{Prologo - Vlad} Hello darkness my old friend

-- Apenas entendo e manipulo a magia em sua forma mais pura, o que me permite ter acesso a algumas coisas que os outros não. Quanto a fazer agora... Se fizer aqui sim, porque terá que convocar Nagga.

A jovem estava aparentemente disposta a ajudar e fazer a marca dele. Os lábios rosados ainda mantinham um sorriso.

- Hum... entendo. Então só me resta esperar! Vamos marcar depois da aula em algum lugar reservado e aí não teremos problemas! Sua amiga está demorando, não quer sair daqui e procurarmos por ela?

Disse de forma inquieta.

Ele levanta assim que a linda menina faz o mesmo. Aproveita para observar melhor a jovem e chega a conclusão que já estava formulando em sua cabeça desde seu encontro, de fato ela é linda. Coisas boas acontecem quando se decide mudar, com certeza. A prova estava em sua frente.

- Espero que não seja nada de grave. Por onde você quer começar?

Resolve cortar seus pensamentos para que a moça não perceba nada de suspeito nele.

- Como quiser.
Disse com um sorriso no rosto e começou a caminhar ao lado da moça olhando aos redores para tentar achar sua amiga.

Ele olhou para ela, como se a estudasse com os olhos. Decorando as feições de seu rosto, o que intencionalmente o fez chegar a conclusão do quão linda ela era.
- Não. Na verdade, eles sempre falaram com muito orgulho sobre quem eram, sempre me advertindo que nem todos entenderiam, então que eu não falasse para qualquer um!
O sorriso que ele apresentava era receptivo à possível confissão que ele sentia que ela faria. Queria que ela sentisse confortável o suficiente para se abrir, afinal, era sua primeira amiga ali.

Assumindo uma postura mais compreensiva, sorriu relaxadamente. Sabia exatamente que tipo de sentimento ela estava tentando explicar. Desviou os olhos dos dela, como se procurasse as palavras certas, ainda demonstrando o resquício do sorriso de antes.
-- Na minha opinião, provavelmente seus pais já estiveram na sua situação. É um tipo de ciclo interminável... enquanto ser o que somos deva ser permanecido em segredo. Seus olhos direcionaram-se novamente aos dela com interesse em saber se ainda estava sendo acompanhado pela menina, que parecia perdida.
-- Eu nunca tive amigos... só meus pais e os professores particulares que tive em casa... Tentei manter aquele sentimento de solidão fora de minha cabeça, mas é como se ele sempre estivesse me acompanhando, não importasse onde... A pausa é feita por ter percebido ter falado um pouco demais, porém à este ponto, ele decidiu continuar e ver até onde aquilo iria. -- Por este motivo, a gente poderia se ajudar... quando você sentir essa raiva, poderíamos... sei lá, nos distrair fazendo alguma coisa juntos. Com medo da possível rejeição da menina, ele continua -- Tem certeza que sua amiga já está na escola? O coração parecia acelerado, mesmo que não demonstrasse ou que não deixasse óbvio, estava ansioso pela resposta.