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    ⚜ Ato I: Danse Macabre ⚜

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    ⚜ Ato I: Danse Macabre ⚜ - Página 2 Empty Re: ⚜ Ato I: Danse Macabre ⚜

    Mensagem por gaijin386 Dom Jul 03, 2016 10:56 pm

    - Você tem razão Enzo em pensar isso, entretanto eu só vou perguntar uma ou duas coisas para ele e amaldiçoo o fato do sigilo ser tanto que não arriscaria uma comunicação por meios eletrônicos. E claro que se houver problema não planejo ir sozinho desta vez, bem ainda temos que aguardar o que Conclave nos dirá. - Concorda o cainita russo que terminara um cigarro e já acendera outro.

    - Não planejei nada ainda minha cara Fiorella, mas estou apenas constatando o inevitável se quero saber mais preciso ir onde a informação está, por mais desagradável que seja se alguém tem que sujar as mãos e bem os pés, e bem me surpreende em você pensar em sujar as suas, mas a oferta vale. - Diz Nikolai com humildade e certo receio no favor de retorno.

    - Bem Anita somos nós pelo momento os demais devem estar orbitado o velho Rocco em troca de favores sabe como a exaltação do ego ainda funciona nos mortos tanto quanto nos vivos, mas sua demora me intriga por hora já tenho mistérios o suficiente para a minha mente no momento e provavelmente vou ter que me aventurar novamente naquele pântano dos infernos - Ele relaxa um pouco e continua - Mas quem sabe você mesmo nos conte mais tarde o que a está preocupando. - Diz Ele sorrindo.

    - Giulia? Ah deve estar as voltas seus joguinhos novamente, mas nunca se sabe ... nunca se sabe. - Ele repetiu dando mais uma baforada do cigarro.


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    Mensagem por Portuga Seg Jul 04, 2016 4:25 pm

    “- Huum, que bom que nos entendemos tão bem! Também concordo.” Rebatiaa usando o mesmo tom fingido de sua indagadora assim que  elogiava Ingrid.”
    “- Intenções da Ingrid? Bem, se você sabe? Então ta tudo de boa, minha bonequinha de porcelana.” Não fazia a menor ideia do que aquela italiana estava a falar mas também não queria prolongar aquele tipo de situação, ao que tudo indicava, a mesma já havia entendido a lição.
    “-Bem, amiga, será que ainda vão demorar pro início?", dessa vez, Ginger é que fazia uma pequena pausa, dando um gole em sua taça, “E oque você acha dos Tremere?” Dessa vez, a menina usara sua voz extremamente doce e apaixonante.


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    ⚜ Ato I: Danse Macabre ⚜ - Página 2 Empty Claire - Narração

    Mensagem por Brujah Girl Seg Jul 04, 2016 6:22 pm

    Já nas movimentadas ruas da petite Paris da América, caminhando ao lado de Marie, Claire fazia a ligação para aquela que salvara-lhe e através de seu sangue trouxera-a para uma nova vida. Ao ouvir a voz de Pearl, a filha da lua esboça um sorriso e responde:

    – Bonsoir ma madame! Ça va?

    Faz uma breve pausa dando o tempo necessário para que Peal respondesse o cumprimento e logo prosseguiria ao assunto:

    – Saí da Black Raven agora e estou seguindo para o local do *rendez-vous de cette soir* (encontro desta noite). Já chegou?

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    Mensagem por GGeninho Seg Jul 04, 2016 7:51 pm

    Ouvindo o aviso do Senescal, Maurice apenas o entendia como lembrete da importância da missão, jamais como ameaça. (ingênuo Gangrel)

    - Oui monsieur. Sa majesté pode ter certeza de que não é um erro confiar na minha lealdade e discrição. - respondeu, enquanto se levantava e rumava para a porta.

    - Je te vois dans la salle , monsieur - disse, cumprimentando e se despedindo de O'Brian, e se voltando para a odiosa Harpia.

    -Dame Sasha, todos já chegaram? - num esforço hercúleo, Maurice tentava ser o mais polido possível.
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    Mensagem por Melroc Ter Jul 05, 2016 11:13 am

    O Nosferatu digita o nome dos três feiticeiros no WhatsApp e manda para seu contato hacker, junto com o pedido pra ele encontrar tudo o que puder sobre os três, principalmente sua localização atual. - Pronto, vamos ver o que consigo. - Seu contato Hacker era mortal e duvidava que ele soubesse da não-vida de Louis, muito menos que ele era um cainita monstruoso. Louis preferia assim e de tempos em tempos usava seus poderes para ajudar o hacker quando necessário.

    Louis deu de ombros com a pergunta do Justiçar, Os Giovanni lhe eram desconhecidos, mas sabia que tinham dons sobre os mortos - Não sei mon seigneur, mas aquele ditado ,"Les morts ne parlent pas", ... - Louis percebe que falou em sua língua natal e repete a frase - ... Digo: "Os Mortos não falam", não se aplica aos Giovanni. Talvez a pergunta certa a fazer é: Qual a informação que seus colaboradores tinham que agora pode estar nas mãos dos Necromantes? Seja qual for essa informação, devemos considerar que o único ponto de ligação entre os dois assassinados é o senhor. - O Nosferatu aproveitou a situação para tirar alguma informação do Ancião Toreador - O que sua cria e sua Arconte sabiam que pode lhe prejudicar?

    O Nosferatu apenas fazia suposições, mas uma boa informação que pudesse prejudicar o Justiçar e ajudar os Tremere poderia ser algo ligado a Klaus Schultz, ex-Justicar Tremere morto por Vicenzo. Aquilo fazia sentido para Louis, informação era o bem mais precisos que alguém poderia ter. Talvez a disposição dos corpos indicasse o ritual para falar com mortos, mas como o ocultismo era desconhecido ao Rato do Esgoto, não conseguia tirar conclusões aceitáveis.

    Quando questionada pelos Justiçares, tentou responder uma de cada vez tentando não ser incoerente – A possibilidade da real associação do Giovanni é apenas uma desconfiança. Ele é um forasteiro novo na cidade e não ouvi falar de qualquer apresentação perante o Príncipe. Talvez o Príncipe Sinclar ou seu Senescal possam ter melhores informações nesse caso.

    - Quanto ao meu conhecido, devo pedir desculpas mon seigneur, mas não vou dizer quem é. Devo proteger a identidade de meus contatos, informantes e amigos, minha discrição é essencial para a minha principal atividade nesta cidade. – Louis não estava disposto a contar sobre seu ancião nos pântanos, não tinha o habito de trair seu clã e se ele estava escondido é por que não queria bisbilhoteiros por perto, não sabia nem se ele mesmo o encontraria.
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    Mensagem por Erikyoshi Seg Jul 11, 2016 12:22 am

    Não se preocupe, querido… – Fiorella colocava uma das mãos no antebraço de seu companheiro e se aproximava levemente do ouvido deste, segundos antes da chegada do quarto componente d'A Família – Um pouco mais de sujeira não nos fará mal!

    Logo Anita chegava e mal conseguia disfarçar seu nervosismo dos demais, principalmente de Nikolai. Mas a giovanni aos poucos parecia ir se acalmando e retornando ao seu sereno estado de costume. Dava alguns últimos tragos em seu cigarro e, antes mesmo que este chegasse ao meio, o esmagava contra o fundo da porcelana cinza do cinzeiro utilizado pelo colega que também era fumante.

    De fato, Nikolai, uma conversa para mais tarde.. – apontava para as laterais do palco, onde uma movimentação parecia acontecer – Parece que a ação vai começar! – finalmente acomodava-se, sentada junto aos demais.

