Kaira - Cidade em Chamas

       


Apesar das maravilhas redescobertas por Kaira, saber que estava ocupando o corpo de outra pessoa, vivendo a vida que deveria ter sido vivida por ela, e pior ainda, que essa pessoa estava há 20 anos sendo torturada, era terrível. Ela precisava fazer algo, e como se já soubesse o que estava fazendo, fazia um gesto e sua arma surgia em sua mão.

Kaira: - Eu... Só preciso de uma direção.

Efion: - Acalme-se, Kaira! A jovem precisa ser salva, mas precisamos pensar antes de agir. Eu recomendo pedir ajuda ao seu Superior, ele ficaria feliz em descobrir que você ainda está entre nós!

Denyel: - Então vamos logo, posso levá-la até lá.

Efion: - Infelizmente, tenho muitos afazeres e não poderei acompanhá-los, mas estarei orando por vocês. Mandem lembranças para Uriel por mim!


       Após se despedirem, Denyel leva Kaira para outra cidade flutuante, em direção a uma grande torre cujo topo brilhava como um farol de luz e esperança. Ela destoava um pouco da arquitetura celestial, sendo mais semelhante a um castelo de contos de fada ou algo assim.




Denyel: - Aquela é a Torre dos Sonhos de Uriel. Ela existe tanto nos Primeiro Céu quanto nas Terras Oníricas, conectando ambos os reinos.


       O portão principal da torre era guardado por dois anjos de asas flamejantes, com armaduras semelhantes à de Kaira. Ao verem a dupla se aproximando, ambos ficam estupefatos com a visão de Kaira.

- É... é você mesmo?! Como...?

Denyel: - Vamos deixar isso para depois, ok?! Precisamos urgentemente falar com o Arcanjo Uriel!

- Bem... ele anda muito ocupado ultimamente, mas creio que até mesmo ele poderia abrir um tempo para descobrir que a Centelha Divina retornou!


       E assim, um dos anjos guia a dupla pelos intermináveis corredores da torre. Ele realmente era muito maior por dentro do que parecia por fora, mais parecendo com uma verdadeira cidade repleta de quartos, salas, todas cheias tanto por anjos como criaturas bastante exóticas. Em diversos cômodos era possível ver criaturas pequenas de orelhas pontudas trabalhando como cozinheiros e faxineiros.


       Diversos corredores eram patrulhados por humanoides de armadura que pareciam elfos Tolkenianos.


       Um dos elfos, que aparentava ser o general, patrulhava uma grande porta de entrada e dizia que Uriel estava ocupado em uma conversa com o "Peregrino Cinzento". Porém, o anjo que os acompanhava dizia que alguém que Uriel há muito havia perdido, agora retornava. O elfo os olhava de cima abaixo, antes de responder:

- Tudo bem, mas apenas ela entra! - Dizia com uma voz de comando, olhando para Kaira.

       Denyel ficava do lado de fora, não muito feliz, mas fazia um gesto para indicar que estava tudo bem.




       A sala parecia uma espécie de observatório das estrelas misturado com os aposentos de algum feiticeiro de contos de fadas. Ao entrar, Kaira tinha a sensação de dejavu, como se tivesse sido um local bastante frequentado por ela no passado. O mais estranho, porém, eram os indivíduos presentes:


       Um anjo de asas flamejantes cujo brilho resplandecia em todo o aposento, empalidecendo o de Kaira e de qualquer outro anjo que ela tinha visto até ali. Este, obviamente era o Arcanjo Uriel.

       Já a outra figura, conversando com ele... parecia ser o próprio Gandalf de o Senhor dos Anéis. Interpretado por Ian McKellen e tudo mais.



       Ambos percebiam a entrada de kaira e viravam-se para ela, interrompendo a conversa que estavam tendo. Uriel parece bastante surpreso ao vê-la, já o mago apenas sorri e dá uma tragada em seu longo cachimbo.

Gandalf: - Então Merlin me disse que Arthur... Ora, acho que teremos de continuar nosso diálogo depois, Uriel!

Uriel: - Kaira?! Sim, é você mesma, entre! Apesar de inesperado, isso não deixa de ser um deleite, onde esteve esse tempo todo?

