[Floresta Alta] Coração da Floresta

Coração da Floresta

Aventura 3 - Segundo dia

Faia

Depois que saíram daquele templo, a Faia e as sacerdotisas seguiram pelas ruas de Lars-Friehba com pressa. Indo pela rua principal do Bairro dos Templos, elas subiram dois quarteirões longos e depois, dobrando à direita já estavam saindo da zona urbana da cidade. Ainda andaram por quase meia hora sem trocar palavras até que chegassem à borda da Floresta Alta. - Vamos para o Coração da Floresta.

O coração floemático da Faia bateu com força. Ela seguia para o local que procurara durante os últimos anos de sua vida. A viagem floresta a dentro durou ainda o resto do dia e uma parte do dia seguinte. Quando finalmente pararam, já passava do meio dia e não tardaria até que o sol começasse a se por. A viagem também foi silenciosa. Uma das sacerdotisas não havia falado jamais. A outra, ocasionalmente dava algum alerta à Faia ou dizia que era momento de descansar e de levantar. Mas ambas disseram muito poucas palavras desde que saíram do Templo da Mãe do Mundo. A hamadríade encarou aquilo como uma espécie de preparação ritual. Um adentrar no Coração da Floresta que não era apenas espaço geográfico, era mais. Era diferente.

Sentaram-se em uma pedra coberta de limo. Naquela altura da floresta, o sol só chegava através de milhares de folhas, por isso, havia uma penumbra quase constante, salpicada de pequenos pontos de luz. - Em breve vamos chegar ao nosso destino. Aqui é o local para fazer todas as perguntas. E é também o local que iremos colocá-la à prova. Mas depois que fizer as perguntas que tiver. Só um coração confiante pode entrar no Coração da Floresta e sair depois.

@Garahel segue jogo .

Coração da Floresta

Aventura 3 - Segundo dia

Faia

- Você parece decidida...A sacerdotisa olhava no fundo dos olhos da Faia. Parecia perscrutar o seu interior como quem olha a superfície da um lago cristalino. - ... Mas para entrar no Coração da Floresta é preciso mais que determinação. É preciso ser capaz.

Ela pôs as duas mãos nos ombros da Faia. Seu toque era terno, mesmo para a pele lenhosa da hamadríade. - Vistes as criaturas que estavam no Templo da Mãe do Mundo. Vais ver agora coisa muito pior. Terás que ver e voltar e continuar decidida a prosseguir. - As mãos que estavam nos ombros escorregaram pelos braços até que as duas estivessem de mãos juntas. - Ao norte daqui havia um pequeno assentamento de fadas. As sombras encobriram o lugar. Porém, ainda há algo importante lá. Busque-o. Traga-o. Então veremos se poderás entrar no Coração da Floresta.

Ela levantou-se e apontou uma direção. - É por ali.

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Aventura 3 - Segundo dia

Faia

A guerreira levantou-se apoiando-se em seu bastão. Estava decidida e as sacerdotisas viam isso em seu olhar. Isso também fora o bastante, pois ela saiu dali sem dizer mais palavra alguma. Começou a caminhar na direção indicada, sem saber ao certo que caminho tomar. Mas ela era uma rastreadora. Cedo ou tarde encontraria o caminho acertado.

E assim foi. A Faia caminhou por três horas, observando tudo e sendo atenta a cada detalhe. Aquilo já começava a esgotá-la mentalmente, era, porém, preciso que desse o melhor de si. Ao fim da terceira hora, ela percebeu um aroma pestilento vindo junto com uma muito sutil corrente de ar. Bem dentro da floresta, por causa da transpiração das árvores, o ar é úmido e estagnado. Era incomum correr brisas, normalmente isso indicava estar próximo de algo, fosse um rio, fosse uma clareira. Mas a preocupação da dríade que com o odor, não com a brisa. Parecia carregar doença e corrupção. Segurou firme seu bastão, finalmente havia encontrado a trilha certa.

Começou a avançar com mais rapidez. Notou que a quantidade de cipós que havia apoiados nas árvores aumentaram consideravelmente. Se indagava o que queria dizer. Não tinha certeza. Seus avanços pararam quando ela viu, de longe, cerca de vinte metros, uma pequena clareira, pequena mesmo, de cerca de quatro metros de diâmetro. O chão lá não era o forro natural da floresta, era calçado em pedra. Porém, a pedra estava enegrecida e rachada em alguns pedaços grandes. Houveram inscrições algum dia nela, mas de longe a guerreira não conseguia distingui-las, embora visse que estavam gastas e semi-apagadas por conta de algum fator externo. Aspirou o ar e sentiu mais forte o odor pútrido que havia sentido. Ele descia por aquela clareira até adentrar pela floresta.

Aproximou-se com cuidado e cautela. Observando com atenção os arredores, que estavam silenciosos como num cemitério. A mata nunca está totalmente em silêncio. O barulho da fauna, mesmo o farfalhar da flora, faz com que o silêncio da floresta seja um leve burburinho de vida acontecendo. Ali não. Ali reinava o silêncio da morte. Quando estava bem próxima da clareira, há cerca de dois metros de pôr os pés no círculo de pedra, ergueu os olhos e viu: inúmeras construções, cobertas por folhas e fuligem, sem o brilho característico que ela lembrava de Kej-Diehe. Era desolador. Aquela pequena vila vertical se erguia apoiada nas árvores. Se erguia, pois ali havia apenas a carcaça inerte.

