And His Word became all that might be (CODEX)

Aqui eu vou postar mapas, trechos de lore ou qualquer outra informação útil. A ideia é fazer como em um jogo de Dragon Age mesmo: de vez em quando aparecer uma informação importante ou só uma curiosidade, e que entra para o Codex.

IMPORTANTE: é muito fácil fazer metagame acidental em universos conhecidos. Eu e você sabemos que a magia dos magos vem do Imaterial, que um Grey Warden bebe sangue de darkspawn pra ter suas habilidades, que demônios e espíritos são seres da mesma espécie etc.; mas uma pessoa comum de Thedas não sabe dessas coisas! Então na hora de narrar, tentem evitar confundir o seu conhecimento enquanto jogador e o conhecimento do seu personagem. Se acontecer, tudo bem; mas se for recorrente ou eu ver que a pessoa está fazendo de propósito, vou começar a arrancar ponto de XP e equipamentos

O mesmo vale para as informações que serão postadas neste tópico; são para a apreciação de vocês enquanto jogadores, para mergulharem mais profundamente no cenário. Pensem na história de seus personagens antes de postarem que ele sabe de algo e vejam se ele realmente tem condições de saber aquilo.

Jader é a cidade orlesiana mais próxima da fronteira de Ferelden, e, por isso, é um local de comércio e de conexão entre as duas nações. Seu desenvolvimento começou nos primeiros anos da atual Era do Dragão, quando Ferelden enfim libertou-se do jugo orlesiano e tornou-se um reino independente. Subitamente, Jader viu-se bem na passagem entre as duas grandes nações do sul de Thedas, e passou a ser um ponto estratégico de comércio.

Três poderes influenciam as decisões municipais. A nobre que controla suas terras é Lady Seryl, uma amiga íntima da Imperatriz Celene e importante aliada de Val Royeaux. Ela reside oficialmente no Castelo de Jader, embora com frequência esteja no Grand Château, sua mansão onde recebe convidados e organiza eventos sociais.

Além dela, há uma fortaleza dos Guardiões Cinzentos nos arredores da cidade, uma alta torre reconstruída a partir de ruínas élficas. Foram os Guardiões dali que acudiram Ferelden durante a Quinta Podridão, embora tenham chegado tarde demais.

Por fim, há uma Chantria influente na região. É a unidade de origem da Madre Giselle, a conhecida madre caridosa que conquistou o coração de humanos pobres e elfos por toda Orlais e Ferelden. Nos anos que se seguiram à eclosão da Quinta Podridão, Jader recebeu muitos refugiados fereldenianos. Madre Giselle solicitou ajuda de Val Royeaux para alimentá-los, que foi negada; em protesto, a madre declarou uma greve de fome entre as clérigas de Jader e deu toda a comida da Chantria da cidade aos refugiados.

Diante da repercussão do ato, a Divina enviou a ajuda solicitada, mas declarando uma ordem de prioridade para os beneficiados: primeiro, refugiados orlesianos; depois, refugiados de Ferelden; e, por último, elfos. Em mais um ato de rebeldia, Madre Giselle ignorou as ordens e distribuiu a comida a todos, sem distinção de raça ou origem, e com apoio de Lady Seryl.

Jader beneficia-se principalmente dos comerciantes que viajam de Orlais para Ferelden, ou vice-versa, através da Estrada Imperial; muitos param na Place du Marché, o grande mercado a céu aberto em frente à Chantria, onde se vendem bens dos mais variados tipos. Além do comércio, há também muitas fazendas nos arredores da cidade. O porto está sempre movimentado, com navios principalmente de Val Royeaux, mas também de Val Chevin e mesmo de Kirkwall.

Em um tempo muito distante, antes de Andraste e da fundação da Chantria, o domínio do Tevinter Imperium estendia-se por praticamente todo o território de Thedas. Seu território englobava desde as terras onde hoje são Ferelden e Orlais, ao sul, até a península de Rivain, a leste. Tribos eram derrotadas e massacradas pelo poderio imparável dos magos de Tevinter, que desafiaram mesmo os então poderosos e imortais elfos.

Nesse auge da expansão do Imperium, os magísteres ordenaram que fosse construída uma imponente estrada de pedra que conectasse todos os seus territórios. Com o trabalho dos escravos, a pedra minerada de Kirkwall e a magia dos Altus, iniciou-se a criação do que seria – e é até hoje – a mais longa estrada de Thedas.

Com o início da guerra civil e, depois, com o advento da Primeira Podridão, a força do Imperium reduziu-se, e o projeto da Estrada Imperial foi abandonado e nunca inteiramente concluído. Entretanto, o que foi construído já é por si só grandioso; sua rota começa na capital do Imperium, Minrathous, e atravessa os territórios de Nevarra, Orlais e Ferelden, passando por lugares como Val Firmin, Verchiel, Halamshiral, Orzammar e Lothering. Ramifica-se em Ferelden, e seu braço leste termina em Denerim, capital da nação, enquanto seu braço sul estende-se até Ostagar, às margens dos Ermos Korcari.

Apesar de muitas seções já terem desmoronado, ainda é uma importante estrada para viajantes e comerciantes, que a utilizam frequentemente. Além disso, é uma relíquia de arquitetura antiga, de pé em grande parte depois de muitos séculos de existência. Junto com as demais ruínas espalhadas por Thedas, é uma memória constante do que um dia foi o poder de Tevinter.

A vitória do exército de Andraste sobre o Tevinter Imperium só foi possível graças ao significativo auxílio dos elfos, liderados pelo lendário Shartan. Como recompensa pelo seu auxílio, os seguidores de Andraste deram aos elfos um novo lugar para ser sua casa – os Vales, região do leste de Orlais, nos pés das Montanhas do Dorso Frio.

Elfos de toda Thedas partiram de seus antigos lares em uma jornada que ficou conhecida como a Longa Caminhada. Muitos não sobreviveram à viagem, mas alguns conseguiram. E fundaram, no coração dos Vales, a capital de sua nova terra – Halamshiral. O nome é élfico e significa, literalmente, “o fim da jornada”. Foi estrategicamente construída ao lado da Estrada Imperial, para que todos os elfos conseguissem facilmente encontrá-la – bastava seguir a Estrada.

Os elfos, entretanto, tornaram-se cada vez mais isolacionistas, recuperando suas antigas práticas e cultuando seus próprios deuses. A tensão crescia nas fronteiras dos Vales, e enfim explodiu com a convocação da Segunda Marcha Exaltada pela Chantria. Os exércitos de Orlais atacaram os Vales em uma guerra santa, e os elfos foram massacrados. Halamshiral resistiu bravamente, mas enfim caiu e foi tomada por Orlais no ano de 2:20 Glória. Novamente, o povo élfico ficava sem terra, e espalhou-se em diáspora pelas diversas nações.

Depois da guerra, Halamshiral permaneceu abandonada por muitos anos, repleta de bandidos; até que o Imperador Alphonse, o Leão, construiu um palácio batizado de Chateau Lion, para servir de residência invernal da corte orlesiana. A cidade começou a se desenvolver ao redor do palácio, mas sua população ainda era, predominantemente, élfica. Até hoje os elfos são maioria em Halamshiral, mas ainda assim vivem em favelas; os humanos vivem em uma pequena parte privilegiada da cidade.

Na Era Abençoada, uma rebelião dos elfos destruiu Chateau Lion, mas não por muito tempo. Logo o Imperador Judicael I, avô da atual Imperatriz Celene, reconstruiu o palácio, rebatizando-o de Palácio do Inverno. Além de residência invernal da corte, o local é o centro do famigerado Jogo da nobreza de Orlais, onde ocorrem os mais importantes e respeitados eventos sociais da nação.