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    She's fabulous but she's evil

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    Mensagem por Bastet Sáb Jul 08, 2017 1:54 am






    April Elizabeth Crawford - @Persephone
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    She's fabulous but she's evil

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    Mensagem por Bastet Sáb Jul 08, 2017 3:17 am



    April acordou quando uma das criadas de sua casa bateu na porta. Ela havia pedido para ser despertada às 7h, mas certamente não estava preparada, ainda, para acordar... Portanto, seu humor não era dos melhores. –Senhorita Crawford, já são sete horas, a senhorita precisa se levantar – a criada disse, claramente pouco à vontade de fazer aquele trabalho. A jovem rica não imaginava, mas as criadas quase saíam no tapa, todos os dias, para evitar acordá-la.  – O motorista chegará em uma hora e meia. – terminado o trabalho de acordar a jovem, a criada se retirou, deixando que ela se arrumasse.

    Naquela manhã, iria buscar o... sobrinho de seu padrasto no aeroporto, que vinha diretamente de sabe-se-lá-aonde no Texas. Não tinha certeza do parentesco, mas sabia que o menino passaria um tempo lá para estudar e aprender com o tio sobre como gerir a empresa da família. Aparentemente, ele era o único herdeiro de Henry Lewis, seu padrasto, e uma ameaça à fortuna das mulheres Crawford.  O que estaria planejando Henry? Nem April nem a mãe sabiam, mas a mais velha aconselhou a filha a ser receptiva e educada, como uma dama deveria ser, além de o recepcionar pessoalmente.

    [...]

    Após terminar de se arrumar, a menina desceu para tomar café, sozinha, como quase todos os dias. A mesa tinha 14 lugares e estava posta apenas para ela, com suas frutas e croissants preferidos, além do chá de hibisco que tomava todas as manhãs para desinchar. Ao lado do prato, as correspondências da menina foram colocadas de forma super organizada, sendo as contas direcionadas ao gabinete do padrastro. A maioria era convites para festas bestas e outros eram ofertas para modelar (provavelmente por indicação), mas, uma das cartas lhe chamou atenção: o convite para o baile histórico anual da Constance Billard School, no qual havia confirmado a presença, junto com Maddox, com a fantasia de Marinheiro e Enfermeira, remetendo à famosa foto pós segunda guerra, na Time Square. O baile sempre acontecia no início dos anos letivos, com todos os alunos vestidos com fantasias históricas. Para não correr risco de as fantasias serem repetidas, o convite vinha com a lista de fantasias dos que confirmaram com antecedência, e lá estava a confirmação dela, para a fantasia de casal.  Maddox estava viajando, provavelmente nem apareceria na festa... Ele só ia nessas coisas por causa dela, mas, com o fim do namoro, tudo mudou.

    [...]

    Ela ouviu o celular apitando, enquanto pensava nesse desastre social, e, para melhorar, ela havia parado na Gossip Girl novamente. Dessa vez, sendo “rebaixada”. O dia parecia que só iria piorar.

    Ouviu o carro chegando e mal havia tocado no café ainda.


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    Mensagem por Persephone Dom Jul 09, 2017 1:17 am



    A porta rapidamente se abriu, fazendo barulho incômodo que ecoou pelo corredor e, provavelmente, acelerou o coração da criada. April abriu e sua figura era majetosa. Usava um robe branco e curto da Victoria's Secret, por cima de sua camisola. Nos pés, já estava com um par de sapato de salto e também branco que combinava com seu robe. Os longos cabelos loiros caíam em ondas perfeitas e seu rosto era tão lindo quando despertava que parecia que já tinha maquiagem, mas era apenas um cuidado diário com a pele. Na testa, a venda para dormir, que fazia conjunto com toda a roupa, segurava parcialmente seu cabelo como uma tiara. Sua mão esquerda estava ocupada com o único ser puro e querido que habitava aquela casa: uma gata preta de lindos olhos azuis. Não tinha raça específica e foi encontrada ainda bebê, numa tarde de chuva, por April. Nefertari encarava a criada com aqueles olhos bem atentos e arregalados enquanto sua dona a analisava da cabeça aos pés.