        Uriel parecia tão surpreso quanto a própria Kaira. Ele se aproximava, a olhava de cima a baixo, então lhe perguntava o que mais sabia.

OFF: Supondo que ela conte tudo o que ouviu de Efion, segue a cena:



- Entendo. Sinto muito por você ter passado por tudo isso, e ainda mais por não ter percebido antes. Atualmente sua posição foi ocupada por outro de meus generais, e acredito que você ainda precise se relembrar de muitas coisas, mas saiba que será sempre aceita em minha torre!

- Posso pedir um chá para três? - Perguntava Gandalf.

- Chame o chapeleiro, e diga para reascender o Coração da Fagulha Divina!

       Enquanto Gandalf saia, Uriel colocava Kaira a par de tudo, enquanto ela lhe falava mais sobre o que fez durante este tempo todo. Basicamente, Uriel esteve muito ocupado segurando as horas de Beleth (Uma Duquesa Demoníaca que domina a Terra dos Pesadelos).
       Então, o chapeleiro chegava acompanhando Gandalf (na forma do Chapeleiro Maluco, interpretado por Johnny Depp), com uma lebre acompanhando-o e tudo mais. Denyel entrava logo atrás, insistindo em saber o que ocorria e antes que os guardas elficos o impeçam, Uriel o permite entrar.


       O Chapeleiro era tão excêntrico quanto nos filmes, e ao servir Kaira, falava sobre ter ouvido o Oráculo falando sobre tê-la encontrado anteriormente, no que Uriel pergunta:

- E por quê não me avisaste antes?


- Oras, por que não perguntaste!


       Por fim, Uriel chega à conclusão de que a verdadeira Rachel precisaria ser salva urgentemente, mas temia que Kaira não estivesse preparada para a jornada em seu atual estado de recém descoberta. Denyel diz que mesmo que Uriel não permita que Kaira participe da missão, ele próprio o faria.
       Gandalf sugere tanto ele quanto Denyel poderiam acompanhar kaira, pois ela estava umbilicalmente ligada a Rachel e seria imprescindível para encontrar a menina nas Terras dos Pesadelos. Uriel olhava para Kaira, a decisão final caberia a ela.

Trilha Sonora:

       Kaira confirmava que aceitaria a missão. Ela mal havia aprendido sobre quem ou o que era, mas não poderia deixar Rachel sofrendo mais por algo que ela considerava sua culpa. Uriel apenas assente, permitindo que Gandalf os conduzisse para fora do castelo.
       Ao saírem pelo portão de entrada, outra surpresa: apesar de saírem pela mesma porta que entraram, eles se viam em outro lugar completamente diferente do Primeiro Céu. Instintivamente, Kaira sabia que estas eram os Ermos dos Sonhos de Uriel, pois sua torre localizava-se ao mesmo tempo no Primeiro Céu e nas Terras Oníricas.




       Gandalf assoviava, e uma gigantesca águia vinha para levá-lo para o chão enquanto Kaira e Denyel poderiam voar.



- Gwaihir, preciso que me leve até o Imperador do Além Mar. Precisamos dele para uma viagem até as Terras do Pesadelo.

- Terras do Pesadelo?! Apenas vocês? Desejam que eu chame minhas águias para auxiliá-los?

       A essa altura, kaira já não achava algo estranho ver uma águia gigante falando.

- Não, amigo. Precisamos agir discretamente. Um grupo de 4 de nós será o suficiente.


       Assim, Gwaihir levava Gandalf, guiando-os até as Terras do Além Mar. O grupo passava por diversas terras até o local, uma mais exótica do que a outra, mas infelizmente, não tinham tempo a perder.



       Por fim, Gwaihir deixava Gandalf em uma espécie de praia de areias brancas onde era possível ver uma gigantesca onda imóvel.



       Gandalf ajudava um pequeno rato a empurrar sua embarcação até a onda, e esperou por alguns minutos, sentado nas areias, fumando seu cachimbo (perguntando se Kaira e Denyel desejavam experimentar enquanto esperavam).

