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    Capítulo 1 - Fragmentos e Fantasmas

    JPVilela
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    Capítulo 1 - Fragmentos e Fantasmas - Página 7 Empty Re: Capítulo 1 - Fragmentos e Fantasmas

    Mensagem por JPVilela Ter Jul 31, 2018 8:40 pm

    Nin escreveu:- Líder... Eu vivi aqui desde pequena, anos de lealdade não contam? Sandford sempre foi minha casa... Eu sei que não tem provas pra saber se estou dizendo a verdade, mas também não tem provas contra mim... Isso é o bastante pra descartar nossas vidas?  Kara vai confirmar tudo quando ficar melhor, não mentiria também.... Mas o senhor é o líder...  Por favor, reconsidere.

    Tudo bem, aquilo já era demais para a mercenária. Não queria que outras garotas sentissem a impotência que ela sentiu perante o comando daquela cidade. Tirou as costas da parede e foi até onde a jovem de cabelo curto e liso estava se curvando e implorando, posicionando ao seu lado.

    Kelden escreveu:- Levanta essa cabeça garota, esse velhote caduco não merece a sua atenção, você é melhor do que isso, pode acreditar.

    Enquanto se deslocava, o barbudo falou o que se passava pela mente de Ash.

    - Isso mesmo... - concordava com o desconhecido, colocando a mão esquerda sobre o ombro da jovem de maneira delicada - Não cai nessa, essa cidade tem força armada para esse tipo de coisa... - completava lançando um olhar venenoso para Clarke.

    Kelden escreveu:- Pode começar dizendo quem é essa tal de rainha e onde fica sua base... – Mais um gole, mais um fundo de copo se chocando com a madeira do balcão e o ranger puxava de dentro de seu sobretudo um maço amassado de cigarros. Acendia um deles com seu isqueiro com os dizeres “Fuck Communism” gravados em seu metal inoxidável - que todos os Rangers possuíam - e tragava o cigarro logo em seguida.

    De canto de olho olhava para o barbudo, que questionava algo que já fora informado a atiradora:

    - Pelo que me disseram aqui mais cedo, fica escondida em alguma área a oeste de Fort Morris. O lugar de onde conseguiram as motos, como a da loirinha ai. - respondeu voltando o olhar resoluto em direção a Clarke.
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    Capítulo 1 - Fragmentos e Fantasmas - Página 7 Empty Re: Capítulo 1 - Fragmentos e Fantasmas

    Mensagem por Natalie Ursa Ter Jul 31, 2018 10:49 pm

    Enquanto entornava o copo de Whisky, Patrick ouvia mais um sermão que o Ranger tentava lhe passar. Por um momento, só passava pela mente do arqueiro o quanto Kelden insistia em se meter em assuntos que não lhe diziam respeito algum. O homem continuava tentando impor seus pontos de vista de mundo, como se fosse sua obrigação fazê-lo, como se soubesse algo dos sucateiros que há pouco tinha tanto criticado.

    No entanto...

    Por mais que Patrick não gostasse de pessoas tentando fazer ele mudar de atitude sobre algo, não podia negar que as palavras lhe incomodaram. "Dar valor enquanto ela ainda estava viva." O rapaz não costumava pensar muito sobre essa parte. Não queria pensar, pois sabia o quão facilmente ela poderia deixar de estar viva. Não queria pensar, porque isso também lhe trazia de volta o pouco de lembrança que tinha de sua família. Como estavam bem e alguns minutos depois... Não havia mais nenhum outro som além daquele que parecia nuvens furiosas de tempestade unidas à estalos ocasionais. Um som tão tranquilizante.

    Uma pontada dolorosa na nuca faz o arqueiro se encolher e e voltar a realidade.

    Patrick sabia que estava errado em não fazer nada e deixá-la se humilhar para o homem inescrupuloso. Mas será que ela não entendia que existiam outras opções? O olhar saiu do fundo do copo vazio novamente para Kelden, que se levantava de seu assento e ia em direção à Nin, a amparando. Patrick não sabia o que esperar do Ranger, portanto seu movimento de erguer Nin deixou Patrick ainda mais inquieto. Seus músculos se retesaram quase como se quisessem lhe forçar à buscar o arco e apontar uma flecha à cabeça agora desprotegida do homem. Entretanto, as palavras que ele trocou com a sucateira, desapareceram com a sensação de urgência do loiro.

    Desta vez o arqueiro podia concordar completamente com o sujeito que parecia gostar de distribuir sermões.

    Só quando conseguiu respirar fundo, Patrick notou que a mercenária também tomava quase a mesma atitude que o Ranger e concordava com ele. Patrick tinha dificuldade em entender o por quê de dois estranhos se meterem à tal ponto no que acontecia com Nin. Talvez essa fosse uma habilidade especial da garota... A mesma que tinha conseguido convencer Patrick a ficar do lado dela.

    Não importava como Nin conseguia fazer isso, o importante era que Kelden tinha alguma razão em suas palavras. Patrick não podia virar as costas à garota que lhe salvou enquanto ela se humilhava por algo tão ridículo.

    - Nin. - ele se aproximou do trio e lançou um olhar neutro para Ash e Kelden antes de se dirigir à asiática novamente - Posso encontrar outro lugar para você, se preferir assim. Não se humilhe. O velho não se importa com o que acontece conosco. - apesar da dor, tentava manter um semblante e voz calmos para se dirigir à companheira.

    Quando Kelden se afastou, Patrick se posicionou ao lado de Nin e envolveu o braço dela com seus dedos, como se quisesse impedir que a garota resolvesse se curvar mais uma vez ao homem que não merecia sua lealdade.

    - Não se esqueça. Ainda tenho uma dívida com você. - ele sussurrou para Nin enquanto encarava o líder da cidade, sem olhar para a garota - Farei o possível para resolver isso. - esfregou a têmpora dolorida com a mão livre.

    Depois disso prestou um pouco mais de atenção na conversa de mercenária e do ranger sobre a localização dessa tal rainha que Clarke tinha mencionado.
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    Capítulo 1 - Fragmentos e Fantasmas - Página 7 Empty Re: Capítulo 1 - Fragmentos e Fantasmas

    Mensagem por ayana Seg Ago 06, 2018 10:35 pm

    Lisbeth Tozier

    Quando Maxwell começou a contrair os músculos do rosto, Lisbeth relaxou os dedos cravados na garganta dele. Ele mesmo estava se torturando, em um esforço para resgatar a vontade própria. Sua dor era palpável, angustiante. Uma bala na cabeça seria um ato de misericórdia, mas a Overseer preferiu se afastar alguns passos e assistir com atenção a um homem sufocando a si mesmo.

    - Não é obvio? - Ele perguntou com o rosto desfigurado pela tentativa de abrir um sorriso.

    Lisbeth balançou a cabeça e respondeu com um sorriso de desprezo. Como alguém poderia ser tão patético? Valeria mais a pena empregar todo aquele esforço para implorar por compaixão, mas não, ele preferiu desafiá-la, talvez consciente de que os problemas no Vault lhe garantiriam algumas horas de sobrevida.

    - Quer mesmo voltar a jogar? - Fez um gesto apontando a arma para ele fingindo que atirava. - Bang! Bang! - E começou a rir.

    Junto com a risada, veio um alerta pelo intercom:

    "Dez segundos! Armas a postos, preparar…"

    Ela desviou sua atenção de Maxwell e foi pegar o pip-boy guardado na gaveta. Prendeu no antebraço e começou a consultar o mapa do Vault.

    - Você é...tão boa nisso - Max falava como se tivesse que retirar das vísceras cada palavra.

    - Sei disso, agora cale a boca - ela respondeu sem desviar a atenção do mapa. Se os inimigos cruzassem a linha de defesa, qual seria a área do Vault mais apropriada para interceptá-los? Qual o local mais seguro para levar os cidadãos mais vulneráveis?

    "Contato visual, abrir fogo!"

    A sala foi tomada pelo som de metralhadoras transmitido pelo intercom.

    - Nós jogamos o jogo e eu perdi. Parabéns…

    Ela voltou a encará-lo com olhos ardendo em chamas. No momento em que sua prioridade era defender o Vault, ele queria desestabilizá-la. Uma tentativa frustrada... pelo menos enquanto ela sentisse em seu organismo o êxtase controlado pelo consumo de Fadeaway. Foi o que possibilitou devolver a provocação no tom que costumava empregar na época em que demonstrava completa lealdade a ele.

    - Não se esqueça que você me colocou nesse jogo sujo, Max. Agora dá pra ver nos seus olhos como está se sentindo orgulhoso por eu ter chegado até aqui.

    A todo momento, o som da guerra voltava a interrompê-los: "Senhor, eles são muitos e te…", disse um dos soldados. Outro gritou: "Homem caído, homem caído!"

    - Vai ser tão bom...ver o Vault ruir. E a culpa é sua - ele disse entre os dentes com um sorriso de plástico deformado pelo fogo.

    - Foi você quem trouxe a destruição para o Vault. Se existe esperança de nos salvar é porque agora eu estou no comando - falava andando ao redor do ex-ditador, inspecionando se haveria outras reações voluntárias além da capacidade de falar besteiras. - Veja o que vocês construíram antes de mim. - Abriu os braços e ficou alguns segundos em silêncio ouvindo gritos e tiros. - A história só nos trouxe líderes frágeis, empenhados apenas em enfraquecer a sociedade para se perpetuarem no poder, até o dia em que seríamos invadidos. Esse dia chegou e, nesse instante, você já estaria de joelhos... - Pelo intercom, ela ouvia Robert gritando para os soldados recuarem. - Mas eu não.

    Lisbeth ligou o microfone do intercom e ordenou:

    - Capitão, coloque seus homens em segurança e se prepare para selar a entrada do Vault. Depois de ativar os explosivos, quero que me reporte detalhes de quem são os invasores.

    Ao desligar o microfone, ela começou a ponderar sobre a necessidade de manter Maxwell vivo. Não lhe passaria pela cabeça antecipar sua morte, caso ele permanecesse inexpressivo como as cobaias submetidas à droga. Mas ele encontrou brechas no controle mental que despertaram mais curiosidade do que preocupação na psicóloga.

    - Você disse 0330. O que significa? - Perguntou em tom impaciente.

    - Os números? São minha senha. A senha do meu terminal. Se divirta doutora, espero que ela não te mate. Você precisa conviver com o que você fez antes de morrer…

    Logo em seguida, ele pegou uma caneta e cravou na própria perna. Caiu no chão, agonizando. No instante de sua queda, veio a explosão e o Vault inteiro tremeu. Veio a esperança de que corpos inimigos estavam soterrados. Talvez os invasores não tivessem se dado conta de que entrar no Vault significava ficar mais próximo do inferno. Era para lá que Lisbeth iria guiá-los, quando sequestrasse suas almas. Assim como faria mais uma vez com Maxwell. Atirar nele mais uma vez foi a primeira reação que lhe veio à cabeça. A pistola já estava na sua mão. Mas antes de terminar de levantá-la e puxar o gatilho, uma voz desconhecida surgiu pelos alto-falantes do intercom:

    - Que bonitinho, eles tentaram selar a saída? Brat, use a escavadeira pra tirar essas pedras. O resto de vocês vem comigo, vamos mostrar a eles como se recebe uma Rainha.

    Como em um formigueiro, só havia lugar para uma rainha no Vault: a Overseer Lisbeth Tozier. Era preciso se apressar para organizar as "boas-vindas" e, felizmente, o bloqueio da saída iria lhe garantir algum tempo.

    Após digitar a senha de Maxwell no terminal, ela acionou os alarmes e se certificou de que o acesso às demais instalações estava fechado. Uma vez que não era possível ver os inimigos, manteve ligado os microfones e desligou os alto-falantes nas áreas por onde eles circulavam. Em seguida, ligou para Katheryn e pediu para que viesse o mais depressa possível à sala do Overseer. Lisbeth se virou para ele mais uma vez, ainda no chão.