    O olhar daquela criatura era...incômodo, para dizer o minimo. Como uma pessoa com menos de 1.70m conseguia olhar daquela forma apra alguém? April parecia gigante, com um ego flutuante. Olhou para a criada, por fim, e respondeu.

    - Estava acordada há dez minutos para ver o quão pontual você poderia ser, Amy. - Não sabia o nome de nenhuma criada da casa, por isso ela geralmente dava qualquer nome aleatório. - Você é pontual, não tenta me aborrecer me chamando às 6:59 ou às 7:01. De agora em diante, sua obrigação é me chamar todos os dias, no horário que eu mandar. Se eu não disser nada, o padrão é às 7:03h. Certo? Não me decepcione, Amy.

    Deu um sorriso, mas então analisou a roupa dela.

    - Esses sapatos são feios. Use um melhor amanhã, você tem salário e não usa? Pff...

    Jogou o cabelo para trás e fechou-se no quarto. Encostou as costas na porta dupla e respirou fundo, sentindo a humilhação de Amy ainda no corredor. Um sorriso de alívio surgiu em seus lábios. Havia alguém se sentindo mais miserável do que ela.

    - Minha mãe acha que eu tenho vocação para tia da creche, Nefertari. O que eu faço para colocar o priminho no lugar dele? - Perguntou, fazendo um carinho atrás da orelha da gata. A gata virava a cabeça de um jeito preguiçoso até que a dona a ajeitou. - Eu quero que ele se sinta bem-vindo ao infernal, onde eu sou a capeta-mor. Simpática, educada...Vamos ver.

    Fechou a cara de modo ameaçador e começou a se arrumar.

    [...]

    Meia hora antes do motorista chegar, April estava perfeitamente arrumada e sentada à mesa. Os outros 13 lugares estavam sozinhos, mas ela se importava tanto com eles quanto se importava com as lágrimas da criada. Sim, tinha visto que Amy estava com os olhos inchados, mas apenas pediu mais chá. Agora estava mais interessada nas correspondências e fofocas.

    Nefertari estava sentada em seu lugar, que nem uma princesa e recebia os petiscos que a loira dava. Estava usando um vestido preto, de manga comprida, mas saia curta, meio rodada. Seu ideia era representar o luto, luto por sua sorte e por ter que ser babá de burro velho. Os sapatos eram de salto alto, como sempre, um louboutin exclusivo. O cabelo estava preso num rabo de cavalo mais elaborado, fazendo com que parecesse mais sofisticado do que era.

    Foi com bastante desgosto que ela recebeu aquele convite. Não queria mais ir naquela festa, mas agora ficaria estranho tirar. Porém, aquela fantasia não seria MESMO. Como estava com a lista das outras fantasias, ela teria a oportunidade de mudar - ali estava a lista, não haveria problemas aparecer com outra coisa. Não queria usar nada que remetesse aquela imagem ridícula. Tinha nojo só de lembrar dele e do tempo que perdeu. Chegou até a largar o convite, tamanho seu desgosto.

    - Urgh, perco até a fome. - Olhou para o bolo. - Disso não...

    Pegou um pedaço e enquanto levava a primeira garfada até a boca, leu a notícia naquela GG.

    - COMO É?! - Berrou, num faniquito. - Como eles podem achar que eu vou me abalar pela festa dessa vagabunda?! Eu tenho mais o que fazer!! Céus, eu nunca vou perder minha coroa! Nefertari, diga alguma coisa!!


    - Meow?

    - Eu sabia que você me entenderia...

    Fez um beicinho, mas logo foi informada de que o carro estava à sua espera. Foi revirando os olhos de modo preguiçoso, mas deu varios beijinhos na gatinha antes de pegar sua bolsa e sair.

    - Ninguém merece. Ninguém merece!!