       Não demorou muito, e o quarto membro da comitiva surgia no horizonte:




       Sim, Aslan, o leão criado por C.S Lewis como uma analogia a Cristo. Ele caminhava lentamente até Gandalf, que o apresentava ao grupo. O grande leão dizia ter sentido a falta de Kaira.
       Após conversarem por longos momentos, ele consentia em guiar o grupo por um atalho que conhecia em direção aos Ermos de Beleth. Antes de partirem, perguntava se todos estavam prontos e se precisavam de algo.

- Aslam? Desculpe, eu não me lembro das coisas, ainda estou com a falta de memória, mas depois que resolvermos essa busca em Mordor pode ser que eu me lembre.


E então, Kaira checava o pente da Ydallir e diz.

- Na verdade eu gostaria de saber, sobre a Ydallir. Eu não me lembro se ela possui munição infinita, por ser mágica e tudo mais, ou se eu vou ficar sem balas em algum momento. E também, tem algo que está me afetando, e se a Força também existir, isso vai me abalar na frente. Não me levem a mal, mas até ontem eu conhecia vocês todos como obras de ficcção e filmes produzidos aonde eu trabalho. Alguém pode me convencer que eu só não estou aceitando minha loucura de vez? Suas vozes e seus rostos são de humanos comuns, atores e dubladores da Terra. O que está acontecendo aqui? Vocês desceram lá pra inspirar a humanidade ou foram criados por eles?

       Gandalf pedia a permissão para dar uma olhada na arma. Aparelhos modernos como aquele poderiam parecer estranhos nas mãos de um personagem vindo de uma obra de ficção pré-medieval, mas ele a manuseava muito bem.

OFF: Pode considerar que o pente da arma pode comportar um número de projéteis igual ao de uma arma comum da categoria na vida real, porém, no Mundo dos Sonhos, se assim kaira desejar, a arma pode assumir novamente sua antiga forma. Isso não modifica em nada o dano, alcance ou qualquer coisa do tipo, apenas tendo um valor estético. Caso faça isso, ela ainda continuará parecendo uma pistola quando voltar ao Mundo Material. Pode considerar que Gandalf explicou todas essas informações a ela.
Além disso, Gandalf faz uma longa explicação sobre o porquê de figuras da ficção existirem nas Terras Oníricas. O próprio Mundo dos Sonhos é um lugar onde sonhos literalmente se tornam realidade. cada sonho já sonhado gera uma contraparte por lá, mas sonhos rápidos e individuais não são poderosos os suficientes para gerar uma "sombra" que dure muito tempo no Sonhar. Já personagens que cativaram o imaginário de gerações em diversas partes do mundo por um longo tempo (como Gandalf de Tolkien e Aslam de Lewis) geram contrapartes bastante poderosas. Gandalf por exemplo, nasceu nas Terras dos Sonhos por volta de 1962, quando o escritor de "O Hobbit" o criou. Quando o livro se tornou um fenômeno, Gandalf deixou de ser um mero sonho, para se tornar um Etéreo poderoso e respeitado nas Terras Oníricas, porém, sua aparência não era algo fixo. Sempre um homem idoso, com barba branca, manto e cajado, mas cujas feições dependiam fortemente da visão dominante do personagem no imaginário de cada um. Apenas em 2001, com o lançamento de "A Sociedade do Anel" nos cinemas, Gandalf passou a assumir a aparência física e voz do ator Ian McKellen.

       Após as explicações, Gandalf fazia alguma espécie de feitiço, e Kaira podia ver uma espécie de linha prateada brilhante saindo de seu coração, estendendo-se ao horizonte infinito.

- Está conseguindo enxergar? Esta é a linha que liga você com a verdadeira garota. Seguindo esta linha, a encontraremos. Não se preocupe, você e a outra pessoa são as únicas capazes de enxergar a linha.


...



       Quando todos estavam prontos, Aslam os guia para um atalho conhecido por ele, direto para os Ermos do pesadelo. Era difícil medir o tempo quando se estava nas Terras Oníricas, talvez eles tivesse viajado por horas, mas ao olhar para trás, eles pareciam ter se deslocado o equivalente a uma jornada de semanas.




