ON Satoshi: Truque de mestre

A mulher raposa amplia o sorriso quando vê que, apesar dos óculos escuros que o homem usava, seu encantamento estava surtindo efeito o suficiente para que ele quisesse retirar os óculos.

- Não ti-re os ó-cu-los, Não ti-re os ó-cu-los, Não ti-re os ó-cu-los, Não ti-re os ó-cu-los – Satoshi voltava a ouvir a voz inconfundível de Jackie em sua mente – Pode chamar isso de um novo mantra, mas eu vou repetir enquanto eu puder, afinal o que um corvo e uma garotinha podem fazer contra esse... mulherão, devo admitir, então.... Não ti-re os ó-cu-los, Não ti-re os ó-cu-los, Não ti-re os ó-cu-los – A ave continuou em uma clara tentativa de distrair Satoshi dos encantos da raposa. - Não ti-re os ó-cu-los, Não ti-re os ó-cu-los, Não ti-re os ó-cu-los... Se quiser pulo em uma patinha pra ver se dá mais efeito... Sato, cara... Pelo amor do Sr Koenma... Não tira essa merda de óculos

O sorriso de Mio se amplia e ela morde o lábio inferior quando a mão de Satoshi se aproxima mais do rosto

- Isso querido! – A voz de Mio era extremamente melodiosa aos ouvidos do rapaz – Tire os óculos e olhe para mim, veja como sou linda... – Ela passa a língua sobre os lábios – Tenho certeza de que gostaria de me beijar... quer me beijar, querido? Hein?

Mas a raposa não havia percebido que com a outra mão o rapaz havia alcançado sua bolsa, procurando dentro dela algo que pudesse ajudá-lo a repelir o encantamento que a mulher estava exercendo sobre ele.

Sem conseguir se concentrar muito em procurar por algo específico, Satoshi agarra o primeiro amuleto que sente e percebe que era a pequena lagartixa, puxando-a para fora da bolsa.

Nesse momento além da cauda que o mantinha enlaçado, Satoshi passa a sentir outras caudas de Mio em seu corpo, uma delas acariciava a parte de dentro de sua coxa, se aproximando de forma bastante insinuante de sua genitália, enquanto outra subia por seu peito e acariciava a curva de seu maxilar

Mesmo segurando o novo amuleto, com tanta investida de Mio talvez as coisas realmente tivessem ficado complicadas para o rapaz se um barulho por entre as árvores não houvesse chamado a atenção de todos, inclusive de Mio que para as investidas com a cauda ao perceber quem se tratava.

Satoshi vê surgir um homem de cabelo vermelho e um rosto um tanto andrógino acompanhado de uma jovem moça de cabelos loiros e olhos claros, e ambos pareciam estar preparados para enfrentar Mio

Kurama e Kariane:

- Kurama! Srta Kariane! – A voz aliviada de Sayaka é ouvida, revelando a ele o nome dos dois recém-chegados – Que bom que chegaram! Nós já estamos com problemas aqui...

- Ora, ora... Se não é meu traidor favorito... Kurama-Youko – A voz de Mio soa irônica enquanto ela aperta a cauda em torno de Satoshi

Aviso!

@Askalians a partir de agora vc passa a jogar aqui com a Kariane (O tópico próprio dela continuara ativo também)

@yiwic42 vc pode postar normalmente, ao menos por enquanto não precisa esperar a Ask postar para responder ^^

(...)
No meio daquela cacofonia de caudas salientes tudo o que eu consegui fazer foi colocar uma lagartixa seca entre a minha cara e a da raposa, pra evitar o beijo mágico. Sim, Sen, eu sei que uma lagartixa seca não se parece em nada com um selo mágico, mas na hora do desespero a minha mão foi menos esperta que eu, o que eu vou fazer? Àquela altura eu só conseguia sentir o subir e descer de caudas felpudas pra cima de mim, não é como se meu tato estivesse podendo se concentrar em outras coisas.

Enfim, por um momento, achei que tinha dado certo, quando ela parou de puxar meu rosto na direção do dela, mas logo me dei conta de que não era a lagartixinha nada! Ela interrompeu o encanto que lançava em mim para poder dizer, para alguém que chegava atrás de onde eu estava:

- Ora, ora... Se não é meu traidor favorito... Kurama-Youko.

