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    Sankar & Lorra- Melroc/ Makavalli Killuminati

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    Mensagem por Pallando Seg Nov 21, 2016 1:35 pm

    Sankar Nassam

    Enquanto o curandeiro cuidadosamente fazia seu trabalho fechando o corte de maneira improvisada e lidando com a ferida para que a dor se tornasse suportável por mais tempo, Sankar teve tempo de ouvir as novas de um soldado enviado da prisão. De acordo com ele, dos seis sobreviventes feitos prisioneiros pela tarde, um fora morto sob tortura e eram quatro os que haviam sido libertados, enquanto apenas um permanecia preso e já aguardava na fila do torturador, que no momento devia estar começando com Lyla.

    Quando o curandeiro terminou, Sankar ordenou-lhe que levasse Trebor dali e tratasse seus ferimentos, ordem que foi obedecida com urgência. O Tor precisava de seu Senhor no comando naquele momento, pois como Sankar bem fora informado pelo líder do agrupamento, Myria era uma jovem de 17 anos com talento nenhum para o comando. Pelo que sabia, a única herdeira da Casa Jordayne jamais fora preparada para a liderança.

    Os homens agilizavam-se e logo o herdeiro dos Portões do Inferno teria uma boa lança em mãos. A pele que contornava a ferida ainda ardia de leve, mas a maior parte daquela região do corpo do dornês parecia ligeiramente dormente. De qualquer maneira, Sankar estava ciente de que o corte poderia abrir facilmente em combate. Certamente precisaria de melhor tratamento pela manhã se o pior não lhe acontecesse.

    Assim que Sankar deu a ordem a serviçal começar a andar, a principio desnorteada e somente depois certa de para onde estavam indo, e três soldados restantes o seguiam de perto com certa pressa no passo.

    Não havia um longo caminho para percorrer já que o estábulo principal abrigava os cavalos usados por rastreadores, grupos de reconhecimento ou, em casos extraordinários, para passeios, então o local se situava em uma grande estrutura próxima dos portões centrais, ao lado de uma moradia de serviçais. Algumas luzes dos quartos na moradia ao lado já estavam acessas, devido principalmente ao caos ouvido pelas pessoas dali.

    Um velho homem de pele muito escura e rosto barbado saiu pela porta dupla do estábulo assim que avistou a aproximação do grupo de Sankar. Pela expressão em seu rosto estava prestes a resmungar e proferir ofensas, mas engoliu tudo ao perceber que se tratava do nobre e alguns soldados.

    A jovem que os guiava garantiu-se como a primeira a falar com o velho e explicar-lhe brevemente o que faziam ali, embora um dos soldados atrás de Sankar tenha ficado claramente irritado pela iniciativa dela. "E se estiverem combinando algo?" era o que o soldado deveria estar pensando. Uma linha de pensamento sem muita base, pois Sankar conseguira ouvir a breve conversa de onde estava e não ouvira tramoia alguma.

    O velho reverenciaria Sankar a cada vez que este lhe dirigisse a palavra e fez questão de ser o portador da tocha que guiaria o grupo pelo escuro estábulo, isso se o próprio Nassam não quisesse andar com a tocha em mãos. Sankar e os dois serviçais foram na frente, enquanto os soldados viriam logo atrás se não fossem ordenados a fazer o contrário.

    - São esses cinco cavalos, meu senhor.- Disse apontando a jovem sem fazer contato visual com o nobre. Haviam bolsas nas selas de três dos animais.- Foram aprontados por alguns homens esta tarde...a pedido da traidora...

    O velho nada disse a respeito, pois jurava ser apenas um vigia noturno dos animais e que não lhe era permitido aproximar-se deles durante o dia, informação que foi confirmada pela jovem. Mas ainda assim havia desconfiança por parte de pelo menos um soldado.

    - Senhor, se me permite dizer eu não confiaria totalmente neles.- Disse o soldado que acabara de voltar. Ele trazia uma lança longa, feita de metal por toda a sua extensão e ponta laminosa do mais puro ferro. Parecia ser um peça nova feita para uso de soldados do Tor, uma arma que nunca vira uma batalha real.- Acho que talvez o torturador possa refrescar-lhes a memória... por precaução, senhor.

    Obviamente a reação dos serviçais foi instantânea, mas veio na forma de expressões de desespero porque ainda não ousavam retrucar. Os outros soldados aguardavam as ordens.
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    Sankar & Lorra- Melroc/ Makavalli Killuminati - Página 12 Empty Re: Sankar & Lorra- Melroc/ Makavalli Killuminati

    Mensagem por Melroc Seg Nov 21, 2016 10:12 pm

    Enquanto ia em direção aos estábulos, Sankar pensava nos fugitivos que deveria procurar. Se quatro fugiram e um estava morto, restavam três ainda. Começava a imaginar se sua captura não foi planejada para entrar no Tor. Acreditava que os planos deles haviam sido frustrados, pelo menos em parte, quando ele e Lorde Trebor encontraram um deles por acaso.

    Não havia porque desconfiar da menina, já estava provado sua lealdade ao Tor e parecia que ela conhecia o velho vigia, obviamente um simplório Dornês da Areia, não parecia um conspirador como Lyla que tinha boa posição dentro da casa dos Jordayne. Por isso o Nassam não deu ouvido as desconfianças do soldado.

    Seguiu o Vigia dornês junto com os soldados para o interior do estábulo, se esse os mercenários quisessem sair do castelo, provavelmente aqui seria uma boa forma de saírem. Ficou interessado nas bolsas que as montarias carregavam, mas antes que pudesse inspecioná-las, mais uma vez o soldado demonstra sua intromissão. Desta vez Sankar não o deixaria sem uma resposta. Ele desconfiava que havia algo errado e intervenho junto ao soldado.

    - Abaixe a arma soldado! Não há nada de errado com ele! - Sankar então coloca sua lança na garganta do soldado - Agora, de você eu não posso falar o mesmo. Tire o capacete e diga quem és! - Sankar procurava estrangeiros, era a descrição que Lorde Trebor havia lhe dado. Nem a menina nem o velho vigia lhe ofereciam real perigo, não os conhecia, mas eram dorneses. Já o soldado ... falava demais!

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    Mensagem por Pallando Seg Nov 21, 2016 10:45 pm

    Sankar Nassam

    De uma hora para outra o ar pesado de conflito do lado de fora tomou o estábulo também, quando Sankar ardilosamente começara a suspeitar do soldado que, a principio soava apenas paranoico, mas agora parecia maliciosamente intencionado a punir os serviçais do estábulo. O herdeiro dos Portões do Inferno rapidamente agiu, colocando sua lança no pescoço do atrevido e intimidando-lhe, fazendo-o parar imediatamente e erguer as mãos a frente do corpo em sinal de rendição.

    Havia perplexidade e um toque de medo em seu olhar, reforçando mais ainda a certeza de Sankar de que aquele homem encontrava-se na defensiva agora. Claro, qualquer soldado que fosse abordado daquela maneira por seu superior ficaria em choque, até então nada fora do esperado. Então os outros soldados também ficaram tensos, aparentemente levados a acreditar que o soldado rendido por Sankar fosse realmente um traidor.

    Os dois serviçais, a jovem e o velho barbudo, afastaram-se alguns passos e ficaram de joelhos no chão na esperança de que seriam ignorados e não fossem vítimas de algum golpe de lâmina perdido. Estavam assustados e a jovem gritou, deixando os soldados ainda mais nervosos.