@Gaharel existem cipós que ligam as construções mais baixas ao círculo de pedra. Se for subir por eles, faça uma jogada de desafio de Força.

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Aventura 3 - Segundo dia

Faia

Ela testou alguns dos cipós até achar um que julgou assaz firme para suportá-la. Agarrou-se nele com vontade e começou a erguer-se em direção às construções acima de sua cabeça. Logo estava numa das varandas que formavam aquela vila suspensa. O mesmo silêncio que pairava lá embaixo se mantinha em cima. Nem mesmo o cantar de um pássaro quebrava aquele sentimento sepulcral.

As construções eram feitas basicamente de madeira e a Faia pode constatar que a maioria delas estava gasta, gasta até quase o limite. Vigas e pisos acinzentados, entremeados por veios verde escuro, sinal de musgos que se acumulavam. Ela não era especialista em construções, aquilo porém, deveria fragilizar as peças, sem dúvidas. Ali, de dentro da vila, a hamadríade notou também que havia uma série de escadas e de pontes de cordas ligando os diversos níveis e um lado ao outro da clareira.

Ocupou-se ainda em vasculhar a construção que chegara. Parecia se tratar de um posto de vigia, nada mais que uma sala, uma latrina e um cubículo onde poderia se deitar alguém, onde haviam restos do que talvez um dia foi uma cama de forragem. O que quer que tivesse que encontrar, ela precisaria subir ainda mais.

@Garahel jogada de desafio de Percepção

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Aventura 3 - Segundo dia

Faia

A guerreira começou a se locomover por aquelas pontes de cordas. Elas rangiam sob o peso do corpo lenhoso da Faia. Porém, pareciam suportá-la sem problemas. Foi de um lado para outro e o aspecto de desolação continuava. Subiu escadas e quando já chegava ao terceiro nível de construções ela ouviu um ranger de tábuas que não foi sob seus pés.

Virou-se preparada, com suas armas a postos*. As cores daquela vila se confundiam com as das árvores. Era difícil dizer onde começava folhagem e onde terminava paredes de madeira cobertas de musgos e acinzentadas. Seus olhos correram de um lado para o outro sem achar exatamente a origem daquele barulho. Era possível que fosse apenas as tábuas velhas se contorcendo ao sabor do tempo? Perfeitamente. Ela, porém, não pretendia apostar nessa possibilidade.

Outro rangido! Ela virou-se, estava à sua esquerda - à direita o vazio da clareira que levava até o círculo de pedra, metros e metros abaixo - viu-lhe, horrendo, espreitando pelo vão de uma porta. Um ser pela metade, uma perna, um braço, um olho, contorcido sobre si para equilibrar aquele corpo desigual. Seu olho enorme e amarelado, sem pupilas ou íris, parecia ainda assim cravado sobre a Faia.

@Garahel essa é uma criatura Horripilante. Faça uma jogada de desafio de Vontade, se falhar, você ganha 1 ponto de Insanidade. Quaisquer ataques feito contra criaturas Horripilantes sofrem 1 Perdição. Depois que você postar vamos começar o combate. *Escolha que arma você sacou.

Coração da Floresta

Faia

Combate iniciado aqui.

Coração da Floresta

Aventura 3 - Segundo dia

Faia

A queda daquela criatura rompeu a ponte de cordas que a Faia estava. Ela sentiu o corpo caindo e estendeu as mãos em busca de um apoio onde pudesse se segurar. Sua mão lenhosa, por sorte, encontrou-se com uma das cordas arrebentadas e a Faia segurou-se com toda a força que tinha.

Viu o corpo da criatura esborrachar-se no chão lá embaixo. Ela por sua vez, esforçou-se para erguer-se através daquelas cordas, mas com o esforço chegou até o outro lado. Ela arfava depois daquele encontro desafortunado, mas precisava continuar. Logo que retomou o fôlego, a Faia tratou de continuar seu caminho. Por entre as construções, viu uma escada, que parecia ser esculpida na própria árvore. Sentiu que aquele era o caminho certo e por ali seguiu. Aquela escada subia ainda muitos níveis e, através dela, a Faia foi arrodeando as construções e vendo outras perspectivas daquela cidade elevada.

Chegou por fim ao que parecia ser o topo da escada, que dava numa espécie de varanda de formato quase hexagonal. Ao centro, havia uma mesa grande, também de seis lados e na borda dessa mesa, havia inscrições em élfico. Ela aproximou-se e a contornou com cuidado. Dizia: 'A mesa dos seis foi erigida sobre o anel de Thallan, o grande guerreiro, para que os que aqui sentem tenham dele as virtudes.

@Garahel Dei um fastfoward para podemos concluir isso aqui desculpe a demora. Espero que ainda possa postar.