    Num gesto sem muita razão, o necromante vira rapidamente a cabeça para os fundos do salão e percebe que, praticamente no começo do conclave, Rocco entrava acompanhado por uma meia dúzia de membros e arrumava um lugar relativamente próximo aos demais giovannis. Notando o olhar de Nikolai, este dava um leve aceno, mas logo se voltava para Giulia, que lhe cumprimentava e tomava um lugar a seu lado.





    – Os Tremere? – bebericava um pouco de seu copo – Não posso dizer o que aconteceu exatamente, ou quem são os culpados. Mas, um pouco de prudência seria bom, principalmente ao levantar possíveis acusações ao Clã Tremere – uma resposta esquiva – Acho que aquilo ali pode responder sua pergunta quanto ao conclave… – mudava de assunto apontando para uma agitação que acontecia ao lado do palco, como se estivessem preparando o momento de levantar as cortinas – Acredito que devamos tomar nossos lugares – a italiana dizia e já se punha a andar.

    Logo Giulia sumia entre os presentes, provavelmente indo ao encontro dos demais giovanni que a pouco haviam entrado na suntuosa galeria subterrânea. Ginger se via outra vez sozinha e com uma rápida passada de olhos pelo local podia concluir que Ingrid ainda não devia ter chegado; a cainita sentia-se compelida a sentar, como todos os outros ao seu redor começavam a fazer, e ao menos que quisesse permanecer sozinha o lugar mais “acolhedor” parecia ser ao lado de alguns brujahs conhecidos na penúltima fila.



    Bonsoir, ma petit – a familiar e acolhedora voz ao outro lado da linha respondia – Vou bem, e a senhorita? – continuava em francês.

    Aos poucos, Claire e Marie iam se aproximando da casa noturna que servia de fachada para o Elísio. Os poucos cainitas do lado de fora pareciam todos se apressando em entrar, talvez o conclave estivesse prestes a começar.

    – Estou no local da reunião – a voz de Pearl saía baixa, graças ao péssimo sinal no subsolo – Creio que começaremos em alguns instantes! – alertava, confirmando a intuição da malkaviana ao ver outros vampiros se adiantando – Bem, o sinal está péssimo e você parece estar num lugar infernalmente barulhento; entrando na boate, espero. Enfim, encontre-me aqui embaixo numa das primeiras fileiras da direita! – esperava alguns instantes pela confirmação – Até logo, querida!

    Situado entre dois tradicionais bares da cidade estava a Masque Rouge, com sua imponente fachada remanescente da colonização francesa parecia rodeada de um número muito maior que o costumeiro de frequentadores, com dezenas de grupos reunidos às portas, pessoas brotando dos quatro andares de sacadas e uma quilométrica fila. Claire e Marie logo apresentavam seus nomes ao carniçal responsável pela entrada VIP e tinha sua entrada liberada.
    Após passarem entre um sem fim de mortais que dançavam em êxtase ao som da música eletrônica, a brujah e a malkaviana passavam por mais um carniçal e, por fim, tinham acesso ao mezanino privado cercado por vidros fumê que impediam o som de entrar. No ambiente reservado, um jazz suave preenchia o ar e as poltronas de couro dispostas ao redor de seis grandes mesas de madeira pareciam ter sido desocupadas a muito pouco; o ar era uma mistura de fumaça de charutos e perfumes caros, confirmando tal suposição. Logo após essa antessala, vinha uma imensa escada ligada ao primeiro nível inferior da construção.

    – Cheio… – a brujah resmungava para si mesma enquanto entravam na gigantesca galeria que sediava o conclave – Desnecessariamente cheio…

    Claire, do topo da escada, avistada Pearl numa das primeiras filas do salão, rodeada por alguns cainitas, mas com dois assentos vagos a sua esquerda; como se já soubesse que sua pupila viria acompanhada da inseparável amiga. Amiga que, por sua vez, se apressava em puxar a malkavian até os lugares; o conclave parecia prestes a se iniciar.



    – Qualquer ladainha dessa em francês pra você também! – ouvia a voz do senescal se perdendo aos poucos no corredor, conforme esse se afastava em passadas vigorosas.

    Novamente, era apenas Maurice e sua “amável” guia. Esta logo se adiantava em seguir na direção oposta a que o irlandês tomará, obrigando o gangrel a segui-la. A porta fechava-se sozinha após a saída de ambos.

    Ya!? – a alemã virava-se rispidamente para o cainita ao seu lado, como quem dizia; “você realmente está puxando assunto?” – Como diabos espera que saiba!? – virava-se carrancuda outra vez para a frente.

    O resto do caminho era silencioso; com a harpia cortando rapidamente qualquer tentativa de conversa. Logo se embrenhava por uma imensidão de corredores labirínticos ascendentes e saia para o ambiente bem mais iluminado e fervilhante da galeria superior. Maurice agora via-se abandonado pela guia, que seguia de volta por onde haviam vindo sem ao menos se despedir, e ao seu redor meia dúzia de carniçais pareciam conferir alguns últimos detalhes na mesa de som ao lado do palco. O gangrel imaginava que fosse hora de se sentar; o único rosto conhecido numa olhada rápida pelo salão estava sentado desacompanhado na primeira fila, e lançava um leve aceno convidando-o a tomar o lugar vago ao seu lado.



    Vai levar alguns minutos; nada conclusivo na surface, vou vasculhar a darknet.” era o que dizia a tela do smartphone do nosferatu. Costumeiramente, era difícil encontrar qualquer coisa de membros com mais de três décadas de abraço na surface web; esses raramente eram chegados a qualquer tipo de meio digital.

    – O que!? – o toreador engolia em seco e lançava a pergunta de forma retórica, mais para ganhar tempo de raciocinar sobre o assunto – Não consigo pensar em nada que possa chegar a me prejudicar.. – Mentira – Mas nunca se sabe; ambos eram próximos a mim e já compartilharam muito da minha vida pessoal! – dizia de maneira polida, porém hiperativa, com ares de quem não queria se estender muito num determinado tópico.

    O clima desagradável logo era quebrado com a nova série de perguntas, que Louis tratava de responder da melhor forma que podia. Vincenzo logo tratava de se desculpar – com direito a toda dramaticidade dos italianos – o melhor que podia por ter feito uma pergunta como estas para um informante, concordava com o princípio de proteção a fonte.

    – Quanto ao Príncipe… – a justiçar dava um leve acesso de tosse, chamando a atenção para si, e interrompendo o falatório do companheiro – Eu trato com ele; você se importa de lidar com o desagradável senescal, Vincenzo?

    – De maneira alguma – o toreador respondia distraído, consultando o rolex em seu braço – Bem, creio que devemos ir. Louis, acompanhe Luna a um dos camarotes e irei encontrá-los após a abertura do conclave – já se levantava, abotoava o terno grife e caminhava até a porta – Até breve! – despedia-se dos dois ocupantes da sala de longe, com um leve aceno, e saia pelo corredor deixando a porta aberta.

    – Bem… – a malkaviana se punha de pé da poltrona num salto e abandonava o livro jogado sobre a mesa temporária de Vincenzo – Vamos, Louis! – passava pelo lado do nosferatu, tocando-lhe o ombro num convite para que este a seguisse.

    A cainita de aparência púbere ia andando descalça pelos corredores, com o semblante fechado como se amarrasse em sua cabeça todas as informações que acabará de receber. Vez ou outra ela deixava escapar um ou dois sons incompreensíveis, mas pedaços de frases desconexas e sem sentido aparente transpareciam que Luna parecia conversar com alguém; as vozes em sua cabeça, talvez, quiçá a lendária Rede de Loucura.

