por zignon Seg Dez 11, 2017 12:42 pm
Andreia observa nestes dias que as igrejas, todas, seja qual for o credo, estão lotadas. Nas melodias transborda uma fé desesperada. Existe algo no ar prevendo que algo grande está para acontecer. As vendas não foram ruins, derá para arrecadar muito mais do que precisava, se é que precisava de algo, mas peguei metade do que levantei com as minhas vendas e saciei a fome e a dor de muitos.
Os boatos também eram uma constante, os cristãos mantiam uma esperança que estava vindo um grande exército libertador e os árabes contavam piadinhas sobre mendigos armados com paus e pedras rumando para morrer de fome no deserto. A tensão era disfarçada pr sorrisos e frases não ditas, escondidas nas entrelinhas.
A comerciante sente que deve ir para a sua igrejinha, única capela abandonada e que lhe dá a tranquilidade para orar e se concentrar na música geral e reinante, a fim de que ela lhe dê a direção de onde o acontecimento, que segundo indicação da melodia, está prestes a acontecer, ocorrerá. E na posição do lótus, fecha os olhos, abre bem os ouvidos e se concentra na melodia e foca na direção que ela indica, com o intuíto de perigrinar para esta direção, rumo ao seu destino e salvação.
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