Frafur - Introdução

15 de Eleasis de 1372 CV

Salão de Mitral

Frafur vive em Salão de Mitral e esteve na batalha em que libertou a fortaleza das mãos de um Dragão das Sombras e dos Duergars. O Salão foi então reconstruído e hoje, Bruenor Martelo de Batalha, o Décimo Rei do Salão de Mitral, reina com prosperidade. Embora a guerra se aproxime, Bruenor Martelo de Batalha está acostumado com elas, tendo já vencido duas batalhas contra drows (numa delas ele perdeu seu olho direito).

Um pequeno templo nos subterrâneos foi construído para a adoração do deus Gorm Gulthyn, O Senhor da Máscara de Bronze. E é lá que Frafur tem vivido seus últimos anos, ao lado de devotos companheiros. Os adoradores de Gorm são conhecidos como barakor ("aqueles que protegem"), e a função dele é justamente essa: Proteger os anões de qualquer mal que lhe possam ocorrer, mesmo que isso lhe custe a vida.

O sumo-sacerdote do templo é o anão Hardurin Fogo Cintilante. Ele é alto para os padrões anões, e sempre usa vestes pomposas, normalmente com uma capa da cor de bronze. Na cabeça, ele usa um elmo em forma de máscara. Num determinado dia, Hardurin convoca todos os barakors para o salão do templo, inclusive Frafur, e faz um anúncio:

- O Rei Bruenor Martelo de Batalha me disse para escolher alguns de vocês para seguir com ele até Lua Argêntea, onde haverá o conselho da Confederação das Fronteiras Prateadas, e o assunto debatido será obviamente a guerra contra o Rei Obould. As estradas estão perigosas com batedores orcs por todos os lados, e ele precisa de uma boa guarnição. Ninguém melhor para fazer isso do que nós, os barakors. O Rei ainda levará sua Guarda Real com ele, por isso não será necessário mais do que meia-dúzia de vocês. O suficiente para abençoar o trajeto com as proteções de Gorm Gulthyn.

Hardurin caminha de um lado pro outro, e diz:
- Levantem as mãos àqueles que estão sem nenhuma missão¹ no momento, pois são esses que pretendo utilizar para tal viagem.

¹ Os barakors freqüentemente recebem missões para proteger um individuo ou um clã inteiro de anões. Varia bastante conforme o nível de poder do barakor. Frafur é um dos que ainda não recebeu sua missão.

Frafur dá um passo a frente retira seu elmo e ergue a mão dizendo:

-Senhor Hardurin estou pronto para servir e proteger àqueles que caminharem ao meu lado. E, assim como outrora, marcharei ao lado do Rei Bruenor Martelo de Batalha e chegaremos com tranquilidade ao nosso destino, sob a proteção de Gorm Gulthyn.

Ele então permanece com o braço erguido esperando ser aceito pelo sumo-sacerdote.

Hadurin Fogo Cintilante aponta para Frafur e faz um gesto para ele se aproximar. Outros anões começam a se colocar à disposição exatamente como fez Frafur, e Hadurin os chama um a um até que 6 anões estejam ao seu lado.

- Vocês são os escolhidos para esta missão. Deem todo o suporte que a caravana necessitar e façam bençãos diárias pela proteção do Senhor da Máscara de Bronze. Eu decidi ficar aqui, guarnecendo a fortaleza na ausência do Rei Bruenor. O Rei os aguarda no Assento de Pedra¹.

¹ Assento de Pedra é um vilarejo construído inteiramente acima do solo, e suas estruturas são inteiramente compostas por enormes lajes de pedra. Este lugar é uma espécie de "face pública" do lar dos anões.

Os anões fazem uma última saudação ao sumo-sacerdote, e se encaminham até o vilarejo passando pelas portas principais do Salão de Mitral. Chegando lá, eles encontram a caravana de Bruenor.

Rei Bruenor Martelo de Batalha



Quando o Rei percebe a chegada de vocês, ele grita por sobre o vozerio de sua guarda pessoal.

- 'Cês devem ser os homens que pedi ao Fogo Cintilante. Rápido, venham e se acomodem n'alguma carroça. A senhora Alustriel está esperando a gente.

Frafur ouvindo as orientações do rei Bruenor vai até ele e, fazendo uma breve reverência, diz:

- Rei Bruenor Martelo de Batalha, aqui estou preparado e honrado em participar de mais uma batalha ao seu lado, meu escudo e meu machado estarão a seu serviço sob a proteção de Gorm Gulthyn.

Bruenor dá um leve sorriso sob as palavras de Frafur e diz:
- Assim que se fala. Agora entrem naquela carroça lá e 'bora colocar esses bois pra partir. Raurin, vamos, estou ficando com tédio já. 'Cê sabe que não aguento ficar muito tempo parado.

A comitiva, após todos estarem bem acomodados, enfim começa a partir do Assento de Pedra. Os anões, liderados por Bruenor, começam a cantar a canção do Salão de Mitral, uma espécie de hino do local:




"Nós temos cavados nossos buracos e cavernas sagradas,
Colocado goblins inimigos em sepulturas sombreadas,
Neste dia nosso trabalho está apenas a começar,
Dentro das minas onde rios de prata estão a andar.

Debaixo das pedras os metais cintilantes,
Tochas a brilhar sobre os riachos rachantes,
Além os olhos do sol a espiar,
Dentro das minas onde rios de prata estão a andar.

Os martelos aderem ao Mitral de pureza,
Como minas anãs em dias de beleza,
Um trabalho de artesão nunca está a terminar,
Dentro das minas onde rios de prata estão a andar.

Aos deuses anões nós cantamos nossas orações,
Colocando outros orcs em cavernas de putrefações,
Nós sabemos que nosso trabalho está apenas a começar,
Dentro da terra onde rios de prata estão a andar."




E essa música é cantada durante todos os dias da viagem de 9 dias até Lua Argêntea, passando pelas montanhas até chegar na trilha que corre ao lado do Rio Rauvin. À noite, sob à fogueira, os anões sempre são brindados com as diversas histórias dos dias de aventureiro do Rei Bruenor, a preferida dele e dos anões, claro, é da vez em que ele matou o Dragão das Sombras pulando corajosamente em seu dorso.

Por fim, a Gema do Norte é avistada, e os anões se enchem de expectativa.

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Off - Se quiser pode fazer um último post aqui, caso contrário espere eu criar o tópico: "Frafur - Lua Argêntea - Ato I".

Frafur permanece quieto durante toda a viagem alternando em momentos que acompanhava a cantoria e momentos em que fazia preces silenciosas.

Sempre mentalizando em dar tudo de si para reerguer o Deus Gorm Gulthyn, livrando todos os irmãos anões das garras do mal.