E vou te dizer, Sen, que se eu estivesse no lugar dela ele também seria meu favorito. Um pedacinho de mal caminho o rapaz que chegou de entre as árvores, junto com uma outra moça, ambos claramente conectados ao mundo espiritual de alguma forma, pelo que pude sentir naquele momento.

- Por que não solta o rapaz e assim podemos resolver isso da melhor forma possível? - disse a moça, provavelmente a detetive que Sayaka mencionara mais cedo; e fiquei grato pela preocupação dela, uma das caudas estava segurando tão firme minha perna que eu já estava sentindo a pontinha do pé começando a pinicar.

Enquanto a raposa se distraía com os recém chegados, me recompus como pude. Coloquei de volta meus óculos escuros, segurei firme a lagartixinha entre a minha cara e a da raposa, e telepatei para o Jackie: "Tenta chamar a atenção dessa galera pro maluco caído no chão, nós temos que tirar duas pessoas de perigo, não apenas uma!"

Depois que estava com os óculos, ficou mais fácil me concentrar de novo. Eu ainda estava sentindo os efeitos do encanto dela, até porque uma das caudas dela tava pegando bem na pontinha da minha orelha, e você sabe como isso é, Sen; mas eu sou um excelente ator, ou não teria um terço dos meus clientes, então tentei encarnar o ar mais descolado possível quando disse:

- Pois é, dona Mio, acho que me soltar vai ser melhor pra todo mundo. Até porque você não faz muito meu tipo, vai ficar se cansando em tentar me enfeitiçar assim! Por que você não... - pausei rapidamente, tentando estimar qual dos meus novos companheiros apresentava uma aura mais poderosa - por que você não tenta encantar o tal traidor favorito lá? Ele é até mais bonito que eu, dependendo do ângulo que você olhar...

Se conseguíssemos convencê-la a me soltar, talvez eu pudesse ainda resgatar o idiota caído, e quem sabe meus companheiros fossem do tipo que lança rajadas espirituais e não-sei-mais-o-quê que o Tio tanto fala.
(...)"

off:

Mio mal teve tempo de terminar a frase quando sente algo de uma textura estranha tocar seus lábios.

A kitsune ergue uma das sobrancelhas e volta sua atenção para o rapaz que mantinha preso por suas caudas. Quando percebe que se tratava de uma lagartixa seca e que Satoshi havia recolocado os óculos ela franze a testa em desagrado e a cauda em torno da cintura dele se enrola com mais força, o apertando mais, enquanto outra cauda subia pela lateral do corpo dele até alcançar o rosto.

- Hahahaha... Ora, querido... – A voz dela era irônica e demonstrava todo o seu desgosto. – Acha mesmo que eu não conheço o “truque” da lagartixa? – Mio passa a língua pelos lábios – Você vai ter que fazer melhor do que isso... – Ela diz segurando a mão dele e afastando de leve a lagartixa de seu rosto.

Jackie se agita ao receber a mensagem de Satoshi.

Ele era um familiar. Um animal mágico ligado a um ser humano com sensibilidade espiritual o suficiente para que uma ligação fosse criada. Sabia que somente seres com o mesmo tipo de sensibilidade poderiam se comunicar facilmente com ele e por entender que não havia tempo a perder, Jackie concentra sua telepatia em Sayaka que por ser primordialmente uma criatura espiritual consegue entender a mensagem.

- Pessoal, aquele que Mio está prendendo é o Satoshi, o aprendiz de magia espiritual que o Koenma comentou com você Kurama – Seguindo a orientação de Satoshi e Jackie, a garotinha orienta os dois detetives – Mas ele não é o único que está em apuros... – Ela aponta para o rapaz caído ao chão, que continuava em seu processo de transformação apresentando cada vez mais características de raposa.

Kurama balança a cabeça afirmativamente para Sayaka e Kariane, assumindo uma expressão mais séria, fazendo surgir o seu chicote de espinhos




- Mio... Quanto tempo... – Kurama se dirige a Kitsune – Mas não posso dizer que estava com saudades – Ele olha para o rapaz caído – Parece que terei que estragar seus planos...

Sem perda de tempo ele brame o chicote que se estica até alcançar um dos pés do rapaz, o envolvendo.

Ao perceber a intenção do youko, Mio usa uma de suas caudas que se enrola no outro pé do rapaz na tentativa de impedir que Kurama o puxasse.