    – Aqui estamos! – interrompia subitamente o estranho “silencioso” após subirem uma escada circular construída dentro de uma das paredes, empurrava a porta na frente dos dois revelando um amplo camarote – Acomode-se, Louis – ela mesma se deitava num divã.


    O camarote era amplo e luxuoso; dois divãs intercalados por três poltronas forradas em fino linho carmesim posicionavam-se próximos a um parapeito alto. Lá embaixo, uma multidão de cainitas acomodando-se em seus lugares. Uma mesa com algumas taças de vitae posicionava-se estrategicamente a frente dos assentos.
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    Mensagem por gaijin386 Seg Jul 11, 2016 9:59 pm

    O cainita russo empertigou-se e esboçou um meio sorriso ao ouvir as palavras de Fiorella. Esta não tem medo de sujar as mãos. pensou Nikolai. - Eu acredito nisso também. - Responde.

    Nikolai terminou seu cigarro também e escuta Anita para então responder. - E serei todo ouvidos. - Responde.

    E então ele resolveu aparecer ... As coisas estão ficando interessantes pensa consigo mesmo com um olhar inquiridor.


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    Mensagem por Melroc Ter Jul 12, 2016 6:23 pm

    O Nosferatu seguiu a Justiçar Malkavian e percebeu a ação do legado de seu sangue agindo em sua mente. Devia ser maravilhoso ter uma rede de informações dentro de sua própria mente, pensava enquanto observava Luna ter seus tiques perturbadores. Aquilo fez Louis voltar atrás em seus pesamentos, não valia a pena se a loucura acompanhasse tal dom. Preferia ter que captar suas informações na unha à ter que conviver com a insanidade rondado seus pensamentos. Ele olhou mais uma vez o comportamento da lunática, pelo menos ela não estava dançando, pensava.

    Louis riu de seus pensamento.

    Quando chegaram ao camarote, O Nosferaru ficou de pé na borda do parapeito para ver melhor todo o salão e tentar identificar os cainitas que ali estavam. Usou seu poder de ofuscação para que os de sangue fraco não pudesse vê-lo junto ao Justiçar Malkavian.
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    Mensagem por Erikyoshi Qui Jul 14, 2016 1:41 am

    Parte 1/3

     Um som de sirene escoava das caixas de som aninhadas no topo dos quatro cantos do local que sediava o conclave; era o primeiro sinal. Os presentes tratavam de se aprontarem para o início das atividades daquela noite.

    A gigantesca galeria estava apinhada de cainitas aquela noite, e mesmo assim o amplo salão ostentava uma grande opção de lugares ainda vagos; há de se convir que a ausência completa de um dos clãs principais da cidade contribuirá bastante para tal. A maioria dos membros no salão já se encontrava devidamente sentada em seus lugares, e alguns outros retardatários se apressavam pelas escadas advindos do nível superior do subsolo.
    Vários carniçais exerciam funções básicas ajustando o som, iluminação e outros detalhes mais técnicos. A primigênie e outros membros de maior escalão entre os anciões se empoleirava nas amplas janelas de camarotes no todo do salão, alguns até mesmo com seus binóculos para ópera, como se assistissem a um espetáculo qualquer. Num dos camarotes alguns reparavam a justiçar de aparência juvenil do Clã Malkavian, e ao seu lado aqueles de olhos mais treinados e sangue mais forte podiam até mesmo pensar em ver um monstruoso cainita vez ou outra.

    A segunda sirene; os retardatários se apressavam mais ainda em ocupar seus lugares, e as conversas paralelas aos poucos minguavam.

    A essa altura, a maioria esmagadora dos membros da Camarilla em Nova Orleãs encontravam-se devidamente postados em seus assentos dentro do Elísio. Os garçons passavam uma última vez pelas fileiras, disponibilizando taças de vittae que alguns decidiam por aceitar.
    Bem divididos por suas intrigas ou filiações, cada qual ia encontrando o lugar que mais lhe aprouvesse, por mais que um ou outro parecesse deslocado ou procurando infrutiferamente por mais alguém que poderia ou não estar presente.

    Por fim, o terceiro sinal; o silêncio agora era absoluto e os carniçais se apressavam para sumir da vista, tendo finalizado suas tarefas. As pesadas cortinas carmesim começavam a ser içadas.

    – Boa noite – a voz grave, carregada de um sotaque italiano, ecoava pelo lugar graças a uma boa eloquência aliada a acústica natural do espaço – Sou Vincenzo Grazzini, e serei vosso mestre de cerimonias neste começo de noite – o toreador terminava sua frase inclinando-se levemente para frente numa mesura aos presentes – E agradeço ao Príncipe Lucien Sinclair por sua total colaboração – gesticulava para um dos camarotes, de onde o príncipe acenava em retorno.

    A figura parada no centro do palco era um homem bastante apresentável, trajando um fino terno risca de giz feito sob medida, sapatos de couro preto estilo derby e com um belo rolex dourado ao pulso. A barba completamente feita e o lustroso cabelo negro cuidadosamente penteado e oleado para trás só contribuíam para reforçar a imagem estereotipada que os americanos ali presentes pudessem fazer de um italiano.

    – Agradeço a presença de todos aqui – prosseguia – Como sabem, conclaves são convocados, entre outras coisas, para debater questões criticas quanto à ordem cainita vigente na região. E, com o poder que tenho em mãos, declaro abertamente que passamos por uma situação delicada – dava passos contidos de um lado ao outro do tablado de madeira enquanto se pronunciava – Alguns podem questionar minhas reais motivações e levantar desconfianças contra a necessidade de tão grande convocação por um assunto de ordem “pessoal” – o encantador semblante mediterrâneo dava lugar a um olhar carrancudo e acusador que percorria as fileiras de espectadores, sem buscar ninguém em especial – A esse, eu digo; uma ameaça a um justiçar é como uma ameaça direta ao próprio clã ao qual este pertença! – a última frase, carregada de paixão, despertava suspiros de aprovação de alguns dos grupos de toreadores ali presentes.

    Vincenzo prosseguia em seu discurso, apresentando detalhadamente a situação para qualquer um que pudesse não estar devidamente informado sobre o boato mais comentado na cidade. Em determinado momento, o gigantesco telão de LED atrás dele exibia sem nenhum pudor imagens das horrendas cenas dos crimes. Aos poucos, o justiçar também começava a tocar superficialmente no seu mal-entendido anterior com o Clã Tremere e parecia pronto para talvez lançar uma caçada de sangue contra estes, quando alguém lhe interrompe.

    – Pare! – a voz, que originalmente deveria ser doce, parecia duplicada e distorcida de forma quase demoníaca – Os Deuses Antigos se pronunciam esta noite… – a voz era penosa e cansada, como se demandasse um grande esforço reproduzir aquelas palavras.

    Com o tempo todos acabavam se virando para os fundos do salão e podiam observar a justiçar malkaviana descendo as escadas – como ela havia chegada lá tão repentinamente era um mistério, até mesmo para o discreto e praticamente invisível nosferatu que dividia seu camarote – com seus pés descalços e um passo lento. Utilizava apenas um vestido de seda branco de alças finas que lhe caia até a altura dos joelhos, os cabelos platinados desgrenhados e a estranheza da situação lhe davam um perfeito ar de lunática, porém, o mais estranho a se destacar na cena toda eram seus olhos; vazios, completamente brancos e de órbitas viradas para trás.

