Ato ll.ll: A Garota na Teia de Aranha

—ALICE!


A voz gritada de sua mãe desesperada era bem alta de se ouvir... Ela era uma criança de novo, corria atrás de um animal pelo meio de algum lugar gramado em Quebec. Seria um esquilo? Ou um gato? Não! Era uma lebre... certamente isso ou um coelho até sua toca.

Será que ela caiu dentro de um buraco? Foi nessa hora que sua mãe a puxou? A musicista apenas se recorda de que recebeu um abraço carinhoso de sua mãe, talvez foi essa lembrança que a Agente Valquíria transmitiu ao ser tão maternal. Sim! Era esse o nome da agente, Valquíria... Ela se lembra...

Assim como lembra de seus amigos imaginários naquela cidade que sua mãe quis deixar...

Só não se lembra como veio parar aqui.

Nem mesmo o que tinha, fora dessa sala.



—Boa noite, senhorita Howlet... Eu sou o agente Groff.  Espero que possamos conversar.

Alice não sabia como tinha chegado até al, sua mente ficou turva naquele abraço. A aflição pela imagem da criatura elétrica, sons de fantasmas e espíritos... ela por um momento se recordava que apagou, desmaiando nos braços da agente...

"Calma, sou a Agente Valquíria..."
Era apenas o que Alice ouviu, antes de apagar.

Esse novo agente olhava para a jovem artista, aguardando uma resposta ou talvez que mais perguntas fossem feitas.

Alice olhou o lugar onde estava, tentando preencher algum vazio na sua mente, contudo nada ali dava qualquer pista para as suas dúvidas...

Que lugar era aquele?
Como tinha chegado até alí?
Quem era aquele homem?

Sentia-se como se tivesse acabado de acordar de um sonho, e ainda estivesse despertando, embora alarmada por não saber onde estava.

Respirou fundo, tentado se recompor.

"- Boa noite..." - Respondeu ajustando sua voz de sono.
"- Agente... Groff. Eu me lembro de outra agente... Valkiria..." - Disse, incerta.
"- Onde ela está?" - Disse procurando alguma janela de vidro, por onde pudesse estar sendo observada.

Tinha uma estranha sensação naquele lugar, e não se lembrar de como tinha chegado a incomodava tremendamente.

"- Eu... não tenho ideia de onde estou... Como cheguei até aqui?" - Perguntou, preocupada.
"- Me meti em alguma encrenca...?" - Perguntou pela situação em que se encontrava, mas seus pensamentos estavam nos acontecimentos que antecederam aquela estranha névoa.

Será que aqueles caras estavam bem? E Morgana? Teriam encontrado ela?
Colocou o cabelo atrás das orelhas e observou o agente, ouvindo o que ele tinha a dizer.

—A agente Valkíria esta bem e estará conosco em breve. Ela trouxe a senhorita até aqui... salvando-a dos... Terroristas. Aqueles três rapazes são perigosos. Eles infelizmente fazem parte de um grupo de atividades subversivas muito... perigoso.

Groff coloca sobre a mesa duas pastas. Uma pasta ele mantém fechada, mas a outra é a que abre voltada para Alice revelando seu conteúdo. Nela há algumas fotos tiradas e ângulos aparentemente impossíveis de Akon, King e Ronald... Além do que parecem ser alguns boletins de ocorrência sobre eles... O pior é que ele vira mais um pouco as páginas e aparecem fotos de Morgana e Tyler com os outros três...

—Eu sinto que sua amiga foi vítima de uma equipe que estava em recrutamento. Tyler faz parte de um grupo de hackers anarquistas que em nossa opinião são um bando de Adeptos da Virtualidadeque atentam contra o modo de vida americano. E esse culto parece perseguir a senhorita... Aliás a senhorita é canadense, não?

Ele ainda segura a outra pasta com a mão e comenta.