       A paisagem surreal era modificada a cada passo, e à volta da paisagem, era possível ver diversos "reflexos", oriundos dos pesadelos que diversos seres vivos tinham naquele exato momento.


       O grupo andava furtivamente, evitando criaturas saídas dos pesadelos sabe-se lá de quem. Era provável que Gandalf, Aslam, Denyel e talvez até a própria Kaira com sua arma pudessem lidar com tais criaturas, mas eles não desejavam revelar que estavam ali.



       Gandalf dizia que as criaturas vindas de pesadelos eram residentes mais "jovens" e menos perigosas das Terras dos Pesadelos. Assim como as criaturas oriundas de sonhos. Porém, o exército de Blandine também contava com demônios e criaturas que já residiam nas terras Oníricas antes mesmo da Cruzada da Purificação.
       Falando sobre a Cruzada da Purificação, Gandalf diz que a própria Kaira foi uma combatente da linha de frente nesta guerra. Mas para falar sobre o conflito, era necessário voltar ainda mais no tempo: Apenas o próprio Criador sabe exatamente como as Terras Oníricas surgiram. Muitos dizem que Ele as criou para que os mortais banidos do Paraíso pudessem ao menos sonhar com as maravilhas que haviam perdido. Outros dizem que era um local destinado ás almas dos mortais que não eram destinados nem ao Céu, nem ao Inferno, como pagãos que nunca ouviram falar de Deus, mas não se entregaram às perversões dos demônios travestidos de deuses, e também para crianças mortas antes mesmo de nascer, não tendo a chance de escolher entre o bem e o mal. Os adeptos da última teoria acreditam que essas almas tornaram-se os primeiros habitantes das Terras Oníricas, assumindo a forma de fadas e outras criaturas semelhantes.
       Porém, após serem Banidos, os demônios conseguiram de alguma forma ter acesso ao Mundo dos Sonhos, e o transformaram em um novo campo de batalha, poluindo os sonhos mortais, e utilizando-se deles para praticarem suas iniquidades. As Terras dos Sonhos então começaram a se tornar verdadeiros pesadelos, e foi necessário que os anjos intervissem, iniciando a Cruzada da Purificação (Também conhecida como Guerras Etéreas). Diversas criaturas Oníricas se uniram a ambos os lados da guerra, outras acabaram sendo extintas, e algumas ainda se refugiaram em áreas tão distantes que poucos anjos ou demônios ousam adentrar.

       Enquanto Gandalf falava, Aslam os dizia para ficar em silêncio, pois havia percebido uma presença poderosa próxima.

       As areias do solo começavam a se mover como se vivas, e uma coluna de areia se erguia no ar. Dela, saia uma silhueta que revelava-se um ser humanoide.



- Acho que vocês andaram se distanciando muito as terras de Uriel, cavalheiros!


       Gandalf erguia seu báculo, Aslam mostrava os dentes e Denyel erguia sua espada.

- Morpheus! - Dizia Gandalf, olhando para a figura, preparando-se para a batalha.

- A cabeça do Peregrino Cinzento e de Aslam, e de quebra as asas de dois anjos. Minha mestra ficará muito satisfeita. - Dizia Morpheus, erguendo-se no ar, também preparando-se para o combate.

- Tome cuidado, kaira. Este não é um espírito onírico qualquer, é um antigo deus pagão que agora serve a Blandine. - Dizia o mago, alertando kaira.

Trilha Sonora:

       Quando o inimigo levitava para atacar, kaira fazia o mesmo, seguida de Denyel. Como que em uma tática não verbalizada, talvez fruto dos antigos combates que ambos participaram juntos no passado, cujo resquício ainda permanecesse escondida na mente da Urielita, ambos flanqueavam o inimigo em pleno ar, com kaira voando mais acima e um pouco mais distante devido ao seu ataque à distância. Já Denyel investia contra Morpheus de espada em punho.

       Lá abaixo, Aslam, sem ter muito o que fazer pois não poderia atacar o inimigo no ar, apenas rodeava o campo de batalha bolando uma estratégia. Gandalf preparava-se para repelir o que quer que o inimigo fosse conjurar.

       Morpheus, por sua vez, apenas puxava os cordões de uma pequena algibeira, no que Gandslf alertava:

- Não deixem ele usar a areia daquela bolsa!