    - Meu senhor...- Ele abriu a boca hesitante e começava a falar. Foi naquele momento que Sankar centrou toda sua atenção nas palavras que os lábios secos do soldado proferiam.

    Estava escuro demais para que fizesse uma identificação confiável pela aparência, já que a única luz ali era provida por uma tocha nas mãos de um velho agachado que tremia. Ainda assim, haviam outros modos de se reconhecer um traidor mentiroso...

    - Está cometendo um grande erro, meu Senhor!- Lá estava ele, o sotaque que Sankar procurava. Ouvira muito dele em Porto Real.- Chamo-me Deziel!- Completou quase cedendo ao desespero e retirando o elmo com cuidado. A pele de fato era levemente morena e seus cabelos negros, mas mais uma vez o sotaque se destacava. O sotaque que ele não conseguia esconder devido ao medo e a situação em que se encontrava.

    Um dos outros soldados, o que aparentava ser mais jovem, recuou um pouco para fora do estábulo e com isso chamou a atenção dos outros, que pensaram que se tratava de outro traidor. Estavam paranoicos. Mas o que realmente parecia ter levado o jovem soldado a recuar foi curiosidade, pois ele via algo lá fora.

    - Aquilo é fumaça ou é o nervosismo que me engana? Está bem fraca...- Comentou o jovem soldado.

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    Sankar & Lorra- Melroc/ Makavalli Killuminati - Página 12 Empty Re: Sankar & Lorra- Melroc/ Makavalli Killuminati

    Mensagem por Melroc Seg Nov 21, 2016 11:36 pm

    As suspeitas de Sankar estavam se confirmando, aquele sodado realmente era um estrangeiro e poderia ser um dos traidores que ele estava procurando. - Vamos descobrir se estou errado mesmo! Depois que seu oficial superior confirmar que você é realmente um soldado do Tor. - O Nassam volta-se para o outro soldado - Leve-o para a prisão! Isole-o dos outros. Ele só sai de lá quando seu oficial confirmar quem ele diz ser.

    Antes que pudesse continuar sua busca nos cavalos selados no estábulo, o jovem soldado dá o aviso sobre a fumaça. O Lorde Nassam não dá ouvidos e vai investigar as montarias mais de perto. Enquanto faz isso. apenas avisa de longe o soldado - Avise-me quando a fumaça for um incêndio e não uma chaminé! - Não ouvira alerta algum de incêndio, então acreditava que o soldado estava vendo coisas.
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    Sankar & Lorra- Melroc/ Makavalli Killuminati - Página 12 Empty Re: Sankar & Lorra- Melroc/ Makavalli Killuminati

    Mensagem por Pallando Ter Nov 22, 2016 9:53 am

    Sankar Nassam

    A ordem de Sankar para levar o possível estrangeiro infiltrado para a prisão foram obedecida com prazer por um dos soldados, que rapidamente aproximou-se e desarmou o suspeito, apontando-lhe uma espada durante todo o processo. Ele resmungava ofensas, certo de que o nobre Nassam não estava enganado em suas suspeitas.

    Os dois deixaram o estábulo enquanto o soldado mais jovem voltou para dentro, envergonhado pela repreensão de seu superior. Sankar sabia do estado de espirito dos soldados que o acompanhavam, não poderia acreditar em qualquer suspeita paranoica deles, muito menos em um jovem especulando sobre fogo em algum lugar.

    O velho serviçal permaneceu ajoelhado com a jovem, mas ergueu sua mão com a tocha para clarear melhor o lugar quando viu Sankar aproximar-se para inspecionar as selas dos cavalos. O segundo soldado que acompanhava Sankar, o único além do jovem, foi até o velho e pegou a tocha de suas mãos com cuidado, assumindo seu lugar ao lado do Nassam para auxilia-lo com a luz.

    Sankar olhou cada uma das selas dos cavalos apontados pela serviçal, certo de que encontraria algo. E encontrou. Haviam pelo menos quatro sacos de couro com peso de um elmo de ferro espalhados pelas mochilas nas selas, todos cheios de moedas de ouro. Um pagamento pequeno para um trabalho tão arriscado, mas com certeza era apenas uma amostra do que realmente receberiam.

    Ouro, mapas de rotas de fuga na região do Tor e outras regiões costeiras de Dorne e alguns outros objetos irrelevantes, mas o que provavelmente teria mais valor nas mãos de Sankar seria uma carta, com letra de escrita firme. Ela era breve e parecia mais uma carta de resposta, mas fora feita com cautela para proteger a identidade do mandante.

    Carta:
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    Mensagem por Melroc Ter Nov 22, 2016 11:44 am

    Enquanto observava os mapas e outros objetos dos pertences nas cavalos, Sankar dá ordem aos soldados para retirar os sacos contendo as moedas - Elas podem ter sido roubadas do tesouro do Tor e serão confiscadas. Levem-as para o Castelão.

    A palavra morte salta aos olhos do Dornês, a carta mau havia sido lido quando o Lorde Nassam, sai correndo do estabulo. Se a missão principal era a morte, só uma pessoa poderia ser tão importante, Lorra Targaryen. Ele acreditava que ela estaria em seus aposentos, então corre para o prédio onde estavam alojados. Como os bandidos ainda não haviam ido embora, Sankar acreditava que a morte ainda não havia sido confirmada.
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    Mensagem por Pallando Qui Nov 24, 2016 11:16 pm

    A jovem serviçal agora levantava timidamente a cabeça para observar as descobertas com um olhar curioso. Seu rosto estava quase ao lado das chamas quando ouviu o som de moedas, no exato momento que o nobre descobrira a existência de uma amostra do pagamentos dos malditos infiltrados. Os soldados ali presentes, o jovem e o que ajudava com a tocha, sentiram o sangue ferver com o simples contemplar da razão que fizera Lyla voltar-se contra seu senhor: Ouro.

    Aquele que segurava a tocha empurrou a serviçal ao percebe-la tão perto de si, fazendo-a retornar assustada para perto do velho vigia, e depois cumpriu as ordens de Sankar ao retirar os sacos de moedas e repassar ao mais jovem a tarefa de leva-las dali. O soldado jovem recolheu o ouro e partiu então.

    O herdeiro dos Portões do Inferno continuou sua busca e assim que começou a ler a carta encontrada, soube de imediato o que aquilo significava. A presença de traidores e infiltrados no Tor no exato dia em que uma Targaryen estava lá não era meramente uma coincidência, não podia ser. Lorra era a pessoa no Tor que tinha mais inimigos pelo simples fato de estar viva e consequentemente o alvo óbvio.

    Ele mal havia terminado de ler a carta e já estava deixando o estábulo com extrema pressa, deixando para trás um soldado completamente confuso e com perguntas engasgadas que provavelmente o seguiria depois. Sankar sabia que como nenhum dos inimigos havia deixado o Tor ainda, já que todos os cavalos e o ouro ainda estavam ali, a morte ainda não teria sido confirmada. Porém, assim que deixou o estábulo e continuou correndo rumo aos aposentos de Lorra, soube que precisava ser rápido pois a fumaça, a mesma anunciada pelo jovem soldado, vinha daquela direção.