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    Mensagem por Bastet Dom Jul 09, 2017 10:34 pm



    A criada que a acordara pela manhã era latina, provavelmente tinha um pouco mais que a idade de April, mas aparentava ser bem mais velha. Talvez por trabalhar desde de cedo, pelo estresse nas casas que trabalhava anteriormente, ou pela falta de tempo para se cuidar. Era nova ali e ainda não tinha enfrentado o olhar julgador da patroinha... Até o momento que acordara a senhorita  Crawford. As palavras da menina rica fizeram a criada se encolher, parecendo ainda menor. Ao menos, no fim, havia recebido um elogio pela pontualidade, mas as humilhações haviam acabado com a confiança da mulher. – é Mari.... – tentou corrigir, mas logo parou, ouvindo sobre os sapatos e perdendo o chão. Ela não tinha dinheiro pra comprar novos sapatos, mas apenas assentiu – Sim senhora, sim senhora – disse e se curvou levemente, tendo a porta fechada na cara. Desceu as escadarias chorando, não podendo se dar ao luxo de ir até o banheiro recompor sua dignidade, afinal, tinha de ajudar no preparo do café da manhã da menina.

    [...]

    Apesar dos pesares, o café havia sido tranquilo. O bolo estava super molhadinho e doce, como ela bem gostava, feito pela única empregada que talvez a menina tivesse algum respeito: Francesca, a cozinheira que trabalhava lá desde antes de ela nascer e fazia uns doces italianos maravilhosos.

    O humor de April ia de mal a pior, desde que acordara, e não parecia que melhoraria. Principalmente ao perceber que o padrasto havia mandado um motorista que ela detestava, por ser cauteloso e lento demais ao dirigir. Ela entrou no carro e, como imaginou, demorou séculos para chegar no aeroporto. No meio do caminho, sentiria o celular vibrar novamente, mais uma notificação da GG. Dessa vez, não parecia ser nada sobre ela, só sobre um Zé ninguém bonitão que chegara no colégio... Mas, ao descer um pouco mais na notícia, reparou na indireta feita para ela. Ser uma das garotas mais populares da escola tinha apenas essa desvantagem, todos queriam arrumar uma forma de derrubar você do salto do seu louboutin exclusivo.

    [...]

    Saiu do carro, irritadiça. Tinha o número do primo, pra se comunicar com ele quando chegasse lá, apesar de ele não ter o dela. Após entrar no Aeroporto, ela mandou uma mensagem, recebendo uma resposta dele em seguida, dizendo estar no saguão externo do Aeroporto, a esperando. Ela havia andado atoa, pois o motorista havia parado quase em frente de onde ele dissera estar.

    Ao voltar, repararia nas pessoas, mas somente uma estava parada, com o celular na mão. April certamente pensou “não pode ser”, ao ver a figura. Era um rapaz bem alto e magro, de pele morena e vestido de uma maneira peculiar . Ele usava um kimono aberto e florido, por cima de uma roupa toda preta; o cabelo amarrado em um coque e um chapéu preto. De uma coisa ela sabia: havia visto aquele kimono em um desfile feminino que fora há dois meses atrás em Paris, de uma estilista que April gostava bastante. Ele parecia ter feito algumas adaptações na roupa, mas era claramente da tal estilista... E, por mais estranho que parecesse, ficava muito bem no corpo dele.
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    Mensagem por Persephone Qua Jul 12, 2017 1:30 am



    O dia estava indo de mal a pior. Como se não bastasse toda aquela avalanche de notícias, April ainda teve que lidar com o motorista LERDO, provavelmente escolhido à dedo pelo querido padrasto. Achou inaceitável ter que deixar seu saboroso bolo de lado para ter que seguir com aquela ameba! Se sua expressão já não estava boa, ela ficou ainda pior, quase intragável enquanto sentava no banco de trás.

    Ajeitou os óculos escuros na cara e cruzou as pernas. Catou o iphone de novo e bufou quando viu que havia uma nova atualização da Gossip. Aquela inutil não tinha mais o que fazer mesmo! Quanta amolação! Estava pensando em desativar aquelas notificações, porque nunca acrescentavam porcaria nenhuma. Pelo contrário, só tirava sua paciência e seu humor. Contudo, ela mudou de ideia quando viu a notícia sobre o novo aluno.

    - Daí te pergunto: como esses meninos conseguem esses cabelos maravilhosos? Deve ser a genética, não é possível.

    O motorista já sabia que April não estava falando com ele, por isso era melhor nem perguntar nada. Ela suspirou, meneando negativamente e deixou o celular de lado. Aquele "zé ninguém" realmente era interessante, mas ela não tinha a intenção de chamar ninguém para o baile. Por que convidar um acessório quando você é a peça principal? Ela deu de ombros e fechou os olhos enquanto o Sr. 10 km/h seguia até o aeroporto.