Ela ouve a voz de Kariane falando sobre soltar o mago e sorri com escárnio olhando brevemente para a moça loira.

- O que é isso, Kurama? Eu sábia que agora estava andando junto com a escória, mas antigamente pelo menos você tinha bom gosto – Ela diz com desdém e morde os lábios – Soltar o rapaz para resolver da melhor forma? HAHAHAHA – A risada é alta e estridente quando olha para Kariane – Ela é sem sal e sem atrativos, mas pelo visto tem senso de humor. – Ela volta a olhar para Kurama. – Se bem que tenho certeza de que comigo você iria se divertir bem mais e você sabe disso... Eu sei que você se lembra de quando andávamos “Juntos”

Mio enfatiza a última palavra quando Satoshi fala e a faz olhar para ele mais uma vez. A Kitsune faz biquinho, como de quem estivesse ofendida pelo que ele havia acabado de dizer.

- Hum... Eu não acho e não quero te soltar. – A cauda que subia pela lateral do corpo de Satoshi finalmente alcança o rosto do rapaz e passa a acaricia a bochecha dele. – Claro que ele é bonitão, mas e quem disse que para ter um eu preciso abrir mão do outro... Eu posso ter os dois... Iríamos nos divertir tanto... Sim, eu sou gulosa – Mio ergue uma sobrancelha e sorri divertida – Eu não faço o seu tipo, é? – Ela aproxima mais o rosto do dele. – Pois eu tenho certeza de que faço e nem preciso muito do meu feitiço.

Mio faz um movimento rápido e dá uma lambida no pescoço de Satoshi ao mesmo tempo que a cauda em seu rosto tenta retirar o óculos dele.

OFF:

"(...)
E era nessa maçaroca que eu estava, Sen, muito graças a você, como não me canso de dizer: agora, além de minha calça nova coberta de pelo de raposa, meu pescoço também estava todo molhado de baba. E eu não tinha muita opção de ação, pelos meus cálculos! Conseguia ainda segurar os óculos e a lagartixa entre eu e Mio, mas sabia que qualquer movimento em falso e eu poderia ceder ao seu feitiço de novo.
Meus objetivos estavam claros pra mim: me desenrolar daquele monte de caudas salientes, agarrar o maluco caído no chão, e sair do alcance da kitsune o quanto antes; com sorte, meus novos amigos seriam capazes de lançar alguma coisa mais perigosa que golpes de lagartixa seca.
Meus recursos, porém, eram poucos: nem o baiacu nem a lagartixa tinham provocado muito efeito na raposa, com ou sem mantra; minhas técnica impecável de atuação tinha sido a mesma coisa que nada; e mesmo o tipo de ilusão que eu conseguia fazer era coisa muito pouca pra mais que desviar a atenção dela - e NUNCA que eu ia fingir que estava com uma faca ou coisa do tipo, ia ser assinar minha sentença de morte!
Eu precisava de mais informações antes de tomar uma decisão - ou, então, contar com a sorte de algum dos meus colegas conseguir acertar aquela carinha maravilhosa dela sem me fritar junto. Tentei primeiro observar detalhes sobre a figura de Mio que me permitisse apreender alguma coisa dela. Se tivesse tempo para isso, tentaria ativar também meus poderes telepáticos, conforme Tio me ensinara, pra ver se eu seria capaz de ler as intenções dela e, quem sabe, me antecipar a seus próximos movimentos.
(...)"

Off:

Mio e Kurama ainda estavam em uma espécie de disputa de cabo de guerra quando a transformação de Kariane chama a atenção de todos os presentes.

Assumindo a forma um pouco mais voluptuosa tão característica de demônios sexuais, a jovem estudante ainda permanece em um nível seguro de humanidade para não correr o risco de perder o controle de suas atitudes.

Jackie faz um som que se assemelhava a um assovio de apreciação enquanto Ayaka e Kurama se entreolhavam espantados pela reação da garota. Como seres espirituais eles sabiam que Kariane possuía uma energia diferente, mas não esperavam que ela demonstrasse sua verdadeira natureza tão fácil.

Mio observa a cena curiosa e abre um amplo sorriso ao ver a forma da garota mudar.

