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    Solomon Boheme (Van Bash)

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    Mensagem por Nietzsche Dom Jul 29, 2018 7:03 am

    Estrada para Redenção

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    Solomon Boheme havia sido proibido de exercer suas funções como rabino pela Rabanut (Rabinato Chefe), sucedendo ao exílio, mas não por falta de fé ou coragem, mas pelo chamado que clamava em sua mente e espírito, maior que qualquer arbítrio por parte dos homens.

    O rabino havia sido conduzido por sonhos enigmáticos, levando-o a despertar durante a estadia na Alemanha, seu mentor Shmuel Levi, o acolheu e instruiu sobre o verdadeiro caminho, elucidando a única e legítima missão do mago, as Tradições, o Coro Celestial e o que significava ser um dos Templários desse novo mundo que se desdobrava para Boheme. Seu tutor e ele próprio, sentiram a escuridão que se aproximava da humanidade à cada dia, muito antes da eclosão da 2ª Guerra Mundial.

    O mago, que comportava em si o avatar do próprio Rei David, havia recebido um sinal de HaShem em seus sonhos. Visões nítidas e futuras, instruções em formas de enigmas que somente uma alma iluminada poderia comportar, uma mente treinada para não enlouquecer com o toque divino em sua existência, em seu padrão primordial, como havia aprendido com Shmuel. Podia ver Rotterdam queimando, mas a vontade do Eterno estava voltada para Amsterdam, é para lá que ele deveria peregrinar.

    A dupla se mantinha firme em Berlim, mesmo com toda a perseguição aos judeus na ascensão do Partido Nazista, indo ao auxílio dos que não podiam se defender sozinhos. Todavia as coisas mudariam, eram os sonhos, seu mentor deveria ficar onde estava, enquanto sua hora havia chegado, era o momento de retornar.

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    Semanas depois aqui estava Solomon Boheme, vagando pelas ruínas da outrora belíssima Rotterdam, os alemães haviam destruído a cidade com seus bombardeios, deixando milhares de mortos e desabrigados, se espalhando pelo país para sobreviver. O corista margeava o perímetro urbano, optando por viajar pelas estradas secundárias, para diminuir as chances de ser visto pelas tropas alemãs e evitar problemas, usando o familiar para ter uma vantagem aérea da percepção local.

    As solas dos sapatos gastas e lameadas, o fôlego apresentando os primeiros indícios da fadiga pela longa peregrinação, desde que passara pela fronteira da Alemanha para os Países Baixos, foi quando encontrou os refugiados e suas carroças, no final do entardecer, rumando à Amsterdam, carregando o que haviam conseguido salvar, além das próprias vidas e uma profunda tristeza. Judeus, cristãos e protestantes, nesse momento eram todos holandeses devastados pela guerra, reunidos em uma mesma fila e com o mesmo propósito, sobreviver.

    A gaiola coberta em que levava Yossel nas costas começava a balançar, mas não deveria ser impaciência, visto que ainda estava anoitecendo e seu companheiro havia ficado "solto" o dia anterior por completo, algo estava para acontecer. Ao forçar a visão, podia notar poeira sendo levantada no horizonte, eram carros vindo na direção do grupo de refugiados pela estrada barrenta.

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    Mensagem por Van Bash Seg Jul 30, 2018 12:14 am

    Se não fosse por Yossel, Solomon nunca teria visto a cortina de poeira deixada pelos carros, o religioso sabia da violência e das agressões gratuitas dos nazistas. Ele não podia faltar com Yahweh (Javé), então pega seu óculos que fica pendurado em seu pescoço e encaixa no rosto na sua base nasal, segura a estrela de Davi que carrega em seu bolso e fecha os olhos rezando em hebraico em sua mente.

    *Ó Senhor, ouve a minha oração! Inclina os ouvidos às minhas súplicas; escuta-me segundo a tua verdade e segundo a tua justiça e não entres em juízo com o teu servo, porque à tua vista não se achará justo nenhum vivente.*  

    Após ter sua revelação coloca a gaiola de Yossel que estava agitado naquele momento e o solta, não é a toa que a coruja é um dos caçadores noturnos mais eficazes ela não emite nenhum som ao bater suas asas e alçar voo. Solomom observa sua companheira desbravar o céu. Ele respira fundo e sabia que esse só seria o começo das provações e ele estaria ali para suportar como o próprio descendente da casa do rei Davi, em tempos de guerra as pessoas sempre esperam o pior a bondade e a coragem minguam e transformam as coisas sempre para pior.  

