Draven, o Arcano Guerreiro

Dia 5 de Tarsakh, Mês das Tempestades, de 1372

Draven seguia agora Malakay, dentro daquela caverna escura. O guerreiro, que no momento tinha em mãos uma espada longa dentada - conhecida na região como Picada do Escorpião – e na outra mão uma tocha, avançava cuidadosamente tentando enxergar qualquer movimento a distancia. Haviam teias...muitas teias ao redor. Malakay ainda diz para o meio-drow: - Esteja preparado, palavras essas que ecoaram pelo longo corredor. Os dois seguem alguns metros adiante, quando Malakay para. Ele levanta sua tocha e Draven consegue ver duas pequenas luzes vermelhas. Com a espada a sua frente, o guerreiro levanta a tocha mais ainda, para se deparar com uma criatura horrenda, uma aranha monstruosamente grande.

- Droga! diz o guerreiro, preparando-se para lutar.

Draven pensa que talvez não fosse interessante ter aceitado a proposta de Vorstag, alguns dias atrás...

Alguns dias atrás...

Draven estava jantando com Ultah em sua torre. A magnífica torre de Ulath dava vista para toda a cidade de Lua Alta, e anos de pesquisa pratica e teórica talvez não desvendassem todos os segredos que ali existiam. Para o meio-elfo líder da cidade, havia preocupações muito maiores do que isso. Eles acabaram de vir de uma negociação difícil com um clã de meio-orcs que estava se instalando aos arredores da cidade, consequentemente buscando caça em fartura e provocando problemas com os elfos. Mas tudo dera certo e foi-se chegado em um acordo pacífico.

Os dois conversavam sobre os trabalhos futuros a serem realizados, quando adentra-se aquela sala, com uma longa mesa farta de alimentos e aquecida por uma lareira, Vorstag. Este era um tiefling que cultivara uma grande amizade com Sawky, o filho de Ulath. Ele era um comerciante em ascensão na cidade e buscava se somar aquela família. Ele respeitava o meio-drow, talvez devido a sua posição de conselheiro, talvez pela sua própria raça incomum, pelo menos na região.

- Saudações nobres senhores!, diz o tiefling com um largo sorriso no rosto. Em seguida ele se senta na mesa, a frente de Draven. Então incia-se uma conversa sobre os feitos recentes de Ultah na cidade, inclusive sobre o acordo com os meio-orcs. No final, o tiefling fala sobre uma caverna subterrânea próximo a temida Floresta Negra. Parece que algumas criaturas estavam saindo de lá e causando infortúnio aos habitantes da cidade. Ulath olha para Draven e sugere que ele investigue, ao que Vorstag sugere que um guerreiro habilidoso da cidade o acompanhe, chamado Malakay. Ultah assente e diz para o meio-drow que resolva nos próximos dias esse assunto.

No dia seguinte Malakay se apresenta na torre de Ulath, procurando Draven, e oferece os seus serviços. Mostra-se prestativo, embora um pouco rude. Ambos combinam de partir nos próximos dias para investigar a caverna.

Descrições:

Draven caminhava às costas de Malakay e, quando ele disse para o mago estar preparado, este já havia sacado sua espada e feito um pequena prece, em silêncio.

"Eiliastre, permita que tudo termine bem e que ao final do dia não haja mais qualquer monstro que possa ameaçar o povo de Lua Alta."

- Não se preocupe, estou atento. Só espero que não sejam muitos monstros! - Ele disse cochichando.

A lembrança da proposta oferecida por Vorstag pesava nos ombros do jovem meio-drow, e ele esperava que seu companheiro fosse habilidoso como o tiefling dissera dias atrás.

Nesse momento a única coisa que Draven pensa é que ele esperava que o guerreiro que o acompanhava fosse realmente habilidoso como disse Vorstag, mas ele logo iria descobrir: - Vamos cercá-la! Assim ela estará vulnerável. - Ele diz, enquanto aguardava que Malakay tomasse a dianteira.


Teste de Conhecimento: Natureza, +5 para ver se saber algo relevante sobre a criatura.

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Draven já havia lido sobre aquela criatura em um antigo tomo sobre os perigos das florestas. Era um adversário mortal, que podia lançar uma teia sobre os aventureiros desatentos, alem de possuir um veneno que arranca a força ate mesmo dos meio-orcs mais fortes. Alem de tudo, Draven lembrou que o inimigo possuía um sentido sísmico, o que permitia que ele soubesse a identificação que qualquer coisa em contato com o chão até 20 metros dela.

Iniciativa e Jogadas da Primeira Rodada:

Draven aproveitou a distração da aranha e rapidamente conjurou Ataque Certeiro: - Nyakidum sorever luka faiy! - E uma compreensão do espaço ao seu redor e da própria anatomia da aranha se tornaram claros, ele praticamente podia prever seus próximos movimentos, esperava ter a força necessária para destruir o monstro.