    - Não é o que eu queria mas acho que isso vai aliviar a sua dor. - Sacou a pistola e atirou um dardo.
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    Capítulo 1 - Fragmentos e Fantasmas - Página 7 Empty Re: Capítulo 1 - Fragmentos e Fantasmas

    Mensagem por Sky Seg Ago 13, 2018 11:08 pm



    Capítulo 1 - Fragmentos e Fantasmas - Página 7 5juvODV

    In the Lion's Den

    John sentia os pulsos em carne viva. A corrente que tinham amarrado suas mãos era muito apertada e mesmo depois que a tiraram ainda as sentia apertar e cortar. Tinha sido arrastado, ligado pelas correntes, numa das motos dos Raiders e só quando foi jogado naquela jaula a soltaram.

    Aquele cheiro de carne podre, e o remorso, deixavam seu estômago embrulhado. Vomitou assim que caiu com tudo no chão duro.
    Levou alguns minutos para tentar ficar em pé e então notar que na jaula ao lado tinha companhia.

    [Mulher]:Nossa, eles realmente se seguraram pra não te matar? Veio um cara mais gordinho no outro dia e ele não durou nem até metade dessa distância antes de virar decoração. - disse apontando para uma cabeça numa estaca.

    Sua voz era irônica, carregada de sarcasmo. Parecia relaxada demais para uma prisioneira de raiders.

    John se perguntava afinal por que tinham o deixado vivo. Raiders não fazem prisioneiros e se as lendas dos canibais fossem reais ele desejava não estar.
    Ainda tinha os olhos tristes de Kara assombrando sua mente.

    Era difícil enxergar a mulher na escuridão. Pela silhueta ela estava sentada na jaula dela.

    [Mulher]:É meio bizarro, não é? Ficar prisioneiro desses degenerados. Você se sente como um brahmim no matadouro - dizia enquanto John permanecia calado. Ele tremia.

    [John]:Eu acabei com tudo. Merda, o que eu fiz?

    [Mulher]:Ei, cowboy. Chega aqui. Vamos, eu não mordo. Hmmm, ok, sem piadas de mordida - dizia, agora tentando ser simpática.
    John não sabia porque se aproximava mas a mulher tinha uma voz gostosa de se ouvir, será que era uma cantora como nas histórias da grande cidade da Broadway? O que faria tão longe de casa?

    [Mulher]:Tome, você precisa disso - dizia estendendo um cigarro pelas grades das jaulas.

    [John]:Eu não fumo

    [Mulher]:Ah, você quer viver bastante né. Pega logo

    John estendeu a mão e colocou o cigarro na boca. A mulher estendeu o braço mais uma vez com um isqueiro. Ela o acendeu e com a luz gerada podia perceber que a mulher era realmente bonita como sua voz, mas metade do seu rosto era muito marcado por uma gigantesca cicatriz. Parecia ser o resultado de uma garra de um animal selvagem, talvez misturado a queimaduras também.

    Capítulo 1 - Fragmentos e Fantasmas - Página 7 L02VhJO

    Imagem melhor da cicatriz”:

    Não era uma mulher que desconhecia a dor.

    O cigarro acendeu e John tragou. Tossiu mas a nicotina o ajudava a retomar a calma.

    [John]:Quem é você?

    [Mulher]:Na minha terra eu tinha um nome. Mas faz muito tempo que eu sou Rust. Só Rust.




    Os Soldados de Sandford

    Ash fazia um pequeno resumo de sua empreitada com Brooker e o líder do bando apenas assentiu com a cabeça. Não carregava julgamento em seu olhar mas isso não impedia o sentimento da sniper de que tinha falhado de certa forma com o colega.

    Entre aqueles recrutados para a missão era Nin que tinha sido mais abalada por aquelas acusações.

    - Líder... Eu vivi aqui desde pequena, anos de lealdade não contam? Sandford sempre foi minha casa... Eu sei que não tem provas pra saber se estou dizendo a verdade, mas também não tem provas contra mim... Isso é o bastante pra descartar nossas vidas? Kara vai confirmar tudo quando ficar melhor, não mentiria também.... Mas o senhor é o líder... Por favor, reconsidere.

    [Clarke]:Se eu estou lhes dando essa chance, criança, é porque eu acredito que podem cumprir esta missão - dizia, quase parecendo um pai carinhoso. Clark era uma figura muito cinzenta de se interpretar: parecia alguém igualmente ganancioso como alguém preocupado com sua cidade.

    Até Patrick que parecia negar a proposta dava literalmente meia volta e estava “dentro”.

    Kelden pedia mais detalhes sobre a missão e seu próprio alvo.

    [Clarke]:Eu não possuo o nome ou muito menos muito do passado da Rainha. Mas o que eu sei é que ela vem de muito longe, do extremo norte da Empire Wasteland. Dizem que ela tem poderes indígenas das florestas, outros dizem que ela é uma aberração por conta de mutação. Tanto faz, mas ela consegue manipular os Raiders a vontade dela.

    Aquilo gerava desprezo até para alguém como Clarke.

    [Clarke]:Ela passou anos organizando os Raiders da região e coletando armas, tecnologia. Ou ela é parada agora ou a guerra virá até Sandford e toda a região.

    Há urgência na voz dele.

    Clarke estranhou Kelden em seu questionamento de como seria Rust.

    [Clarke]: Você nem sabe como é seu alvo? - dizia incrédulo - Rust há um certo tempo atrás chegou em Sandford e nos ajudou com um problema complicado na cidade. Poucos a conheceram mas ela foi muito útil. Também disse que um ranger viria por ela.

    Seu alvo tinha planejado isso?

    [Clarke]:Ela é uma mulher de cabelos negros e tem metade do rosto desfigurado por cicatrizes e queimaduras. Você não vai perder ela entre os Raiders.

    [Clarke]:Vocês devem partir no anoitecer. Vão alcançar o lugar na madrugada, antes da chegada da Rainha. Sejam rápidos e vão voltar pra cá com mais do que saem dessa sala.


    O grupo teria até o período da noite para se armar e se preparar como pudesse. O líder da cidade os dispensava, e já fora do prédio de Clarke o grupo estava livre para agir como quisesse até o horário combinado.

    Só Cheyenne havia ficado para conversar com o pai a sós.

    (Para dar prosseguimento eu preciso que o restante de vocês atualizem suas fichas. Será a última oportunidade até o próximo post)




    O Último Dia

    O conflito de Lisbeth e o Ex-Overseer não se encerraria tão simples quanto o uso do Fadeway. O ex-líder realmente tinha uma força de vontade descomunal para conseguir resistir o mínimo possível contra a droga.

    A situação na defesa do Vault não parecia nada boa e a doutora se preparava para lidar com os piores cenários. Haviam os checkpoints no Vault mas um vault de controle dificilmente teria posições ou armamentos devidos para um cerco ou um assalto inimigo como ocorria agora.

    - Não se esqueça que você me colocou nesse jogo sujo, Max. Agora dá pra ver nos seus olhos como está se sentindo orgulhoso por eu ter chegado até aqui.

    [Maxwell]:Eu te ofereci a chance de ser como um deus, doutora. Você foi quem apontou a arma para mim - dizia se referindo a seringa que Lisbeth negou.
    O caos era completo e apesar dos esforços da segurança e do acesso do terminal a nova Overseer não tinha o que fazer além de ter fé em sua segurança e seu plano.

    Maxwell tentou num ato desesperado se libertar. Lisbeth disparou mais um dardo.

    O ex-overseer se arrastava de costas para o chão. Uma trilha de sangue e uma perna perfurada por ele mesmo.
    Nenhum efeito.

    [Maxwell]:Se tivesse me ouvido teríamos uma chance. Hahahaha - ria de forma histérica. Ele não iria cair mais na droga do fadeway mas também não estava em condições de sair daquela sala.

    As portas se abriram novamente.

    [Robert]:Douto...Overseer Lisbeth - dizia o guarda com o rosto coberto de fuligem e o que parecia ser sangue - Precisamos tirar você daqui

    O soldado teria um segundo para interpretar aquela cena: a doutora com uma arma apontada para o ex-overseer ensanguentado no chão.
    Mas para o guarda não haviam dúvidas em que lado escolher. Apontou o rifle para Maxwell e se aproximou lentamente, ficando ao lado da doutora.

    [Robert]:Bem que aquele papo de Overseer substituto era estranho - disse olhando para a doutora mas não havia julgamento em sua voz.

    [Robert]:Saídas alternativas. Existe uma? - Lisbeth sabia que existia uma abertura que foi descoberta por um dos rebeldes do Vault, a entrada que tinha trazido as baratas voadoras e reportada num dos documentos que a doutora tinha encontrado naquela manhã.

    O dedo estava no gatilho.

    [Robert]:É só me dar a ordem - dizia, esperando o julgamento da doutora.

    A vida do Overseer acabaria ali se Lisbeth decidisse.

    (@ayana, essa se trata de uma escolha importante e com diversas ramificações. Infelizmente eu vou ter de acelerar alguns eventos no seu plot devido ao longo tempo de posts que estou levando, senão vamos ficar muito defasados em tempo nos personagens)



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    Capítulo 1 - Fragmentos e Fantasmas - Página 7 Empty Re: Capítulo 1 - Fragmentos e Fantasmas

    Mensagem por Gakky Qui Ago 23, 2018 7:18 pm

    Nin ficou surpresa quando Kelden disse aquilo para ela. No começo tinha achado que ele a odiava, mas agora não tinha certeza disso. Ash também dava seus conselhos.

    Mas quem ela ouviu mesmo foi Patrick. Ele dizia que poderia encontrar outro lugar. Será mesmo? Em um mundo tão destruído como esse, onde encontraria refúgio? Além disso, era sua casa ali, a simples ideia de abandonar onde cresceu era assustadora. Ela ficou surpresa quando Patrick a envolveu com o braço, ele não era de demonstrações de afeto e nem ela era. Isso a fez perceber que não estava sozinha, embora o líder parecesse ir contra ela. Nin ouviu o que o líder tinha a dizer, era estranho ter o visto tão frio e agora parecer que "acreditava" nela.

    Enquanto Kelden e Clarke trocavam informações sobre o que deveriam fazer, Nin olhou para Patrick e disse em voz baixa:

    - Obrigada... Mas esse é o meu lugar, preciso tentar...

    Foi em Sandford que ela encontrou o mestre, sua única família. Apesar do preconceito que alguns tinham e do trabalho humilde, Nin gostava de lá. Ela se perguntava o que o mestre falaria para ela agora. Deveria abandonar a comunidade onde cresceu ou tentar mesmo que isso colocasse sua vida em risco? Nin esperou que terminasse, em seguida fez um sinal de respeito usado no kung fu.

    - Tudo bem, eu vou. Vou voltar viva e provar minha inocência.

    Referência da saudação:

    Nin trocou um olhar com Patrick, sabia que talvez ele não aprovasse, mas ela precisava recuperar a sua honra. Se conseguisse fazer a missão, conseguiria ser melhor vista por Sandford, e iria ajudar a cidade a continuar evoluindo.
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    Capítulo 1 - Fragmentos e Fantasmas - Página 7 Empty Re: Capítulo 1 - Fragmentos e Fantasmas

    Mensagem por Raijecki Qui Ago 23, 2018 9:55 pm



    Kelden Smith

    Capítulo 1 - Fragmentos e Fantasmas - Página 7 Latest?cb=20110514181650

    A mercenária respondia uma das dúvidas de Kelden sobre a localização da base da tal "Rainha". "Em alguma área a oeste de Fort Morris" ela lhe dizia. Kelden era um forasteiro naquelas terras, não conhecia as localidades e muito menos saberia ir até lá sozinho.