    Distante de onde o dornês de nome Nassam corria, fogo espalhava-se com velocidade para dentro da estrutura que naturalmente abrigava os convidados da Casa Jordayne. As chamas entraram tímidas no local, mas logo tomaram quase que completamente o chão do primeiro andar e começaram a subida pelas escadas, fazendo a fumaça ganhar cada vez mais e mais destaque nos céus do Tor.

    Para todos os que estavam cientes do perigo naquela noite, ou seja todos os soldados e a maior parte dos serviçais, aquela fumaça marcava o ponto de conflito, o desastre certamente gerado pela invasão inimiga. Os malditos que ousaram adentrar o Tor e atacar o Lorde Jordayne não poderiam estar muito longe dali sem ter deixado rastros.

    Aqueles que se aproximassem da estrutura em chamas ouviriam o som do fogo lentamente transformando o primeiro andar em cinzas e as vozes de algumas pessoas que já estavam por lá, mas não ousavam entrar. Mas, se estivessem perto o suficiente e se esforçassem, conseguiriam ouvir os gritos de uma voz feminina. Para muitos seria óbvio deduzir que se tratava de uma mulher morrendo tomada pelo fogo, mas não era isso.

    O parto iniciado pouco tempo antes seguia acontecendo. No quarto onde vez ou outra a brisa suave vencia o calor das chamas não muito distantes e a fumaça, uma velha serva ajudava a Víbora Platinada a dar à luz seu primeiro filho, o herdeiro de uma posição de destaque em Dorne e do sangue do dragão. A destruição promovida pelo fogo ainda seguia lentamente pelo corredor depois da escada, mas logo chegaria aos quartos.

    Àquela altura o maior problema para as duas era a fumaça, especialmente problemática para parteiras idosas e gestantes tentando dar à luz. Elsa já tinha o rosto levemente marcado e repleto de suor, tossindo a todo o tempo e ficando ligeiramente tonta por algumas vezes, mas continuava determinada em sua tarefa.

    A jovem Lorra, para sua própria infelicidade, provava do pior inferno em que já estivera. As dores do parto e o esforço para dar luz ao seu bebê encontravam na fumaça preta um amplificador de todo o tormento, além do extremo calor mais e mais próximo a cada instante. A caixa que tinha em sua mãos ardia demasiadamente, mas era a única coisa que tinha para apertar com todas as suas forças e por isso não conseguia deixa-la. Muitos já teriam perdido a consciência ou até ido de encontro ao Estranho, mas a Targaryen resistia gritando para fazer tudo ser minimamente mais fácil.

    Lorra sentia o suor escorrer pela pele quente enquanto a criança estava encaminhada ao mundo, tendo poucas oportunidades de dar atenção ao estado de Elsa e nenhuma oportunidade para dizer-lhe algo até então. Os sons das vozes lá fora eram um incômodo extra, assim como o ranger e a queda de alguns móveis no andar de baixo, mas naquele quarto o som que reinava acima de todos os outros era o de seus gritos até que, finalmente, a maior dor do processo de parto cessou e ouviu um grito que não era seu, seguido de um choro.

    O som do grito e depois do choro abafado congelaram seu corpo e arrepiaram-lhe a pele. Sentiu o sangue gelar pela má sensação e agonizou brevemente com o suor sendo sentido frio. O choro, assim como o breve grito de antes, em nada lembravam o de um bebê, mas ainda soavam familiar. Após todo o sofrimento que aquela noite fora, o pior a esperava no fim de tudo aquilo.

    Quando recuperou força o suficiente para quebrar o estado de paralisia em que se encontrava e olhar para a velha serva, os olhos de Lorra encontram Elsa ao pé da cama, choramingando entre as tosses com um bebê nos braços. A serva chorava por tudo que sofrera até ali, pelo destino que possivelmente a aguardava e pelo bebê imóvel, ligeiramente pálido e sem vida. A criança de Lorra e Oberyn estava morta.


    Do lado de fora da estrutura, Sankar finalmente chegava. Correra o mais rápido que pôde e observou toda a evolução da fumaça durante o caminho, surpreso pelo quão grande aquele caminho parecera quando realmente precisara cruza-lo. Agora estava ali e o que seus olhos contemplavam não o agrava: chamas que pareciam já estar no segundo andar, cada vez mais avançadas, e alguns poucos soldados e serviçais trabalhando inutilmente para para-lo antes que tudo fosse consumido.

    A principio seria natural deduriz que Lorra já teria sido retirada dali pelos soldados que havia enviado. Não era possível que fossem tão incompetentes, certamente a teriam salvo antes que o fogo começasse. Mas para seu desgosto não era o caso. Próximo como certamente chegara, Sankar ouvira os gritos de Lorra e sabia que a Targaryen estava lá.

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    Mensagem por Melroc Sáb Nov 26, 2016 12:08 pm

    O Nassam não tinha tempo para pensar. Xingava, blasfemava e amaldiçoava a todos e a si mesmo por ter baixado sua guarda e não ter cuidado de Lorra como deveria. Ele pega um balde de água e joga todo o conteúdo sobre a cabeça. Coloca a espada e a lança que portava de lado e atravessa o fogo do prédio, indo em direção onde poderia estar Lorra.

    Ele andava em meio aquele inferno protegendo o rosto do calor, da fumaça e da fuligem, enquanto chamava por Lorra para tentar seguir sua voz.

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    Mensagem por Shady Dope Seg Nov 28, 2016 3:05 am

    O colo do útero da Targaryen já estava completamente dilatado. Lorra sentia uma vontade incontrolável de fazer força para dar a luz, entendera naquele momento o quão natural tudo aquilo era. Durante os longos minutos do trabalho de parto, a jovem de cabelos platinados sentia-se sozinha no mundo, como se todo o caos ao seu redor não existisse, uma concentração inquebrantável a tomou conta e sua mente só tinha um único foco, mas seu corpo sentia na pela toda influência das chamas se aproximando e a fumaça as envolvendo. Uma ardência semelhante ao do fogo sinalizava a coroação do bebê, e em pouco tempo e algumas contrações logo nascerá.

    Lorra estava em estase, e só depois do parto concluído conseguiu largar a caixa chamuscada que estava mais quente do quê nunca. Apesar de feito, a sensação de horror acalentou a jovem Targaryen. Elsa estava destruída, e não demorou para Lorra perceber o motivo. Nos braços da idosa o natimorto repousava enquanto as duas passavam seus olhos pela pele mais clara que a da mãe. Lorra morde o lábio inferior e engole o choro. A criança não tivera a oportunidade de provar o amor de sua mãe, mas partiu antes de ser corrompida pelos horrores do mundo e ser incinerada pelas chamas que o destino lhe guardava. A jovem Targaryen sabia que não iria viver muito e tentava se consolar em ter conhecido o rosto de seu filho, o qual já havia reservado um nome há muito tempo no caso de ser um menino. - Jon!.. Jon!.. - Lorra conseguia apenas balbuciar o nome de seu filho enquanto declarava seu amor em pensamento. Agora Jon dava nome as duas pessoas mais importantes da existência de Lorra, ter dado luz ao natimorto não apagava a história e as lutas que Lorra passou carregando sua criança em seu ventre.

