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    Brookwood War Graves - cemitério militar

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    Brookwood War Graves - cemitério militar  Empty Brookwood War Graves - cemitério militar

    Mensagem por Wordspinner Sex Jun 02, 2023 8:07 am

    O lugar é amplo e verde. Um desavisado poderia confundir a elegância verdejante com um jardim botânico. Mas nunca um uratha. Cemitérios tem o cheiro da morte, embaixo das flores e velas, por cima da grama recém cortada e do orvalho. Lugares assim onde os mortos são lembrados e celebrados são sempre um prato cheio para os espíritos de morte.

    Ali haviam outros também. Dava para sentir através do Dromo fino. O outro lado pressionando o espaço entre os dois. Axel e Haru tinham passado o caminho analisando e debatendo as informações que tinham. As fotos antigas e as descrições de Erik. Axel esperava a primeira língua em algum lugar é não tinha se decepcionado.

    As fotos eram ruins e tudo tinha sido escrito com sangue que muda rápido. Mas era bom o bastante para ele entender porque era impossível achar essas fotos no Google. Eram rituais nos quais sangue humano era fundamental. Os primeiros dos assassinatos, eram sobre caçada e absorver a força do outro. Mas nem Axel e nem Haru tinham informações o suficiente para recriar o ritual.

    Já as descrições de Erik e os desenhos que ele tinha enviado através de Mary eram de uma natureza diferente. Eram uma corrupção da primeira língua. Talvez Erik não fosse capaz de lembrar o que viu, ou pior, fosse perfeitamente capaz de lembrar e reproduzir e eles realmente viam algo singular. Algo que não conheciam. Axel sabia porque não tinha visto o que Erik descreveu, aquilo tinha sido escrito com sangue fresco, era o único jeito. Olhar aquelas fotos fazia ele lembrar dos ratos que ruiam o Dromo.


    Os dois descem do carro e andam os últimos quarteirões até chegar. Haru conseguia ouvir eles antes de ver o lugar. Os mortos inquietos. Fantasmas. Suas formas nebulosas vagavam entre as tumbas e as árvores. Sombras escuras se escondendo ou lutando. Guerreiros sem paz.

    As grades estavam abertas como sempre. O caminho de concreto decorado sobriamente. Mesmo a luz do dia o lugar trazia um arrepio frio a pele. Axel conseguia ver as nuvens fantasmagóricas circulando, impressões no céu claro. Para Haru elas eram reais. Eram a morte sangrando para dentro do mundo da carne escorrendo para o segundo mundo. Era um rasgo violento no que quer que exista entre a morte dos humanos e eles. Era errado.

    Os dois sabiam onde Erik tinha visto o que viu, em um mausoléu antigo feito pelos romanos para algum outro objetivo perdido para tempo. Eles sabiam também que tinha sido limpo antes de ele chegar na visita anterior. Hoje eles sentiam o cheiro forte de cloro e sabão nas pedras do lugar e sabiam o porque. Fresco. Tinha acontecido outra vez. Olhando pro outro lado dava ver a cicatriz que o buraco tinha deixado. O Dromo ali era ainda mais fino. Mais frágil.

    Algum humano tinha feito aquilo. Mas do outro lado espíritos aguardavam vigiando os urathas. Morte, claro. Medo. Ganância. Culpa. Pior fantasmas perdidos e despedaçados entre eles.

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