    Também não tinha conhecimento de chegar a Empire Wasteland, mas assim o fez. O problema era que tinha demorado muito tempo, tempo este que não poderia mais desfrutar. Precisava agir rápido, antes que a Rainha dos raiders levasse a guerra até Sandford.

    Acenou com a cabeça para a mercenária a agradecendo pela informação e voltou até o balcão, sem deixar de largar um sorriso de canto de boca quando viu o garoto albino indo de encontro com sua namorada.

    "Parece que você tem algo além de merda na cabeça, não é garoto?" - Pensou. Talvez ele conseguisse faze-la feliz no fim das contas. Algo que Kelden deixou escorregar diante de sua burrice e ignorância a muito tempo atrás.

    Enquanto fumava seus velhos e amassados cigarros e bebia whisky, ouvia o líder da comunidade contar o que sabia sobre a Rainha. Infelizmente o velho sabia pouco sobre ela, apenas de que teria vindo do extremo norte da Empire e de que ela teria certos "poderes sobrenaturais" que a ajudavam a controlar os raiders.

    Para Kelden, se as pessoas realmente acreditavam naquelas baboseiras, em especial Clark, tinha pena de suas ignorâncias. Kelden já tinha visto de tudo naquele mundo, inclusive crenças absurdas, como por exemplo acreditar que a radiação era na verdade um deus a ser cultuado. Mas poderes indígenas era demais. Não fazia ideia de quem fosse a Rainha, mas de uma coisa poderia ter certeza, ela sabia muito bem como ludibriar seus inimigos.

    - Veremos se esses poderes irão salva-la de uma ponto cinquenta no meio da cabeça. - Respondia em tom sarcástico e debochado a Clark, enquanto apagava o toco do cigarro na própria madeira do balcão e já emendava outro na sequência.

    Se Kelden zombava das crenças do povo da Empire, Clark as rebatia com sua incredulidade ao descobrir que Kelden não fazia ideia de como Rust seria. Kelden nunca tinha conseguido ver o rosto de Rust, pois na única vez onde se cruzaram, Rust utilizava uma armadura negra e escondia seu rosto, assim como Kelden escondia o seu. Serrou seu olhar em Clark quando o mesmo começou a falar sobre seu nêmesis, prestando muita atenção em cada palavra que ele proferia.

    Aparentemente Rust - que segundo Clark era "ELA" - teria chegado e ajudado Sandford com um problema e também teria dito que um Ranger viria atrás dela. Aquilo fez a chama interior de Kelden queimar como poucas vezes em sua vida. Tinha vontade de matar Clark ali mesmo, na frente de sua filha e pendurar sua cabeça em uma estaca.

    Tinha vontade gritar de raiva e rogar pragas a todos que tivessem recebido aquela maldita como um pessoa normal. Mas não o fez, apenas ficou calado enquanto deixava a raiva passar e o álcool inundar sua garganta e sua consciência.

    Clark também lhe passava uma breve, porém suficiente, descrição sobre a aparência de Rust, antes de encerrar a conversa e dispensar a todos, lhes dizendo que deveriam partir ao anoitecer, antes da Rainha voltar para sua base.

    Toda aquela situação era muito estranha, e soava como uma armadilha para o Ranger. Se Clark sabia que ele viria até ali, e se Rust fora tão útil para sua comunidade, porque a entregou tão facilmente? Ele não iria deixar de sair daquela sala sem saber daqueles detalhes. Arrumou suas coisas, vestiu seu capacete, se virou para Clark e falou:

    - Se você não sabia dos crimes que ela tinha cometido, porque a entregou tão facilmente? E como ela os ajudou?! Responda! Sei que está escondendo algo velhote... - Clark tinha espiões para saber a posição exata de onde estava a Rainha, mas não saberia dizer como ela controlava os raiders? Ele estava escondendo alguma coisa, com certeza.

    Após a resposta de Clark, Kelden deu as costas e deixou a sala. Não queria mais ver a cara daquele líder nunca mais se fosse possível, se não as chances de meter uma bala em sua cabeça seriam de quase cem por cento.

    Sua missão era de executar Rust, informar a NCR de seu sucesso e voltar para casa. Não poderia deixar se levar por suas emoções.

    Mas não conseguiria fazer tudo aquilo sozinho, então tratou de dialogar com os outros sobre o plano para o ataque:

    - E então, o que vocês tem em mente? Eu recomendo granadas, sabem aonde posso conseguir umas?
     
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    Capítulo 1 - Fragmentos e Fantasmas - Página 7 Empty Re: Capítulo 1 - Fragmentos e Fantasmas

    Mensagem por ayana Dom Ago 26, 2018 1:43 pm

    Lisbeth Tozier

    A invasão do Vault impossibilitava a completa execução da vingança pela quantidade de vidas descartadas nos experimentos científicos. A vontade, por outro lado, não parava de atormentar a cabeça de Lisbeth.

    - Eu te ofereci a chance de ser como um deus, doutora. Você foi quem apontou a arma para mim.

    Na cabeça dela, voltou a ecoar vozes dos inocentes clamando por justiça, para que os algozes provassem o próprio veneno. Uma promessa que ela precisava cumprir antes de virar a página das atrocidades das quais ela também fizera parte. O mal já estava feito e ainda que fosse impossível esquecê-lo, restava o desejo de se redimir de algumas formas: salvando o Vault e punindo antigos líderes.

    - Hoje nossas posições se inverteram - ela se agachou para pegar a seringa no chão. - E para não demonstrar ingratidão pela generosa oferta que me fez - levantou a manga da blusa de Maxwell até o ombro - vou lhe dar essa chance de se tornar um Deus.

    Lisbeth aplicou a injeção no braço dele.

    - Vamos ver se seus cientistas estavam certos quando disseram que apenas o meu sangue seria compatível.

    Para quem pesquisa a mente humana, uma vingança também era um experimento. Ela sentiu no toque delicado dos dedos os músculos do rosto dele contraídos pelo ódio e pela dor. Secou o suor da testa dele com a manga do jaleco. Tinha um olhar melancólico como se estivesse se despedindo de um paciente em estado terminal.

    - Calma, calma. Não fica preocupado. Esse teste vai garantir o futuro da humanidade. Você é o nosso herói!

    Colocou uma das mãos no ombro dele e, em seguida, sussurrou em seu ouvido:

    - Era isso que você dizia para os meus pacientes? - Os dedos se fecharam como uma mandíbula no ombro dele. - Eu preciso ver como eles morreram e você precisa sentir o que eles sentiram.



    O dardo perfurou Maxwell mas, para surpresa de Liz, não surtiu efeito. Intrigada, ela pegou o dardo para ver se a droga havia sido injetada ou não. A primeira conclusão foi que sua presa havia desenvolvido certa resistência. A probabilidade de isso acontecer era muito baixa, mas não era descartável. A própria psicóloga, que há anos usava a versão primária da droga, tornou-se imune ao efeito de obediência.

    Logo o raciocínio científico levantou o questionamento: a droga daquela seringa pode interferir no efeito do Fadeaway? Seria importante obter algumas respostas, testar a resistência dele, voltar a controlá-lo; caso contrário, seria melhor descartar aquela criatura deficiente e ensanguentada. Talvez ainda fosse possível aproveitá-lo como uma cobaia, por isso Lisbeth atiraria mais uma vez. No entanto, quando apontou a pistola, ele soltou uma risada histérica como a de um palhaço delirante que ateia fogo no próprio corpo para incendiar todo o circo. Na repulsa que aquela expressão lhe causava, Lisbeth desejou que a pistola em sua mão fosse uma arma de fogo com calibre suficiente para desfigurar todo aquele rosto.

    A porta se abriu mesmo depois de a Overseer ordenar que ninguém poderia entrar na sala sem autorização. Ela só não foi dominada pela raiva porque a pessoa que entrou era um velho conhecido. Sabia que podia contar com a lealdade de Robert que não demonstrou nenhuma hesitação ao se posicionar ao lado dela.

    - Bem que aquele papo de Overseer substituto era estranho

    Lisbeth respondeu com um sorriso cansado ao se dar conta do longo caminho percorrido para chegar onde estava. Naquela posição, não precisava dar explicações imediatas. Menos ainda durante o decorrer da maior ameaça à sobrevivência do Vault. Sua atenção ainda estava concentrada em Maxwell, no furo em sua perna, no sangue escorrendo pelo chão.

    - Saídas alternativas. Existe uma? - Perguntou o guarda.

    - Existe, mas ninguém vai sair enquanto pudermos lutar. - Fez uma pausa para respirar fundo. - Tenho que lidar com isso primeiro - disse apontando para Maxwell.

    - É só me dar a ordem - ele respondeu destravando o gatilho da metralhadora.

    - Agora não.

    Ela foi em direção ao homem caído no chão e chutou a perna dele bem no local onde estava o ferimento. Depois de acessar memórias recentes, o que ele tinha dito antes da explosão não passou despercebido. Ele não desejou a morte de Liz. Preferia vê-la sofrer nas mãos daquela que ameaçava o Vault. A tal da Rainha… que teria o mesmo destino de um tal de Overseer, caso cruzasse o caminho de Lisbeth Tozier.

    - Seu traidor desgraçado! Você sabe quem está nos invadindo, não sabe!? - Deu outro chute nele. - Quem é essa tal de rainha?

    Já esperando por respostas vazias e provocações patéticas, Lisbeth se virou para Robert e perguntou:

    - Consegue extrair algumas informações dele, capitão?



    Aparentemente, Maxwell despertara do efeito da droga com boa parte das memórias intacta. Como badaladas de um sino, seu estado de consciência anunciou a chegada do momento de Lisbeth apagar os arquivos em definitivo. Ao contrário das vezes anteriores, ela não apontaria o alvo para alguém executar. Uma atitude compatível com uma psicóloga cuja lealdade simplória a impediu de enxergar uma onda de assassinatos. Agora como Overseer, não iria se furtar de assumir completa responsabilidade por seus atos.

    Quando projetava a possibilidade de executá-lo, antecipava sentimentos de satisfação por destruir uma figura idolatrada durante muito tempo, mas que era uma farsa. Não havia a insegurança vivida no momento decisivo. A incerteza de fazer parte do lado certo da história. Seja como for, não tinha mais volta e a atribuição de julgar caberia ao tempo.

    - Por gentileza, capitão, pode me emprestar sua pistola?

    Sentiu o braço arrepiar ao toque da mão no metal frio. Foi tudo que conseguiu perceber no intervalo entre pegar a pistola e dar três tiros no peito de Maxwell. Se dependesse apenas de sua vontade, ela teria descarregado toda a munição nele para assim avaliar a sensação de atirar em alguém.

    Os olhos ainda estavam fixos no cadáver, quando ela devolveu a arma para Robert. Caminhou de cabeça baixa até o intercom e ligou para um guarda.

    - Quero que encontre Michael Duprey e o traga para cá. Preciso que ele limpe minha sala. Procure também pela esposa dele, a senhora Jane Duprey.

    Desligou a ligação e logo se conectou à outra, dessa vez para instruir as pessoas do Vault a executar o protocolo 386, também conhecido como protocolo de evacuação. Ele dizia para o cidadão manter a calma, ir para seu quarto, organizar seus pertences e se dirigir para uma área específica. Lisbeth consultou o mapa no pip-boy para enviá-los para um local próximo aos laboratórios desativados.  

    Ela queria garantir aos civis a possibilidade de fugir, o que, para si mesma, estava fora de cogitação. Convencida de que iria ficar e lutar, ela se dirigiu a Robert em um tom de quem não estava aberta a contestações.

