A Ponte do Arco (Avalon, Lothiriel, Icarus, Necross e Nuala)

Ávalon e Lothiriel voltam ao templo que tinham visitado há alguns dias atrás. Ao chegarem próximos a fonte da deusa com os bustos de fora, os dois surpreendem-se ao ver, entre muitos sacerdotes que caminhavam pelos jardins do Templo, a figura decrita por Arthminos.

Era um elfo, com cabelos brancos que desciam até suas ancas, não portava arma e vestia vestes com rendas em prata e ouro. Yirlan caminhava tranquilamente absorvendo a paisagem, com uma expressão serena e com as mãos para trás.

Necross

O sujeito responde:
- Olá. Sim, irei participar do torneio, estou aguardando o meu embate começar. Não sou dessa cidade, mas sei que existe uma pequena biblioteca perto do Rio Arkhen, na rua Tumor de Serpente.

O necromane sorri e responde:

-Muito brigado senhor e boa sorte!

O necromante sai ainda meio desgostoso por não ter entrado no torneio, então ele segue até a rua Tumor da Serpente, assim que encontra a biblioteca ele e adentra e fala com a atendente:

-Bom dia senhorita, poderia me informar se há livros ou pergaminhos que contam a história do Vale do Arco em específico desta cidade? Sou de fora da cidade, mas sempre admirei os vales, e o vale do arco sempre me agradou mais.

Lothíriel já estava bastante impaciente para começar a colocar o plano em prática e finalmente retornar para junto aos pégasus, ela então vai até o Elfo descrito e diz com uma voz suave e doce feito mel:

Bom dia! O senhor é Yirlan Alkátran? Temos uma perguntas e precisamos da sua ajuda para encontrar as respostas.

Avalon e Lothiriel

O elfo franze a testa em desconfiança, e apenas diz:
- Pois não...?

Necross

A biblioteca nada mais do que uma casinha pequena abarrotada de livros, livros nas estantes, livros nas prateleiras, livros no chão, livros nas mesas. Uma velha senhora gorducha está sentada numa cadeira diante de vários outros livros.
- Humnmnm... um livro que conta a história dos Vales? Humnmnmn... deixa eu ver - ela se levanta com dificuldade e vai até uma das estantes. Coloca um óculos e começa procurar até achar um volume bem grosso. - Humnmnm... aqui está, este é um dos livros mais preciosos que tenho por aqui. Seu empréstimo custa 5 peças de ouro e você deverá devolvê-lo a mim amanhã de manhã.

O necromante retira 5 peças de ouro e entrega a mulher então agradece e se retira em direção a Arena, ele irá assistir as duas lutas e logo em seguida irá para seus aposentos e passará o resto do dia e a noite inteira lendo.

Ela então se aproxima um pouco mais do Elfo e diz:

Gostaria de falar sobre Aencar, o Rei dos Vales.

- Aencar? Não tenho nenhuma relação com ele - diz o elfo, que apressadamente trata de voltar a caminhar, como se a conversa tivesse acabada.

Nuala decide esperar por um tempo caminhando um pouco pela cidade, sem ir muito longe e conhecendo melhor o lugar onde ela acabou indo parar inesperadamente.
Ela começa a observar tudo a seu redor, procurando por coisas interessantes para ver ou lugares para entrar, sempre prestando atenção ao momento em que sua vez no torneio se torne próxima.

Lothìriel não se contenta com a resposta e diz:

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Por favor senhor! Precisamos muito da sua ajuda. Os vales correm perigo e sem a sua ajuda muitos inocentes, além de animais e plantas irão morrer. Por favor!

Avalon somente observa as palavras de Lothiriel, testando para ver o quanto ela pode ser boa em convenser as pessoas.
caso ela n consiga ele tomara a iniciativa de falar

O elfo abaixa a cabeça, conformado.
- Tá, pode ser que eu o tenha visto uma ou outra vez em minha extensa vida. O que vocês querem saber dele? - ele olha de Lothiriel a Avalon, vendo qual seria o próximo a se pronunciar.

Lothìriel volta a se pronunciar:

-Senhor, sabemos que você fez parte do grupo de Aencar. E conseguimos descobrir que a única chance que temos para salvar tudo e a todos das forças do mal, que vem crescendo e devastando tudo por onde passar, será seguindo os passos de Aencar. E tenho a certeza senhor, que pode nos ajudar.

-Conte nos por favor a história de Aencar.

Ela então se cala, voltando todos os seus sentidos para as reações e palavras do velho elfo.