- HAHAHAHAHAHA... Vaca é? – A kitsune ergue a cabeça de forma altiva e desafiadora. A cauda em torno de Satoshi se aperta, mas desta vez ela o afasta de si o deixando um pouco de lado para poder liberar seus movimentos. – Ora, ora... A insossa ficou ofendida... Ownnn, tadinha... Hahahahaha... – A cauda de acariciava o rosto de Satoshi se afasta do rapaz e passa a balançar ameaçadoramente em frente ao corpo de Mio quando ela vê Kariane pegar a espada. – Uma Yokai sexual... Interessante... Ficou com ciuminho porque os machos aqui estão todos aos meus pés, enquanto ninguém olha para uma sem sal como você? – Mio se valia da astúcia inerente a todas as raposas e deduzia o que via do comportamento de Kariane – Vamos ver do que você é capaz... Vaca versus piranha... Mas te garanto que sou muito mais eu... E tenho certeza que meu querido Kurama concorda comigo – Ela olha para o ruivo e passa a língua em torno dos lábios enquanto sorri de forma provocativa.

Quando Kariane parte para cima de Mio a cauda que segurava os pés do rapaz desacordado se solta e se junta a outra em frente ao corpo de Mio, preparada para contra atacar.

Com a movimentação das duas mulheres e tendo o outro rapaz liberto pela cauda, Kurama aproveita o momento para bramir mais uma vez o seu chicote e agarrar Satoshi, o puxando e liberando do aperto da cauda de Mio.

Desiquilibrando pelo movimento repentino, Satoshi cai sobre o rapaz que sofria pela transformação causada pelo feitiço da raposa. Embora livre, percebe que ambos ainda estavam próximos demais de Mio o que poderia fazer com que levassem um golpe acidental pelo ataque que se desenrolava entre as duas mulheres.

Ele consegue ativar seu território e em um primeiro momento sua mente é inundada por diversos pensamentos pertencentes a todos os presentes ali.

Satoshi percebe claramente a intenção de luta entre as duas mulheres, a neutralidade de Sayaka que apenas observava a tudo enquanto torcia para que os detetives ganhassem a disputa. Percebeu a intenção de Kurama em se juntar a luta entre as mulheres e Jack que mandava ele se afastar para não apanhar e para começar logo o feitiço para parar a transformação do rapaz, que agora começava a rosnar como uma raposa faria.

Em meio a esses pensamentos aleatórios Satoshi consegue perceber algo. Havia uma presença forte ali. Tão forte quanto a de Kurama, mas de natureza diferente. Espiritual sem dúvida e talvez mágica também.

Homem/Yokai:

Se o Satoshi olhasse em volta ele veria um homem que empunhava um cajado e tão rápido quanto ficou visível o homem sumiu.

Qual seria o próximo passo dos detetives?

OFF:

"(...)
San, eu já disse que a culpa disso é sua? Já? Ah, que bom! Me lembre de nunca deixar você esquecer disso...
Bom, mas onde eu estava mesmo? Ah, verdade... Tinha a raposa, os detetives e eu, com minhas calças novas cheias de pelo, preso no meio dessa confusão. E a culpa é sua, San... Só para o caso de não ter ficado claro.

Quando o chicote daquele detetive, acho que é Kurama o nome dele, me puxou e soltou da cauda de Mio, eu até poderia ter ficado aliviado se não fosse pelo fato de ter caído bem em cima do carinha que estava sendo transformado em um demônio. Posso te assegurar que esta não é das visões mais agradáveis de se ter.

Devo dizer que até agora não sei se foi aquela situação nada agradável de ter um cara se contorcendo e rosnando tão perto de mim ou se foi o fato de ver a detetive vir correndo em nossa direção e perceber que eu tinha a enorme chance de apanhar mesmo sem ter feito nada... Só sei que eu agarrei o braço do cara e, sem saber da onde tirei forças para isso, consegui rolar com ele para longe da confusão.

Eu poderia até me sentir orgulhoso ou aliviado pelo meu feito, mas ao invés disso resolvi tentar ser útil e usei aquele truque novo que o tio me ensinou. Aquele que te contei dias atrás, lembra? O de ler mentes... Pois é, queria poder usar isso eu outras ocasiões também, mas você sabe como o tio é chato.

Mas no fim isso de ler mentes foi uma péssima ideia, devo dizer... Na mesma hora comecei a sentir um comichão atrás do pescoço... Um frio que me gelou a espinha e eu soube na hora: Não estávamos sozinhos.