Ele segurou a espada com ambas as mãos e se movimentou, sua intenção era flanquear o monstro e desferir seu ataque assim que estivesse nas costas do monstro, se ouvesse espaço. Se não houvesse iria apenas se aproximar com cautela para desferir seu ataque.

O sentido sísmico da criatura poderia ser uma ameaça. Revelaria a posição do meio-drow, mas ele não acreditava que essa habilidade pudesse ajudá-la a se defender de sua espada.

- Cuidado com o veneno! Ele seria capaz de nos enfraquecer! Tome cuidado com a teia também!!! - Disse ele enquanto se aproximava.

Ação livre: Falar.
Ação padrão: Conjurar Ataque Certeiro.
Ação de Movimento: Posicionar a fim de flanquear a criatura.

As palavras de Draven chegam tarde aos ouvidos do guerreiro. A aranha inicia o combate lançando um jato de teia sobre Malakay, o ataque é certeiro e o guerreiro se vê “enlaçado” naquela rede pegajosa da criatura. Malakay, apesar do aviso, fica surpreso com o ataque, deixando sua tocha cair no chão e iluminando menos a área.

Já o Mago conjura seu feitiço Ataque Certeiro, embora tente flanquear a criatura ele não consegue devido ao túnel onde se encontra ser estreito. Dessa forma, ele fica frente a frente com o inimigo, a 3 metros dele, ao lado de um Malakay enredado.

O guerreiro trata de forçar os braços para tentar se livrar das teias e poder se movimentar melhor. Ele move os braços com força, mas não consegue tirar aquela substancia pegajosa dos seus membros: então ele inclina-se sobre as chamas da tocha para enfraquecer o material.

off-game:

"Droga!", pensou Draven.

Seus planos para flanquear o monstro não deram certo, e agora Malakay perdia um tempo precioso tentando se livrar da teia do monstro.

- Rápido Malakay, não sei se consigo segurá-lo sozinho! - Disse ele ao outro.

Draven estava frente a frente com o monstro e visualizava uma brecha em suas defesas, algo que ele exploraria! Draven avança com o máximo de cautela possível, ficando ainda mais próximo do perigoso monstro, e ergue a espada acima da cabeça com ambas as mãos. Ele aperta a empunhadura com força e desfere um violento corte vertical, mirando o centro do monstro, mais precisamente seu rosto.

- AAAAAAAAAAAAH! - Ele urrou enquanto dava o violento golpe na criatura.

Spoiler:

A aranha é grande, peluda e asqueirosa. Esta esta a poucos metros de Malakay, que tenta se livrar das teias e de Draven, que usa suas habilidades magicas para lutar.

Rodada 2:

A aranha avança sobre Draven, tentando mordê-lo com suas presas afiadas. O meio drow, porem, vestia uma cota de malha mágica que protegeu o ataque da criatura. As mandíbulas se fecharam sobre o ombro do mago, mas não penetraram na sua carne.

Draven avança e ataca o inimigo, fazendo um rasgo violento na sua cabeça. A criatura grunhe de dor, afastando-se por meio segundo, mas volta ao combate enraivecida.

Malakay grita com toda a sua força, ecoando pelo corredor, e consegue se libertar das teias. Pode-se ver as veias saltando no seu pescoço. Em seguida ele saca suas armas e fica pronto para a batalha.

Draven não conseguiu evitar olhar o guerreiro enquanto ele se esforçava para se soltar. Vai, rápido! Vai!, ele pensava.

Até que o outro conseguiu romper a teia da aranha monstruosa, o que fez o mago sorrir. Estavam lado a lado, e Draven agora erguia a espada acima do ombro direito, e fazia um corte lateral que passaria por cima de Malakai, e atingiria a aranha em cheio. Ele iria tentar poupar suas magias por enquanto.

Spoiler:

Com Malakay sem as amarras das teias, o combate se equilibra.

rodada 3:

A aranha avança contra Malakay, mas o guerreiro é atingido na proteção do seu peitoral de aço, não sofrendo dano algum. Já Draven, ataca o monstro com sua espada, mas ele é esquivo e seu ataque não experimenta a carne da aranha. Malakay, dando seu grito de guerra, avança desferindo uma chuva de ataques com sua espada e sua machadinha. Ele atinge em cheio a parte da cabeça criatura com ambas as armas, fazendo um sangue verde e viscoso escorrer dos ferimentos da criatura. Ele ainda tenta uma manobra ousada para derrubar o inimigo, mas sem sucesso.

- Tsc, não vai me mostra como luta meio-drow? pergunta o guerreiro, entre golpes e esquivas.

Draven estava enfrentando o monstro junto de Malakay quando este questionou acerca do método de luta do mesmo. Ele primeiro olhou sério para o guerreiro, tentando entender a pergunta, afinal estava muito focado no monstro. Então, deu um sorriso. - Ainda estou desenvolvendo, mas vou lhe mostrar! Só posso realizá-lo uma vez por dia, mas acho que será o suficiente. - Então Draven começou a realizar os gestos e dizer as palavras mágicas, e rapidamente uma energia azul esbranquiçada passou de sua mão para a lâmina que ele carregava.