    O frio que subia de seu ventre começava a dar calafrios, provavelmente por todo sangue que encharcava seu corpo após o parto. Fogo e sangue se consumiam mutuamente no local, não podia mensurar o quão irônico o destino fora com aquilo. Lorra pegou seu bebê no colo e aguardou pacientemente sua morte chegar ao lado de Elsa e a caixa chamuscada, certamente não teria condições de escapar por força própria. - Algum arrependimento, Elsa? - A Targaryen fitava a idosa e as chamas altas refletia em seus olhos púrpuras, o semblante já demonstrava alguma conformação, como a de alguém que já havia aceito seu destino. Pensativa, Lorra respondia como se aquela pergunta fora para ela mesma e Elsa seria apenas um avatar. - Muitos... Foi uma vida de arrependimentos... Mas não o último ano. O último ano foi o pior, mas foi verdadeiro como o veneno de uma Víbora deve ser. Porto Real conheceu Lorra Targaryen, e a passagem de Lorra Targaryen em Porto Real expôs o quão ilegítimo é o reino de um Baratheon e o quão suja é a alma de um Lannister... - A Targaryen aguardou o Estranho enquanto acariciava o rosto de Jon, o natimorto. Lorra esperava que a sorte fizesse as chamas beijar Elsa primeiramente, pois seu altruísmo fazia desejar que Elsa não presenciasse Lorra sendo queimada antes de partir.
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    Mensagem por Pallando Qua Nov 30, 2016 3:30 pm

    A velha serva continuava sentada ao pé da cama, tossindo cansada, pele levemente avermelhada pelo esforço e olhar triste. A maneira com que se movia, aparentemente ansiosa e ao mesmo tempo hesitante entre aceitar o destino ou tentar a sorte nas escadas, indicava que Elsa sentia medo naquele momento. Uma criança estava ali, morta sem que ao menos seu choro fosse ouvido por sua mãe, mas quem temia a morte era a idosa, após uma longa vida de servidão no Tor.

    Mesmo sem a resposta da velha, que estava triste e cansada demais para pensar e responder com seriedade, Lorra continuou a falar. De certo modo, era uma pessoa feliz por não estar sozinha naquele que parecia ser o seu fim. Elsa não respondera, mas a Targaryen imaginava que provavelmente a resposta fosse não. Ela não se arrependia da tentativa.

    Convencida de que já teria feito o suficiente por expôr o Rei bastardo e os outros indignos leões de Porto Real, mesmo caso morresse ali, Lorra encontrava nisso algum alivio enquanto observava o fogo atravessar a entrada do quarto.

    Dentro do quarto, Lorra aguardava o fogo para consumi-la. Fora triste ainda estar consciente quando Elsa caiu, cedendo ao pé da cama e despencando no chão devido a sua dificuldade de respirar. Se as chamas já a haviam alcançado, Lorra não sabia, pois não tinha visão de nada que se encontrasse abaixo da altura da cama. Sempre que se dava conta de algum progresso do fogo, sentia a nítida fraqueza aumentada cada vez mais, porém não sentia mais o sangue escorrer. Começava a perder a sensibilidade.

    Seus olhos quase fecharam-se em um primeiro momento, mas um som baixo que não sabia distinguir ou descrever a manteve acordada. Talvez fossem as chamas ou Elsa agonizando, mas não parecia ser o caso...vinha de baixo da cama. A curiosidade a fez permanecer de olhos abertos e atentos por mais um tempo, até que finalmente o fogo a alcançou. Em um segundo momento, seus olhos ameaçaram se fechar mais uma vez.


    Banhado em água e impulsionado pela adrenalina, Sankar adentrou a estrutura em chamas de uma maneira que poderia ser descrita como desesperada. Deixou suas armas de lado e atravessou o fogo da entrada, seguindo direto para a escada já tomada pelo incêndio, sentindo o calor aumentar a cada passo apressado que dava e a água em seu corpo começando a se misturar com o suor que já escorria no momento que pisou no primeiro degrau.

    Se atravessar o fogo na entrada não fora tarefa digna de suas habilidades, subir pela escada certamente foi. O movimento das chamas era incessante e se encontrava por todos os degraus, deixando poucas brechas para que o dornês as vencesse sem sofrer com queimaduras sérias. Mas Sankar foi ágil, movendo-se sempre em frente com rapidez e contando com seus reflexos para evitar o fogo onde estava mais concentrado. Sofreu, mas conseguiu chegar ao segundo piso quase sem fôlego.

    Sankar atentou-se para o fogo que já estava dentro dos quartos e já derrubava mesas pequenas e bancos simples, infestando completamente os tapetes de pele no corredor em frente aos quartos. Seus olhos foram de imediato para os aposentos de Lorra, e sentiu seus sentimentos negativos crescerem ao ver que o fogo já estava lá dentro.

    Correu para lá, com mais pressa do que nunca, e parou na divisa da porta quando pôs seus olhos no cenário. Seus reflexos não deixaram passar despercebida a presença de uma velha serva no chão, provavelmente morta com fogo sobre as vestes, mas a existência dela ali lhe era irrelevante. Seu foco era na Targaryen sobre a cama.

    Ainda dentro de seus aposentos, Lorra sentiu as chamas em um quarto momento. Sentiu-as tocar sua pele e aquecer o corpo junto do tecidos da cama, mas não sentiu dor. Talvez pensasse que fosse devido a perda de sensibilidade, ou que simplesmente já estava à caminho do encontro com o Estranho, mas logo perceberia que não poderia se tratar disso. O fogo não a feria.

    Ao lado da cama, no chão em frente a pequena mesa de canto, a caixa chamuscada que fora roubada de Sankar se encontrava aberta.
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    Sankar & Lorra- Melroc/ Makavalli Killuminati - Página 12 Empty Re: Sankar & Lorra- Melroc/ Makavalli Killuminati

    Mensagem por Shady Dope Qui Dez 01, 2016 5:41 am

    Nenhuma palavra mais foi dita por Elsa. A Targaryen terminava sua frase bastante emocionada com toda aquela situação, e o som do corpo de Elsa caindo ao lado da cama interrompe a voz de Lorra e o crepitar das chamas. A jovem de cabelos platinados quase fecha os olhos instintivamente, como se fosse de sua natureza não olhar a cena de um corpo sendo queimado até ser calcinado, e em breve teria o mesmo destino. Mas Lorra resistiu ao olhar por alguns segundos, mas não conseguiu ficar observando aquilo por muito mais tempo, virando o rosto para o lado oposto. Outro som interrompe a melodia das chamas, um som vindo debaixo de Lorra. Era o Estranho tocando o seu corpo, foi o quê Lorra havia pensado no primeiro momento.

    Outra vez os olhos púrpuras da Targaryen quase se fecharam. Não, dessa vez se fecharam por completo, Lorra havia os forçados a ficarem daquela forma até sua morte. Jon, o natimorto, era pressionado entre os braços da Targaryen. Lorra estava com medo, e nunca havia sentido algo tão aterrorizante antes. A morte era assustadoramente aterrorizante até mesmo para os mais bravos de Westeros, e nesse momento Lorra pôde perceber o quão imprescindível era tal sentimento em uma vida completa.