    -O melhor nesse momento é mantermos a calma - dizia para todos
    - Tenhamos fé, não importa qual o nosso credo estamos nessa juntos como filhos de Deus. Mas acho melhor os Judeus, negros e ciganos entrarem nas carroças. E vamos ficar calmos mesmo diante dos nossos maiores pesadelos, pois Javé e cristo estão conosco - tenta acalmar e liderar os refugiados apesar de seu cansaço
    Estava frio, a umidade do ar era bem elevada e propicio para o que Solomom planejava. Na noite passada havia despencado do céu tanta água que era um milagre ainda não ter chovido hoje, o frio era quase tangível e névoa era comum em tempos assim. Solomom pega a sua Torá e abre nos salmos de Davi, ele tinha um em especial que usava quando estava em perigo ou aflito. Então começava ler para si.

    " Pois o inimigo perseguiu a minha alma; abateu-me até ao chão; fez-me habitar na escuridão, como aqueles que morreram há muito. 4 Pelo que o meu espírito se angustia em mim; e o meu coração em mim está desolado. 5 Lembro-me dos dias antigos; considero todos os teus feitos; medito na obra das tuas mãos. 6 Estendo para ti as minhas mãos; a minha alma tem sede de ti como terra sedenta. (Selá)

    7 Ouve-me depressa, ó Senhor! O meu espírito desfalece; não escondas de mim a tua face, para que eu não seja semelhante aos que descem à cova. 8 Faze-me ouvir a tua benignidade pela manhã, pois em ti confio; faze-me saber o caminho que devo seguir, porque a ti levanto a minha alma. 9 Livra-me, ó Senhor, dos meus inimigos; porque em ti é que eu me refugio."  


    Conforme ia lendo ele mentalizava exatamente o que iria acontecer, não como do nada brotasse uma névoa. Mas ia chegando aos poucos como se fosse a vontade da natureza, ou melhor de Deus o ajudando agindo pela sua própria vontade. Ora quem me vê, vê a imagem e semelhança de Deus, lembrava as palavras de Yeshua.
    _________________________________________________________________________________________________
    OFF GAME: A oração é o foco realizado para o efeito de Correspondência e Mente para cobrir quais são as emoções e sentimentos de todos na área, em especial focado nos carros para saber quantos são e que sentimentos eles e emoções estão chegando. Também cubro todos os refugiados para sentir se estão com medo ou aflitos

                    A segunda Leitura é foco de um efeito de Forças 2 com primórdios 1 e correspondência 1, no qual o primórdios e correspondência localiza onde têm energia do tipo da névoa e assim com forças ele aumenta a quantidade e densidade e faz levar para o local desejado conforme descrito, aos poucos como se fosse natural.
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    Mensagem por Nietzsche Ter Jul 31, 2018 9:00 am

    A Resposta

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    Os refugiados ficavam agitados com a aproximação dos veículos, com o entardecer os faróis já podiam ser vistos no horizonte. Sabiam que de carro, por essa velha estrada de terra e a essa hora, somente uma força alemã iria se deslocar

    A maioria do grupo era de mulheres, recém viúvas ou de jovens garotas ainda, fora as crianças e os idosos. Não teriam a menor chance de êxito em um confronto direto, estavam desarmados e em um número pequeno, o vislumbre do futuro próximo aterrorizava todos.

    Roubo e destruição dos poucos bens que tentavam levar consigo, assim como o estupro, mutilação e até mesmo a morte do grupo. Eram perigos reais, costumeiros em guerras e não menos brutal pela recorrência histórica.

    Gritos de desespero eclodiam, os indivíduos com condições físicas de fugir eram incentivados pelas famílias a correr para um bosque próximo, enquanto os mais velhos tratavam de separar os pertences mais valiosos para os entregar ou dissipar aos berros o ímpeto de alguns jovens de reagir.