Ele ergueu a espada com as duas mãos e, da mesma forma como havia feito em seu primeiro ataque, mirava a "face" da criatura.

Spoiler:

O combate continua.

rodada 4:

A aranha avança e tenta morder Draven, mas o ataque atinge o camisão de cota de malha do Mago. Draven avança com sua espada longa, desferindo um ataque elétrico contra o inimigo. O ataque é devastador: a espada crava na cabeça do monstro e o faz explodir com a magia Toque Chocante conjurada na arma. Draven e Malakay ficam sujos do sangue espesso da aranha.

O guerreiro olha para o estrago que Draven fez, depois olha para o mago.

- Muito bom, diz o guerreiro, de poucas palavras. Ele vê um saco gosmento grudado nas paredes no corredor, o pega e o abre. Em seguida ele diz: - Hmm, é um âmbar. Deve valer 100 peças de ouro, tome! diz ele, jogando a peça rosada para Draven. Em seguida ele segue adiante, iluminando a área do corredor escuro.

Após alguns minutos, eles chegam ao final do corredor. Lá, há uma porta de pedra maciça, com algumas runas escritas em Dracônico (Apenas Draven consegue ler). As runas significam: ”Somente o poder de um mago abrira esta porta”.

Malakay fala: - Droga! Fim da estrada. É impossível abrir essa porta a forçando.

A magia de Draven havia sido devastadora, e ambos, guerreiro e mago, estavam sujos com o sangue do monstro.

Draven tenta limpar o sangue do monstro da melhor maneiro possível, mas não conseguiu um bom resultado.

- Obrigado. - Disse, com um sorriso discreto. E apanhou a pedra preciosa quando o outro o entregou a mesma, guardando a mesma.

Ele caminhou com a espada em punho, pois temia outro ataque, mas no fim do corredor havia uma porta.

Acho que essa parte é comigo.., pensou quando leu a inscrita em dracônico. - Espere, acho que posso lidar com isso...me dê alguns minutos.. - Então ele se aproximou da mesma e tentou identificar algum detalhe, ou ao menos entender como a porta funcionava.

Achava que poderia abrí-la com uma magia específica, e agradecia em silêncio àquele que o havia dado o dom da magia, mas primeiro gostaria de entender seu funcionamento. Após tirar o máximo de informações possíveis daquela porta, ele move as mãos e sussura a fórmula mágica da magia abrir/fechar, para tentar abrir a porta.

Spoiler:

- Ok, responde Malakay. - Vou ficar vigiando.

O arcano conjura sua magia abrir/fechar na porta. Os caracteres se iluminam brevemente com uma luz azulada, em seguida piscam duas vezes e apagam.

Draven então tenta decifrar a escrita, que significava que somente um mago iniciado poderia adentrar aquela sala. E isso deveria ser provado na porta, atraves de uma magia de iniciado.

Draven tentou abrir a porta com uma magia simples, mas o resultado foi negativo. Ele precisava de mais do que um reles truque para entrar, então começou outra conjuração. Ele fincou sua espada no chão e recitou a fórmula arcana, ele usou as mãos, que dançavam no ar, e em seguida estendeu a mão direita na direção da porta e uma rajada de luzes multicolorida surgiu, atingindo a porta em cheio e iluminando aquele local temporariamente.

"Agora vai...", ele pensou.

A porta inicia um brilho sobrenatural de novo, se enche dessa luz azulada para então abrir-se, fazendo com que os pesados ferrolhos crepitassem e que uma camada de poeira se soltasse dos detalhes da porta.

Adentrando ao corredor, que agora era de pedras grossas e cinzentas, com um pouco de musgo nas ligações, cada passo dado e tilintar de armaduras ou armas soado, um eco é emanado.

Após descer escadarias circulares de pedra, algo em torno de 50 metros e sempre iluminado pela tocha de Malakay, os dois começam a se questionar para onde estão indo. Quando a escadaria acaba, eles se veem em uma enorme caverna, porem o raio de alcance da tocha de Malakay não permite uma boa visualização do todo.

Testes:

Draven conseguiu abrir o portal e avançou para dentro dele junto de Malakay, se surpreendendo com a distância percorrida.

Ao final, chegaram em uma enorme caverna, e Draven só pensou em tentar iluminar melhor o ambiente, razão pela qual começou uma conjuração muito simples, e muitas esferas de luz surgiram ao seu redor, e o mago as afastou o quanto podia sem comprometer a duração da magia. Depois daria uma boa olhada na caverna, enquanto sua mente trabalhava para trazer qualquer conhecimento útil sobre cavernas daquele porte.

Spoiler: