Ennen - Edu

Decidida a fazer algo pelas cativas, Ennen em sua forma animal busca dentro de si as palavras de poder geladas para utiliza-las naquele momento. Um ar extremamente frio se forma dentro de sua mandíbula, e aquela massa gasosa congelante vai de encontro e se espalha pela extensão do vidro, que fica coberto por cristais de gelo. Uma patada é o que basta para estilhaça-la.

O som assusta os ocupantes da sala, que ao verem Ennen em sua forma de guepardo se assustam e correm em direção da porta, que ficava localizada no lado oposto a janela. A mulher que mantinha as duas garotas presas nas coleiras fica assustada e permanece estática. Ela então dá um grito, “chamem os guardas! Um animal fugiu de sua cela!”

Ennen olhou feio para a mulher com os seus olhos felinos e ruge para ela. Corre com o seu corpo felino em direção a mulher e pula em cima dela, afim de derruba-la. Ela rasga o vestido da mulher com a sua mandibula e tira da suas mãos as cordas que prendiam as meninas.

"Você é minha vadia, vai aprender a não fazer isso nunca mais" pensou ela.

Em sequencia a ação se dá muito rápida: Ennen retesa seus músculos felinos e como uma mola lança-se sobre a mulher, derrubando-a facilmente com a violência do impacto. Tomada pela sua fúria, a druida arranha e rasga o vestido da outra com suas presas e garras, sem no entanto feri-la. E por final arranca as correias de sua mão. As duas cativas, também com medo do felino que estava diante delas, se afastam cautelosamente, felizes por ver que a atenção do animal estava todo dirigido em direção a sua mestra.

Murmurios de consternação saiam das bocas do outros presentes que tinham ficado na sala.

“A mestra corre perigo!”
“Chamem os guardas!”
“O monstro vai mata-la!”

A mulher, que os outros haviam chamado de mestra, permanecia no chão, recuperando o folego depois do ataque. Ela transpirava medo, e permanecia paralisada, tremendo, observando aquilo que poderia significar sua morte.

Ennen então percebe a chegada de homens uniformizados, carregando aquilo que pareciam ser armas de algum tipo.

Ennen se estivesse na sua forma humana sorriria quando rasgou roupa da mulher e viu quem ali no lugar do seu sexo havia um pequeno e flácido pênis. Não era ela, era ele ou os dois. Não tinha tempo para fazer o que queria, então, levantou a sua cabeça felina fincando um olhar feroz nos guardas que chegavam.

Ela não saiu de cima da mulher com pinto, mas focou a sua atenção nos guardas. Abriu a suas mandibulas primeiramente sugando ar e depois soprou com a força dos seus poderosos pulmões de guepardo. Assim soltou uma rajada de gelo nos guardas.

Ennen esta em um estado berserk, furiosa por tudo aquilo que tinha presenciado. Por pouco não desferiu sua justiça la mesmo, o mestre/mestra restando apenas tentar se arrastar para longe daquela fera.

Com sua atenção voltada para os guardas, a druida lança sua rajada de gelo, que sentem o extremo frio invernal congelando seus ossos. Estes erguem suas armas e disparam contra Ennen.

NRPG: 3 guardas. Todos erram.

Os raios luminosos passam longe, com exceção de um, que atinge uma mesa e a faz explodir, lançando pedaços de plástico para todos os lados. A mestra ergue os braços para se proteger dos estilhaços. “Seus idiotas, parem de atirar! Querem me acertar também, imbecis!”, reclama indignada.

Um dos guardas, que estava com parte do corpo coberto com cristais de gelo, fala para algo preso em seu elmo. “A fera atacou e esta com a mestra. Tragam redes e bastões de atordoamento,” diz em voz alta.

Ennen sabia que sua incursão ali com a chegada de reforços tinha pouca chance de sucesso, rugiu mais uma vez alto e abandonando a mulher estranha voou para cima de um dos guardas. Tentava dar-lhe uma forte mordida.

Ennen em sua forma de fera salta para cima de um dos guardas e tenta morde-lo, mas este se desvia do ataque. Como era esperado pela druida, outros guardas continuaram a aparecer pela porta, armados com bastões e devidamente protegidos. Eram muitos, e os golpes desferidos por suas armas causavam fortes dores devido a alta carga elétrica, fazendo o seu corpo ficar dormente. A ultima visão de Ennen enquanto consciente foi uma grande rede cobrindo-a e impedindo-a de se movimentar...

**

A consciência de Ennen retornou primeiro com uma visão embaçada, seguida de dores pelo corpo devido aos golpes de bastão desferidos. Ainda estava em sua forma de guepardo, deitada em uma cela de 3 por 3 metros. Havia uma cama de solteiro, uma pia e uma privada embutida na parede. Porém o mais estranho eram as estranhas luzes azuis claras, dispostas em feixes horizontais e paralelos.



Do outro lado da porta podia-se ver uma mulher observando-a através dos feixes. Ou melhor, a mulher, que não era mulher... Ela ou ele tinha soltado os cabelos, e estava usando um top verde e uma saia. Das laterais de sua cabeça saiam estranhas antenas metálicas, que provavelmente estavam escondidas quando a tinha visto pela primeira vez. A mestra da nave estava com um sorriso desafiador no rosto.



“E então, animalzinha, acordou? Tem sorte de ainda estar viva... Sei que você me entende, vagabunda! Queria me matar? Pois perdeu a chance , querida, e agora vai desejar que você mesma estivesse morta... Mas antes voce vai me responder algumas perguntas. E caso não queira responder...”, diz, e aperta uma de suas braçadeiras. Fortes dores assolam o corpo de Ennen, que nada pode fazer a não ser ficar se contorcendo no chão.

A mestra põe as mãos na cintura e gargalha. “Entendeu agora? Primeiro transforme-se em gente de novo, e me diga o que pode fazer, além de virar animal. E nem pense em qualquer gracinha, pois qualquer ameaça e você vira geléia!”

Com um certo esforço virou o seu corpo longo felino ainda com o resquício de dor que a mulher tinha lhe dado. Como ela fizera aquilo? Será que era uma daquelas criaturas das historias de horror sobre ruinas antigas e portais para mundos alienígenas cheio de aberrações.

Olhou para mulher confusa, não queria mata-la, só queria a liberdade daquelas que ela tinha aprisionado e talvez dar a ela um pouco do próprio veneno. A encarava com os seus olhos felinos não era uma boa ideia falar sobre os seus poderes. Estava claro que não sabiam lidar com eles. Era melhor mentir e mentir bem.

Sua forma de guepardo foi sumiu e voltou a forma humana. Levantou-se e voltou para cama se sentando nela.

- Sou uma metamorfa, filha de uma humana e um espirito selvagem das florestas. Não tenho outros poderes além desse e o gelo que disparei. Que lugar é esse e porquê está sequestrando as mulheres da minha vila? Não queria mata-la apenas dar a você o próprio veneno e conseguir a minha liberdade.

Ela se levantou por um momento abraçando o próprio e foi andando até a mulher.

- Nossa está frio aqui, você não tá não?

Parecia um dialogo casual mas na verdade Ennen estava conjurando um feitiço para cima da mulher. Continuou com uma cara casual como se nada tivesse acontecido.

mecanica:

Parecia um dialogo casual mas na verdade Ennen estava conjurando um feitiço para cima da mulher. Continuou com uma cara casual como se nada tivesse acontecido.

NRPG: A magia tem componente somático e verbal. Não é possível disfarçar isto.

- Nossa está frio aqui, você não tá não?

A mestra ouve as palavras e os murmúrios desconhecidos, e as movimentações estranhas da mão de Ennen, e já ia retrucar alguma coisa, quando sente um frio intenso iniciar de bem dentro do interior de seu corpo. Imediatamente ela começa a tremer muito forte, suas forças a abandonando. A futa vai ao chão de joelhos, com a face pálida e uma coloração azul nos lábios e dedos. Uma nuvem branca de névoa gelada escapa por entre seus lábios, em seu ultimo suspiro de vida, tombando para o lado abraçada a si mesmo.

Os operadores, que estavam observando a tudo da sala de comando sob as ordens da mestra, lembram-se do aviso dela, “se algo acontecer comigo, matem a vagabunda!”

Um deles aperta uma área vermelha do painel, que tinha uma caveira, e o dispositivo que estava dentro de Ennen explode.

FIM.

NRPG: Foi mal, Edu, acho que a Ennen se arriscou demais nesta missão... Não tinha como ela sobreviver contra a tripulação de uma espaçonave inteira.