       Denyel tentava golpear o inimigo antes que ele abrisse a algibeira, mas Morpheus apenas fazia um gesto e a espada de Denyel se transformava em areia antes mesmo de atingir o antigo deus dos sonhos. Porém, isso fazia com que Morpheus perdesse sua chance de usar a Algibeira naquele momento, abrindo espaço para que Gandalf e Kaira o atacassem à distância.

       Kaira disparava sua flecha, que atingia o rosto da máscara de Morpheus, partindo-a e revelando seu rosto desprotegido.


       Com seus olhos negros como abismos, ele olhava para kaira furiosamente, mas Gandalf fazia seu ataque:

- CHAMA DE ANOR!

       E de seu cajado, chamas brancas brilhantes surgiam, atingindo Morpheus. As chamas começavam a consumir suas roupas negras e sua bolsa de areia, mas antes que seu próprio corpo pudesse ser consumido, o oneiromente segurava seu rubi, que emanava uma energia vermelo sangue se aspecto maligno.



       Enquanto ele a usava, a própria realidade parecia se tornar líquida, como se ele próprio pudesse controlar o cenário onde todos estavam. Do solo surgem enormes mãos gigantes de rocha negra que tentavam agarrar os quatro, como se fossem diversos gigantes de pedra dentro do solo.

       Gandalf gerava uma espécie de campo de força em torno de si, para não ser agarrado. Aslam evitava as mãos o quanto podia, já Kaira e Denyel pareciam além do alcance das mãos. Morpheus tentava retirar o próprio manto tomado pelas chamas brancas, para evitar que elas tocassem seu corpo, novamente baixando a guarda. Talvez fosse a última chance de kaira e Denyel.

Trilha Sonora:

        O campo de força criado por Gandalf parecia estar prestes a se partir enquanto uma gigantesca mão de pedra o espremia. Aslam corria sobre outra mão, tentando utilizá-la para saltar sobre Morpheus no ar, porém, acabava também sendo capturado por uma das mãos. Apesar de sua resistência, Kaira duvidava que o leão aguentasse muito tempo antes de ser esmagado. Agora cabia apenas a Denyel e kaira a tarefa de derrotar o deus do sono.

        Sem sua espada, Denyel voava em direção a Morpheus, para atacá-lo com os próprios punhos, mas o deus pagão demonstrava uma força física que não condizia com sua aparência pálida e magra, conseguindo segurar Denyel pela garganta com apenas uma das mãos, apertando seu pescoço, esmagando a armadura metálica do anjo com seus dedos, enquanto Denyel parecia ter lido os pensamentos de Kaira, utilizando de seu próprio sacrifício para arrancar o amuleto do pescoço do Oneiromante, deixando-o vulnerável ao ataque da Urielita.

        Kaira sabia que tinha apenas uma fração de segundos para agir antes que seus três companheiros fossem destruídos, e com certeza não seria páreo para Morpheus sozinha. Ela concentrava metade de suas Energias restantes em sua flecha, que ardia com um novo fogo, logo antes de ser disparada em direção a Morpheus, que agora se distraia, tentando recuperar o próprio amuleto de Denyel.

        A flecha atingia o mestre dos sonhos em cheio no flanco, e ele soltava Denyel, que caia lentamente no solo, ferido. As mãos gigantes tornavam-se em areia, e tanto Gandalf quanto Aslam eram libertos, enquanto Morpheus caia lá de cima, em cheio no chão. Bastante ferido, Morpheus tentava se levantar, ainda com a flecha flamejante alojada em seu flanco, mas Aslam era mais rápido e saltava sobre ele, imobilizando-o no chão.
        Em seguida chegava Gandalf, que apontava a ponta de seu cajado para o rosto de Morpheus, ameaçando incinerá-lo com seu fogo branco. Ao fundo, Denyel se levantava, ferido, mas ainda capaz de lutar, carregando a pedra de Morpheus em uma das mãos.

- Ótima estratégia, kaira! Percebe-se que já está pegando o jeito novamente. O que acha que devemos fazer com esse traste? - Perguntava Gandalf.