    Vagarosamente a jovem de cabelos platinados diminui a pressão que fazia em sua criança nos braços, relaxando o corpo, ao mesmo tempo que voltava a abrir os olhos impaciente pela demora do Estranho em lhe levar. Estranheza era o quê tivera quando notou o fogo a abraçando e a poupando de qualquer dor. Lorra começava a criar teorias com o quê via. Talvez seu medo fosse tão forte que renunciou seus sentidos e estava delirando enquanto seu corpo queimava sem sentir dor. Mas a cada segundo que passava o quê parecia um delírio criava tons de realidade, e Lorra começava a perder o medo enquanto se enchia de surpresa, e criava um fio de esperança em meio a todo aquele terror. Ao lado de sua cama, Elsa jazia morta, emaranhada no turbilhão de fogo que se retroalimentava. A Targaryen larga Jon ao seu lado, e começava a analisar o próprio corpo. Os olhos púrpuras do dragão passeavam por cada centímetro de sua pele clara e encharcada, e apesar de sua roupa começar a sofrer com o fogo até virar pó, nada acontecia com sua pele. O fogo já havia a envolvido por completo, não restava mais dúvidas. Lorra leva suas mãos para ainda mais perto de seus olhos, estava trêmula e não conseguia saber ao certo porquê estava trêmula. Um forte suspiro desabafado foge pela boca da jovem de cabelos platinados, que sorria. Por mais que tentasse não sorrir diante daquela desgraça, não conseguia. Lorra havia se dado conta de quê o fogo não a feria, lhe recarregando as energias para viver além do quê imaginou a segundos atrás. O Estranho não estava ali para lhe buscar naquela noite.

    Com um movimento de cada vez, Lorra tentava forçar o movimento de suas pernas, o quê fazia com imensa dificuldade. Estava na hora de sair daquela fogueira com a caixa chamuscada e o conteúdo que se revelara, e Jon, o natimorto. Se tivesse sorte, Sankar estaria a sua espera no estábulo. Maior foi a surpresa quando ao terminar de pensar em Sankar, o próprio a esperava na porta do quarto. Com os braços ocupados, Lorra não teve como tampar suas vergonhas uma vez que suas vestes haviam se transformado em cinzas. A Targaryen dava mais alguns passos até deixar para trás a fogueira que cobria a cama que a pouco estava deitada. Fora do fogo, o olhar de Lorra em direção ao dornês suplicava por ajuda para sair de Tor o quanto antes.

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    Sankar & Lorra- Melroc/ Makavalli Killuminati - Página 12 Empty Re: Sankar & Lorra- Melroc/ Makavalli Killuminati

    Mensagem por Melroc Sex Dez 02, 2016 4:02 pm

    Era difícil a caminhada em meio ao caos provocado pelo fogo, as vigas de madeira já estavam se desfalecendo e até mesmo a pedra das paredes estavam ferventes. Havia obstáculos em chamas por todos os lados, o calor e a fumaça dificultavam a respiração e minavam a resistência do Dornês. Nada faria ele parar! Era seu dever protegê-la! Não deixaria a Pequena Dragão morrer sem que tentasse salvá-la e morreria tentando!

    Sankar sobe as escadas com dificuldade, seu ferimento recente doía e não queria que ele se abrisse, mas fugia das chamas como podia. Seu objetivo eram os aposentos de Lorra no andar superior onde o fogo já devorava tudo a seu redor, mas como o incêndio parece ter sido iniciado de baixo para cima, acreditava que o andar de cima estivesse em melhores condições.

    Pensava na loucura que estava fazendo, andando em meio as chamas de um incêndio e lembrou-se do lema de sua casa, "Nosso sangue queima", e de onde ele vinha. Era um Lorde dos Portões do Inferno e se alguém podia caminhar em meio aquele inferno, era Sankar Nassam. Ele se enche de fúria em desafiou ao Estranho, - É isso que você tem pra mim? É assim que você me desafia? Você não vai me levar assim! - Aquelas palavras inflamaram o Dornês, não deixaria o Estranho leva-lo em um incêndio. Estava revigorado, o que o fez atravessar o restante de fogo que havia entre ele e seu objetivo.

    Ele se surpreende com a cena, a cama pegando fogo e a Targaryen se levantando intacta, sem uma queimadura sequer. Ela estava nua e havia sangue em suas pernas, Sankar imaginou que o bebê havia nascido, pois a barriga de Lorra não estava mais inchada, mas o que o Nassam não entendeu, foi a sua caixa que lhe havia sido roubada e estava sob a posse de Lorra. Viu que ela estava aberta e vazia, o que não poderia ser verdade, ele tinha certeza que a caixa tinha algum conteúdo!

    Não havia tempo para questionamentos, precisavam sair dali. - Venha Milady, vamos sair daqui! Consegue andar? - Sankar sabia que se tivesse que carregar Lorra no colo, sua caminhada seria mais difícil. A situação do andar de baixo estava uma calamidade, seria perigoso demais voltar por lá. Decidiu encontrar uma outra saída naquele andar mesmo, se não encontrasse, iria subir ao andar superior e ganhar algum tempo antes que o fogo os alcança-se.
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    Mensagem por Vinah Sáb Dez 03, 2016 6:20 pm

    O ar quente e espesso provocado pelo incêndio adentrava em seus pulmões em grandes golfadas. O ar estava negro, e as cinzas provocadas pelo incêndio dançavam loucamente ao redor do seu corpo. O calor do local em que se encontrava energizava-o. A cada segundo que se passava, sentia seus ossos e sua pele escamosa se fortalecerem. Quando uma chama audaciosa subia até onde ele estava, era como se a própria Mãe Platinada estivesse acariciando a suas escamas. Por um momento, suas asas bateram em sincronia, e por breves segundos ele sentiu seu corpo planar no ar com perfeição. De onde estava, posicionado no ar no local mais alto do ambiente, ele podia ver tudo que acontecia ao seu redor, até mesmo em meio a fuligem e a fumaça que tomavam conta da sala. Ele podia ver seus dois irmãos se arrastando no chão, ainda com dificuldade em levantar voo. Podia ver a Mãe Platinada se levantando, incólume pelas chamas assim como ele próprio. Podia ver aquele estranho com fisionomia parecida com a da Mãe Platinada avançar em direção aonde eles estavam.

    Sua reação ao que viu foi imediata, devia proteger a sua mãe do perigo que se aproximava dela. Imediatamente, a fúria e o ódio encheram seu peito, e com uma grande demonstração de força, desejou ver aquele estranho queimar até que seus ossos fossem revelados. E assim, tentou expelir de seu próprio corpo uma chama abrasadora, mas tudo que saiu foi uma grande baforada de ar quente. Ele ainda não estava totalmente pronto, mas a fúria ainda nutria seu corpo, e dessa forma, decidiu rugir para alertar os seus dois irmãos.

    O rugido ecoou pela sala como se as pedras estivessem cedendo, e imediatamente seus irmãos compreenderam o alerta. O seu irmão com as escamas avermelhada e olhos cor de bronze claro foi o primeiro a sair do compartimento de onde estava. Nesse momento, a Mãe Platinada já havia se levantado, de modo que seu irmão teve que se apressar para ir ao seu encontro. Ele bateu as asas, fazendo um voo curto para alcança-lá. Já o seu irmão de escamas brancas e olhos de um vermelho quase negro, galopou em sequência até a Mãe de um modo extremamente desajeitado. E assim, com seus irmãos perto das costas da Mãe Platinada, enfim chegou a sua vez. Com uma batida de asa, ele deslocou a fumaça que estava ao seu redor, aumentando a sua visão do estranho e de sua Mãe. Deixou seu corpo cair em um mergulho, e em poucos segundos ele já estava entre a a sua mãe e o estranho.