    Nesse momento surge Solomon Boheme, sua fala parece amplificada em meio ao caos, era visível a Estrela da David e a Torah em suas mãos, o que facilitava a aproximação dele com os desconhecidos no momento crítico. As palavras do sábio convenciam até o mais temeroso dos integrantes, seguindo seus conselhos de se acomodarem nas carroças e fazerem silêncio.

    Enquanto se organizavam na lateral da estrada, se cobrindo com mantas para proteger-se do frio da neblina que já descia pelo bosque, sem acender uma lamparina sequer, como foram instruídos.

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    Tehillim, o Livro dos Salmos, é um dos mais lidos no mundo inteiro, principalmente por suas orações poderosas e pela proteção que elas garantiram ao Rei David.

    Era uma dessas proteções que Solomon buscava ao começar a leitura do salmo 143 em voz alta, podia sentir a essência divina transbordando em si. Não como um mago, templário ou rabino, mas como o próprio Rei David, seu avatar. Naquele momento ambos eram um só, os mais velhos foram os primeiros a perceber as semelhanças, para só então os mais novos entenderem quem vos rogava proteção.

    Antes que a dúvida maculasse aquele momento de fascínio e esplendor, uma forte neblina cobria o grupo.

    O mago terminava a oração, fechando a Torah enquanto corria para próximo de uma das carroças, tateando o ar para achá-la, para então se abaixar e fazer silêncio, se encolhendo para reduzir o frio que preenchia seu corpo, mas incapaz de minguar o calor e a felicidade que exalava do seu espírito.

    Não era possível enxergar por conta do nevoeiro, mas vagarosamente os motores do que pareciam ser veículos leves e um caminhão passavam pela estrada, sem perceber nenhum dos refugiados.
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    Mensagem por Van Bash Ter Jul 31, 2018 8:00 pm

    Solomon percebe que suas preces foram atendidas, e mais uma vez ele estava ali guiando as pessoas e as livrando de um tormento maior. Em sua cabeça nem passava o que poderia ter ocorrido, já que a vontade de do Uno sempre prevalece. Apesar de cansado estava satisfeito, sabia que as forças da natureza estavam a vontade de sua fé.

    O que realmente preocupava o profeta era o que iria fazer com tantas pessoas ao chegar no destino. Solomon aguarda um pouco mais por precaução e quando percebe que estão seguros sai da carroça.

    -Vamos! - fala para a multidão - Devemos aproveitar e continuar, quanto mais ficamos nas estradas mais fácil dos Alemães nos acharem.

    Yossel sabia o que fazer quando avistasse algum perigo, agora era apenas se focar em chegar em Amsterdam, a destruição deixado pelos alemães aumentava a ira de Solomon.

    *Se Deus permitir isso não vai ficar assim* divagava em sua mente.  

    Então prosseguia na frente da multidão e ele entoava uma canção que falava sobre cura.

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    Mensagem por Nietzsche Dom Ago 05, 2018 11:04 am

    O Retorno
    O perigo havia passado, os refugiados seguiam a estrada de terra, aparentemente tinham eleito sua liderança, mesmo sem a necessidade de uma aclamação oficial. O fascínio era perceptível no olhar de cada um deles, todos seguiam Solomon Boheme, acreditando ser um enviado do Senhor, o próprio Rei David entre eles.

    Uma das matriarcas se aproximava e cumprimentava o desconhecido com respeito, agradecendo e questionando sobre quem ele era e o que deveriam fazer. A atenção de todos os integrantes ao redor se voltavam para os dois.

    Solomon se identificava como Eleazar, um dos valentes guerreiros do Rei Davi. Outrora lutou contra seus inimigos com tanta convicção de vitória e determinação, que a sua espada ficou apegada a sua mão, diz a Bíblia, e naquele dia D'us operou um grande livramento. Quantas vezes em momentos de lutas, tribulações e adversidades a primeira coisa que fazemos é desprezar a espada, isso não é ser um valente, pois o valente se apega a espada, e não a abandona jamais.