—Tenho péssimas notícias sobre sua amiga... E aqui mais informações sobre sua jornada e de sua mãe até os Estados Unidos... Eu preciso que me diga se conhece uma garota chamada Elisabeth Scott Pelletier...

E aguardava a resposta ainda mantendo uma das pastas consigo, enquanto deixava a garota folhear a outra. A jovem nunca tinha ouvido e esse nome e estava inclinada a dizer a verdade, não sabia nem exatamente bem o porquê de se sentir tão confortável em confiar naquele agente da lei e comentava que não a conhecia meramente negando com a cabeça.

— Elisabeth Scott Pelletier foi vista saindo do local onde... encontramos sua amiga... E o senhor Durden. Como eu disse infelizmente não são boas notícias.

E ele aguardava uma reação da parte da jovem depois disso.

Alice observou o agente, atenta ao que ele falava...
Estava confusa, sentia sua mente ainda meio nublada, indo e vindo de lembranças e acontecimentos.

Inclinou-se para frente para olhar as fotos. Olhou de baixo para cima para o agente, e voltou sua atenção para a pasta, folheando as páginas e fotos.

"- Sim... Eu sou canadense, mas cresci aqui nos Estados Unidos... Eu achei a situação com esse Tyler meio estranha, mas... terrorista? A Morgana? Como poderia isso... ser verdade?" - Olhou de volta para ele, questionando.

"- Não entendo... Adeptos da Virtualidade?" - Não sabia do que se tratava... mas não teve tempo para questionar.
"- O que houve com a Morgana?" - Disse olhando para a pasta, mas logo ele falou sobre ela própria e sua mãe, e Alice ficou novamente muito confusa.

"- Elisab..." - Não entendeu como poderiam ter tantas informações sobre ela e as as pessoas à sua volta, mas não saberem que aquele era nome da sua mãe. "- O que aconteceu...?" - Pareceu preocupada, esperando que ele falasse mais.

Ficou em choque ao ouvir que Morgana "não estava mais entre nós"...
Ela estava morta. Ela e Tyler... e aqueles outros caras do dojô... terroristas.

Como era possível? Eram pessoas pessoas de sua convivência... ou que frequentavam um ambiente em comum...
Mas tinha aquele papo de "despertada", de que não tinha entendido o significado.

Olhou para o agente, com os olhos mareados de lágrimas contidas.

"- Elisabeth não teria assuntos aqui... Ela é uma mulher comum e de bem." - Disse respirando fundo.
"- Eu saberia se ela estivesse na cidade. Você está enganado, agente Groff."
"- Também nunca teve nenhum animal de estimação, perigoso ou não..." - Concluiu.

Recostou-se novamente no encosto da cadeira, olhando para todas aquelas páginas, e para a pasta que ainda estava na mão do agente.

Sentia-se bastante cansada...

"- Eu não entendo... o que exatamente quer de mim?" - Perguntou, ainda confusa.
"- Eu e Morgana éramos colegas de quarto, e sob alguns aspectos, até amigas... mas nunca suspeitei que tivesse envolvimento com terroristas."

"- Por que acha que estão atrás de mim...?" - Ficou um pouco mais nervosa.
"- Se realmente eram terroristas, nunca fui abordada ou recrutada, nem percebi nada suspeito ao meu redor..."

Alice continuava a observar aquela pasta fechada em suas mãos, pensando que informações estavam ali dentro...
Logo, teve a certeza que não parecia uma simples confirmação...

"O agente realmente não sabia que Elisabeth era sua mãe?" - Pensou com estranheza.

Custava a acreditar nas coisas que foram ditas... Morgana e Tyler terroristas... e mortos, por um animal selvagem de sua mãe?
Sentiu-se aliviada ao vê-lo ser interrompido pela agente Valkyria.
Naquele ponto, não sabia se aquilo seria apenas um teatro de tira mal e tira bom, mas ainda assim ficou agradecida, aceitando a ajuda para se levantar.

