[Ficha de Personagem] Lord Death

Dark Vision [25]
Unkillable 2 (Reincarnation -20%) [80]
Doesn’t Breathe [20]
Doesn't Eat or Drink [10]
Doesn't Sleep [20]
Resistant (Immunity to Metabalic Hazards) [30]
High Pain Threshhold [10]
Injury Tolerance (No eyes, No brain, No blood, No vitals, Unliving) [40]
Unaging [15]
Unfazeable [15]

Appearance (horrific, univerial +25%) [-30]
Disturbing Voice [-10]
Fragile (Brittle) [-15]
Frightens Animals [-10]
Lifebane [-10]
Low Empathy [-20]
No Sence of Smell/Taste [-5]
Numb [-20]
Obsession (long term) [-20]
No Body Heat [-5]
Skinny [-5]
Social Stigma (Dead) [-20]
Unhealing (Partial) [-20]
Cannot Float [-1]
Neutered [-1]

Em vida, era um curandeiro, não dos melhores, mas pelo menos o que conseguia manter-se por conta de seu trabalho, trabalhando tanto para os moradores de sua pequena vila como para viajantes de passagem, geralmente acidentados, fadigados devido falta de suprimentos ou mesmo feridos por conta de ladrões. Seu trabalho era simples, sua vida simples, mas sentia que faltava algo, por mais que tudo fosse se encaminhando, até mesmo um casamento, ainda assim sentia falta de algo mesmo não sabendo nominar.

Tinha seus vinte e poucos verões quando tudo começou a ficar estranho. Sua esposa havia falecido de causas naturais da noite pro dia, "morreu dormindo" como diriam os mais velhos. Ele próprio havia adquirido uma doença estranha, não grave a princípio, mas constante e incurável, remédio nenhum que tentava fazia surtir qualquer efeito contra suas crises de tosse e febre fora de hora. Em compensação, estava ficando famoso em seu trabalho, pois estava conseguindo tratar casos difíceis e complexos com certa facilidade, conseguindo ate mesmo resultados além do esperado.

O mais estranho de tudo começou em uma noite de eclipse lunar. Andando pela sua casa, percebeu uma mulher linda de pele muito clara e orelhas pontudas (uma elfa?), cabelos negros ja começando a rajar de branco, trajando um longo vestido negro que deixava mostrar bastante de seu corpo, movendo-se como se soprasse uma brisa, embora nenhuma pudesse ser sentia. A mulher estava parada, olhando para ele, que sentia como se o seu olhar entrasse fundo em sua mente e alma, sentia-se um tanto desconfortável e invadido, mas ainda assim algo familiar, aos poucos se sentindo menos perturbado e mais familiarizado. Ficou alguns bons minutos encarando-a em silêncio, curioso sobre sua visitante. Tentou falar com ela, mas ela simplesmente se virou e quando começou a andar desapareceu como neblina pela manhã.

Dias, semanas e meses se passaram. Gradativamente sua visitante voltava mais e mais a vir, a noite, enquanto sua condição de saúde piorava mais. Tinha horas que ele tinha certeza de que ela estava apenas esperando para levar sua alma e estava começando a aceitar essa ideia, em segredo preparando caso um dia não acordasse mais como aconteceu com sua esposa.

Em vez disso, uma noite de lua cheia de inverno, ao se virar, sua visitante não desapareceu como de costume, mas sim foi caminhando para fora de sua casa. "Chegou minha hora" pensou ele, seguindo-a, conformado. Não era difícil notar sua presença na noite, sua pele branca emitia um leve brilho palido e a lua iluminava bem o ambiente, adentrando um pouco no pequeno bosque. Num instante ela desapareceu de sua frente e ao procurar ao redor a viu encima de uma grande pedra, sentada, olhando para ele e finalmente falando.

"Você é um dos poucos que não me teme. És um bravo ou um tolo?"

Até pensou em responder, mas quando tentou sua voz simplesmente saiu. Nenhum som, alem da voz dela podia ser ouvido, um silêncio sepulcral se fazia presente.

"Deve mandar construir uma capela com essas proporções e seguindo as descrições do meu livro e dentro dele realizar um ritual"

Acreditava que deveria estar delirando de febre ou algum estagio mais grave de sua doença, mas ainda assim algo dizia para acreditar que aquela mulher a sua frente era almo mais do que uma simples mulher ou fantasma, era algo que tinha poder sobre ele. Decidiu por fazer uma breve reverência, ja que não podia falar. Ela sorriu e desapareceu.

Dali em diante, sua doença parecia estar controlada, se agravando apenas quando ele pensava em desistir, mas percebeu que ja não estava envelhecendo no mesmo ritmo de antes, tolerando muitas situações antes desconfortáveis, como longos períodos sem comida ou uma resistência maior a doenças oportunistas. Demorou, demorou muito, foram quarenta anos até conseguir os itens necessários e finalmente encontrar o verdadeiro artefato.

Então finalmente em uma mesma noite de inverno, sob a lua cheia, em um antigo campo de batalha, ele posicionou os cinco itens em forma de pentagrama e o livro em seu centro. Não fazia ideia se estava certo, fazia o que sua intuição mandava e inspirado por rumores e histórias sobre ocultismo. Nada, silêncio, apenas uma brisa gelada passou por ali. Até pensou em recolher as coisas e ir embora, parecia que tudo não passou de uma bobagem e delírio.

Mas então sentiu um aperto forte no peito, o ar sendo puxado para fora de seus pulmões e tudo ficando escuro e mais frio. Assim foi sua morte. Poderia ser seu fim ali, mas tornou-se apenas o começo de tudo.

Não sentia seu corpo, nem tinha um para sentir, mas ainda assim sabia que existia. Estava imerso em uma escuridão, sendo constantemente bombardeado por inumeras informações, informações de mais para que sua pequena mente mortal pudesse acompanhar e decifrar, mas ainda assim estava vendo o que nenhum outro deveria ter visto, pelo menos não os vivos, pois estava aprendendo sobre a morte, magia e o mundo.

Muito tempo se passou em seu aprendizado, mas no mundo, passaram-se apenas cinco anos desde sua morte. Ele despertou novamente, não mais estava naquele campo, mas em meio a uma floresta. Parecia que tinha despertado em um corpo de alguem morto a algum tempo, restando apenas os ossos. Não sentia seu corpo, estava dormente, mas ainda assim conseguia se mexer. Era diferente, tudo novo, se quer precisava respirar, podia ver perfeitamente na escuridão e sentia que tinha adiquirido poder, mas este ainda estava amadurecendo, aumentando lenta e gradativamente.

Desde quando começou sua busca não havia mais visto aquela mulher, mas agora naquele estado ele podia sentir, ou pelo menos jurava que poderia sentir sua presença constantemente, mas de forma sutil e quase imperceptível, através de sinais e acontecimentos indiretos. Quando se levantou e deu os primeiros passos foi a última vez que a viu até o momento, falando com ele em um tom de aprovação.

"Agora sim és digno de ser meu servo. Siga minhas instruções e terá poder que nenhum outro mortal teve. Negue, e apagarei sua existência."

"Não falharei, My Lady, guie esse humilde servo"

Estranhamente sua voz saiu, não como antes afinal nem respirava, mas num tom sobrenatural e tornou evidente que agora não era mais um simples mortal, havia dado um passo além e estava curioso e muito dedicado a obter ainda mais poder.