Campanha - Walking Dead: No Limite!

Olivia dormia, cansada depois daquela corrida manhã. Ela acabou sonhando com a kombi, com seu velho grupo e no sonho todos davam risadas enquanto Edrik parecia contar uma piada sem sentido, então os infectados apareceram e Rodrigo foi pego por um deles, Olivia não conseguia mexer seu corpo, estava paralisada no mesmo lugar, gritava por ajuda mas as palavras não saiam de sua boca e viu Theo, Alice e Edrik fugirem e a deixarem a própria sorte enquanto Rodrigo era devorado no chão, então ouviu tiros, vários deles e no ultimo acordou. Alguém batia na porta da casa e chamava seu nome.
 - Olivia, sou eu. Tom - Disse ele batendo mais uma vez na porta.

Ela levantou assustada já com a mão em direção a arma. O medo involuntário apertou sua garganta e fez todos os seus sentidos ficarem em alerta. Um súbito pique de adrenalina a atingiu, a fazendo ficar um tanto tonta. Finalmente percebeu que não havia perigo.

- Tom - Ela falou ainda com a voz rouca - O que aconteceu?

Ela pegou sua blusa e calça e vestiu rapidamente, colocou a bota e escondeu a arma ali e abriu a porta.

- Algo aconteceu?

- Ezekiel quer uma reunião com todos - Respondeu Tom quando Olivia abriu a porta - Acho que seria bom que você estivesse lá também, caso realmente pretenda ficar aqui.
Ele então pareceu esperar pela resposta dela, talvez esperando que ela realmente participasse.

Ela abriu a porta e o encarou.

- Hmmm. Está bem - Falou fechando a porta atrás dela - Vamos? você pode me mostrar o caminho e me contar mais coisas sobre esse lugar.

Os dois deixaram a casa caminhando, Olivia seguia Tom.
 - O que você quer saber? - Perguntou ele.

- Como esse refugio surgiu? - perguntou enquanto caminhava ao lado dele - Vocês pretendem aumentar o lugar? procurar um lugar mais seguro?

Os dois seguiam andando tranquilamente até onde seria a reunião. Olivia questiona sobre o local.
 - Eu e Walter vivíamos aqui, nossa vida toda nessa vila - Começou a contar - Quando tudo começou, os mortos. Tentamos defender o lugar, sabe, não queríamos aceitar perder algo que é nosso, nossas memórias, amigos e família, mas... - Ele olhou para baixo então, parecia se lembrar do que houve - Não podíamos, não tínhamos força o suficiente e aquelas coisas atacaram, dezenas deles... pessoas morreram e esse lugar não tinha chances. Foi então que Ezekiel e seus homens apareceram e limparam o lugar, não precisavam fazer isso e mesmo assim nos ajudaram - Concluiu ele então olhando para frente novamente - Apesar dos seus métodos, só estamos aqui por causa dele e fizemos um acordo. Eles precisavam de pessoas e de um lugar e a gente de segurança, eles tinham armas e pessoas preparadas e nós as pessoas e o lugar.

-Entendo - Olivia disse e ficou em silêncio.
Ela caminhou ao lado dele calada e pensativa.

- Você gosta de viver aqui? se sente seguro? - Perguntou - Eu lembro do inicio como se fosse ontem. Me sentia acuada e desesperada. Eu me sentia aterrorizada, achando que cada segundo, em cada canto ou cada lugar seria minha hora de morrer. Mas eu não morri, passei perto. mas não morri. Vocês me salvaram - Ela olhou em volta e fixou o olhar nele - Esse lugar foi seu lar pelas pessoas que aqui moravam com você, Tom. Mas o que eu sei é que mesmo na pior dificuldade as pessoas se erguem e reconstroem suas vidas e fazem novos lares. Deviamos fazer desse lugar um lar seguro para as pessoas, mas não sei por que há algo aqui que me deixa...desconfortavel

- Será que é possível a gente se sentir seguro ultimamente? - Questionou após a pergunta de Olivia - Eu sei que as coisas podem parece estranhas para você Olivia, a forma como Ezekiel leva as coisas aqui pode parecer ruim para quem chega, mas isso é para garantir que nada saia do controle ou esse lugar poderia cair - Disse ele conforme eles andavam, passaram próximos ao terreno sem construção de antes, Olivia pareceu perceber uma certa movimentação lá dentro e uma batida leve no portão, aquilo não pareceu chamar a atenção de Tom que seguia normalmente - Vamos fazer desse lugar nosso novo lar, Ezekiel sabe o que faz e você também faz parte disso agora, ele confiou rápido em você, é a primeira vez...