    - Eu não vou fugir. Quero detalhes de como eles são e quais as chances que temos de derrotá-los?
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    Capítulo 1 - Fragmentos e Fantasmas - Página 7 Empty Re: Capítulo 1 - Fragmentos e Fantasmas

    Mensagem por JPVilela Seg Ago 27, 2018 9:12 am

    Nin escreveu:- Obrigada... Mas esse é o meu lugar, preciso tentar…

    A mercenária que agora havia dado uns passos para trás, para deixar o amiguinho da garota se aproximar, estreitou os lábios em silêncio, estava um tanto desapontada que a jovem de curtos cabelos negros resolveu embarcar nessa. Bem, a decisão era dela, nada que Ashley pudesse fazer quanto a isso, só esperava que aqueles dois durassem até o fim daquela missão...

    Colocou a mão esquerda na nuca fazendo uma auto-massagem e voltou para perto de seus colegas, e ficou lá esperando até o fim daquela reunião.

    Kelden escreveu:- Veremos se esses poderes irão salva-la de uma ponto cinquenta no meio da cabeça.


    De lá ouviu o que Clarke e o Barbudo falavam: Poderes? Feito os super heróis da Hubris Comics? Ashley até achou engraçado a resposta do sujeito com armadura, mas a situação em que estavam e seu atual humor não deixavam ela transparecer além da cara fechada o quanto maluco o bode velho soava. O que havia visto até então de superpoderes por aquelas bandas eram os ferais brilhantes que de alguma forma conseguiam trazer outros ferais abatidos de volta a vida… Em humanos o máximo que radiação podia conceder era tumores e uma morte prematura…

    Pelo que entendeu, o sujeito caçava alguém que estava com os Raiders. Ainda não conseguia ter uma boa ideia de quem era aquele forasteiro, mas em algumas horas teriam de trabalhar juntos.

    Quando a reunião terminou e finalmente puderam sair daquele prédio a Reaper ficou aliviada…. Não havia descansado direito desde que havia chegado naquela cidade, e já tinham que se preparar para sair a noite… Esse dia seria longo.

    Kelden escreveu:- E então, o que vocês tem em mente? Eu recomendo granadas, sabem aonde posso conseguir umas?


    - Granadas… Hhhumm… Se você encontrar, vai ser na loja de um Ghoul por ali - apontou na direção do mercado da cidadezinha, era eventual cliente do sujeito desde o tempo em que ainda morava ali - Eu também preciso de algumas coisas para um trabalho desse tamanho, vou lá e mostro para esse aqui onde a loja fica… - disse avisando a Duncan - Então nos encontramos mais tarde na casa do Dr. B., tudo bem? - disse saindo do lado de seu líder e se aproximando do estranho.

    Ainda precisava checar o estado do Brooker… Mas pelo que viu mais cedo o colega não poderia participar dessa com efetividade. Era melhor que ele voltasse para a base dos Reapers.

    - Então... Aquele caduco escroto nos botou no mesmo barco hum? - começou puxando assunto com o forasteiro - Me chame de Ash - disse estendendo a mão.
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    Capítulo 1 - Fragmentos e Fantasmas - Página 7 Empty Re: Capítulo 1 - Fragmentos e Fantasmas

    Mensagem por Natalie Ursa Seg Ago 27, 2018 11:55 am

    Não era a resposta que Patrick queria ouvir de Nin.

    A garota, ainda assim insistia. Mesmo com aquele exemplo de homem pouco confiável à sua frente. Mas, nesse sentido, ela até que tinha um padrão, afinal, parecia confiar em Patrick também. Nem ele mesmo achava uma boa ideia ter a confiança dela. Não quando a sobrevivência era o que estava em jogo.

    Patrick a largou imediatamente quando notou que não faria diferença sua intervenção. A garota tinha a cabeça dura. Era um traço ruim de se manter se ela quisesse ficar viva ao se envolver na caçada que o líder da cidade estava promovendo. E já sabia, de antemão, que isso iria sim causar problemas. Era só lembrar o que ela fez para ajudar Kara.

    Não tinha jeito. Ou o loiro a acompanhava ou deixava ela se matar. Nin podia fazer o que bem entendesse, mas ainda existia uma espécie de dívida entre os dois e Patrick não queria se afastar antes de saná-la.

    - Depois dessa, minha dívida estará paga, Nin. - ele respondeu de modo seco, sem olhar em sua direção. Estava irritado, principalmente por culpa da dor, mas o humor agora estava se estendendo à situação que precisava enfrentar.

    De qualquer modo, finalmente conseguiria sair de Sandford, rumo à lugar algum. Isso se sobrevivesse à insanidade em que estava sendo forçado a se meter.

    Depois disso se afastou um pouco, ainda sofrendo com a enxaqueca e continuou a ouvir o que Clarke e o Ranger discutiam, afinal pareciam falar sobre algo envolvendo a tal missão sem sentido. Não queria conversar com ninguém, nem mesmo com Nin. Ainda precisava se "acostumar" com a história de trabalhar em grupo e contra a própria vontade. Não seria fácil. Já tentou trabalhar em grupo no passado. Acabou muito mal.

    Eles falavam algo sobre a pessoa que o Ranger procurava e também sobre a tal rainha. Ela vinha do extremo norte? Patrick não tinha tanta certeza, mas achava que era de algum lugar do extremo norte que sua jornada tinha começado também... Bom, sabia que tinha sido longe, muito longe de Sandford. Infelizmente o jovem não era muito bom com direções. Mesmo assim era estranho falarem de uma rainha... Tudo bem que faziam uns 6, talvez 8 anos que Patrick tinha conhecido um grupo de Raiders - não tinha certeza de quanto foi, só sabia que fora logo depois que ele escapou do Instituto, um aglomerado de prédios gigantescos e sombrios, pelo menos para alguém da idade que ele tinha quando esteve lá - mas não se lembra de ter ouvido falar de rainhas ou posições tão altas de liderança entre eles.

    Clarke temia uma guerra. Raiders eram mesmo capazes de iniciar uma? Pelo jeito a rainha realmente assustava o velho, afinal tinha a capacidade de torná-los organizados o suficiente para cogitar uma guerra... A mulher merecia algum crédito, Patrick só não sabia direito o que ela planejava com uma guerra.

    Sobre os poderes sobrenaturais indígenas. O garoto já tinha visto muita loucura na imensidão, inclusive se lembrava que a própria família tinha umas ideias loucas e um culto mais esquisito ainda, embora não se lembrasse sobre o que tratava,
    só tinha a impressão de que os pais seriam o tipo de pessoas à acreditar nessa parte dos poderes indígenas. Já Patrick... Não se surpreenderia se fosse algo a ver com alguma tecnologia capaz de controlar essas pessoas, ou até mesmo algo químico. Já tinha visto alguma coisa disso muito por cima, no Instituto.

    E já teriam que sair durante a noite. Patrick imaginou que, já que estava sendo forçado a se envolver nisso mesmo, seria melhor ele descansar até lá para que a dor de cabeça diminuísse ou cessasse.

    Quando o assunto já estava terminado, como os demais, o arqueiro também se retirou da sala, algo que já queria fazer com certa urgência.

    Do lado de fora o Ranger começava a falar. Granadas. Era algo que Patrick era capaz de montar, no entanto não estava interessado em gastar seu tempo nisso. O melhor que Kelden fazia era seguir o conselho da mercenária e ir comprar as tais granadas. O rapaz ainda não estava pronto para fazer parte do grupo, mas imaginava que iria precisar, no mínimo, não atrapalhar os outros, se isso significava um pouco mais de chance de sobreviver à uma investida de frente contra o grupo de Raiders organizados. No entanto, Patrick não tinha equipamento para entrar nesse conflito, portanto, provavelmente teria que acompanhar a dupla até a loja. Talvez comer algo depois e descansar.

    Talvez fosse melhor ter morrido no deserto quando esteve bem ferido, mais ou menos um ano atrás, do que ser fuzilado por lunáticos sem nenhuma boa razão...

    Não sabia o que Nin ia fazer, independente disso seguiu o Ranger e a Mercenária, um pouco mais atrás e em silêncio, só ouvindo o que eles diziam. Precisava ter algo além do arco, caso desse algum problema com ele e explosivos não fossem a melhor maneira de resolver a situação.
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    Capítulo 1 - Fragmentos e Fantasmas - Página 7 Empty Re: Capítulo 1 - Fragmentos e Fantasmas

    Mensagem por Raijecki Sex Ago 31, 2018 4:05 pm



    Kelden Smith

    Capítulo 1 - Fragmentos e Fantasmas - Página 7 Latest?cb=20110514181650

    A mulher sniper da trupe dos mercenários se prontificava em auxiliar Kelden em adquirir os explosivos. Ela indicava uma loja de um Ghoul perto dali. Kelden recebeu a novidade com desagrado. Não por ter preconceitos com Ghouls, pois a sua própria NCR empregava a raça dos imortais em seus batalhões.

    O problema era que os Ghouls, por serem extremamente velhos e experientes, eram difíceis de se negociar, conseguir um desconto, uma boa barganha, ainda pior. "Espero que o que tenho seja suficiente", pensava. A mulher se apresentava esticando sua mão como Ash, e Kelden a cumprimentou, também se apresentando, de modo formal com seu título :

    - Smith, Kelden Smith. Ranger veterano da Nova República da Califórnia. - A garota, assim como Kelden, aparentava não ir muito com a cara do líder de Sandford. Mas decidiu não comentar muito mais sobre o assunto, afinal de nada adiantaria, tinha sua missão para cumprir e depois era encarar a longa viagem de volta para casa.

    - Só faço o que é preciso, nada mais. Não precisarão se preocupar comigo depois disso.

    Reparou que o garoto albino também os seguia, mas de longe e sem falar nada. Apesar de parecer ser alguém sem importância, a experiência do Ranger lhe lembrava a todo o momento para ficar de olhos nos tipos como aquele. Geralmente os antissociais - vulgo o próprio Kelden - eram os mais perigosos. Seria bom manter cautela com aquele garoto.

    - Mostre o caminho, por favor. - Pedia a Ash. Seguiria a jovem até o local da loja de armas.
     
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    Capítulo 1 - Fragmentos e Fantasmas - Página 7 Empty Re: Capítulo 1 - Fragmentos e Fantasmas

    Mensagem por Sky Qui Set 13, 2018 1:23 am



    A discussão no escritório de Clarke começava a chegar no fim assim que todos os detalhes da missão, e das motivações, eram dados.

    O líder era resoluto em sua decisão, e sua missão.

    Nin aceitava no final, fazendo uma reverencia a Clarke que respondeu com um assentir positivo com a cabeça.

    Kelden escreveu:- Veremos se esses poderes irão salva-la de uma ponto cinquenta no meio da cabeça.

    [Clarke]:Estou ansioso para que tenha sucesso nessa tentativa - respondeu com um pouco de sarcasmo.

    Kelden escreveu:- Se você não sabia dos crimes que ela tinha cometido, porque a entregou tão facilmente? E como ela os ajudou?! Responda! Sei que está escondendo algo velhote...

    [Clarke]:Você teve as respostas pelas quais pagou - tinha um sorriso cínico no olho, era a vingança pela coronhada na cabeça - O que eu sei eu já lhe disse, Rust pode ser uma criminosa de acordo com suas palavras mas em Sandford ela nos ajudou. Isso aqui não é a NCR, garoto, suas leis não valem nada aqui. Agora vá, se ainda quer encontrar ela com a carne nos ossos.

    O grupo se dividia para se preparar para a missão. Após as compras e atualizações de equipamento, Ash seria a primeira a chegar na frente do consultório.
    A grande pedra/placa com o poema "Mãe dos Exilados" permanecia ali, como se o mundo ao redor dela não começasse a mudar.

    Era um sentimento que todos do grupo sentiriam de uma forma ou outra: o estado das coisas, de suas vidas e do mundo ao seu redor, iriam mudar.
    Para o bem ou para o mal os ventos de mudança começavam a soprar.

    Dr.B era quem recebia Ash primeiro em frente ao consultório.
    [Dr.B]:Ele está dormindo. Vai levar uns dias pra se recuperar, mas seja pra lá onde estiverem indo, sem chance.

    Duncan chegava em seguida.
    [Duncan]:Ei seu desgraçado - disse estendendo a mão e o cumprimentando como um velho amigo. Eram veteranos, Ash só não sabia exatamente do que eram veteranos, mas já trabalharam muito juntos - Como está?
    [Dr.B]:Quando não me trazem Reapers pra costurar, tudo bem- respondeu no mesmo tom.

    Kelden, Nin e Patrick chegavam em seguida. Cutelo pelo visto não se juntaria a eles agora nessa missão, Duncan parecia ter planos diferentes para ele.

    O silêncio antes de partir era um tanto...incomodo. Algo precisava ser dito. Um discurso inspirador? Palavras de realismo diante daquelas pequenas chances? Conselhos de batalha?
    Mas o silêncio logo era cortado pelo que havia no braço de Nin:

    O Pip-Boy sintonizava uma nova rádio numa frequencia que estava antenado mas que não havia nada. O som de estática era aos poucos substituído por uma voz aveludada e cordial, muito familiar para Ash.

    [Vance]:Uma magnífica boa tarde a todos os habitantes de Sandford e da região sul de Sandford. É uma honra que vocês tenham sintonizado nesta nova estação. Estou extasiado - era o "comerciante" que Ash havia protegido na viagem para a cidade.
    [Vance]:Sejam muito bem vindos a nova rádio da Empire Wasteland: A Tocha. Eu trago notícias, palavras de inspiração e o mais valioso... - ele quase sussurrava, era um excelente radialista.
    [Vance]:Novas músicas, produzidas após a Guerra. Sim, isso mesmo, em minhas viagens eu tive a grande oportunidade de conhecer os músicos que vivem em nossa era! Oras, não vou lhes deixar esperando feito tolos, aproveitem.


    O som acústico e caseiro parecia combinar bem com o clima de partida de Sandford. Kelden veria Cheyenne no portão quando já estivessem a alguns metros longe. Ela acenaria uma única vez, desejando sorte mesmo que o grupo não tenha aceitado aquela missão voluntariamente.




    Se a doutora desejava poder antes, agora ela poderia desejar por tempo. Não havia tempo para executar tudo o que desejava, até mesmo sua vingança.

    Num ato impetuoso a doutora decidira colocar a injeção que era direcionada a ela no Ex-Overseer. O conteúdo entrava queimando nas veias do homem mais velho, ele gritava agora de dor por conta do conteúdo.
    Mas ele não morrera. Seus olhos ficaram vermelhos feito sangue e ele ficou muito mais branco.

    [Maxwell]:Idiota...desperdiçou a fórmula...eu disse que só funcionava em você. Não tem...efeito - ele disse, ofegante.
    Essa versão da formula não era mortal, mas pelo visto não trazia o resultado esperado da mesma maneira.

    Com a chegada de Robert a decisão de poupar ou matar o Overseer se tornava absoluta. Ainda tentou extrair informações dele mas o Overseer apenas ria numa mistura de loucura por conta da dor da perna e pela dor da substancia no corpo.
    [Robert]:Ele já está fora de si, doutora. Não tem nada pra extrair de alguém nesse estado...

    O capitão prontamente lhe entregou a pistola que repousava no coldre. Ele sabia muito bem o que a doutora fazia. De onde exatamente viria essa lealdade cabia a doutora analisar depois.

    Num rápido movimento sem anúncio, discurso ou tortura, ela apenas disparou contra Maxwell.

    Ali morria o último overseer do Vault 265.

    [Robert]:Doutora...você... - ele não sabia bem como expressar um "está tudo bem" naquela situação. Não havia nada de bom no Vault neste momento.

    Lisbeth escreveu:
    - Quero que encontre Michael Duprey e o traga para cá. Preciso que ele limpe minha sala. Procure também pela esposa dele, a senhora Jane Duprey.

    [Guarda]:S-Sim senhora - dizia um guarda com uma voz meio assustada.

    O protocolo era iniciado. Originalmente esse protocolo era utilizado com a entrada pela qual a Rainha e seus Raiders haviam entrado, mas nesse ponto a saída havia sido redirecionada pela doutora para a falha que Lisbeth e só a alta cúpula conheciam antes: a falha estrutural nos velhos laboratórios. Uma caverna que levava ao exterior, mas sem muitas informações de onde exatamente.

    Lisbeth escreveu:- Eu não vou fugir. Quero detalhes de como eles são e quais as chances que temos de derrotá-los?

    Robert a encarava como quem tinha de dar a notícia de morte de um parente.

    [Robert]:Doutora...para ser sincero. Eu acho que não temos chances. Essa mulher, ela tem muitos homens e eles são...eles são loucos. Não do tipo que você já tenha tratado, mas do tipo que saltam em cima de você e arrancam um pedaço do seu rosto com os dentes porque é mais divertido. E ela... - ele dizia como quem tinha visto um fantasma - A forma como ela fala é assustadora. Eu já vi muita coisa Doutora. Eu já fiz muita coisa. Mas alguém que fala como ela, eu nunca vi.

    A Rainha tinha uma lábia perigosa então.

    [Robert]:Eu também não irei fugir. Se você fica, eu lutarei até eu parar de respirar - disse tirando a trava de seu rifle.
    Sem receber ordens para isso ele começaria a preparar a sala para uma última defesa: mesas, cadeiras, tudo que pudesse servir de cobertura.

    [Guarda]:Senhora. Não pudemos encontrar os Duprey. Michael parece estar...liderando um grupo de habitantes do Vault para uma saída nos laboratórios. Nós podemos persegui-lo se desejar... - dizia pelo intercom. Ele não sabia o quão brutal seria o reinado dela, então escolhia as palavras com cuidado.

    O som de tiros e disparos era cada vez maior até chegar perto da entrada da sala. O som só parou quando estava literalmente do lado de fora.


    A porta se abriu. Robert estava pronto para atirar atrás de uma mesa. A Rainha andava lentamente até o centro da sala, sem exibir uma postura hostil.
    Na verdade seus movimentos eram graciosos, nem parecia que atrás dela estavam seus capangas raiders: homens e mulheres sujos de sangue, fuligem e o que mais estivesse impregnado.

    Capítulo 1 - Fragmentos e Fantasmas - Página 7 ZQnFtAt

    [Rainha]:Meus cumprimentos, Overseer - sua voz era doce e sedutora. Dava vontade de deixa-la falando sem parar, e pior, fazer o que ela pedia para que continuasse - Você vai vir comigo acorrentada ou vai ser uma boa menina?

    Ela sorria. Era esquisito para Lisbeth: parecia que estava se olhando no espelho

    [Rainha]:Fuse, transmita no rádio para toda Wasteland. O último Vault caiu.
    [Fuse]:Rainha...num dá. Tão usando a frequência?
    [Rainha]:O que!? Não me interessa, faça.

    O raider mexia com um aparelho de rádio. Uma música era escutada nele.



    — Ross






    OBS:
    - Esse post demorou muito, eu sei. As coisas estão mais estáveis para posts regulares agora.
    - Grupo de Sandford, foi um post de transição. Voces só tem esse turno para suas últimas ações em Sandfor.


    Mecanica


    Nin
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    Patrick
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    Ash
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    Lis
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    Capítulo 1 - Fragmentos e Fantasmas - Página 7 Empty Re: Capítulo 1 - Fragmentos e Fantasmas

    Mensagem por JPVilela Qui Set 13, 2018 1:01 pm

    ---------------------

    Kelden escreveu:- Smith, Kelden Smith. Ranger veterano da Nova República da Califórnia. - A garota, assim como Kelden, aparentava não ir muito com a cara do líder de Sandford. Mas decidiu não comentar muito mais sobre o assunto, afinal de nada adiantaria, tinha sua missão para cumprir e depois era encarar a longa viagem de volta para casa.

    - NCR, eh? - Ouvira o que Clarke havia dito sobre a facção a qual o sujeito a sua frente pertencia, mas ouvi-lo confirmando tirava todas as dúvidas. Agora entendia o por que nunca havia visto aquele design de armadura de combate, era de um lugar bem distante de NY, contava até agora apenas com as histórias dos mercadores sobre aquele tipo de organização...- Prazer. - Disse completando as apresentações com um firme aperto de mãos, olhando fundo nos olhos do sujeito ainda examinando-o.

    Era muito interessante relembrar de vez em quando que existiam muitas outras regiões com pessoas e culturas diferentes por aí. Aquele soldado estava bem longe de casa, portanto aquela sua missão deveria ser muito importante para estar ali, e ainda por cima apenas por conta própria.

    Kelden escreveu:- Só faço o que é preciso, nada mais. Não precisarão se preocupar comigo depois disso.



    - Digo o mesmo… O quanto antes acabarmos com esses miseráveis, melhor, daí nunca precisará ouvir dos Reapers novamente. - disse em um tom casual - Duncan não disse nada... Então não vamos entrar no caminho da sua missão principal, já que essa pessoa que você está caçando não tem relação com meu grupo… - completou dando uma de relações públicas de sua gangue, já que estava no mesmo barco do forasteiro, tinha que fazer o possível para trabalharem bem em equipe, era o curso de ação mais lógico e eficiente.

    Kelden escreveu:- Mostre o caminho, por favor. - Pedia a Ash. Seguiria a jovem até o local da loja de armas.    


    - Por aqui, Senhõr Kelden. - Disse descontraída, tomando a frente até a loja do Ghoul também chamado de Smith. Já havia ouvido falar que as pessoas no na região do Mojave falavam espanhol, mas se isso era apenas um boato ou não, tinha de desmistificar em outra hora.  


    Lá Ashley encontrou algumas coisas para dar uma melhorada em seu velho rifle, apetrechos para deixar aquela ferramenta mais tática: um silenciador para ocultar a maior parte do barulho produzido por seus tiros, e uma luneta com visão noturna, o que para um assalto a um lugar fortificado seriam adições bem vantajosas. Não se esqueceu de estocar uns pentes de calibre .308, não sabia quantos inimigos encontraria, então é melhor prevenir do que remediar.... O braço ainda machucado lhe lembrava que da forma como estava, não daria para tomar muitos riscos... para não dar chances de ser uma vulnerabilidade ao seu grupo era melhor se proteger mais, aqueles raiders tinham boa mira, por mais incrível que pareça. Pegou uma peça de armadura de combate que estava em uma das estantes, era como um colete a prova de balas feito de alguma liga metálica que não conseguia identificar com exatidão no momento, só sabia que aquelas coisas eram bem resistentes. A peça estava com o acabamento todo todo riscado e nada polido,  era um pouco maior do que seu tamanho, já que a atiradora era um tanto magrela, mas não obstruía muito sua mobilidade, tirando o peso extra, mas não podia se dar ao luxo de achar um feito sob medida, aquele tinha de servir, e muito bem, esperava.

    Capítulo 1 - Fragmentos e Fantasmas - Página 7 8897_0_1453583695_by_jp_vilela-dcmqzo3

    ...

    Ao retornar a clínica do Dr. Blazkowicz, a mercenária foi recebida com boas notícias.

    Dr.B escreveu:- Ele está dormindo. Vai levar uns dias pra se recuperar, mas seja pra lá onde estiverem indo, sem chance.

    Ash esboçou um sorriso aliviado, concordando com o diagnóstico e a prescrição de repouso dada pelo loiro parrudo a sua frente. Brooker faria falta, mas era melhor ele descansar para lutar um novo dia.

    - A moto que está aqui é dele, não deixe ele sair daqui sem ela quando acordar. - disse ao médico, olhando na direção do colega em repouso.  

    Adentrou no consultório e esperou que todos estivessem presentes para decidirem como seria aquele trabalho… primeiro chegou seu líder, reencontrando com o amigo da gangue, só não via a presença de Cutelo, achou estranho mas tinha certeza que depois Duke explicaria por que o outro Reaper não estava ali.