    – O Futuro fala! – terminava os degraus e começava a arrastar os pés pelo chão frio, passando entre as filas de bancos – E nenhum de vocês pode sequer supôr quão desastrosa uma caçada de sangue viria a ser – algo naquele tom de voz possesso era apavorante a ponto de causar um certo desconforto até ao mais cruel e bestial ancião ali presente sem explicação – Cautela e precisão são os únicos modos corretos de resolver tua contenda, Vincenzo – falava ao outro justiçar, mas vagueava entre os demais vampiros como se procurasse algo entre eles – SEUS INIMIGOS ESTÃO MAIS PERTO QUE IMAGINA! – o grito cortava o salão como um alerta, e todos pareciam paralisados ali, com suas palavras presas na garganta.

    Uma corrente e ar frio seguia a bizarra marcha de Luna, e aos poucos cada cainita ali ia descobrindo-se sobre o efeito da poderosa presença que os mantinha quietos e em seus lugares. O italiano continuava pasmo no topo do palco, de pé e de olhos bem abertos, fixos na malkaviana.

    – Investigue… – as palavras vinham cada vez mais penosas, mas ela seguia em seu tom profético – Investigue e chegue a raiz de toda esta questão, mas não seja precipitado – avançava mais e mais – Busca e encontrarás!
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    Mensagem por Erikyoshi Qui Jul 14, 2016 6:52 pm

    Parte 2/3

    Luna seguia avançando entre os membros paralisados daquele conclave trazendo um frio insalubre consigo que parecia esgueirar-se entre cada fresta e espaço dos bancos. Muitos se perguntavam se esta uma amostra do aterrador poder de um justiçar, ou uma real manifestação de algo mais antigo, mais venerável. Pouco antes de alcançar a primeira fila, o delicado corpo da malkaviana muda grotescamente de direção – quase desarticulando algumas juntas – e ruma em direção a alguns membros de seu próprio clã ali sentados.

    – O que… – sua voz agora parecia mais fraca, mas ainda era projetada de maneira inexplicável por todo o salão – a lua traz consigo? – lança uma estranha pergunta ao ar e começava a tremer, como se fosse ter convulsões.

    De repente a cainita de aparência meiga desaba no colo de uma outra malkaviana, como se o seu corpo tivesse sido abandonado por seja lá o que o possuirá antes. Num instante, entre o início da queda e ela ser aparada, o frio mórbido se dissipa e os presentes no salão conseguem voltar a se mover.

    Pânico, incompreensão, raiva, fascínio, incredulidade, entre outros. Uma centena de reações diferentes brotavam dos membros daquele conclave mediante o recém-ocorrido, mas a aparência geral do local era de uma certa confusão contida. Enquanto alguns se apressavam em levantar e tentar se afastar, outros permaneciam em seus locais ainda tentando entender a situação, alguns mais levantavam suas vozes ao mesmo tempo numa cacofonia que não permitia que ninguém fosse ouvido adequadamente.

    – Ordem! – o italiano tentava pôr sua voz acima de todas as outras – Ordem! – tentava uma segunda vez, segurando um microfone que alguém lhe entregará de uma das coxias do palco, e parecia começar a surtir algum efeito – Retornem aos seus assentos, por gentileza. Não há necessidade para pânico! – usava um tom contido, porém autoritário, que se espalhava pelos alto-falantes – Peço licenza aos senhores para cuidar deste ocorrido, e passo minha função ao Exmo. Príncipe Sinclair por um momento – já se apressava na direção da beira da escada, gesticulando para o camarote do príncipe – Voltarei num momento! – entregava o microfone para um carniçal na beira do palco e descia apressado pelas escadas.

    O justiçar seguia para o grupo de malkavians nas primeiras fileiras abrindo espaço entre alguns curiosos que se acotovelavam para ver melhor a desacordada de Luna. Vincenzo tomava o pequeno corpo em seus braços e rumava para uma das portas laterais ao palco que davam acesso ao andar inferior, sendo seguido por alguns outros cainitas.
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    Mensagem por Erikyoshi Dom Jul 17, 2016 8:51 pm

    Parte 3/3

    – O que…? – a primeira voz do grupo a se manifestar após o estranho ocorrido era a de Enzo – A-Alguém… – parecia tentar organizar seus pensamentos em vão, com uma expressão perdida.
    Aos poucos Nikolai e os demais também iam voltando a si, o necromante especialmente desconfortável, com uma sensação muito semelhante às náuseas sentidas por mortais. Algo em sua cabeça lhe dizia que tudo aquilo havia sido um mal sinal, talvez o fraco latejar que ficará atrás de suas têmporas.
    – O que inferno acabou de acontecer!? – Anita parecia irritada, mas sua voz somente assomava-se às centenas de outras ali.
    Paralelamente, o justiçar parecia descer do palco e entregar o controle da situação ao príncipe da cidade. A única do grupo que parecia prestar alguma atenção a isso era Fiorella, calada e impassível fitando o desenrolar dos fatos nas fileiras da frente.
    –Você também sentiu? – lançava sua pergunta para Nikolai – Algo frio, algo primitivo… Creio que o que quer que tenha se manifestado hoje, aquele malkaviana não aguardava por isso… O que está acontecendo!? – a última pergunta era mais para si mesma.
    Ao longe, o cainita também podia observar Rocco caminhando em sua direção, encarando-o com uma expressão que não dizia absolutamente nada. Mas, de certo, estava relacionado com os últimos dois minutos de tensão.


    O nosferatu assitia toda a cena perplexo, empoleirado nas penumbras do camarote. Ele se lembrava de um som estranho, de algo inominável e rastejante, um perturbador deslizar que parecia ter preenchido o ar segundos antes de Louis sentir-se imóvel como pedra ou notar de canto de olho a ausência de sua companhia no recinto. Talvez os traços de delírio de poucos minutos atrás tivessem sido um prelúdio de toda a estranheza por acontecer.
    As cenas fluíam e as coisas aconteciam, logo o cainita monstruoso dava por si assistindo a saída de Vincenzo com o Luna desfalecida nos braços e um barulho as suas costas lhe chamava a atenção.
    – Senhor? – um homem careca e robusto abria a porta – Com sua licença, mas sua presença é solicitada outra vez por Mestre Vincenzo! – céus, aquele subordinado era rápido, e poderoso o bastante para ignorar a ocultação – Acompanhe-me, por gentileza!


    A brujah tomava seu lugar entre o grupo de conhecidos e em instantes a cerimônia de abertura do conclave começava a se desenrolar. Tudo parecia correr como o previsto e Ginger era pega desprevenida pela gélida paralisia. Passava dois longos e angustiantes minutos daquele jeito até tudo terminar e os eventos seguintes se desenrolarem.
    Os “companheiros” da cainita todas encontravam-se atordoados, e alguns até haviam se levantado e tentado sair daquele lugar logo que deram por si novamente. Em meio a toda essa confusão, a cainita mal notava seu celular vibrar, mas o reconhecimento do nome de sua mestra lhe fazia abrir a nova mensagem instantaneamente.
    Venha ao gabinete do justiçar toreador. Diga ao leão-de-chácara que eu mesma lhe aguardo aqui e ele permitirá sua passagem ao nível inferior!”

    E lá estava ele, de pé, em frente a porta por onde o italiano havia passado a pouco; um gangrel alto e de aparência truculenta, vestindo roupas vagabundas, e mais conhecido por ser o braço violento da rede de subordinados de Vincenzo em Nova Orelãs.


    Tudo parecia acontecer rápido demais, e o gangrel paralisado na primeira fila mal podia observar o que ocorria durante a grande parte do tempo. Foi só quando a cena desenrolou-se junto a um grupo de malkavianas ao seu lado que ele pôde ter uma visão mais privilegiada.
    Maurice se sentia pesado, mas era reconfortante voltar a sentir um certo domínio sobre o próprio corpo. O seu amigo, e companheiro de clã ao lado, ainda estava um tanto atordoado e levantará sem cerimônia para tentar recompor-se.

