Frafur (Ato I) e Morwen (Ato I) - Lua Argêntea

24 de Eleasis de 1372 CV

Frafur

Quando a comitiva de Bruenor Martelo de Batalha chega aos portões da cidade murada, vêem uma cena inusitada: uma drow cercada por cavaleiros empunhando espadas, embora as armas estejam abaixadas.

Um dos anões barakors ao lado de Frafur diz:
- Vorum dwarkar geddum?¹

¹ É uma expressão anã que significa surpresa, a tradução seria algo como "O que meus ancestrais diriam disso?"

A drow está desarmada e parece estar tentando argumentar com os guardas.

Bruenor sai de sua carroça e se dirige até os guardas, acompanhado por Raurin "Racha Crânios", o capitão de Guarda Real.

- 'Dia cavaleiros - diz Bruenor, atraindo a atenção do grupo de soldados. - Do que se trata isso?

O que parece estar no comando dos cavaleiros, responde:

- Nada que você precise se preocupar, Vossa Majestade. Apenas uma drow querendo adentrar os domínios de Lua Argêntea.

Raurin "Racha Crânios" diz:
- Deveríamos matá-la agora por esta ousadia. Se a passagem lhe for negada, ela certamente arranjará um jeito de adentrar a cidade escondida.

Bruenor permanece calmo, tentando ver através dos olhos da drow algo a mais.
- Eu já estive nessa mesma situação com o meu amigo Drizzt, e eu lembro bem que os soldados não o deixaram entrar de jeito nenhum e eu fiquei furioso. Lembro de ter dito que o que faz uma pessoa são suas atitudes, e não o histórico de sua raça. - Dirigindo-se diretamente à drow, ele pergunta: - Qual motivo 'cê teria para querer entrar em Lua Argêntea, drow?

Morwen

A drow acompanha uma comitiva de anões chegar, e ouve toda a conversa entre o Rei Bruenor, seu capitão e os cavaleiros, até que Bruenor dirigi-lhe a pergunta sobre seus motivos de adentrar a cidade.

- Sou uma serva de Eilistraee, e não de Lolth. Não desejo fazer mal a nenhum de vocês, apenas fugir daqueles que me perseguem. Não existe volta pra mim a Menzoberranzan.

Frafur se espanta com a movimentação e concorda com um movimento da cabeça ao ouvir o comentário de um dos Barakors.

Ele então desce da carroça e olha bem para a Drow tentado identificar se alguma aura maligna emanava da jovem e algum desejo oculto em suas palavras.

(preciso rolar algum dado mestre?)

off-so comentando
vi no livro do jogador que a habilidade detectar o mal é similar a magia, porem da descrição da magia diz que NÃO se aplica RM a ela

assim q o mestre ver, pode deletar este post.

Frafur não sente maldade emanando da drow.

Off - Ainda pode rolar sentir motivação para ver se há algo oculto em suas palavras.

- Sirvo a mesma Deusa que Drizzt,a matriarca descobriu isso e exigiu que eu me tornasse sua concubina e abadonasse minha fé em troca da minha vida, eu recusei e fugi pra superficie. Estou sobre pena de morte em Underdark, não há retorno pra mim - Afirmou Morwen.

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Frafur então se aproxima e toca o ombro de Bruenor dizendo em anão:

-Senhor, não possui maldade na aura e acredito que não haja também nas palavras dessa jovem, apesar de não confiar em Drows, acredito que a verdade deve ser dita. E àqueles que enfrentam o mal, mesmo sendo rodiado por ele, na minha opinião merece um voto de confiança.

Ele então dá um passo atrás e permanecendo por perto.

Bruenor ouve com atenção tanto as palavras de Frafur como as palavras da drow, mas sua expressão revela apenas incertezas.

Raurin "Racha Crânios" é quem fala primeiro:
- Por favor Rei Bruenor, deixe eu acabar com isto aqui e agora, uma drow que foi expulsa de seu lar é porque não é uma drow confiável nem no seu mundo de podridões. Um golpe e uma drow a menos para se preocuparmos no futuro.

- Não, deixe esta decisão com os Cavaleiros em Prata. A única coisa que posso fazer por ela é falar para Senhora Alustriel a respeito de sua visita. Mas, drow, se quer um conselho de quem conhece o preconceito que existe na superfície com a sua raça, e se é que 'cê é santa como diz ser, fuja para o mais longe possível, ou sua cabeça ainda pode ficar pendurada na ponta de uma lança humana. E também já tive problemas demais com os drows por uma geração inteira, inclusive resultando nisso aqui - ele aponta para seu olho faltante. - Agora vamos.

Bruenor e Raurin voltam pra a carroça, e a comitiva volta a se locomover pra adentrar a cidade.

O cavaleiro diz para a drow:
- Você já têm a nossa decisão.

- Se você Rei anão pode interceder por com a Senhora Alustriel, peço que o faça. Quanto a vocês Cavaleiros e Anões, fique tranquilos não me veram novamente - com essas palavras Morwen dá as costas ao grupo e parte rumo a um destino desconhecido.

Frafur nada mais pôde fazer, a decisão era do rei, caberia a ele acatar.

Antes de ir ele apenas se lembra de um versinho contado por um bardo em uma de suas viagens e diz a Drow:

Nem sempre o caminho do bem é o mais fácil que têm
Seja forte e nunca desista de tentar,
porque nada faz àquele que tem medo de errar.

Dessa forma e com esse pensamento ele retorna para a sua carroça em direção ao interior da cidade.

Morwen se dirige para a Floresta Alta como devota de Eilistraee, talves aquele lugar fosse pra ela.

Morwen foi para floresta alta, e ficou por até por muito tempo. Lá encontrou o amor de uma driade, que não a rejeitou por causa de sua raça, viveu bons dias lá.

Frafur

Enfim, Lua Argêntea.

Bruenor Martelo de Batalha e seus homens da mais alta patente foram convidados para passar o próximo mês no Alto Palácio da cidade, onde haverá periodicamente conselhos de guerra. Aos outros homens, Bruenor indicou uma das estalagens locais para ficar, e mais do que isso, indicou a melhor taverna da redondeza segundo ele, o Martelo e o Elmo.

Esta taverna é um local de celebrações dos anões, e quando Frafur e os outros chegam lá são bem recepcionados pelos anões já presentes. Canecas de cerveja e asinhas de frango assadas são passadas aos novos convidados, e os anões conversam animadamente.

Frafur passa os próximos dias aguardando os acontecimentos futuros.

Frafur

O anão, num desses dias passando a tarde em O Martelo e o Elmo, vê a chegada de Bruenor e sua guarda real. Os anões no salão brindam o rei e alguns fazem uma reverência. Bruenor dispensa os gracejos, e para surpresa de Frafur, vêm até a sua direção.
- Barakor de Gorm Gulthyn, diga-me o seu nome.

Então ele se levanta e fazendo uma breve reverência diz:

Frafur é o meu nome senhor. Em que posso ajudá-lo?

Pode ficar tranquilo senhor. Aqueles que caminharem ao meu lado estarão sob minha proteção. Quando partimos?

Ele faz uma pausa e logo diz:

-Na verdade, se me permite dizer, estava cansado de ficar aqui sem nenhuma ocupação. Estou pronto.

Ele então consente com um sinal de cabeça e diz:

-Está bem. Assim que terminarmos irei direto para o Salão de Mitral.
Então confirma as ordens.
-Pode deixar, amanhã a tarde na sala de audiências. Estarei lá.