    Por fim, os outros três: A garotinha de cabelos curtos, o branquelo e o barbudo. Esperou todos se acomodarem enquanto checava seu próprio equipamento, já sentada em um dos sofás velhos do consultório, afiando sua manchete com uma pedra negra em formato retangular para passar o tempo. Antes de se levantar e ir apresentar-se ao casal de jovens, ouviu um som vindo do apetrecho no braço da garota, agora que tinha percebido que ela tinha… Que ela tinha um Pip-Boy? Como assim?!

    Sua surpresa foi suprimida por outra que ela não podia esperar nem em um milhão de anos... Ao reconhecer a voz do sujeito captado pelo rádio do apetrecho de Nin. Ashley baixava seu machete e a pedra de amolar fazendo uma expressão de “Ohhhhhhh…. então era isso...” Logo voltou ao presente, satisfeita de não ter permitido que o colega roubasse até os sapatos do sujeito engomadinho de mais cedo, não era algo que iria mudar sua vida, julgava ela, mas não deixava de ser bem curioso e trazer uma sensação recompensadora por ter feito o certo, sabia que seu pai estaria orgulhoso se contasse essa história a ele…

    Deixou a arma e a pedrinha de lado e ergueu-se de onde estava sentada, endireitando o sobretudo e indo em direção aos estranhos.

    - Então vocês vão mesmo até o fim disso, hhum? - disse um tanto surpresa com o fato deles não terem dado um grande foda-se para aquela proposta absurda do líder daquela cidade - Bem, então bem vindos a bordo... Podem me chamar de Ash. - disse de maneira gentil e ligeiramente animada embora carregasse um cansaço no semblante que quase todos ali possuíam, parecia ter sido um longo dia para todos. Esticava a mão do braço direito em direção a jovem de olhos repuxados, ainda bem dolorido.
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    Capítulo 1 - Fragmentos e Fantasmas - Página 7 Empty Re: Capítulo 1 - Fragmentos e Fantasmas

    Mensagem por ayana Sáb Set 15, 2018 2:53 pm

    Lisbeth Tozier

    O que Lisbeth mais temia depois de assumir o controle do Vault estava prestes a acontecer. Robert era um guarda experiente e, se na avaliação dele a guerra estava perdida, ela não tinha outra opção a não ser assegurar a sobrevivência da maior quantidade possível de pessoas. Como psicóloga, sabia mais do que ninguém que liderava um rebanho de ovelhas acovardadas. Negar a realidade custaria vidas que caminhavam para um recomeço, caso sobrevivessem às condições da superfície.

    Por elas, Lisbeth conseguia sentir um pouco de esperança; por si mesma, sentia vestígios de desalento, felizmente sobrepostos à intensa satisfação de dever cumprido. O orgulho da vingança recém-conquistada. Era a sensação mais extraordinária que sentiu em toda sua vida. Se o fim de sua história estava próximo, pelo menos, ela morreria em paz.

    - Eu também não irei fugir. Se você fica, eu lutarei até eu parar de respirar - disse o capitão.

    Liz respondeu com um sorriso de gratidão. Dava para perceber em seus olhos, que brilhavam como a luz do sol atravessando uma fina camada de gelo. O suficiente para se sentir menos fria, solitária, e até se permitir relaxar um pouco. Sua mão tocou a mão dele, de leve, empurrando a metralhadora para baixo, abrindo espaço para uma aproximação mais íntima. Um braço contornou o ombro dele e ela se colocou na ponta dos pés para que seus lábios chegassem mais perto dos lábios dele.

    - Eu não quero morrer sem realizar um último desejo - sussurrou com voz de insegurança.

    Satisfazendo sua vontade, ela o beijou. Um beijo bem diferente daqueles conquistados a partir de uma droga que suprimia a vontade própria, quando ficavam sozinhos no consultório. Era precisamente essa diferença que ela queria sentir, para se recordar de como era se relacionar com pessoas de verdade e não com um bando de marionetes.

    - Se essa foi nossa última oportunidade, pelo menos, dessa vez eu não deixei passar - disse com um ar de timidez.

    Ainda não estava claro para a psicóloga a origem da lealdade que o capitão tinha por ela. Havia algumas conjecturas. Nas sessões de terapia, ela não demorou a perceber - por olhares, gestos e palavras - manifestações de interesses. Amorosos, românticos, sexuais, não importava; algum desejo ele tinha pela doutora. E ela não conseguia imaginar melhor forma de fortalecer a lealdade dele que não fosse com um beijo.

    Ela se afastou de Robert sem olhar para trás e voltou ao trabalho. Como não havia notícias de Michael, ela pediu para um guarda ir até os laboratórios desativados procurar pela fenda. Mesmo sem ter certeza de como procederia a evacuação, precisava prosseguir as instruções e esclarecer as pessoas. Antes de mais um pronunciamento, ela ajustou o intercom para evitar que ele fosse transmitido nos locais por onde o inimigo avançava.

    - Companheiras e companheiros do Vault, por favor, prestem muita atenção! A situação é crítica e preciso que todos se dirijam imediatamente para a área 53! Estamos sendo atacados e nossas defesas não vão resistir por muito tempo. Nunca fomos preparados para a guerra e agora não temos chances de derrotá-los. Nossa única solução foi selar a saída do Vault para ganharmos tempo, impedindo uma invasão em massa. Quero dar a minha palavra a vocês de que vamos providenciar imediatamente uma saída perto de onde estão. Por isso, eu só peço que, por favor, mantenham a calma e me escutem com atenção.

    Ela fez uma pausa como aquelas que antecedem a última despedida. A Overseer não temia a morte, embora a coragem vacilasse de vez em quando. Assim como acontecia agora, antes de reafirmar a decisão de permanecer e lutar.

    - Eu decidi que não vou acompanhá-los. Não vou fugir porque existe uma esperança, pequena, de conseguirmos vencer. Espero me reencontrar com vocês muito em breve para convidá-los a voltar para cá. Essa que é a nossa casa. Nossa história não existe fora daqui, mas será construída agora, por todos vocês. Com certeza uma história maravilhosa se mantiverem a união que garantiu nossa sobrevivência. Nossa história não termina aqui! Viva o Vault 265!

    Os alto-falantes ficaram em silêncio. Apenas pelos ruídos dos microfones, era difícil ter dimensão de como as pessoas reagiam. Lisbeth estava confusa, tentando decifrar se a mensagem que acabara de transmitir era uma despedida velada. Uma tentativa de se destacar na história não apenas como a Overseer que comandou o Vault por algumas horas. Um tipo de preocupação que surge na cabeça daqueles que sentem a proximidade da morte.

    Ela olhou para Robert que organizava a sala da melhor forma disponível para se protegerem. Chamou o capitão e lhe entregou um pequeno cilindro de metal com um pino. "Isso tem muita chance de dar errado", pensou.

    - Esconda isso atrás da barricada que você está montando. Se puxar o pino vai liberar um gás que não é letal, mas vai nos dar uma boa vantagem sobre eles. Aguarde meu sinal e tente ativá-la de uma maneira que ninguém perceba - ela explicou enquanto recolhia do chão os dardos que atirou em Maxwell. Colocou no bolso dele a seringa e, por fim, recarregou a pistola.

    - Senhora. Não pudemos encontrar os Duprey. Michael parece estar...liderando um grupo de habitantes do Vault para uma saída nos laboratórios. Nós podemos persegui-lo se desejar… - disse um guarda pelo intercom.

    - Não - ela respondeu de imediato. Foi um alívio receber notícias de seu antigo paciente e melhor ainda descobrir que ele já estava desempenhando a tarefa que lhe seria dada. - Quero que mobilize todos os guardas para passar por essa saída. Nossa prioridade é que as pessoas saiam vivas daqui e tudo que eu sei sobre o mundo exterior é que lá habitam nossos inimigos.

    O som de disparos estava cada vez mais próximo. Os dois remanescentes se esconderam atrás de uma mesa. Lisbeth segurou a mão dele uma última vez e deu um sorriso que a fez parecer dez anos mais jovem. Era um sinal de que estava ciente de que seu plano tinha a inconsequência de uma adolescente que salta de uma pedra bem alta em um lago de profundidade desconhecida.

    A porta se abriu e uma jovem caminhou lentamente ao centro da sala. Lisbeth não a conhecia, mas tinha certeza de que era aquela a quem os invasores chamavam de Rainha. A primeira impressão que teve era bem diferente da descrita por Robert. Aquela presença não a assustava. Sentia, na verdade, uma leve atração, como um barco indo em direção a um redemoinho.

    Lisbeth se levantou e saiu detrás da mesa.

    - Meus cumprimentos, Overseer - disse a Rainha. - Você vai vir comigo acorrentada ou vai ser uma boa menina?

    - É verdade que faz séculos que não recebemos nenhuma visita. Mas nem por isso, nos esquecemos do conceito de hospitalidade. Agora que está aqui, sinta-se como minha convidada.

    O mesmo sorriso da Rainha estava estampado na expressão de Lisbeth. A imagem de uma refletida na outra como em um espelho.

    No rádio de um dos homens da rainha, começou a tocar a trilha sonora da queda do último Vault. Uma música que Liz nunca tinha ouvido e pouco deu atenção.

    - Por favor, não repare na desordem que está essa sala. Estávamos discutindo diretrizes importantes para o futuro daqui, mas algumas discordâncias nos levaram a um desfecho trágico. - Ela olhou de lado para o cadáver ensanguentado de Maxwell. - Parece até uma ironia do destino o Vault ser conquistado duas vezes em um único dia. Primeiro por mim, agora por você.

    - Eu não sou sua inimiga. Nossos caminhos apenas se cruzaram porque tínhamos esse objetivo em comum. Mas acredito que nossas motivações sejam bem diferentes. Você me faria uma gentileza se me dissesse por que está nos invadindo. Por que nos olhos destes que lhe acompanham eu percebo o desejo em nos destruir?
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    Capítulo 1 - Fragmentos e Fantasmas - Página 7 Empty Re: Capítulo 1 - Fragmentos e Fantasmas

    Mensagem por Natalie Ursa Dom Set 16, 2018 11:10 pm

    Patrick seguiu a dupla, porém manteve-se um pouco mais afastado. Ainda tinha uma dor de cabeça com a qual lidar, mas tinham o mesmo destino em comum, a loja do Ghoul. Mesmo mais afastado, o arqueiro conseguia ouvir o que diziam. Pareciam se entender bem, para pessoas que recém tinham se conhecido. Patrick tinha muita dificuldade nesse campo - e até mesmo de entender a facilidade com que a dupla fazia isso - culpa dele mesmo por nunca prezar muito por habilidades sociais...

    A mercenária parecia até mesmo feliz. Isso Patrick poderia entender ainda menos. Mas o que poderia fazer? Máquinas eram mais fáceis de se entender.

    O arqueiro era objetivo no que buscava na loja. Precisava de uma arma alternativa. Sabia muito bem que seu arco não era das armas mais confiáveis e poderia arrebentar a qualquer momento. Nem sempre era num momento propício para o garoto consertar, por isso, teria que adquirir uma arma de fogo, mesmo não gostando tanto delas. O ruído lhe incomodava um pouco... Por isso mesmo foi logo buscar algo mais... Explosivo.

    Capítulo 1 - Fragmentos e Fantasmas - Página 7 RossiOverlandSBSSide

    Ele acabou encontrando uma antiga shotgun de cano cerrado. Deveria servir e certamente o jovem tinha caps para tal, uma vez que não usava tudo que recebia.

    Após a aquisição, Patrick gastou o tempo que restava antes da partida a missão potencialmente suicida para voltar ao pequeno comodo em que "morava" e juntar mais equipamento, além de aproveitar para passar um tempo no escuro silencioso para aliviar sua dor.