Não, San! Eu não vou fazer aquela infame piada de “eu vejo gente morta”, embora eu veja, você sabe... Era algo diferente disso, uma presença poderosa e ao mesmo tempo de certa forma familiar na sua forma de se manifestar... De certa forma me lembrava o tio, quando ele estava fazendo aqueles rituais doidos dele.

Quer saber de uma coisa? Eu não estava enganado! Tinha mesmo uma presença conosco.

Fiquei impressionado! O cara tinha porte... e um cajado. Sabe lá o que é isso? Eu tenho uma lagartixa seca e um baiacu, não dá para competir com um cajado.

- Lá em cima... – As duas doidas ainda estavam dispostas a brigar, então eu fiz o que pude... Acenei em direção ao tal Kurama e quando ele me olhou apontei para o cara do cajado que nos observava do alto de um prédio.

(...)”


--------------xx---------------------------xx--------------------------------xx------------------------------xx----------------------------xx------------------------------xx----------------------------




Kurama estava satisfeito por ter conseguido libertar o aprendiz de feiticeiro das garras de Mio e observava Kariane partir para o ataque, sem, no entanto, se juntar a ela.

O detetive mantinha a postura firme, embora concentrado no que se desenrolava a sua frente ele sabia que havia mais uma poderosa presença no local, os observando, e só quando Satoshi gesticula em sua direção que ele olha para onde o mago apontava.

Do alto de um prédio a figura imponente de um Yokai trajando uma túnica e segurando um cajado podia ser vista observando o que acontecia ali em baixo.

- Aobozu... Então ele realmente se juntou aos sete... – A voz de Sayaka soa como um sussurro.

- AoQUEM? – Jackie, o familiar de Satoshi pergunta.

- Aobozu. Ele é um dos yokais que meche com magia. Um dos mais poderosos do Makai. Teremos muitos problemas com ele integrando o grupo dos sete.

“É oficial! Você está lascado. Todos estamos” – Satoshi pode ouvir em sua mente a voz de Jackie.

Do alto do prédio, sem se mover e prestando atenção atentamente a batalha que se desenrolava e a Satoshi, Aobozu permanecia impassível.

Alheio a esses fatos as duas mulheres ainda partiam para um embate

OFF:

No alto do prédio, o yokai chamado Aobozu permanecia imóvel enquanto observava atentamente o desenrolar da luta entre as duas mulheres.

- Hum... Parece que o nosso amigo ali ainda não está disposto a participar da briga... Veremos... – A voz de Kurama é baixa e a expressão em seu rosto seria enquanto ele analisa a postura do yokai antes de se voltar para a luta que se desenrolava logo a sua frente. – Bom, porque isso será um bom teste para Kariane colocar em prática tudo o que vem aprendendo com Yusuke. Vamos ver como ela se sai contra a Mio...

- Então você não vai ajudá-la? Ela é apenas uma aprendiz de detetive. – Sayaka parecia intrigada.

- E nunca deixará de ser se não começar a ter mais responsabilidade e resolver situações sozinha. Um contra um é uma luta justa e desde que permaneça assim, não vou interferir. – Kurama dá uma olhada rápida para o alto do prédio e vê que o yokai ainda permanecia imóvel e então olha para Satoshi. – E você rapaz? Tudo certo aí? Acha que pode ajudar com sua magia?

Satoshi ainda olhava para o yokai no alto do prédio. A magia que sentia emanar dele era bem poderosa. A voz de Kurama chama sua atenção e então ele parece que se lembra do rapaz deitado no chão aos seus pés.

O jovem aprendiz de mago balança a cabeça afirmativamente e pega a lagartixa que o tio havia lhe entregue, começando assim o ritual magico

- Umo buga fei di tal, Umo buga fei di tal, Umo buga fei di tal – Logo que Satoshi começa a recitar as palavras, o rapaz se acalma e a transformação dele parece começar a regredir lentamente.

Alheio a tudo isso, Mio e Kariane partiam para o confronto.

Tomando a iniciativa e surpreendendo a Kitsune, Kariane parte para o ataque e desfere um golpe contra a outra que consegue se esquivar e se distanciar o suficiente.

Aproveitando a abertura criada pela tentativa de golpe da aprendiz de detetive, Mio move uma de suas caudas, formando um arco de energia que é lançado contra Kariane e acerta a jovem na altura do ombro, rasgando a manga da blusa e causando um pequeno corte em sua pele.