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Aventura 3 - Segundo dia

Faia

A guerreira arbórea sentou-se numa das sedes vacantes ali dispostas. Nenhuma delas parecia mais importante que as demais. Uma vez ali sentada, não pareceu se sentir especialmente abençoada por força nenhuma ou mesmo sensivelmente mais virtuosa. Releu a frase. 'A mesa dos seis foi erigida sobre o anel de Thallan, o grande guerreiro, para que os que aqui sentem tenham dele as virtudes'. A mesa hexagonal era feita de madeira cuidadosamente lustrada e mesmo com o tempo indefinido de abandono, mantinha o brilho daquele tratamento. É verdade que estava coberta com algumas folhas secas e flores murchas, além de uma ou outra mancha de frutos que deveriam ter caído, pois ela não estava sob uma área coberta, tendo acima dela mesma apenas as copas das árvores - ainda que as construções continuassem subindo mais um pouco.

Passando a mão sobre a mesa e afastando um pouco os detritos que haviam sobre ela, a Faia observou que havia juntas nela. Embora de longe não as houvesse visto e havia crido se tratar de uma peça de madeira maciça, havia se enganado. E claro, a mesa era demasiado grande, seria preciso um tronco de uma árvore talvez milenar para executá-la. As juntas eram perfeitas e praticamente invisíveis. A mesa de fato fora erigida.

@Garahel Segue baile.

Coração da Floresta

Aventura 3 - Segundo dia

Faia

O chute a fez gemer de dor, mas fora crucial para ajudá-la naquele mistério. Depois de ter golpeado a mesa, a Faia observou que um dos pedaços havia subido questões de milímetros da junta. As juntas eram perfeitas e por isso, estavam tão somente encaixadas. Ela seria capaz de com algum tempo e algum esforço, desmontar a mesa por inteiro.

Aquele pequeno fato e a frase que martelava em sua cabeça - "foi erigida sobre o anel de Hallam" - pareciam fazer sentido. Será mesmo que dentro daquela mesa havia o tal anel? Seria isso que ela fora enviada para buscar?

Coração da Floresta

Aventura 3 - Segundo dia

Faia

Dividida entre a profanação de um local sagrado e sua única aparente opção, a Faia começou a forçar aquelas partes da mesa a fim de desmontá-la. Aquela tarefa era morosa e mais lenta do que ela imaginou a princípio. As partes estavam encaixadas de uma forma praticamente perfeita, o que acabava exigindo muita força da guerreira. E mesmo que a Faia fosse bastante forte, o esforço contínuo era extenuante.

Quando tirou a sexta e última peça da mesa, a noite já caía. Restava somente o pedestal da mesa, também feito em madeira e com um encaixe também hexagonal, onde haviam se apoiado cada uma das seis peças. Passou as mãos sobre aquela peça de madeira e notou no encaixe um oco. Bateu com os nós dos dedos e confirmou. Com cuidado removeu uma espécie de tampa, de pouco mais de quinze centímetros.

Se revelou diante dela uma espécie de caixa de jóia, recoberta com um veludo vermelho, e nessa pequena caixa estava ali um anel. Um anel de madeira e ouro, estando o metal colocado nos veios da madeira, como uma seiva que ainda corria. Aquele era o Anel de Hallam.

Fim da Aventura 3 para Faia

@Garahel vamos atualizar sua ficha e chegar na aventura 4 que vc já deveria estar há muito tempo

Floresta Alta - Lado Ocidental

Aventura 4 - Primeiro dia

Faia

Dias se passaram desde que a Faia voltou do Coração da Floresta. Ela trazia consigo o Anel de Hallam. As sacerdotisas a receberam com uma alegria pacífica e daquele dia começaram a iniciá-la na Fé Antiga. Era claro que ela mesma já sabia algumas coisas, mas nunca havia sido iniciada de forma integral. Aquele era o caminho para tornar também ela um druida.

E se tornando uma druida, ela tornou-se ainda mais observadora da natureza ao seu redor. Por isso, ela e as sacerdotisas logo observaram que algumas plantas estavam crescendo mais que o normal. Bromélias que deveriam ter no máximo 40 centímetros apareciam com praticamente um metro de altura. Alguns gramados que antes davam na altura dos joelhos se tornaram cortinas onde qualquer uma delas poderia se locomover sem ser sequer percebida. Algo perturbava o equilíbrio delicado da floresta.

Naquela manhã, quando a Faia se levantou, as duas sacerdotisas estavam sentadas sobre as pedras que lhe serviam de banco em volta da pequena fogueira. Estavam ambas de olhos abertos, porém, de seus olhos emitiam uma luz esverdeada. Pareciam estar numa espécie de transe, o qual durou ainda uns dez minutos. Ao fim desse tempo, ambas abriram de fato os olhos e a sacerdotisa que nunca falava desfaleceu. A outra lhe acorreu, evitando que batesse a cabeça no chão. Após sentá-la mais uma vez, dessa vez no chão e encostada na pedra, ela virou-se para a Faia:- A sombra já está cobrindo a ilha.

@Garahel me responde no tópico da trilha de especialista e recomeçamos.