava de uma forma mais rápida para viajar ou teria que começar a aceitar a ideia de que talvez perdesse o rastro de sua irmã. Também havia toda a conversa sobre o exército que se formava em Águas Profundas para lutar contra as criaturas que foram libertadas. Alguns diziam que isso era culpa dos vultos que tinham surgido naquela cidade voadora sobre o Anauroch, outros que era culpa da ganância de alguns homens. Independente do responsável, todos estavam apreensivos com esta situação.
A carroça arrastava-se sobre a estrada de terra, chacoalhando por causa dos sulcos feitos pelas rodas de muitas outras carroças e pelos desníveis naturais a esse tipo de estrada. O sol estava alto no céu, uma esfera dourada de calor insuportável. O cabelo ruivo de Jorün estava pesado por causa do suor, colado contra a testa e a nuca da aasimar, que vertiam gotas salgadas de desgosto. Logo a caravana faria sua pausa para o almoço, mas Jorün não sentia fome alguma, apesar de já fazer algumas horas que teve o desjejum. A paisagem era agradável; a irregular e escarpada Costa da Espada e o oceano sem fim à direita e o bucolismo das montanhas e florestas com seus homens do campo à esquerda, mas a barda já estava começando a ficar cansada daquilo.
Não foi difícil para a aasimar conseguir uma carona para o sul. Sendo belíssima e carismática, saber cantar e tocar seu alaúde foram apenas detalhes, e Jorün sabe disso. Não bastou mais do que alguns minutos de observação para constatar que era uma das poucas mulheres no comboio de oito carroças. Ali havia apenas a esposa e a filha do líder da caravana, Lasar Queryor, duas mercenárias contratadas para proteger as vidas e as mercadorias transportadas – e elas, dentro do grupo mercenário, eram as únicas mulheres em doze pessoas – e Jorün. Antes do final do primeiro dia de viagem a barda já tinha se tornado amiga das duas mercenárias, Ammij e Seluue, e dividia a barraca com elas. Enquanto uma cumpria seu turno de vigia, Jorün e a outra mercenária dormiam. A aasimar, que não teria aonde dormir e ficaria vulnerável às investidas noturnas de homens solitários e bêbados, conseguiu remediar os dois problemas com apenas uma solução.
Encontrar uma solução para o terceiro problema talvez seja mais complicado. Viajar com uma caravana era um exercício de paciência, já que eles seguiam viagem muito devagar, avançando poucos quilômetros a cada dia; e Achazriel já estava com um dia de vantagem, sozinha e à cavalo. De Águas Profundas até o Vau da Adaga existem 193 quilômetros de estradas ruins e belas paisagens e, depois de três dias de viagem, o comboio tinha percorrido pouco mais da metade do caminho, deixando a Floresta Ardeep para trás apenas no dia anterior. Jorün precisava de uma forma mais rápida para viajar ou teria que começar a aceitar a ideia de que talvez perdesse o rastro de sua irmã. Também havia toda a conversa sobre o exército que se formava em Águas Profundas para lutar contra as criaturas que foram libertadas. Alguns diziam que isso era culpa dos vultos que tinham surgido naquela cidade voadora sobre o Anauroch, outros que era culpa da ganância de alguns homens. Independente do responsável, todos estavam apreensivos com esta situação.