    – Garoto! – a voz imponente do irlandês surgia ao seu lado – Vamos andando. Creio que nosso tempo juntos foi prolongado esta noite! – dizia já rumando de volta pela porta de acesso ao nível inferior.


    A malkaviana e a brujah cumprimentaram rapidamente Pearl e suas amigas pois o conclave já estava iniciando-se quando finalmente alcançaram seus lugares. Claire podia observar a mestra com três outras filhas da lua.
    Os acontecimentos seguintes passaram como um turbilhão de informações pela mente de Claire e ela mal tem tempo perceber que podia se mexer outra vez quando a justiçar desabar em seu colo, por instinto ou reflexo ela apara o corpo desfalecido.

    Me ajude… – a anciã de aparência púbere conseguia dizer antes de colapsar, com seus olhos voltando ao normal.

    Um estranho calafrio percorre o corpo de Claire e um senso de urgência lhe toma o peito, no momento seguinte tudo se esvai numa névoa deixando somente a escuridão.


    O cainita estava confuso, mal sabia onde se encontrava, mas algo lhe dizia que estava no conclave. Rapidamente corre os olhos pelo ambiente e dá por si mesmo segurando uma garota entre seus dezesseis e dezoito anos em seus braços; como num flash, imagens e memórias de uma outra pessoa lhe voltam a mente, e de certo modo Claude passava a saber o necessário sobre a situação.

    Um homem, de aparência estrangeira, bem-vestido, talvez rico… Vincenzo, sim, o tal justiçar toreador. Vincenzo lhe arrancava aquela figura de beleza tão doce e delicada dos braços, e para o filho da lua aquilo era um ato vil, mas nada poderia fazer contra a autoridade daquele lá.

    – Claire, você está bem? – a brujah ao seu lado lhe tocava o braço e perguntava.

    – Claude! – uma voz no outro lado lhe chamava a atenção, era Pearl se pondo de pé – Acompanhe-me, por gentileza! – colocava-se a andar na direção que o italiano havia tomado.
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    Mensagem por gaijin386 Dom Jul 17, 2016 11:14 pm

    Ele verifica se seus colegas estão bem e se precisarem ele ajuda quem precisar ser amparado ou até levantando já que foi um baque e tanto A insanidade. Ouvi falar de certos agraciados ou desafortunados malkavianos que podiam estender sua insanidade a outros e bem acho que isso acabou de acontecer, pobres diabos só resta é como interpretar os sinais que nos foram dados. Diz pegando seu fiel isqueiro e já acendendo um novo cigarro enquanto viu Rocco, o Giovanni mais importante olhar para ele e este parecia querer dizer algo a ele.

    É. Rocco está vindo para cá e muito provavelmente está tão confuso quanto nós, mas tenho que pensar um pouco talvez recordar de algum texto que li deixe-me pensar. Ele diz mais para si mesmo do que para os outros enquanto observava Rocco se aproximar

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    Mensagem por GGeninho Seg Jul 18, 2016 5:34 pm

    Mais uma vez, confuso pela mudança de comportamento do Senescal, Maurice se apressava para acompanhar a Harpia - que deixava claro seu desdém pelo Gangrel...

    - Madame, acha que... - um olhar ríspido, silenciou Maurice.
    - Será que todos já tomaram seus lugares? - indagou para o ar, já que a Harpia, apenas, respondia com bufadas de clara demonstração de incômodo.


    Após os labirínticos corredores, finalmente, chegaram ao salão, onde, de imediato, Maurice se viu abandonado pela áspera Harpia.

    Isolado. Maurice se sentia como "um peixinho num lago de tubarões"... Assim era o Elísio. Acostumado às solitárias tocaias e missões de reconhecimento, Maurice, agora, se via numa das situações que mais lhe causava embaraço: conversa de salão...
    Quão feliz, não ficara, ao ver um rosto familiar... Era William Donovan ("Wild Bill", nas fogueiras de histórias dos Gangrel): loiro, alto, com olhos verdes penetrantes, uma barba por fazer e cabelos, estrategicamente, desgrenhados, num terno slim feito sob medida (com costuras feitas para vestir bem, mas dar mobilidade, em caso de ação... é um Gangrel, afinal). Com um aceno, Donovan convidava Maurice a se sentar ao seu lado - um, bem vindo, porto seguro.


    - Bonsoir, mon ami. É um alívio, ter visto um rosto familiar neste salão. - disse Maurice.

    Mas, antes que a conversa pudesse prosseguir, uma sirene o fez silenciar e sentar-se. A segunda sirene já era esperada e não surpreendeu. Os dois apenas se cumprimentaram com um aceno de cabeça e um leve sorriso. Após o terceiro sinal, como um bom menino, Maurice focou toda a sua atenção ao Justicar Toreador.
    Foi uma grande surpresa a interrupção da Justicar Malkaviana.
    Surpresa maior, foram suas palavras com tom profético... Maurice, assim como todos, ficou surpreso ao se ver incapaz de fazer nada, além de ouvir Luna sem se mover um milímetro. Ele perscrutou o salão, o máximo que suas órbitas conseguiam, em busca de um possível usuário de magia recitando algum encantamento que os estivesse impedindo os movimentos, mas fora em vão.

    Quando Luna desabou, antes que pudesse se juntar a turba de curiosos, ouviu a voz familiar, carregada do sotaque escocês, do Senescal, o chamando de volta ao escritório.
    A situação acabara de ficar, ainda mais, complicada...
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    ⚜ Ato I: Danse Macabre ⚜ - Página 2 Empty Claire / Claude - Narração

    Mensagem por Brujah Girl Qua Jul 20, 2016 8:29 am

    CLAIRE:

    A ligação servira para confirmar que Pearl já se encontrava no local e após a breve conversa já estavam na Masque Rouge. O protocolo junto ao carniçal é cumprido e elas avançavam rumo ao Elísio após passarem pelo aglomerado de mortais que se divertiam na casa noturna. Felizmente chegavam e Pearl já tinha reservado dois lugares para ela e Marie Madeleine que sem cerimônias tratava de arrastá-la até lá, pois haviam chegado em cima da hora.

    Claire cumprimentava os presentes e por fim, sua senhora com dois beijinhos antes de sentar-se ao seu lado esquerdo e logo se colocava a observar os rostos de todos que seus olhos pudessem alcançar, afinal, era sempre bom conhecer os rostos das criaturas da noite. Logo a última sirene ecoava e o “show” começaria.

    O Justiçar iniciava o conclave, e quando tudo parecia indicar que o membro mais importante do clã da rosa naquele recinto iria lançar uma caçada de sangue aos feiticeiros, é interrompido pela Justiçar Malkavian que mais parecia uma doida varrida saída de algum filme de terror, e como se não bastasse o aspecto bizarro, olhos de quem estava possuída, sua voz parecia a de um demônio saído das profundezas do abismo infernal. Claire chega a encolher-se num ato reflexo, tomada pelo inesperado susto. Toda a cena é angustiante, capaz de causar uma espécie de inexplicável paralisia acompanhada de uma brisa frisa. Ela parecia profetizar, e apesar de estar assustada com a cena, Claire tentava absorver as palavras que a poderosa irmã dizia, pois sabia que deveriam ser iluminadas pela sabedoria que só os filhos da lua conseguiam vislumbrar.

    O caminhar da Justiçar termina de forma abrupta, após uma pergunta que ela fazia diante de Claire antes de colapsar e desmaiar sendo amparada por Claire, mas antes de apagar, a Justiçar de aspecto juvenil, pedia ajuda para a Malkavian, que sequer tem tempo de dizer alguma coisa antes de ser assolada por um calafrio e também perder a consciência.