    Em meio a fumaça negra e densa que se juntava no teto do local, veio um barulho que Sankar e Lorra nunca tinha ouvido. E após isso, barulho da madeira sendo raspada e de algo se locomovendo pôde ser escutado em meio ao barulho do incêndio. Antes que Lorra e Sankar pudessem perceber totalmente o que estava acontecendo, uma sombra surgiu em meio a fumaça e avançou em direção aos dois.  Era um dragão cuja escamas eram roxas e os olhos eram de um amarelo ouro, seus dentes e garras eram como grandes adagas afiadas. Ele surgiu bem a frente de Sankar, um momento antes do auxílio de Sankar a Lorra. O dragão projetou uma das garras em direção ao rosto de Sankar, mas o golpe desferido apenas pegou de raspão, pois o dragão ainda parecia ter dificuldades em manter-se no ar. No entanto, foi suficiente para que o sangue do dornês escorresse pelo rosto, mas nada que impedisse sua locomoção ou mesmo sua saúde, afinal o grande perigo ali era o calor demasiado alto, a fumaça, e agora, os dragões. Sim, pois nesse exato momento após o ataque, mais dois dragões surgiram por trás das costas de Lorra Targaryen. Um dragão possuía escamas vermelhas com pontas negras e o outro possuía uma cor esbranquiçada. Os dois mediam aproximadamente o mesmo tamanho, apenas o dragão roxo que se destacava. Com toda certeza, ele era o maior dos três.

    Lorra, assim como Sankar, também vira os dragões se aproximarem dela. Se Sankar fora ferido com intenção, Lorra passou por uma experiência diferente. O maior dragão dos três e o único que voava no momento, aproximou-se do seu ombro, e delicadamente, agarrou-se a Lorra Targaryen utilizando as suas garras. O pouso foi delicado, mas Lorra sentiu a dor de pequenas adagas penetrarem a sua pele.

    A fúria e o ódio ainda lhe enchiam o peito, dando forças para o seu propósito. A ameaça ainda não estava caída, e isso o enfureceu mais ainda. Antes que fizesse alguma coisa, seu irmão vermelho rugiu, alertando que aquele não era um inimigo, pois ele sentira que a Mãe Platinada precisava daquele estranho. Contrariado, ele se moveu em direção aos ombros da Mãe Platinada, esquecendo-se do estranho e oferecendo o toque suave de seu corpo para sua mãe.  Tocar a mãe era como tocar o próprio fogo, era como se ela fosse dotada do fogo mais quente que poderia existir e que ela poderia compartilhar aquele calor com ele. Isso aplacou a sua fúria, mas ainda sim, o ódio estava impregnado em sua carne. E então, largando o toque de sua mãe, ele rugiu e alçou voo em direção a fumaça. Seus irmãos tentaram segui-lo, mas ainda estavam lutando para aprender a controlar suas asas. Não importa, ele sabia que sua Mãe Platinada ficaria bem e que logo seus irmãos iriam segui-lo.
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    Mensagem por Melroc Qui Dez 08, 2016 10:23 am

    Sankar se aproxima de Lorra, quando algo pula em sua direção, fazendo-o recuar por um instante e arranhando seu rosto. – Minha santa mãe, o que é isso? - Aquele pequeno ser de fúria e inconsequência assusta o guerreiro das areias. Em sua vida já havia visto muitas coisas estranhas e assustadoras, mas aquilo era diferente. Um pequeno ser de assas coreáceas, com escamas por todos os lados e pequenos dentes a mostra, ameaçando Sankar como podia. Um pequeno demônio alado que no momento o odiava.

    O Dornês quis chutar aquela criatura que o desafiava, quando outros daquele se posicionavam por trás de Lorra. Sankar pensou em avisar a Targaryen, mas já era tarde quando o  grande púrpura sai de sua posição de ameaça e alça voo sobre a pequena dragão. Ele percebe que aquelas pequenas criaturas saídas de um pesadelo não queriam atacar Lorra, estavam empoleirados por sobre seu corpo como se quisessem protegê-la e serem protegidas.

    A visão de Lorra em meio as criaturas, fez Sankar lembrar-se das histórias que ouvia quando era criança. Sobre os Reis Domadores de Dragões e suas poderosas montarias aladas. - Dragões! - Pensou Sankar em voz alta, estava em transe de ver seres consideradas extintas a mais 200 anos e protegendo Lorra como seu bem mais precioso. Imaginou que os dragões haviam saído de ovos guardados em sua caixa de metal por décadas e que realmente, aqueles mercenários da Campina procurava algo muito valioso nas Ruínas Targaryen.

    Ao pensar em Lorra, Sankar imaginou que talvez ela estivesse apavorada com aquela situação. -  Acalme-se milady, eles não lhe farão mal! - O Nassam não era bom em acalentar pessoas, afinal era um guerreiro e matador, não uma ama de leite, mas achava que aquilo era o certo a fazer para salvar a própria pele. - Eles são filhotes de Dragão e estão lhe protegendo de mim! - Dragões eram predadores e qualquer reação errônea de Lorra poderia coloca-lo como alvo daquelas criaturas. Afinal, o guerreiro já se esquivara de um incêndio e ainda não queria morrer queimado!
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    Mensagem por Shady Dope Ter Dez 13, 2016 8:57 am

    A caixa chamuscada perdera seu valor quando uma vez aberta, nada guardava. O fogo deveria ter retorcido o metal de alguma maneira que antes não havia feito. Aquilo era um pouco decepcionante para Lorra, mas ainda estava em estase pela sua prova de fogo, literalmente. Com passos de bebê, um após o outro e muito esforço investido a cada um, Lorra trespassava as chamas saindo de dentro do fogo ardente sob o testemunho do Lorde dos Portões do Inferno. A pequena dragão não notava o estado do natimorto em seus braços, apenas encarava o dornês enquanto caminhava até ele com dificuldades, mas revigorando-se gradativamente após todo o momento trágico, desastroso, e mágico em que vivia.

    O sorriso ainda permanecia em seu rosto. Um sorriso sem pretensões e com singelos sinais de torpor. Como uma flecha zunindo ao lado de seu rosto, uma pequena criatura alada quebra os movimentos de Lorra e investe contra Sankar. A jovem de cabelos platinados não teve tempo para avisar sobre a criatura e sequer havia notado do quê se tratava. Quando lançou seu olhar novamente para Sankar, um arranhão no rosto começava a se tingir com o vermelho do sangue. Foi quando a criatura de escamas arroxeadas se equilibrou no ar circulando o quarto e pousando graciosamente em um dos ombros de Lorra que a pequena dragão teve completa noção do quê tinha acontecido. Um frio na espinha causou calafrios na jovem de cabelos platinados, seu corpo tremia, estava ainda mais surpresa com o quê presenciava. Lorra poderia sentir a magia circulando em suas artérias, pois tudo aquilo se tratava de um acontecimento sobrenatural, o renascimento de algo que os últimos registros datavam de um tempo muito distante. Os olhos púrpuras da Targaryen encaravam os olhos amarelos do legítimo dragão em seu ombro direito. Carregando o natimorto com apenas o braço direito em formato de concha, Lorra leva vagarosamente sua mão esquerda até a coroa do dragão, tocando sua escama e o acalmando. Foi no toque em sua escama que Lorra se convenceu que aquilo era tudo real, logo após vieram à tona os outros sentidos, como a dor leve de pequenas perfurações superficiais causadas pelas garras afiadas do dragão arroxeado.