Yirlan suspira profundamente. A ninfa além de bela era doce com as palavras. Foi com uma espécie de dor ressentida que ele começou a narrar os acontecimentos de tanto tempo atrás.
- Aencar Burlisk foi criado por elfos no Vale da Batalha. Lá ele aprendeu estratégia militar e a conhecer o terreno florestal, além de várias outras habilidades que lhe seriam úteis em sua ascensão. Eu fui treinado ao lado dele e posteriormente formamos um grupo de mercenários em Sembia chamado Manto Armadurado. Fizemos vários serviços em terras estrangeiras, até que Aencar resolveu voltar ao seu lar. Porém o Vale da Batalha encontrava-se oprimido por mercadores corruptos e ladrões comuns. Nós, o Manto Armadurado, tratamos de colocar as coisas em ordem. Em 1030, Aencar foi proclamado Lorde do Vale da Batalha. Ele era um bom líder, determinado e rígido, além de um exímio combatente. Liderou o povo do vale com punhos de aço. Porém quem bebe uma vez a água do poder, não quer parar mais de beber. Aencar começou uma campanha para se tornar o Rei dos Vales, marchando com o seu exército e conseguindo a lealdade das pessoas com promessas de um futuro melhor. Nem todos os Vales cederam à ele, como por exemplo o Vale das Sombras, mas a grande maioria passou a ver em Aencar o seu grande herói. Só que um herói possui inimigos e quanto melhor herói você é, melhor os inimigos são. Um mago amaldiçoou-o com uma doença terrível, e foi aí que o grande reinado de Aencar começou a ruir. A derradeira batalha aconteceu em sua mansão, quando tudo era pra ter sido uma festa, acabou em tragédia com a conspiração dos magos inimigos. Mas senhorita, por que me pede para lhe contar esta história? Esta história parte a minha alma, pois de nada pude fazer para ajudar o meu senhor.

A ninfa toca o ombro do velho e diz olhando profundamente seus olhos, Irlan podia vez o verde cintilar como uma esmeralda.

-Senhor, sei que já viu e viveu muito e que essas lembranças correm o seu coração mas precisamos destas informações para conseguirmos afastar os perigos que estão por vir. E como já disse, a sua experiência poderá nos salvar e um dia, não hoje e nem amanhã, mas daqui a um bom tempo canções serão cantadas pelos bardos sobre um corajoso senhor chamado Yirlan Alkátran,àquele que ajudou a trazer devolta a paz aos vales. E onde é que Aencar estiver ele se orgulhará de você.

Dessa forma ela continua as perguntas:
-Esse mago maligno ainda vive?? Acha que podemos conseguir o que Aencar conseguiu? Dê-nos uma luz para começar, guie nos no que o senhor puder.

- O mago era Alacanther de Arrabar, ele queimou Aencar em sua própria mansão. Ele não mais vive - o elfo suspira. - Ninguém conseguirá fazer o que Aencar um dia fez pelos Vales. Ninguém possui a perícia, a audácia e a determinação do único Rei dos Vales. Sinceramente, não sei como poderia ajudá-los.

A ninfa se aproxima ainda mais do velho elfo e diz olhando profundamente em seus olhos:

-Não tenho dúvida de que Aencar foi um grande ícone. Mas senhor, creio que está subestimando-me e subestimando ao meu companheiro. Estou disposta a passar por cima de quem quer que seja para salvar àqueles que merecem e tirar de circulação todos aqueles que não merecem.

-Sabemos que Aencar utilizou-se de itens mágicos para conseguir seu objetivo. Poderia falar sobre eles? E que mansão é essa a qual se refere?

O necromante queria saber onde se vendiam pergaminhos na cidade, ele sai andando e perguntando as pessoas:

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Caso não consiga o necromante oferecerá 1 moeda de prata pela informação.

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Yirlan diz:
- Você não conhece a Mansão de Aencar? Fica nas proximidades da cidade de Essembra, no Vale da Batalha. Dizem que o local é mal assombrado. Sobre os itens mágicos dele, talvez você encontre alguns no casarão. Ou pode ser que os magos malignos que o mataram tenham roubado todos eles, não saberia dizer. Mas o item mais precioso dele era o seu estandarte de seda, com o seu símbolo gravado magicamente com sangue de dragão. Era um item que despertava medo em seus inimigos e dava esperança aos seus aliados, principalmente ao povo dos Vales. Aencar nunca perdera uma guerra ao lado de seu estandarte, porém numa de suas últimas cruzadas, ele o perdeu num templo abandonado da cidade de Myth Drannor. E, coincidência ou não, logo depois ele começou a perder o seu poder e a sua altivez de outrora.