    2 Thousand Year Later...

    April se sentia velha depois de tanto tempo dentro do carro. Ela saiu, trocando um olhar amarrado para o motorista, mas ajeitou sua postura e foi ver o vôo do "primo". Percebeu que ele já tinha chegado, mas agora precisava saber onde estava a criança. Ele dizia estar no saguão. Ela andou aquele aeroporto TODO e não encontrou a figura. Até que seu diabinho interno deu um grito.

    "NÃO ACREDITO! HAHAHA"


    April parou, com uma expressão que misturava riso e nojo. Mandou uma mensagem dizendo que chegaria logo, apenas para ver se ele atenderia. Sentiu seu mundo cair quando o rapaz mexeu no celular.

    O que, por todos os anjos, santos e demonios, era aquela criatura?!!? Por que ele estava usando um kimono tão lindo??? Era primo ou prima? Argh, há quanto tempo ele não lavava aquele cabelo?!

    - Jesus Christ... - Resmungou e se aproximou dele. A carinha dela de desespero interno de uma patricinha em perigo, já dizia tudo. Ela nem ao menos tirou os óculos escuros para encará-lo nos olhos. - Alguma coisa, whatever, Lewis, é você? - O olhou da cabeça aos pés, dos pés à cabeça. - Claro que é. Só um ser assim podia ser dessa familia...

    Resmungou mais baixo e rapido, mas ele entenderia. Isso se não estivesse chapado, como ela achava que estava.

    - Olha, eu não posso mesmo ser vista com você. Posso sentir daqui o cheiro, Bob Marley. Ali, o Sr. 10km/h vai levá-lo pra casa e nos encontramos lá. Não te dou dinheiro pro táxi porque você pode gastar tudo com sabe-se lá qual erva e...Esse kimono é realmente lindo e ficou bem em você. - Bateu na boca quando comentou muito alto e meneou negativamente. - Argh! Eu não acredito nisso, Bob.

    Massageou a têmpora com as duas mãos, meio encolhidinha. Olhou para ele de novo. O rapaz provavelmente já a achava uma figura, mas ela era sincera em todas as suas reações.

    - Ai, anda logo, vai pro carro. Anda, anda... - Fez um gesto de rápido com a mão, bastante afetada. Nem tinha dito seu nome, mas ele não precisava saber para perceber com que tipo de pessoa estava lidando.

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    Mensagem por Bastet Qui Jul 13, 2017 12:44 am



    Como esperado, o trajeto de menos de 20 minutos havia se transformado em uma viagem de mais de uma hora, com o motorista que ela tanto detestava. Não que fosse inteiramente culpa dele, pois o trânsito estava péssimo até nos caminhos mais rápidos, mas, claro, April nem se importara em observar isso. Só queria saber de reclamar na própria cabeça, amargurada com tudo a sua volta.

    [...]

    A chegada no aeroporto não serviu para aliviar o humor da menina. Além de ter procurado por toda parte, sem encontrar o “primo”, quando assim o fez, teve uma surpresa nada agradável: não era nem de perto o que ela imaginava, mas sim um homem alto, magro, com traços indígenas e andróginos, que estava vestido de uma maneira que, no fundo, a menina achava bonita, mas que, para ele, ela não chegaria admitir isso com mais de meias palavras.

    Após constatar que, de fato, aquela figura era quem ela estava procurando, April se aproximou dele, sendo recebida com um sorriso largo e aparentemente sincero, mesmo com as frases babacas que ela havia dito. Além disso, ele lançara um olhar profundo para a menina, a analisando da cabeça aos pés sem nenhum pudor e dando um pequeno sorriso. Era uma menina bonita, aos olhos dele, embora o look todo preto realçasse demais a cor pálida da pele dela. Logo ele voltou os olhos para os dela, a encarando. Se reparasse bem, ele usava um pouco de lápis de olho, o que realçava sua excentricidade. Esse comportamento, sem nenhum traço de intimidação, provavelmente a desconcertaria um pouco, pois as pessoas costumavam se intimidar com aquele jeito dela.