    Ele usou este tempo para refletir sobre o caminho que teria a seguir. Não tinha jeito. Patrick era forçado a ter que aceitar trabalhar em grupo e essa era uma habilidade que já estava bem enferrujada, uma vez que fazia tanto tempo que ele não a usava. Não fazia questão de ter essa concepção de um grupo mesmo não trabalhando sozinho com as coletas de materiais para Sandford. Mas atacar a base dos Raiders - por mais desorganizados que conseguissem ser - exigia muito mais de que suas habilidades individuais, talvez, até mesmo, mais que a habilidade de todas aquelas pessoas juntas. Um pequeno exército, era o mais provável, dependendo o tipo de lugar em que estivessem escondidos.

    Por isso que não gostava de trabalhar em grupo. é impossível prever as ações de todos. Patrick já tinha sentido o gosto da amarga realidade mais cedo naquele mesmo dia, quando Nin mudou de ideia e quis voltar para onde os Raiders estavam, arriscando assim, o pescoço dos dois, que já estavam provavelmente fora de perigo. Se todo o grupo fosse tão insensato quanto Nin... Talvez nem chegassem ao lugar.

    Já era hora de formarem o dito grupo. Primeiro, o loiro foi até Nin. A garota tinha sido ferida, mas como ela não parecia se importar muito com o ferimento, não deveria ser nada demais. Ela provavelmente era mais forte que Patrick.

    - Espero que esteja pronta para garantir essa vida em Sandford. - disse para a jovem asiática enquanto seguiam ao ponto de encontro, antes que o Ranger se juntasse aos dois - Só tente não se colocar em perigo desnecessário. - o que ele realmente queria dizer era se colocar em mais um perigo desnecessário, uma vez que para o arqueiro, o que estavam prestes a fazer já era muito desnecessário.

    Instantes depois encontraram Kelden e em poucos minutos o grupo estava reunido, mas pelo silencio que havia, dava a impressão que não havia nada ali além de pobres almas perdidas... Isso até o Pib-Boy que Patrick tinha cedido a Nin começar a reproduzir uma transmissão. Um homem apresentava a "nova estação", em seguida, uma melodia era transmitida.

    Patrick não diria isso em voz alta ainda, mas tinha que admitir que o som da música ajudava a dissipar o resquício da dor de cabeça que ainda lhe restava. Era bom ouvir uma melodia calma e suave, para variar. Elas quase sempre eram capazes de apaziguar essas dores.

    A mercenária soltava a faca e a pedra que usava para amolar e se levantava de seu assento, se aproximando de Patrick e Nin.

    Com a pergunta dela Patrick poderia responder que não teve escolha nenhuma, que, se dependesse dele, com certeza não estaria fazendo parte disso, mas... Tinha que ser uma pessoa que pagava suas dívidas, não? Era um assassino, de fato, precisou matar para sobreviver antes, para sobreviver ao recente ataque também, mas as dívidas eram pagas. Talvez por algum tipo de orgulho ou capricho, nem ele sabia dizer direito.

    A mulher se apresentou a dupla como Ash. Patrick já tinha lhe ouvido se apresentar antes para o Ranger e agora lembrava que tinha desviado das apresentações quando Kelden fez o mesmo e se apresentou a Patrick. Agora não tinha porque ignorar. Estava preso aquelas pessoas até que a situação fosse resolvida. Ele observou a mulher dos pés a cabeça, observando com cuidado o equipamento que ela carregava, antes de se pronunciar:

    - Patrick. - respondeu, sem nem tentar esconder o cansaço, embora a pergunta parecesse mais direcionada para Nin, ainda mais com toda a gentileza, que era algo que o loiro não estava acostumado a receber.

    Havia algo que estava lhe deixando inquieto naquele instante. Queriam que um pequeno grupo de, aparentemente, cinco pessoas conseguisse ser bem sucedido em invadir uma "base" guardada por um grupo certamente maior - mesmo que Clarke dissera que a pessoa quem ele chamava de rainha não estivesse lá, não era possível que não havia ninguém guardando o local - e não tinham nem um plano e, pelo que sabia até então, sequer um mapa da região ocupada por eles. Se fosse assim, Patrick tinha pouquíssima perspectiva de que alguém saísse vivo desse ataque insensato.

    - Espero que tenhamos ao menos um rascunho da região ocupada por esses Raiders. Ou precisamos invadir as cegas também? - os presentes podiam notar que em alguns momentos a voz de Patrick saia bastante rouca e grave, talvez por não ter o costume de usá-la tanto - Temos mais alguma informação além das escassas e inúteis que o velho insano passou? - ele e Nin não eram nem mercenários nem soldados para ter todo um plano de ataque criado - ainda mais sem quase informação nenhuma.
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    Capítulo 1 - Fragmentos e Fantasmas - Página 7 Empty Re: Capítulo 1 - Fragmentos e Fantasmas

    Mensagem por Raijecki Qua Set 19, 2018 7:47 pm



    Kelden Smith

    Capítulo 1 - Fragmentos e Fantasmas - Página 7 Latest?cb=20110514181650

    Kelden seguiu a mercenária - que falava de um jeito esquisito, como se estivesse tentando falar em outra linguá - até a loja de armas, onde pode repor suas munições e realizou algumas modificações em seu rifle anti-matéria, sacrificando um pouco de seu poder de fogo por uma sequencia de disparo avassalador. Depois pediu pelas granadas ao ghoul dono da loja, que coincidentemente também se chamava "Smith".

    - Quanto quer pelas granadas?

    Após as aquisições, seguia até o ponto de encontro com o grupo. Não tinha mais trabalhado em grupo desde a fatídica missão de ataque a Rust á alguns anos atrás e lamentava muito ter de fazer novamente. O pip-boy da asiática sintonizava em uma nova radio de sanford, onde uma musica que Kelden não apreciava tocava e cortava o silencio que se instaurava no grupo.

    "Prefiro as mais animadas..." - Refletia em sua mente. Permaneceu calado até que o garoto albino perguntava - o que Kelden achou impressionante já que ele pagava para manter sua boca fechada. - sobre as informações e o plano que eles teriam para invadir a base raider.

    - Não conheço a região nem a base desses psicopatas, portanto talvez fosse apropriado que planejássemos melhor quando chegarmos perto do local. Ao menos que alguém aqui saiba mais que os outros ou que vocês utilizem esse pip-boy para algo além de ouvir músicas chatas...

    Cheyenne era avistada acenando por Kelden quando o mesmo passava pelo portão com o resto do grupo, mas o ranger decidiu ignorar e seguir adiante. Não era hora de se apegar a ninguém, apenas de cumprir sua missão e voltar para casa.
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    Capítulo 1 - Fragmentos e Fantasmas - Página 7 Empty Re: Capítulo 1 - Fragmentos e Fantasmas

    Mensagem por Gakky Seg Set 24, 2018 1:08 pm

    Nin saiu pensativa da sala, ouviu Patrick falar da dívida, mas não sabia o que dizer ainda. Não sabia se tinha feito a escolha certa, mas sabia que era uma missão onde uns voltariam vivos e outros não. Tinha que ter isso em mente, mas também não queria abrir mão de sair de Sandford. Patrick tinha lhe dado um ótimo presente, o Pib Boy. Nin caminhava olhando pra ele várias vezes. Em suas sucatas ela tentou escolher pedaços afiados e pequenos de metal para que pudesse arremessar nos inimigos. Como shurikens improvisadas. Também tirou uns minutos para meditar.

    Quando se reuniu com o grupo novamente, ela estava em silêncio tentando absorver o que tinha acontecido. O som da música no entanto a surpreendeu, era música nova!! Isso enchia o coração de Nin de esperanças. Ela adorava música e coisas novas mostravam que talvez as coisas estavam avançando, mesmo a passos lentos. Nin se perguntava se um dia poderia aprender também a fazer música. Talvez a humanidade ainda pudesse dar origem a uma civilização evoluída. Isso só a enchia ainda mais de coragem. Investir em Sandford, era investir no futuro. Lançou um olhar pra Patrick e agradeceu mais uma vez:

    - Essa música é linda, e é nova!! Obrigada mesmo pelo Pib Boy. Patrick... Obrigada... Mas você não tem dívidas comigo, então se mudar de ideia, tudo bem...

    Em seguida chegou Ash se apresentando. Nin olhou para a mão dela e a segurou umprimentando com um sorriso leve:

    - Sim, eu ainda acredito em Sandford. Bom te conhecer Ash, sou Nin.

    Patrick também respondeu e comentava sobre o fato de não terem quase nada, realmente um mapa seria ótimo.Mas então o grosseiro Kelden já começou a reclamar do rádio deles. Nin franziu os lábios e disse em seguida:

    - Música é mais importante do que você pensa. Não dá pra viver só atirando, e a música não é chata...Além disso se tem música nova é porque alguém está pensando em viver e não em matar. - Suspirou - E sim temos que nos planejar, ver a melhor forma de entrar, evitar confrontos com grupos grandes. O senhor Kelden parece saber mais disso, use sua mente para planejar e eu lhe darei toda minha habilidade em combate.

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    Capítulo 1 - Fragmentos e Fantasmas - Página 7 Empty Re: Capítulo 1 - Fragmentos e Fantasmas

    Mensagem por JPVilela Seg Set 24, 2018 9:31 pm

    Embora tivesse erguido a mão para a garota, que parecia mais comunicativa, quem respondeu foi o sujeito branquelo. A atiradora nunca havia visto uma pessoa com aquela idade com um cabelo tão claro, alguma mutação pela radiação? Se esse fosse o caso, onde estavam os tumores e pele escamosa naquela pessoa?  

    Patrick escreveu:- Patrick. - respondeu, sem nem tentar esconder o cansaço, embora a pergunta parecesse mais direcionada para Nin, ainda mais com toda a gentileza, que era algo que o loiro não estava acostumado a receber.

    Poderia ser fruto de uma experiência muito traumática, já viu pessoas com cabelos brancos bem mais jovens que ela... ou isso ou aquilo era uma nova definição para a palavra loiro... Ela ficou por alguns segundos o ainda o estudando, agora que estava mais próxima. Antes que aquilo se tornasse vergonhoso o suficiente, o sujeito continuou, direto ao ponto:  


    Patrick escreveu:- Espero que tenhamos ao menos um rascunho da região ocupada por esses Raiders. Ou precisamos invadir as cegas também? - os presentes podiam notar que em alguns momentos a voz de Patrick saia bastante rouca e grave, talvez por não ter o costume de usá-la tanto - Temos mais alguma informação além das escassas e inúteis que o velho insano passou? - ele e Nin não eram nem mercenários nem soldados para ter todo um plano de ataque criado - ainda mais sem quase informação nenhuma.

    - Ahn… Prazer... - falou ligeiramente sem graça quando percebeu o que estava fazendo. Disfarçando olhando fixamente para o telhado enquanto coçava o nariz.

    E… o rapaz tinha um ponto… E um ponto bem válido, para o gênio estrategista que o bode velho se achava, ele tinha formulado um plano bem fraco e vago… alguns diriam suicida, em mandar um grupo tão pequeno e formado ao acaso para limpar um acampamento Raider.

    Senhõr Kelden escreveu:- Não conheço a região nem a base desses psicopatas, portanto talvez fosse apropriado que planejássemos melhor quando chegarmos perto do local. Ao menos que alguém aqui saiba mais que os outros ou que vocês utilizem esse pip-boy para algo além de ouvir músicas chatas...

    Para sorte daquele trio, estavam acompanhados não só da melhor atiradora daquela parte da Empire, mas também do mercenário mais experiente que poderiam encontrar, Duncan conhecia cada canto da região, e tinha boas histórias sobre cada um deles…

    Logo após o sujeito ter falado, a garota finalmente lhe cumprimentou.