    Enquanto caminhavam, Solomon ou Eleazar, entoava um antigo mantra de cura em hebraico, o mesmo que Moisés fez para que o Eterno curasse sua irmã, Miriam. As pessoas repetiam, judeus e gentis, homens e mulheres, idosos e jovens. À medida que caminhavam e cantavam, era como se o caminho encurtasse, junto da tristeza e do sofrimento que vivenciavam. A felicidade surgia no momento que avistavam Amsterdam, o coração do corista acelerava, eram muitas lembranças e sentimentos da cidade, mas finalmente havia chegado no destino que vislumbrou nas visões do Altíssimo.

    As pessoas comemoravam, algumas correndo para dentro da cidade a pouca bagagem que levavam, outras choravam ou ajoelhavam no chão, agradecendo a D'us por terem conseguido chegar. Todavia alguns se dirigiam a Eleazar, questionando qual o próximo passo, agora que haviam alcançado Amsterdam.

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    Mensagem por Van Bash Qua Ago 22, 2018 11:52 am


    Zumbidos Divinos
    RUAS DE AMSTERDÃ

    A primeira parte da sobrevivência em tempos de guerras era ter abrigos seguros, suprimentos e rotas seguras de fuga caso o refugio principal seja invadido. Além de tudo isso, Solomon sabia que o principal era ter fé, cada provação é uma oportunidade de se iluminar e transcender. Eram poucas as pessoas que tinham a mente evoluída como o rabi se apresentava para os refugiados como Eleazar.

    Então Eleazar sentia que o amor e sua fé voltavam a ele em forma de confiança, admiração e respeito, e agora mais do que nunca ele não podia falhar. Chegar em Amsterdã é só começo de uma longa jornada. Não sabia o quanto essa guerra iria se arrastar, mas pelo seu conhecimento rudimentar sobre como funciona a medida de tempo, algumas semanas poderiam parecer uma eternidade, agora imagine anos.

    Alguns dos refugiados seguiram seu caminho, mas aqueles que ficaram com Eleazar teria uma chance com o Rabi. E logo a responsabilidade de ser um mestre recai sobre ele o que decidir com aqueles que acreditam em sua missão e fé.

    -Deus nos dará abrigo, assim como nos deu nossa terra prometida em nossos corações devemos achar um local apropriado. Como se chama irmão? – pergunta para o homem que se pronunciou – Agora, meu irmão devemos saber quantas famílias estão conosco aqui, você poderia fazê-lo?

    Então enquanto o homem ia catalogando quantas famílias estariam ali com eles nessa jornada Solomon puxa sua estrela de Davi a sua torá e começa ler, conforme ia lendo as imagens de vários prédios iam surgindo em sua mente, logo o bairro inteiro estava como em uma planta baixa, tudo desenhado como se uma visão divina revelasse cada construção, becos, subterrâneos. Então faz um ajuste na estrela de Davi a invertendo-a sob a Torá e logo conseguia sentir onde havia seres pensantes dentro das construções, assim procuraria um prédio vago onde todas as pessoas não estavam em casa ou haviam abandonados devido a guerra. Esse era o primeiro passo catalogar o bairro e saber onde iriam ficar.

    Então um frio em sua espinha o gela e o tira de suas orações, o zumbido característico de uma energia primordial zunindo em seus ouvidos era nítido que algo místico estava acontecendo, e Deus nunca faz nada por acaso, ele teria o dever de ver o que estaria acontecendo, mas a pergunta mais sabia era, se ele pode ter sentido essa energia outros também poderiam ter sentido e poderia ser perigoso levar todos os refugiados com ele, mas ele têm o dever divino de averiguar o que estaria ocorrendo. Então para o que estava fazendo vai até o homem que se dipôs a ajudar e pede.

    -Vou verificar uma coisa e logo estarei de volta, tentem evitar os Nazistas e se agrupem, fiquem juntos logo estarei de volta, vou procurar um canto para ficarmos essa noite.
    – após falar nem espera a reação do homem e parte em encontro do zumbidos que iam crescendo conforme ia chegando.


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    Mensagem por Nietzsche Qua Ago 22, 2018 12:23 pm

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