    CLAUDE:

    Claude sentia como se estivesse encontrando a superfície após estar se afogando por uma eternidade. Solta um suspiro e observa seu entorno com alívio. Olhando todo aquele ambiente conseguia compreender rapidamente que voltara ao controle daquele corpo que não refletia o seu verdadeiro eu, mas era a única forma que ele tinha de “sobreviver”, e de certo modo, estava satisfeito por estar de volta, mesmo naquelas lamentáveis condições.

    Em que confusão estava! A dama em seus braços era nova demais para o seu tipo de mulher, mas ainda assim era uma delicada flor que inspirava cuidados aos seus instintos. Porém antes que pudesse tomar controle da situação, o Justiçar Toreador apossava-se da bela flor que pedira a sua ajuda. Sim, talvez tenha sido o pedido da jovem que libertara Claude das profundezas da mente de Claire, e por isso Claude sentia-se na obrigação de proteger tão bela jovem. Contrariado por ter a bela arrancada de seus braços, mas sabendo que seria insensato opor-se a um cainita tão poderoso, Claude responde para a outra bela que tinha ao seu lado após o Justiçar se afastar:

    – Claro que estou, minha bela dos cabelos negros!

    Dá uma piscada para ela, exibindo o seu mais sedutor sorriso e prossegue em tom de flerte:

    – Como poderia não estar?

    A esta altura Marie provavelmente já saberia que Claire não estava mais ali e pelo visto, a senhora de Claire sabia muito antes do que qualquer um, pois chamava Claude, que dá uma encarada na belíssima filha da lua antes de se levantar e se despedir de Marie Madeleine de forma galante, tomando a mão de Marie e pousando um beijo delicado nas costas da mesma:

    – Adorável Marie, devo desculpar-me pelo breve encontro, mas prometo compensar-te de forma adequada brevemente.

    Após despedir-se, ele dá um passo e então tropeça. É então que repara que não estava trajado de forma adequada e amaldiçoa aquelas botas de salto alto que usava.

    “Ao menos ela não estava de vestido desta vez! É quase um terno! Mas eu me recuso a andar com isso!”

    Sem o menor pudor, Claude retira as botas que Claire usava, quase arremessando-as contra qualquer coisa, mas se contém e deixa-as no chão, proximo a Marie Madeleine. Descalço, ele ajeita o blazer que Claire trajava, fechando-o completamente, pois não queria aquele decote da blusa exposto.

    – Por que ela não trouxe a minha mala?!? Estou com a cara pintada?! Por favor, não diga que sim! Não, não! Não responda! O que os olhos não vêem o coração não sente!

    Reclama em voz alta, questionando Marie, antes de começar a se mover na direção que Pearl seguia, passando as costas da mão na boca para retirar o batom que devia ter nos lábios. Pretendia emparelhar-se ao lado dela e cumprimentá-la de forma adequada. Sentia saudades daquela belíssima. Esperava ter tempo para, desta vez, passar bons momentos ao seu lado e de todas as outras que quisessem lhe acompanhar... afinal de contas: Claude era um cavalheiro!
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    ⚜ Ato I: Danse Macabre ⚜ - Página 2 Empty Re: ⚜ Ato I: Danse Macabre ⚜

    Mensagem por Melroc Qua Jul 20, 2016 11:59 pm

    A princípio Louis ouvia o discurso de Vicenzo sem dar muito importância, achava aquilo cansativo e formal demais, principalmente quando levou-o para o lado edonistas de seu clã. Uma tremenda falta de noção, pensava enquanto os Toreador o bajulavam como fãs adolescentes do Justin Bieber. Sentou-se em uma das cadeiras do camarote por causa do tédio que sentia.

    Mas então o Justiçar começou a levar sua fala para um lado perigoso, estava acusando os Tremere sem ter prova alguma sobre o envolvimento do clã nos assassinatos de seus assecla. - Sacré coeur, Ele esta louco? – Comentou alto para sua companheira de recinto, foi quando percebeu que estava sozinho. Então ouviu uma voz vinda lá de baixo, percebeu que era Luna quem falava ou parecia ser apenas um meio por onde algo muito maior falava.

    O Nosferatu ouvia perplexo, as palavras da entidade e não acreditava no que estava acontecendo, O futuro, Deuses antigos, ou a visão da loucura se manifestando, o que estava acontecendo, pensava. Após um momento de confusão, Louis Decroax vê a confusão que acontecia lá em baixo e percebe como terminou: Com Vicenzo carregando sua colega por uma porta lateral.

    O lacaio grandalhão do Justiçar era o suficientemente ameaçador para que Louis o acompanhasse sem demora, mas antes mesmo de sair da sala, pega seu gravador e grava uma pergunta: - O que a Lua traz consigo? - Pergunta interessante de uma entidade que parecia saber demais.
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    ⚜ Ato I: Danse Macabre ⚜ - Página 2 Empty Re: ⚜ Ato I: Danse Macabre ⚜

    Mensagem por Portuga Qui Jul 21, 2016 11:53 pm

    Antes que pudesse continuar aquele jogo de “best friends” com Giulia, as cortinas do espetáculo começaram a se movimentar, viu sua amiga lhe dar as costas e desaparecer, vira-se também obrigada a cumprir a etiqueta do evento.

    E por mais tentador que fosse permanecer perto da saída, como primeiramente imaginara, sua melhor escolha na ausência da Ingrid seria perto dos seus, por sorte vira alguns do seu Clã reunidos na última fileira... -É tão bom quando o útil se une ao agradável!...

    Ginger caminhara em direção aos seus parentes, com um sorriso cumprimentara os 6 presentes e se sentara em silêncio, entre companheiros de missões de Ingrid e chefes de partes da cidade pelo Clã para manter a ordem entre os Brujah, todos conhecidos por intermédio de sua mestra.

    O início do Conclave se mostrava como esperado, uma total decepção e falta de criatividade num assunto já conhecido por toda a cidade, na mesma temática mesquinha da busca pelo poder, se era para derramar sangue numa caçada, que o decreto saísse o mais rápido possível através dos justiçares, perder o fator surpresa numa guerra, não se mostrava inteligente...cada vez mais ficava impressionada com a chatice do evento, seus bocejos disfarçados deixavam isso claro.

    A sensação de descaso com o evento, só seria superado com a entrada da Malkaviana, fato que levara Ginger longe, bem longe dali, aos seus dias de vida. Meio mole, surtada, asfixiava pela paralisia de seus músculos, seus olhos arregalados acompanhavam as cenas que se seguiam, como se drogada, presa entre o presente e seu passado de abusos, álcool, sexo e drogas...
    Ainda de corpo mole, pensamentos ainda perdidos em sua torta vida de outrora, Ginger observava ao redor, “pandemônio” e num movimento reflexo, levara sua mão ao nariz, tampando uma narina com seu polegar para puxar o ar com a outra, depois trocou o polegar de lado e roncou mais uma vez...

    - Urrrrr.....Rurrrrr......to perdidaça pra que lado que eu vou...
     
    Logo seu indicador e polegar apertavam e balançavam a ponta do nariz...a imagem da carreta de coca ainda estava na sua cabeça, enquanto via os demoniozinhos brincarem na sua balburdia...

    - Ingrid não está aqui, ela está a salvo; sentia aliviada em não encontrar sua mestra, visto que seus pensamentos davam a alusão de que o pior logo viria...

    Um momento de lucidez viera a tona quando vira alguns dos Brujah tentando sair... aquilo não era comportamento adequado, não para os Brujah...