    Em pouco tempo a sensação involuntária da magia circulando aquele quarto triplicou, quando simultaneamente outras duas criaturas começavam a escalar o corpo da Targaryen, uma em cada perna. Não tinha como descrever a confusão de emoções que sentira naquele momento, e nem se passava pela cabeça de Lorra se Sankar compartilhava de tais sentimentos. A história acontecia diante dos olhos de Lorra quando outros dois dragões menores se acomodam no seu outro ombro, nitidamente mais delicados que seu irmão maior, mas com a mesma fúria em seus olhares. Lorra nunca se sentira tão Targaryen como se sentia agora, cercada de fogo, sangue e dragões. Era uma Targaryen legítima, por isso os dragões tentavam a proteger.

    Não demorou a entenderem que Sankar não era uma ameaça, foi quase ao mesmo tempo que o próprio Sankar tinha percebido que os dragões estavam a protegendo dele, revelando a lendária inteligência das criaturas que se acalentavam em seus ombros. O mais velho voou em partida deixando os dois menores para trás. Lorra continuou sua caminhada que fora interrompida anteriormente, indo em direção a Sankar novamente. Os dois estavam de partida, tinham que sair dali o quanto antes. A Targaryen nada tinha a falar para Sankar, estava muda enquanto deslumbrava os dois dragões se esfregando em seu corpo. Jon continuava morto em seus braços, mas Lorra havia recebido de presente três outros filhos o qual não tinha pensado em um nome, mas que em breve tinha certeza que encontraria o melhor para definir cada um dos três dragões.
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    Mensagem por Pallando Sáb Dez 17, 2016 2:12 pm

    Com passos curtos e desajeitados Lorra seguia até Sankar, mas seus olhos acompanhavam o movimento das duas criaturas que pareciam se recusar a deixar de estar perto dela. Conforme aproximou-se, o fogo que havia engolido o corpo de Elsa e agora subia lentamente pelos pés de madeira da cama a tocaram, também aos dragões, mas tanto ela quanto as criaturas ignoravam as chamas. Era uma visão quase inacreditável para Sankar, que agora tinha a Targaryen ao alcance de sua ajuda.

    A aproximação de Sankar para que pudesse carregar Lorra, aproximação que parecia condenada a encontrar dificuldade nas criaturas que ameaçavam o dornês, aconteceu sem que os pequenos dragões voltassem a atacar Sankar. O vermelho chegou ao chão percorrendo pelo corpo de Lorra, enquanto o alvacento jogou-se ao ar e usou desajeitadamente as asas para um pouso nas chamas. O herdeiro dos Portões do Inferno agora carregava a Targaryen e faria caminho junto das duas criaturas até a saída da estrutura condenada.

    O caminho de volta não seria fácil, como Sankar facilmente era capaz de deduzir. Diferente dos seus novos companheiros, o dornês não era imune ao fogo e um passo em falso poderia custar-lhe a vida. As duas criaturas esgueiravam-se pelas chamas a frente, isso quando não atravessavam o fogo, batendo suas asas na tentativa de levantar voo em alguns momentos. Não havia mais sinal do terceiro até onde conseguia ver.

    E assim foi, atrapalhado pela ferida de antes, aquela causada pela traidora, que como bem lhe fora avisado agora voltava a doer. Não havia outra saída senão pela escada. Um caminho difícil, mas contou com algum auxilio das criaturas que, propositalmente ou não, ajudaram-no ao se aproximarem dele pelas escadas ou até agarrando-se à suas pernas, protegendo-o das chamas mais intensas com seus corpos. Foi uma descida atrapalhada e certamente deixaria marcas para lembrança nas pernas do dornês.

    O primeiro piso já não lembrava em mais nada o que era pela tarde. Marcas negras e peças de madeira quase reduzidas a cinzas destruíam a atmosfera harmoniosa que o lugar já tivera. Até a imagem ao teto, a mesma que chamara a atenção dos dois na primeira vez que entraram, começava a escurecer. Por sorte, ainda demoraria até que a estrutura toda começasse a ameaçar queda.

    Para os que estavam do lado de fora a visão de Sankar surgindo na entrada, deixando para trás uma armadilha de fogo da qual poucos teriam escapado com vida, ainda acompanhado por criaturas que julgavam existir somente em histórias do passado, fora uma inimaginável surpresa. Haviam inúmeros serviçais e outros por ali, ao menos quinze soldados e um prisioneiro de joelhos, provavelmente outro traidor capturado, mas nenhum deles conseguiu esboçar uma reação imediata ao que viam. Para além disso, tanto Sankar quanto Lorra precisavam de curandeiro, principalmente a jovem que ainda carregava o natimorto Jon.

    Depois alguns segundos, alguns soldados se moveram em direção à Sankar, mas logo foram intimidados pelos dois pequenos dragões que dificilmente permitiriam a aproximação deles. Claramente haviam pessoas aptas a cuidar dos feridos ali, porém também temiam se aproximar. A lua ainda ocupava seu lugar incontestavelmente no céu, levando os pensamentos do herdeiro dos Portões do Inferno brevemente de volta à mensagem que encontrara no estábulo principal. De qualquer maneira, a urgência era para o socorro.
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    Mensagem por Shady Dope Seg Dez 19, 2016 3:55 pm

    Não havia mais como carregar o natimorto Jon, Lorra não tinha forças para tal e não seria justo fazer com que Sankar tivesse que se preocupar com um bebê que já estava morto enquanto ele já estava ocupado o suficiente sobrevivendo em meio as chamas. A Targarye fitou por uma última vez as chamas que a abraçava pelas costas, beijou a testa de Jon e o entregou delicadamente as chamas. Lorra, contando com sua imunidade as chamas, deita o natimorto no quê restava da cama que estava deitada anteriormente e o deixa na mão do Estranho. A Targaryen não ficou para observar seu filho queimar, virou o rosto e lamentou, mordeu os lábios para segurar o choro outra vez, e finalmente deu as costas para seu filho e as chamas novamente.

    Frente a frente com Lorde Sankar, Lorra estava tremula, deixando-se cair já sem forças e abraçando o pescoço do dornês, não era fácil para ela se manter de pé logo após o parto, dar alguns passos já fora um milagre. - Contrataram um assassino... Vamos sair daqui... - Sem fôlego, era tudo o quê Lorra tinha pra dizer no momento. Para auxiliar Sankar, a Targaryen só tinha sua visão para avisar dos perigos pelo caminho, já a força teria que ser emprestada pelo dornês. Os dragões permaneciam em sintonia um com o outro e auxiliavam os dois a fugir do local em chamas, o dragão roxo não se juntou aos dois irmãos, demonstrando ter uma personalidade mais complexa que os menores.