"- Não se preocupe, agente Groff. Se eu lembrar de algum detalhe que tenha esquecido, entrarei em contado." - Disse, com educação.

"- Obrigada." - Disse para a agente.
"- Eu estou bastante confusa sobre o que aconteceu... e como cheguei até aqui..." - Disse, insegura.

Alice é levada com a agente Valquíria até um belo carro preto, uma chuva começa lá fora enquanto a noite caí com ela. Parece um cadilac bem clássico das antigas montadoras de Chicago da metade do século passado... ou melhor... milênio passado.

A garota sente um arrepio agora, depois disso tudo. Valquíria tira seus óculos e conversa sobre histórias curiosas de lobisomem saírem na lua cheia. Ela comentou sobre histórias que sua avó contava lá em Nova Orleans, essas palavras soavam estranhas e não fixavam na memória de Alice, que ao ver a água bater no para-brisa e ser limpa de forma monótona de um lado para o outro tentava diminuir qualquer tentativa de falar sobre o sobrenatural com aquelas pessoas.

Por alguma razão a confiança naquelas pessoas de preto estava se dissipando de sua mente, mesmo daquela que pareceu salva-la. E tudo foi ficando ainda mais tenso quando o carro entrou em uma rua próxima da academia de boxe do bairro onde a jovem estudava, muitas vezes servindo como sparring justamente naquele espaço, treinando nas horas vagas.

—Já ouviu falar de Mac Greggor? Ele era boxeador, sabe?

Ela falava como se a jovem tivesse que reagir a esse nome por alguma razão.

—John Mac Greggor? Já ouviu falar dele?

A chuva parecia aumentar, ela então parava no semáforo, o tom de voz parecia mais irritado. Mas era sutil a mudança no tom e Alice sentia que era bem pequena a diferença.

Alice acompanha a agente, aliviada de sair daquela sala e da presença do outro agente, onde se sentiu tão pressionada. Aquele alívio, contudo, foi apenas momentâneo.

Sentia-se arrepiada por alguma estranha sensação, que a deixava inquieta.
E ainda tinha as histórias que o agente Groff tinha contado, que para ela pareciam absurdas.

"Minha mãe...?" - Pensou. Como poderia sua mãe estar na cidade, e envolvida em atividades suspeitas?

Morgan morta... terroristas no campus... tudo parecia surreal, e ela nem mesmo considerava sua rotina muito normal.

Observava a chuva caindo pela janela, ansiosa por chegar em casa.

"- E se eu pular do carro aqui?" - Pensava, para em seguida cair na real de que não queria ser considerada suspeita nem se tornar uma fugitiva.

Percebeu a sutil mudança de tom na pergunta da agente, e a olhou de canto de olho.

"- Mac Gregor?... Tem um cara no MMA com esse nome, não?" - Repondeu sem se importar muito.

Lembrou-se de ter acordado sentada em uma cadeira, sendo obrigada a responder perguntas... Sem nem ao menos conseguir lembrar como foi parar lá.

"Será que fui drogada?" - Se perguntou com repulsa pelo pensamento, e quando o carro parou no semáforo, já não se sentia nem um pouco confortável...

"- Obrigada pela ajuda e pela carona, agente." - Disse abrindo a porta do carro.
"- Preciso de um pouco de chuva e de uma caminhada." - Saiu e fechou a porta, com um gesto de tchau.

Não esperou a resposta. Precisava sair daquela situação, e a chuva vinha bem a calhar.

Alice quase não vacilou ao ouvir aquele nome.

Caminhou pelas ruas até o apartamento que dividia com Morgana, sabendo que não a encontraria lá.
Sua cabeça doía de tantos pensamentos caóticos.

Pensou então sobre aquele nome, "John Mac Greggor" ela disse... Seria mesmo seu pai?
Nunca questionou sua mãe, por achar que aquela era uma cicatriz profunda em seu coração.
Nunca conheceu seu pai. Não tinha nenhuma lembrança dele.

Percorreu aquele caminho comum da sua rotina com o peso do dia anterior, e finalmente chegou ao pequeno prédio onde morava.
subiu as escadas, ensopada, e entrou em casa, deixando um rastro molhado pelo caminho.

No caminho para o banheiro, segurou o choro ao ver todas as coisas ali, dela e da amiga, como se nada tivesse mudado...

Despiu-se e tomou um longo banho quente, ainda pensando sobre todas essas coisas.
Enxugou-se e se enrolou na toalha. Sentou-se na frente do computador de Morgana e abriu um site de buscas.

Encontraria alguma coisa?

Digitou o nome que a agente disse, "John Mac Greggor".

Levantou-se em seguida para olhar pela janela, para a chuva...
Não podia evitar de se sentir meio paranóica.

A apreensão e paranóia da jovem artista diminuí um pouco ao seu redor conforme ela se volta para navegar na internet, mas fica ainda mais aterradora ao ver os e-mails que a amiga usou.

Notificações de mensagens de e-mail pedindo a confirmação do ensaio com a banda são a primeira coisa que aparece na tela. Curiosamente Morgana tinha sido convidada por Ted, o baterista, para ver Alice ensaiar.

E em seguida, ainda via outro e-mail uma série de informações comentando sobre um encontro com a sua mãe e sua tia, marcado em Portland amanhã às 20 horas, pedia confirmação. Em resposta a essa mensagem não havia nada... Os nomes da mãe e da tia de Morgana eram respectivamente Igraine e Vivien... Falavam de encontra-la no velho carvalho. Ambos estavam abertos na tela.

Depois ela digitou finalmente sobre John Mac Greggor, e de fato as referências ao lutador de MMA que atualmente é o atleta mais bem pago do mundo em todas categorias existentes era o que aparecia de imediato. Porém uma busca mais detalhada, não muito tempo em seguida fez com que Alice encontrasse um caso curioso.

Um órfão, crescido em um bairro pobre de Winnipeg, Canadá. A cidade é conhecida como "Passagem para o Oeste" e é um importante centro comercial, industrial, agrícola e educacional. Mesmo assim, sempre existem os menos afortunados. Passou a adolescência trabalhando na academia de boxe do bairro, muitas vezes servindo como sparring, e treinando nas horas vagas. Sempre foi um lutador mediano. Sem alunos e recursos, a academia fechou e John passou a procurar trabalho, qualquer trabalho. Fez um pouco de tudo até que conseguiu uma vaga em uma transportadora e passou de carregador a motorista.

Por um instante a jovem pensou sobre ter visto alguma coisa quando muito pequena, um par de abotoaduras de luvas com sua mãe e lembrou-se de que de alguma forma quis praticar o mesmo esporte que esse John Mac Greggor praticava. Será que foi por isso?

O jornal que conta a história de John o fez porque a repórter que entrevistou algumas pessoas perto de onde ocorreu um acidente há cerca de vinte anos comentaram como foi. Elas alegam que Mac Greggor foi manobrar melhor o caminhão para estacionar em um pátio atrás do bar e notou que alguns pneus estavam meio vazios. Já era noite e enquanto ia pegar a bomba para encher os pneus, ouviram um rosnado baixo.

Alguns alegam que foi um urso que fuçava na lixeira local, outros um coiote... O fato é que a aproximação de John atiçou o animal que saiu urrando, se erguendo sobre as duas patas traseiras e o atacando. Ferido, o caminhoneiro acabou correndo para o dentro do veículo e tentou sair em disparada.

A reportagem termina dizendo que as feridas que a fera geraram em John fizeram com que ele perdesse a mão esquerda.

Em seguida, Alice tem a impressão de ouvir algum som de passos tentando ser discretos perto do corredor da porta da frente.

Alice vestiu um pijama e se sentou para ler os e-mail da Morgana... Sentiu-se pesada novamente, pensando na amiga.
"Deveria entrar em contato com a família dela?" - Perguntou-se.
Resolveu que escreveria uma resposta... Elas tinham o direito de saber, e enviou a seguinte mensagem:

Alice escreveu:"Olá, sou a colega de quarto da Morgana.
Me deparei com esse email de encontro e decidi responder, já que ela própria não pode...
Os últimos dias foram muito caóticos, e Morgana parece ter se envolvido em algo perigoso.
A notícia que tenho para compartilhar é bem ruim, e espero que me perdoem...
Soube que Morgana foi atacada e morta na noite de ontem, mas não tenho maiores informações.
Eu sinto muito... Ela sempre foi uma boa amiga e já sinto sua falta também.

- Alice."

Ela então passou para a busca por John... A princípio acho bem infrutífero, mas acabou caindo em uma notícia bem antiga, de ataque de animal selvagem...
"Outro animal selvagem..." - Pensou.
Estranhamente, tudo que leu ali parecia fazer sentido, e de alguma forma conseguia se ligar a algumas lembranças antigas de sua infância.

Estava ainda pensativa quando pensou ter ouvido algum barulho vindo do corredor. Seu coração acelerou com o nervosismo, e tentou se por de pé sem fazer barulho.
Tentou encontrar qualquer coisa que pudesse usar como um porrete e se escondeu ao lado da porta para atacar quando a pessoa entrasse.

Alice achou um abajur, se esgueirou facilmente até atrás da porta em meio às sombras e o ângulo do local que ela conhecia bem.

A porta se destrancou e a maçaneta girou lentamente, um vulto de homem começou a adentrar, passando por ela e ficando de costas enquanto entrava pelo corredor.



Rapidamente Alice o atingiu na nuca, o fazendo cair de joelhos.

Alice rapidamente puxou um lençol e amarrou o homem que tinha adentrado o quarto.
Ela puxou outro lençol e o amarrou no pé da cama. Esperava que aquilo fosse o suficiente para prendê-lo.
Da mesma forma, esperava que ele estivesse sozinho.

Depois de deixá-lo preso, analisou por alguns instantes.
Quem seria? Não parecia um agente.

Puxou uma cadeira e esperou que ele acordasse...

"- Quem é você?"
"- O que quer aqui?" - Perguntou ao vê-lo se recobrar.

Alice observa o homem com certa incredulidade.

"- Você pega a chave do quarto e simplesmente vai entrando em um quarto de garotas..."
"- O que você é...? Um pervertido?" - Olhou para o seu rosto com uma expressão zangada.

"- Ou não está dizendo a verdade... O que você quer de mim, Denis?" - Levantou-se da cadeira, indo até o guarda-roupas e apanhando uma camiseta regata e uma calça jeans.
"- Meu Deus... Eu estou ficando paranóica...? - Perguntou-se, em tom mais baixo.

Caminhou até o banheiro, onde se vestiu longe da vista dele, mas ainda de olho no sujeito.

"- O que é que você tinha que pegar?"

Talvez Morgana tivesse deixado algo importante para trás, e ele estava alí para procurar...
Retornou rapidamente para a mesa do computador e abriu o e-mail para ver se havia alguma resposta para o e-mail que tinha enviado à pouco.

Enquanto estava no banheiro com a camisa e a calça, pretendia observar de alguma forma o homem e se vestir sem ser vista... Mas ficava um tanto quanto confusa sobre em quais dessas duas ações contraditórias iria se focar.

Ao entrar ficava confusa de que forma iria olhar para ele e evitar se vista, então escutava um som estranho enquanto pensava em se vestir e ir até o computador... sequer havia terminado de se ajeitar.

Alice tinha muita coisa em mente... Pensava sobre como tinha se metido naquela trama estranha, e agora tinha um cara amarrado na cama.
E não era no bom sentido.

Ouviu um barulho vindo do quarto e prontamente foi ver o que era.
Estava desconfiada demais para ignorar qualquer barulho que fosse.