    Nin escreveu:- Sim, eu ainda acredito em Sandford. Bom te conhecer Ash, sou Nin. - Mas então o grosseiro Kelden já começou a reclamar do rádio deles. Nin franziu os lábios e disse em seguida: - Música é mais importante do que você pensa. Não dá pra viver só atirando, e a música não é chata...Além disso se tem música nova é porque alguém está pensando em viver e não em matar. - Suspirou - E sim temos que nos planejar, ver a melhor forma de entrar, evitar confrontos com grupos grandes. O senhor Kelden parece saber mais disso, use sua mente para planejar e eu lhe darei toda minha habilidade em combate.

    Brevemente ela rolou os olhos vendo com o quão fácil a garotinha ali era provocada pelo barbudo. Mas ainda tinham muito o que organizar e aquilo não era hora para uma pirralha e um marmanjo trocarem farpas a troco de porra nenhuma, Ash não teria nenhuma paciência para lidar com eles se aquilo se tornasse frequente. Com certeza arrumaria uma pistola e daria um tiro na bunda de cada...

    Disse logo em seguida, antes que o Ranger tivesse tempo de retrucar:

    - Habilidade em combate hum? Fale-me mais sobre isso -  Ergueu uma sobrancelha enquanto colocava-se ao lado da Nin, cutucando de leve com o indicador da mão esquerda o bíceps direito da jovem - ...você tem um aperto de mão bem firme e parece bem nutrida para uma… Eu acho que ouvi que vocês são sucateiros... Então que habilidade é essa? - questionou de maneira descontraída… - Não leve a mal -  pigarreou - É uma pergunta estritamente profissional… - pigarreou novamente - Daqui a pouco você me responde...

    Voltando o olhar ao Ranger da NCR a atiradora cruzou a sala de volta ao sofá, enfiando a mão em sua bolsa surrada feita com couro de brahmin:

    - Não é o mais completo dos mapas… Mas que tipo de batedora fajuta eu seria se não tivesse um comigo? - disse entregando o mapa desdobrado, desenhado com o que parecia carvão em um papel bem grosso, amassado e amarelado nas mãos de Patrick, que foi quem puxou aquela pauta. - Não tem muita coisa ali na área do Forte… Como eu tinha dito, lá na sala do prefeito idiota… - pelo breve momento em que citava Clarke, fazia uma carteta de nojo... e em seguida uma pausa dramática para respirar - É um lugar onde se produziam veículos, a moto que eu e meu colega capturamos... - apontava para um dos cantos onde a grande motocicleta estava encostada e em seguida em direção aonde Brooker estava repousando -  provavelmente veio de lá. Como vocês podem ver, entre nós e o forte existem ruínas de um dos bairros da antiga cidade, o Queens…

    Capítulo 1 - Fragmentos e Fantasmas - Página 7 A8AA97U

    Agora colocava-se ao lado da jovem novamente como se nem de lá tivesse saído para continuar a conversa de lá.
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    Capítulo 1 - Fragmentos e Fantasmas - Página 7 Empty Re: Capítulo 1 - Fragmentos e Fantasmas

    Mensagem por Gakky Seg Set 24, 2018 10:54 pm

    Nin olhou para Ash enquanto ela falava e observou quando foi cutucada, chegando um pouquinho para o lado oposto. Suspirou quando perceber que Ash falou sobre serem sucateiros. Parecia que preconceitos estavam em todo lugar, embora a mulher não disse isso. Já ia responder quando ela disse pra falar daqui a pouco.

    Então observou Ash, ela tinha um mapa. Isso era muito bom, Nin olhou para Patrick e logo Ash estava estranhamente de volta. Nin então começou a falar:

    - Bom... Não sei se já ouviu falar, mas eu sou boa em artes marciais. Tive um bom mestre, por aqui me chamam até de Tsunami. Sou boa em combate corporal, e meu amigo, o Patrick é bom explodindo coisas...

    Olhou para Patrick meio que vendo se estava falando demais ou não, então continuou:

    - Ele é bom a distância, ele que nos salvou, quase salvou. Por que voltamos para buscar a Kara. Mas já estávamos livres antes. Se quiser faço uma demonstração do que eu sei fazer lá fora, mas vou precisar de algum voluntário ou dois... E eu vi que você tem um mapa, isso vai ser muito útil. Acho que estamos começando bem.



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    Capítulo 1 - Fragmentos e Fantasmas - Página 7 Empty Re: Capítulo 1 - Fragmentos e Fantasmas

    Mensagem por Natalie Ursa Sex Set 28, 2018 2:33 pm

    Patrick observou Nin pelo canto dos olhos quando a jovem falava sobre a nova música que tocava em seu Pip-Boy e lhe agradecia pelo presente, além de voltar à conversa sobre a dívida. O arqueiro continuava descontente com a decisão que ela tinha feito, portanto se portava com ainda mais distância do que o normal para com ela.

    - Esse assunto já terminou. - respondeu, cruzando os braços e voltando a atenção às outras pessoas. Estava decidido, mesmo que ele não gostasse da decisão.

    Após isso a mercenária se aproximava e começava algumas apresentações. Ela olhava insistentemente na direção do loiro, que, sem saber o que fazer com isso, a encarou de volta, ainda de braços cruzados, imaginando que ela só poderia estar com tanto interesse em observá-lo por causa do tom claro de seus cabelos. Algumas pessoas ficavam olhando desse jeito, como se Patrick fosse mais incoerente que a indumentária de um Raider. Não manteve o olhar por muito tempo, pois logo retomou o principal assunto da "reunião" e começou a questionar sobre as informações que eles tinham sobre o esconderijo desses Raiders o qual tinha que pagar uma visita.

    Kelden se pronunciava, mas não tinha nada de útil a dizer, não sabia de nada, mas usava a oportunidade para incomodar Nin, que não gostava do comentário dele sobre a música que tocava. O grupo parecia condenado...

    Patrick tinha dado o Pip-boy para Nin e não se importava muito com a finalidade para a qual a garota usasse-o. Imaginava que ela não saberia como utilizá-lo, nem devia ter tentado ainda, por isso o comentário do Ranger era mesmo um tanto incômodo, só que a hora de decidirem as partes mais cruciais à invasão não era hora de começarem a se pinicar. Fizessem isso depois que tudo estivesse decidido, pelo menos.

    - Ela ainda não sabe usar. - respondeu para Kelden, sem amenizar a expressão severa nítida no rosto de quem não estava gostando do desvio da conversa.

    A mercenária se pronunciava outra vez. O loiro não tinha certeza de qual era a relevância da pergunta? Mas saber qual habilidade cada pessoa tinha de mais destacável tinha algum sentido. Patrick observava as duas garotas interagirem em silêncio. Certamente a mercenário era um tanto intrometida para iniciar uma conversação com Nin enquanto a cutucava no braço.

    De repente ela parava a conversação, sem deixar Nin falar, para pegar um mapa em sua mochila sobre o sofá da sala e entregando-o à Patrick.

    Finalmente alguém mostrava algum sinal de que não teriam que fazer a invasão desprovidos de qualquer conhecimento sobre seu alvo de ataque. Só que mapas nas mãos do arqueiro não eram exatamente super úteis. Mesmo assim ele conferiu as marcações, notando que o forte mencionado mais cedo ficava à nordeste de Sandford e pelo direção, imaginava que o local em que tinham ido anteriormente ficava em uma direção completamente oposta.

    Notou a careta que Ash fez ao mencionar Clarke. Não podia discordar com o ato, mas esperou a mulher continuar o que tinha a dizer. Ela mencionava que o local era usado para produzir veículos e a informação fez com que Patrick mudasse totalmente a postura e expressão facial, principalmente quando seu olhar seguiu a direção em que a mercenária apontava. Motocicletas. Clarke tinha mencionado algo sobre tais veículos, mas naquele momento o loiro pouco tinha se ligado à informação. Estava incomodado demais. No entanto, agora que estava mais calmo e com a cabeça em melhores condições, a informação ganhava muito mais importância.

    Se esses veículos eram construídos por lá... Será que o local poderia ainda ter peças de moto? Daria para fazer muitas coisas com elas.

    - Teremos que roubar veículos como estes? - inquiriu sem tirar o olhar surpreso e deslumbrado das motos, em seguida aproximando-se delas e se agachando ao lado para examiná-las. Imaginar que tais objetos tinham como destino as mãos inescrupulosas de Clarke não era animador - Parece um desperdício... - resmungou em meio à um suspiro cansado, no entanto, a expressão mais leve que trazia agora no rosto lhe deixava mais condizente com sua idade.

    - Você já passou por lá, então? - não sabia se aquele mapa tinha sido desenhado pela mercenária ou ela apenas o adquirira de outra pessoa - Conhece as condições da região? - sua voz áspera também tinha se amenizado um pouco, embora continuasse rouca, quase falhando em alguns momentos.

    Enquanto o arqueiro analisava as motos, as duas garotas voltavam a conversar, com Nin conseguindo responder as questões da mercenária e, inclusive, mencionando Patrick. Quando a jovem asiática lançou o olhar para ele, Patrick ainda estava observando as motos e não deu muita atenção ao quanto ela mencionava, embora houvesse ouvido o que dizia.

    Embora pudesse dizer que era melhor construindo os explosivos do que usando eles, Patrick deixou que a garota continuasse a falar o que quisesse.
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    1º Concurso :
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    Capítulo 1 - Fragmentos e Fantasmas - Página 7 Empty Re: Capítulo 1 - Fragmentos e Fantasmas

    Mensagem por Raijecki Sáb Set 29, 2018 4:19 pm



    Kelden Smith

    Capítulo 1 - Fragmentos e Fantasmas - Página 7 Latest?cb=20110514181650

    Kelden lamentava cada vez mais em sua mente por ter que fazer parte daquele grupo. Com exceção dos mercenários, o resto do grupo era feito por crianças mimadas e birrentas que não aguentavam ouvir uma opinião contraria das que elas possuíam. Decidiu apenas ignorar os ríspidos comentários da garota asiática. Poderia não ser um exemplo de educação, mas não entraria nas provocações da jovem e tentaria seguir focado em seus objetivos. Porém o fiel escudeiro de Nin, o garoto albino, defendia-a mais uma vez.

    - Então alguém deve ensina-la, um pip-boy é um artefato muito raro e de extrema importância, ele pode mostrar não só os locais da região, como também sua condições vitais, será útil para o resto de sua vida. - Os respondia, mesmo que talvez nenhum dos dois o escutasse.

    A mercenária seguia conversando com Nin sobre suas habilidades de combate e depois - para alivio de Kelden - enfim lhes mostrava um mapa da região. Havia um antigo forte ao norte dali, onde segundo Ash se fabricavam as motocicletas, como a usada por Cheyenne e ele até Liberty's Torch anteriormente. Também haviam algumas ruínas do que sobrou de um bairro pré-gurra. Um tal de Queens.

    - Deveríamos evitar este tipo de lugares, sempre há encontros indesejáveis por lá. Sabem outra rota que podemos tomar? Uma mais isolada de uma possível população? - Era comum bandidos e outras aberrações como super mutantes se assentarem em ruínas na tentativa de pegar visitantes ou curiosos desprevenidos. Um tipo de armadilha que não poderiam se dar ao luxo de caírem.

    Mais algumas interações, e descobriam que o albino era bom de ataque a distancia, e aparentava utilizar utilizava um poderoso arco. Talvez ele, a mercenária e Kelden pudessem cuidar de quaisquer vigias da base inimiga antes mesmo que pudessem os avistar. O problema era que não faziam ideia de como era a tal base.

    - Eu possuo um radar integrado em meu capacete, posso identificar alvos a uma boa distancia, foi assim que achei este aqui - Apontava para Patrick - escondido atrás de alguns escombros. Chegando perto da base da rainha, posso identificar e informa-los da quantidade e do local de seus homens. Mas ele não funciona se o lugar for algum tipo de bunker subterrâneo... Ao menos que eu esteja lá dentro.



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