    A imagem das figuras históricas que fora mantido por tanto tempo em Tor fora corrompida pelas cinzas, tudo estava destruído no térreo, porém Lorra ainda fixava sua atenção nas duas criaturas que seguiam na frente. Os olhares de surpresa foram percebidos pela dupla quando ambos chegaram ao lado de fora, não poderia ser diferente considerando a presença das duas criaturas lendárias que os acompanhavam, e não poderiam imaginar que ainda houvesse um terceiro. Lorra tenta esconder suas partes íntimas, seu estado era deplorável, o sangue do parto ainda cobria boa parte de seu ventre para baixo e as cinzas cobriam o resto do corpo. A ajuda tentou se aproximar, mas os dragões não queriam que ninguém chegasse perto da pequena dragão. Lorra pediu para que Sankar a deixasse próxima das duas criaturas, voltando seu foco para ambos dragões, e ainda com temor, Lorra tenta acalmar as criaturas. Quando o fez, a Targaryen fitou aqueles que tentaram ajudar anteriormente e sinalizou positivamente com a cabeça quando sentira que os dragões não os atacaria mais.
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    Mensagem por Melroc Qui Dez 22, 2016 6:10 pm

    O Dornês não havia percebido que a criança estava morta, tanto o incêndio quanto os dragões o ofuscaram sua percepção nesse sentido. Observa sem reação ao ritual realizado por Lorra, e quanda ela já estava em seus braços e lhe diz sobre o assassino, Sankar não comentou que já sabia disso e que não era um  assassino mas um grupo todo, mas não deixaria aquele afronte passar em branco. – A senhora terá a sua vingança milady!

    Sankar se preocupava com o fogo que teria que atravessar mais uma vez, mas percebeu que os pequenos dragões o estavam protegendo das chamas, apesar do calor e a fuligem ainda prejudicarem sua caminhada, mas ele já havia desafiado o Estranho e não o deixaria rir com sua morte. Às vezes procurava o dragão purpura para saber onde ele estava, e que lhe devolvia o olhar, dando a certeza de que o dragão o odiava. Mas sua reação no quarto em chamas fez Sankar acreditar que agora não estava sozinho na proteção da Targaryen.

    Assim que saiu do incêndio, viu a perplexidade dos presentes, provavelmente  com a presença das criaturas aladas. Tinha uma mulher em seu colo precisando de ajuda imediata e um incêndio tentando devorar o Tor. Logo ratou de dar ordens em seu tom furioso – Onde está o curandeiro? Ela precisa de cuidados. – viu alguém passar trajando uma capa e o ordenou que a fornece, cobrindo a nudez de Lorra. – Não se preocupem em apagar o fogo, mas não deixem ele se espalhar para os outros prédios! – Gritou com firmeza. Aquela construção já estava condenada e seria inútil tentar mantê-la, então que os esforços sejam direcionados para não deixar que o fogo se espalhe.

    Vendo que ninguém conseguia se aproximar, por causa dos dragões e sabendo que o caos instalado ali poderia deixá-los ainda mais nervosos, Sankar decidiu tirar Lorra de perto do incêndio, imaginando que os dragões o seguiriam. Quando estava longe o suficiente do foco da bagunça, chamou o oficial dos soldados no local – Prepare imediatamente uma tropa de cavalaria e arqueiros com flechas incendiarias. Temos um navio para queimar! – Ele iria até o local onde deveria estar o navio que esperava os conspiradores assassinos. Decidiu que mataria todos eles, da mesma forma que tentaram matá-los. – Enquanto isso, tragam-me aquele prisioneiro, quais são as acusações?
    Pallando
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    Sankar & Lorra- Melroc/ Makavalli Killuminati - Página 12 Empty Re: Sankar & Lorra- Melroc/ Makavalli Killuminati

    Mensagem por Pallando Qui Dez 29, 2016 2:56 pm

    Aqueles de maior agilidade trataram de tomar as medidas iniciais para evitar que o fogo se espalhasse, sendo boa parte destes simples serviçais no Tor, enquanto o restante levou seu devido tempo para deixar o estado de perplexidade. Sankar cobrira Lorra com uma capa, enquanto a jovem tentava acalmar as criaturas, e vendo que ninguém se aproximava, o dornês tirou a Targaryen de perto do incêndio.

    Quando o trabalho de Lorra para acalma-los teve efeito, ela fitou aqueles preparados para prestar auxilio e sinalizou para que se aproximassem, certa de que as duas criaturas não atacariam. Muitos aproximaram-se de uma só vez, entre curandeiros e gente próxima disso, enquanto alguns poucos de mais coragem só aproveitaram a oportunidade para ficar alguns passos mais próximos dos dragões. Um curandeiro em especial, velho e manco, esbravejou para que não a sufocassem e foi obedecido.

    Deitada e sem forças, Lorra podia distinguir apenas algumas palavras do que o curandeiro dizia aos outros. Havia um esforço conjunto sendo feito para que a Targaryen sobrevivesse, embora fosse difícil para ela acreditar que morreria depois de escapar da morte tantas vezes naquele dia. Ao olhar para o céu, em boa parte nublado pela fumaça do incêndio, o vulto das três criaturas sobrevoavam desajeitadamente por baixo, como se a guardassem.

    Próximo de onde a Targaryen recebia os primeiros cuidados, um dos únicos oficiais presentes, se não o único ali, recebia as ordens de Sankar com o olhar firme. Pareceu imensamente satisfeito com a novidade e a ordem em si, afinal haveria retaliação pelos acontecimentos daquela noite. O oficial respondeu com um sonoro "sim, senhor!" e moveu-se para reunir a tropa.

    - Sir Sankar, senhor!- Um soldado de rosto familiar, um jovem, apresentou-se perante a segunda ordem e a pergunta. Provavelmente era um dos primeiros soldados que estavam presentes ao fim do combate contra a traidora.- Senhor, refere-se à qual deles? Como ordenastes, a traidora encontra-se junto dos outros. O torturador e auxiliares estão com eles. O soldado pego no estábulo principal não resistiu mais do que alguns minutos antes de confirmarmos as suspeitas.- Sua voz era firme, mas as palavras saiam hesitantes. Temia repreensões, característica típica de sua inexperiência, e as informações que tinha para passar não eram agradáveis.- Lorde Trebor Jordayne faleceu, senhor. O prisioneiro que libertaram continua desaparecido, não houve confirmação da aparição dele em lugar algum.

    Enquanto ouvia o soldado encarregado de reportar os acontecimentos recentes, mais soldados reuniam-se por perto, deixando o trabalho de conter o fogo para os vários serviçais. Entre eles, Sankar conseguira identificar ao menos dois oficiais aguardando novas ordens. A maior parte dos soldados ficou chocada com a morte do Senhor do Tor.

    Nesse mesmo tempo, Sankar captura no reflexo o momento que Lorra começa a ser movida cuidadosamente sobre um suporte de tecido grosso. Além do velho curandeiro manco, apenas algumas aprendizes e serviçais a levavam para o prédio principal ao lado. Não sabia onde estavam os dragões, mas não havia razão para procura-los agora.
    Shady Dope
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    Shady Dope
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    Sankar & Lorra- Melroc/ Makavalli Killuminati - Página 12 Empty Re: Sankar & Lorra- Melroc/ Makavalli Killuminati

    Mensagem por Shady Dope Qui Jan 05, 2017 1:46 pm

    Não mais com o corpo despido e com os dragões acalmados, Lorra fora acolhida por alguns dos locais, um curandeiro em especial, mais velho que o restante, talvez um Meistre, Lorra não conseguiu observar se havia uma corrente envolvendo o pescoço do senhor que a atendia. A Targaryen não se sentia bem ao final de tudo o quê havia acontecido. Seus braços não respondia aos seus comandos, as pernas muito menos, pouco do quê era falado em sua volta podia compreender, o resto se tornava murmúrios perdidos em um turbilhão incompreensível de ruídos.

    Com toda fragilidade de sua situação, Lorra procurou uma última vez pelos dragões que a acompanhava e logo após o esforço descansou seus olhos, ficando a mercê daqueles que tentavam tratar suas feridas.
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