O Encontro no Sul: Gorus, Arzamarr e Tarcio.

Tarcio se aproxima em silêncio, mas a penumbra da noite não o permitiu identificar quem era, no entanto pôde ouvir cada detalhe da conversa. Identificou que era um casal, uma mulher e um homem pelos tons de voz.

- Tem certeza que é uma boa idéia? Nem conhecemos a pessoa, nem sabemos do que se trata...

- Fique quieta! Sim, é uma boa ideia, afinal temos que comer e para isso precisamos de dinheiro e o bárbaro nos foi muito bondoso com a quantia..

- É realmente a quantia é ótima, 3.000 peças de ouro é muita "bondade" para uma coisa tão simples! Ainda acho suspeito.

- Suspeito? É pode até ser... Mas diga-me você conseguiu descobrir algo com aquele selvagem?

- Não,querido, nos interromperam antes que eu pudesse descobrir, mas de fato ele está envolvido na missão que o barbaro nos contou...

De repente Tarcio ouve mais barulhos, pareciam muitos se aproximando e se questionava o que tantas pessoas estavam fazendo nas florestas do Rei naquela hora...

- Eles chegaram! Vamos depressa!

Os dois vão de encontro para o grupo que Tarcio não conseguia ver pela distância que estava, apenas ouvia barulhos e via vultos percorrendo a mata.
O Sol estava nascendo, clareando tudo e a todos. Era muito perigoso continuar ali, poderia ser facilmente visto e já estava chegando a hora de se encontrar com todos.
Tarcio resolve voltar ao castelo, permanece no ponto de encontro nos portões de saída para a floresta.
Arzamarr já estava aborrecido com a demora do jovem, isto estava atrasando a missão. Já gorus por sua vez estava tranquilo, apenas lia seu grimório como sempre fazia todas as manhãs.
Tarcio é o último a chegar, ofegante pela corrida feita dentre a mata.

Respirando rapido e suado Tarsio chega ao ponto de encontro nos portões do castelo.
- Desculpe a demora, mas ouvi uma conversa muito suspeita na floresta. Era uma mulher e um homem falando sobre a venda de alguma coisa por 3.000 mil peças de ouro. Achei estranho demais, pode ter a haver com o cajado de repente -
Fala o ranger de forma atropelada, pelo de estar ofegante da corrida.

- 3.000 Peças de Ourooo!!!... Por Moradin!, o que vale 3.000 Peças de Ouro?!... Huunnnfff, isso realmente é suspeito... Mostra-me o caminho rapaz, acho realmente que isso seja estranho... Sabia que esse reino não poderia ser tão tranquilo assim!... Vamos logo ver se esses dois tem algo a ver com o que nós procuramos ou se são apenas uns contrabandistas de araque!

O anão estava nervoso com a demora do garoto, mas com certeza a notícia era espantosa, alguém tinha em mãos algo no valor de 3.000 peças de ouro, muito dinheiro, não é qualquer pessoa que poderia pagar por qualquer item que fosse deste valor e Arzamarr queria realmente ver o que era aquilo, se fosse algo legal estaria nas mãos de um comerciante.

- Vamos garoto!... Vamos ver do que se trata e conte-me os detalhes no caminho! O anão puxa Gorus com um braço e empurra Tarcio com o outro, apressando-os, quanto mais rápido agissem melhor seria. O anão era assim mesmo, seu modo natural de agir, quase nunca perguntava a opinião de segundos ou terceiros.

Tarcio mal chegara no local e já tinha que partir novamente. Levou os dois colegas o mais depressa possível contando tudo o que ouvira. O anão teve um pouco de dificuldade de acompanhar o ritmo corrido de Tarcio, que conhecia a mata e voava como uma flecha atirada.
Quando o rapaz comentou que foram bárbaros quem solicitou o tal trabalho, Gorus parou atrás de um arbusto, puxando os outros dois para junto deles.

- Abaixem-se e fiquem quietos!

Gorus estava com um ar sério olhando atentamente para um ponto, parecia haver alguém ali, mas quem seria?

OFF:
Podem fazer teste de Observar.

Antes de se abaixar Tarsio tenta observar o que o Gorus tinha visto e o tinha feito falar aquilo.

Ao serem puxados para trás do arbusto, Arzamarr e Tarcio procuram atentamente ver o que Gorus viu. Não demora muito eles coseguem ver um barbaro conversando com um humano do reino.
Todos se questionam que criatura seria aquela, afinal nunca tinham visto nada parecido. Lendas contavam que barbaros existiam no Reino das Sombras, banidos dos outros reinos ha muitos anos.

- O que um bárbaro faz aqui? Isso não está certo... Essas criaturas costumam não ser muito inteligentes, mas aparecer neste reino nesse momento é pura burrice! - Gorus resmungava sozinho suas duvidas.

Não demora muito o humano parte para o Sul deixando o bárbaro para trás, meio zonzo sem saber para onde ir, até que então parte rumo ao norte.
Agora cabia aos aventureiros decidirem o que fazer, para onde ir...

- Ligeiro Tarcio!... Você que ouviu a conversa, quem eu devo abordar???... O anão pergunta a Tarcio o que fazer, talvez fosse confuso pra ele por não saber ao certo quem era mais suspeito, o bárbaro em si, ou o humano que papeava com ele.

No que o anão pergunta, já se levanta, segurando firme seu Martelo de Guerra, talvez fosse necessário usá-lo caso o elemento surpresa deixasse de funcionar.

- Acho que devemos abordar o Barbaro, acho que esse possa ser o barbaro que comprou o item por 3 mil peças de ouro. Talvez ele esteja com o cajado - responde Tarsio a pergunta do anão.

- Vamos segui-lo de longe então!... Espero que ele nos leve ao nosso objetivo... Alguém tem ideia melhor? O anão da sua ideia, porém, num gesto raro, pergunta aos dois sua opinião sobre o que fazer.

Enquanto isso o anão tentava observar os itens que o Bárbaro levava com ele.

Gorus se ergue lentamente para não fazer nenhum tipo de ruído e diz:

- Não, não acho que devamos seguir ninguém. Vamos ao Oeste nos encontrar com o representante das sombras. Ele conhece melhor esta raça, nós não temos conhecimentos sobre bárbaros. Vamos em silêncio e atentos, afinal já encontramos surpressas essa manhã.

Ele vira-se para o grupo e complementa com tom autoritário e imponente. Foi aí que os outros dois viram que ele de fato possuía sangue real e puderam suspeitar o motivo de ter sido enviado:

- Tudo certo para vocês? Certo, então vamos, não percamos mais tempo. Não sabemos quem pode estar esperando por nós no Oeste...

Gorus toma a dianteira e começa a caminhar, seu olhar era sério e atento a cada assovia dado naquela mata.

Tarsio não concorda muito com Gorus, mas enfim não tinha muito que fazer. Prefiria seguir aquele barbaro que se encontrar com algum membro suspeito do reino das sombras.

O anão também não concorda com Gorus, mas que assim seja, não iria perder tempo discutindo por causa de um Bárbaro. Apesar de ser um pouco irônico isso, o anão andava em passos largos, queria chegar logo ao destino, quanto antes chegassem melhor pois ele sabia que uma viagem ao lado de Gorus poderia ser massante para ele e a cada passo ele imaginava algumas maneiras de finalizar aquele bárbaro, o anão estava afiando sua imaginação para por em prática caso fosse necessário nessa jornada.