    - Donovan – disse, quando ela terminou o faniquito ofensivo sobre a família dele e sobre o hábito dele de fumar. Mas não pareceu se chatear em ela insistir em chamá-lo por outro nome. Apenas arqueou uma das sobrancelhas, dando um sorrisinho irritante, aos olhos de April – Eu não preciso do seu dinheiro, caso queira comprar alguma coisa pra mim. E eu sei que fico bem nele. Se quiser emprestado, moraremos na mesma casa – deu uma piscadinha pra ela, que, no momento, ainda estava espantada em ter soltado um elogio tão alto. Logo, ele pegaria a mochila e a mala, levando para o carro.

    - Mas você, princesa, que parece estar precisando relaxar. Dizem que mau humor faz as rugas nascerem mais fácil... E já tá aparecendo uma aí na sua testa – provocou, enquanto o motorista abria a mala – Obrigado – agradeceu a ele a ajuda e esperaram para ver se a menina iria com eles ou não.  Dentro do carro, ele já havia tirado o chapéu e colocado os fones de ouvido, muito de boa, apesar da tentativa dela em rebaixar ele de todas as maneiras possíveis.

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    She's fabulous but she's evil Empty Re: She's fabulous but she's evil

    Mensagem por Persephone Sáb Jul 15, 2017 9:27 pm



    April sentia-se como uma das protagonistas de um filme de terror! Obviamente que seria uma das sobreviventes, porque era esperta, bonita e não entrava em becos escuros sozinha. MAS, ela estava diante de um indígena, maconheiro com traços adróginos e que usava um kimono feminino, de uma estilista que ela amava. Internamente, ela pensava "Please, God, kill me!". E, por fora dizia aqueles absurdos. Talvez se pedisse em voz alta para que Deus levasse sua alma antes que fosse vista com aquele alienígena, fosse melhor do que as besteiras que ela disse. E ela falava muitas besteiras por segundo, algo notório de sua característica.

    Como se não bastasse, ele ainda a encarava daquele jeitinho. A loira fez aquela cara de "argh", erguendo um pouco o nariz e cruzando os braços. Os dois se encararam e quando ela percebeu, soltou um sonoro.

    - Ooooh! - Levou a mão até o peito, quase tendo uma síncope. - Você usa lápis de olho! Mas que diabos?! Você veio de um acampamento hippie?! Jesus, por favor!! Eu cometi tantos pecados assim?!?!

    Bateu de leve no próprio peito, olhando para os céus e o olhou de novo. Ele disse Donovan e ela respondeu.

    - Bob. Donovan não combina com você.

    O rapaz não pareceu chateado e, bom, ela não se importava. O que ela se importava era aquele sorrisinho que ele dava pra ela.

    - Menine! Para de sorrir assim pra mim! Não estamos na sua oca, entendeu!? - Revirou os olhos quando ouviu que morariam na mesma casa. - Não me lembre isso! Vou ter que comprar mil incensos de jasmim pra abafar esse cheiro. Ou vou ficar tão chapada que não vou conseguir entrar. Ainda bem que você não precisa do meeeu dinheiro. Até porque, não ganharia. Agora entra no carro!

    Indicou o carro, batendo o pezinho com seu louboutin enorme.

    - Tá vendo? Drogas não fazem bem. Eu não tenho nenhuma ruga, querido. - Esperou que ele entrasse no carro e bateu a porta. - Senhor Ligeirinho, leve-o o mais lentamente possível para casa. E não, não passe em nenhuma boca de fumo ou coisa do tipo, ouviu? E se minha mãe perguntar, diga que fui uma princesa, como sempre.

    Fez uma cara fofa.

    - Eu vou pro shopping porque depois dessa manhã horrível, eu MEREÇO três sapatos novos. Talvez compre um pra Amy, porque aqueles eram horrorosos. - Revirou os olhos e foi andando toda patricinha para pegar um carro (uber, taxi, tanto faz)

    Colocou o óculos escuro de novo e era engraçado como a saia rodada e o rabo de cavalo balançavam pro mesmo lado. April era toda perfeitinha, quase uma boneca. Era linda de se ver, impossível de lidar.
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