    Ainda meio down, ainda sentada, fixa por todo o ocorrido, um arrepio percorre toda sua espinha ao sentir o celular vibrar – Ingrid – pensa, o arrepio por fim era bom, sua mestra estava bem.
    Afoita e com um largo sorriso, Ginger se levantara e ia em direção ao Gangrel, ignorando o pandemônio ao seu redor, como se tivesse acabado de assistir a um longo filme no cinema e agora no final, estava apertada para ir no banheiro. Imóvel, o leão de chacra, parecia esperar o bilhete do filme, para dar passagem a mais distante catacumba do inferno...

    - Ingrid; dizia com um sincero feliz sorriso, levando a tela do celular com a mensagem próximo do rosto do Gangrel. Liberada, Ginger olha para o Gangrel com desejo e seu olho esquerdo pisca demonstrando sua malícia.

    Apesar da noção da onde iria se meter, Ginger ia de peito aberto, feliz por estar ao lado de Ingrid, isso era o que importava...


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    ⚜ Ato I: Danse Macabre ⚜ - Página 2 Empty Re: ⚜ Ato I: Danse Macabre ⚜

    Mensagem por Erikyoshi Ter Jul 26, 2016 4:53 pm

    – Insanidade!? – Enzo parecia surpreso – Não sei, aquela lá seria tão poderosa a ponto de afetar todos no salão?

    – Ela é uma justiçar, afinal… – Anita se prontificava em responder ao colega, logo após acender um cigarro.

    O grupo continuava a discutir entre si sobre a malkaviana, mais demonstrando espanto que alguma conclusão sensata. Afinal, o necromante tinha razão, só restava tentar interpretar aos poucos os sinais dados.
    Logo a atenção de todos era roubada pela chegada de Rocco.
    Nikolai ainda sentia-se um pouco abalado; de certo, alguma manifestação espiritual e manipulação de energia ocorrerá ali, mas absolutamente nada que o giovanni pudesse assimilar como vagamente familiar.

    – Buonasera! – Rocco cumprimentava os demais, que respondiam com o devido respeito – Perdão pela minha urgência, mas Nikolai; acompanhe-me, por gentileza.

    O imponente cainita gesticulava despedindo-se e apertava o passo em direção ao palco, fazendo menção para que Nikolai o seguisse.

    – O que diabos aconteceu? Tem alguma ideia? – perguntava assim que era alcançado – Pois bem, o alto escalão me deve algumas coisas, e A Família tem interesse em acompanhar de perto o desenrolar dessa história. Por baixo dos panos, acordos foram feitos para montar uma equipe principal de investigação, e você, Nikolai, arrumou um lugar nela. Creio que seja o mais indicado do clã na região para notar as sutilezas dos crimes.




    – Desgraçados… – o senescal parecia resmungar algo enquanto empurrava o leão de chácara do seu caminho, até finalmente notar Maurice apertando o passo para acompanhá-lo – Você viu toda essa bagunça!? Claro que viu! Esse caos todo de uma vez só não é bom, as coisas ficam imprevisíveis demais…

    Angus adentrava com o gangrel outra vez na imensidão do complexo de túneis do andar inferior ao salão. Havia uma maior agitação ali agora, com alguns cainitas passando apressados pelos mais variados caminhos como se a passagem dos justiçares houvesse tumultuado tudo ali por baixo.

    – Esse Vincenzo só pode ser louco! – o irlandês reclamava, confiando que a tumultuação fosse o bastante para que ninguém prestasse atenção na conversa – Ele estava prestes a lançar uma caçada de sangue a todo um clã… Nunca fui um desses loucos conspiradores sobre a jihad e o fim dos tempos, mas céus, arrumaríamos coisa bem parecida por estes lados!

    Viravam mais uma esquina estreita e mal iluminada, com corredores levemente descendentes.

    – Mesmo que possa haver o toque sútil dos feiticeiros por trás deste inferno todo, acusar e exterminar todo um clã não pode ser outra coisa que não insanidade! – o senescal apertava o passo, com pressa – Mas seja lá o que a outra fez, parece ter retardado um pouco as coisas; espero que não para pior. Mas enfim, o plano original está de volta, e vamos reunir essa maldita equipe e começar a investigar isso já! O caos não deve ter espaço e nem tempo para se proliferar.

    Paravam em frente a uma pesada porta dupla de madeira escura e velha.

    – Preparado!? – perguntava maliciosamente, com a mão na fechadura. Ele parecia não perceber, entretanto o gangrel notava que duas cainitas se aproximavam; uma vestida ricamente como uma dama de alta classe, outra também bonita, porém com trejeitos masculinas, roupas unissex e descalça.  (Ler: Claude)



    – Oui… – Marie respondia levemente constrangida, desviando os olhos, pouco confortável com a súbita mudança da sua amiga, ao menos ela compreenderá o que acontecia – Não se preocupe com o seu rosto por agora. A situação parece mais urgente! – recorria a seriedade dos acontecidos para evitar uma resposta direta sobre a maquiagem.

    Pearl observava a revolta de
    Claude e chegava até mesmo a esboçar um leve sorriso ao ver a sugestão de atirar os sapatos longe na postura corporal do cainita. Logo que ele se ajeitava, ela seguia para uma das portas laterais ao palco.

    – Quanto tempo, Claude! – a belíssima malkaviana falava de modo cortês em sua língua materna – Receio que nos reencontremos numa situação tão… delicada. Mas espero que aproveite a visita – terminava a frase com um sorriso acolhedor.

    Pearl e seu acompanhante passavam pelo segurança sem problema alguma e adentravam no corredor. Logo após a porta alguns degraus davam a um corredor descendente imenso e precariamente iluminado. Toda a estrutura havia sido cuidadosamente escavada na própria pedra e volta e meia percebia-se uma entrada em alguma das paredes laterais; com um pouco mais de observação e alguns minutos andando por ali logo ficava claro que todo o complexo chegava ser labiríntico, mas sempre levemente inclinado para mais baixo.

    – Bem, creio que seja lá quais fossem os planos originais do justiçar Vincenzo, foram frustrados pela iluminação de nossa irmã – se referia à delicada justiçar malkaviana – Nosso laço de sangue é forte, meu caro, e eu consegui ouvir o eco do pedido de ajuda que lhe trouxe para a superfície. Não sei bem porque você, mas, por Malkav, ela clamou exatamente por você! – andava por aqueles caminhos com a naturalidade de quem já os conhecia bem – Por isso mesmo estou levando-o até ela!

    Chegavam ao que parecia o destino final. A frente delas uma grande porta dupla de madeira escura, com dois homens parados como se preparando-se para entrar; um era o corpulento senescal Angus, um irlandês de temperamento forte enfiado num terno que parecia desagradar-lhe completamente. Em sua companhia estava um afro-americano também aparentando não ser muito acostumado com roupas sociais. (Ler: Maurice)



    O grandalhão seguia pelo labirinto de corredores, se afastando da direção esperada do escritório temporário de Vincenzo.
    Louis deixava-se levar pelo seu guia e era bastante agradável que este parecesse soturno e reservado demais para inciar qualquer conversa trivial, deixando pairar o agradável silêncio; interrompido apenas pela toque do celular do nosferatu.

    “Mia Mueller, única que encontrei algo conclusivo. Poucas informações relevantes; acionista de diversas empresas de construção no leste europeu, quarentona, solteira, sem filhos. Pela fatura do cartão e registro de torres de controle aéreo, chegou de Munique em Nova Orleãs no final do ano passado. Uma de suas empresas, Ebner AG, iniciou a construção de um complexo empresarial na cidade. p.s: Tom Ebner fundou a empresa em 62, e faleceu em 63.”

    A curiosa pergunta da entidade continuava a martelar na cabeça do cainita monstruoso quando este era, por fim, deixado a sós numa antessala. Louis perguntava-se por um momento o que deveria fazer, mas a lógica o induzia a atravessar a porta no recinto. Lá dentro, se deparava outra vez com o par de justiçares.

    O corpo desfalecido de Luna encontrava-se prostrado sobre um divã de couro, e ao seu lado Vincenzo permanecia sentado numa poltrona rabiscando algo num bloquinho de anotações. O espaço em si parecia uma sala de leitura, apinhada de estantes e livros por todos os lados e com algumas mesas e assentos confortáveis bem-dispostos. No outro extremo do cômodo, uma imensa porta dupla de madeira.

    – Louis! – o toreador dava um sorriso nervoso – Diga-me que tem boas notícias…



    A confusão causada pela malkavian, por fim, começava a deixar a mente da brujah, junto com recordações de um passado esquecido, e mensagem de sua mestra em seu celular era o definitivo para que ela se levantasse em direção desconhecido nível inferior do Elísio, reservado àquelas muito acima dela na hierarquia social da Camarilla.

    – Hm… – o gangrel murmurava de forma bruta, apertando os olhos com estranhamento para o aparelho eletrônico em sua frente – Não vá se perder, garota… – dizia, após um lampejo de reconhecimento para com o nome na tela surgir em seu rosto.

    Era prazeroso para
    Ginger ver a expressão embaraçada no rosto do brutamonte que não sabia reagir direito ao último comentário malicioso dela. Por um momento ele permanecia fixo em seu posto, encarando o nada fixamente, mas logo se virava para seguir a brujah.

    – Por aqui… – dizia tomando a dianteira, era óbvio que uma novata se perderia em segundos naquele túnel de corredores mal iluminados escavados em pedra pura.

    O caminho seguia silencioso, com o improvável guia embaraçado demais para responder direito – ou ao menos responder – às provocações da sedutora cainita em seu lado. Poucos mais de cinco minutos de caminhava em passos rápidos pelo sem fim de corredores e o grandalhão parava abruptamente.

    – Daqui em diante você pode ir sozinha… – evitava o contato visual, evidentemente desconfortável sobre como lidar com sua companhia – Siga até o final do corredor e entre pela porta grande – mal terminava e dava as costas, saindo dali logo.

    A frente de Ginger estendia-se mais outro largo corredor descendente. Protegida pela penumbra quase absoluta do local e sua posição no canto de uma esquina, ela podia observar lá embaixo um curioso grupo de quatro cainitas prestes a se encontrar. (Ler: Maurice e Claude)
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    ⚜ Ato I: Danse Macabre ⚜ - Página 2 Empty Re: ⚜ Ato I: Danse Macabre ⚜

    Mensagem por gaijin386 Ter Jul 26, 2016 10:26 pm

    Nikolai arrumou o casaco e guardou o isqueiro observou que todos tinham sido afetados apesar das diferentes reações isso era sério... muito sério. O figurão da família, Rocco, queria lhe falar e gesticulou para que o mesmo o seguisse o que ele, Nikolai, fez.

    Ele olha para trás e diz - Falamos depois. Apenas acompanhem e fiquem atentos.

    Nikolai seguiu Rocco e ao alcança-lo ele lhe dirigiu a palavra para responder as perguntas que o mesmo lhe fizera - Teoria? Sim claro se é verdadeira? Ai são outros quinhentos. Acredito que seja uma manifestação de insanidade malkaviana dizem que certo indivíduos conseguem projetar sua própria loucura, mas novamente é especulação.  Sobre os crimes...Da, eu entendo que iriam nos solicitar um auxilio todo as cenas tem um certo quê ritualístico, embora eu esteja entrando em terreno tortuoso lembra muito o vodu e creio que certos passos devem ser dados para confirmação. Obviamente você já viu as fotos, mas olhe tudo aponta elementos de tais rituais.

    Ele aguardou um pouco para ver se o ancião podia adivinhar sua intenção, mas ele prefere não esperar - O haitiano é que mais sabe sobre vodu e se isso se confirmar como rituais do vodu consulta-lo é um dos primeiros passos. Além é claro de ir nas cenas dos crimes e nos refúgios de todas as vitimas para coletar evidências e com sorte a barreira do entre morte estará tênue e quem sabe até os espíritos dos próprios assassinados possam ser consultados.  -

    Ele aguarda a resposta de Rocco.
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    Mensagem por Melroc Sex Jul 29, 2016 2:36 pm

    Louis Responde a mensagem em seu celular:

    “Me mande o endereço do complexo empresarial da Ebner AG em Nova Orleans. Obrigado.”

    O Nosferatu fica parado próximo a porta por onde entrou quando avistou Vicenzo e sua colega Justiçar desacordada. Tinha as mãos no bolso e usava um terno acinzentado antigo e batido. Seu corpo curvado para a frente lhe dava uma aparência de uma Gargula esguio e de olhos arregalados. Tentava ver de longe se a Justiçar Luna estava bem, sentia uma certa empatia pela anciã lunática, não estava acostumado com uma cainita de fora do clã que tinha total descaso por sua aparência, aquilo o deixava intrigado.

    - Ebner AG, lhe diz alguma coisa? – Fala ao Justiçar das rosas quando questionado – Uma empresa de construção do Leste Europeu, pertencente a Tom Ebner. Estão construindo um empreendimento na cidade, Mia Mueller é uma acionista da empresa. Provavelmente sirva de fachada para a sua cabala.

    O Nosferatu se aproxima dos dois Justiçar - Mas acho perigoso qualquer tipo de invasão ao refugio dos feiticeiros, sem uma permissão formal.
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    Mensagem por GGeninho Sáb Jul 30, 2016 3:18 pm

    O Conclave começou como o imaginado, mas seu fim foi, de longe, muito inesperado e emocionante - num mal sentido, infelizmente -.

    Maurice tentava processar tudo o que havia se passado naquela noite, desde o momento em que pusera o pé no Elísio... Tanta informação... tantos acontecimentos... tantas questões... ah, QUANTAS QUESTÕES!

    E, agora, parecia que tudo ficaria pior do que se poderia imaginar.

    Secretamente, aliviado pela interrupção dramática - mas, muito bem vinda - da Justicar Malkaviana, no preciso momento em que se anunciava uma Caçada de Sangue contra um Clã inteiro, Maurice imaginava se era possível passar por esse turbilhão de catástrofes sem perder um braço ou uma perna - talvez, sequer, com vida (ou melhor, não vida) -.

    Se limitando a resmungos afirmativos e acenos com a cabeça, enquanto o Senescal esbravejava sua indignação e frustração pelo desastre que fora a abertura do Conclave - Maurice nunca fora um frequentador voluntário dos salões, mas uma das dicas importantes que recebera de seu irmão de Clã, Donovan, foi:
    "Mesmo calado, você fará inimigos. Mas, o silêncio, minimiza os danos..."

    , ele se esforçava para acompanhar o ritmo das passadas do seu irrequieto anfitrião.

    Ao chegarem, finalmente, à porta, à qual tanto ansiava o Senescal, Maurice teve um instante para se concentrar nas suas preocupações e, como de costume, "olhar os arredores": primeiro, para a continuação do corredor e depois para suas costas...

    Foi quando avistou duas belíssimas cainitas se aproximando...

    Uma delas, ele julgava ser do "clã da rosa" ou similar, a destacar suas roupas elegantes e postura ao caminhar; a outra, vestida de forma... digamos... sóbria... porém, seus cabelos platinados e traços finos, atraíram a atenção de Maurice e o arrebataram de tal forma, que ele não pôde evitar que escapasse de sua boca um: "Uau!"
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