- Creio que é possível se sentir novamente seguro - Falou após Tom falar, ao mesmo tempo que dava uma olhada rápida de lado para o portão - Eu agradeço de todo coração por vocês terem me ajudado e estarem me ajudando, talvez eu fique com vocês, por meses, anos ou talvez mude de ideia amanhã e fique pra sempre. Mas no momento eu prezo por me senti segura novamente Tom. Eu quero algum lugar distante onde essas coisas tenham dificuldade de chegar, por um lugar onde haja muros altos e fortes. Eu admiro muito o que vocês estão fazendo por aqui, mas quando essas coisas começaram a vim mais e mais nessa direção, você confia que esses muros o segurarão? - Ela olhou para ele meio triste - Desculpa, as vezes tento apenas ser realista.

- Só precisamos reforçar não é? - Questionou ele parando - Podemos fazer isso, foi o que Ezekiel prometeu que a gente ficaria seguro...
Ele voltou a andar então.
 - Acredito que seja sobre isso que ele convocou a todos para uma reunião - Disse.

- Acho que reforçar não é a solução -Ela disse meio triste e deu um pequeno suspiro - Mas bem, vamos ver o que Ezequiel tem a dizer. Espero poder confiar na palavra dele como você confia.

“Quando o Inferno estiver lotado, os mortos caminharão sobre a terra...”
“- Besteira. Pelo menos eu queria que fosse... tudo até agora está muito confuso e a falta de informações é agoniante... bom, mas eu cheguei até esse ponto e agora tenho que continuar firme e forte, me pergunto se esses caras também conseguiram, até onde eles podem chegar?..."
 
O grupo estava quebrado, sempre esteve.
- Meus pais ainda podem estar vivos e o que mais quero é encontrá-los. Eles estão na zona norte da cidade. Você poderia me ajudar? - Theo.
 - Atravessamos metade da cidade para chegarmos até aqui e não vou voltar atrás agora... cumprimos o meu objetivo primeiro e depois, não importa o que encontrarmos lá, podemos ir atrás de seus pais. - Rodrigo.
 
A confiança de Rodrigo gerava desconfiança nos demais, estavam no limite, a decisão que tomariam ali, mudaria tudo.
- Vou abrir o jogo com vocês, meus pais estão na zona norte da cidade, próxima a ilha do governador, Rodrigo obviamente não quer voltar comigo, ele acredita que Campo Grande é seguro, ele acredita demais nisso, me deixou bem claro e essa "fé" pode nos colocar em risco. Venham comigo para a região norte da cidade, basta dar meia volta nesta Avenida, chegando lá é mais fácil arranjar um barco próximo a baia de Guanabara Vitor, também podemos encontrar sobreviventes, meus pais, meus tios, não vou para Campo Grande, estou disposto a deixar este grupo se necessário, mas preciso da ajuda de vocês, prometo ajudá-los no que acharem melhor quando chegarmos lá. Mas por hora precisamos ir - Theo.
 
 - O que? Espera aí... você está dizendo para abandonar Rodrigo e Olivia? Vocês não podem mesmo estar pensando nisso, estão? - Alice.
 
Alice, eu acho que você não entendeu... Nós estamos deixando o Rodrigo, Olivia e você - Vitor.
 
A Kombi deixou a estrada de terra em velocidade, entrou na avenida e tomou seu rumo ao contrário de onde Rodrigo e Olivia estavam.

 -  EI! O que estão fazendo! ESPEREM! - Rodrigo gritava, era inútil e logo ele parou de correr passando a caminhar até então parar e cair ajoelhado, a chuva começou a cair mais forte - Eles se foram...? Eles... se foram? - O rapaz estava confuso enquanto olhava o veículo seguir seu rumo.


Abandonados à própria sorte na avenida, Rodrigo e Olivia foram obrigados a correrem, na chuva mata a dentro, procurando proteção em um local desconhecido. A casa de Marcos foi o primeiro ponto seguro, o garoto vivia só, tiveram um momento de conforto finalmente, mas... Olivia dormiu, exausta ela apagou. Quando acordou, Rodrigo e Marcos haviam desaparecido.
A explosão da casa foi o suficiente para atrair os mortos, Olivia fugiu, agora sozinha. O encontro com os dois desconhecidos, apresentados como Tom e Walter, a levaram a uma "comunidade", Ezekiel era quem liderava, aprisionada em uma sela conheceu Alice e Mel, as duas estavam presas também, ela não sabia o destino delas.
A conversa com Ezekiel veio a prova de confiança, salvar uma vida, ela conseguiu. Tinha aquele lugar como um possível lar, mas se sentia segura ali? Tinha um lugar para viver e descansar finalmente.
A voz de Tom a acordou, Ezekiel queria uma reunião.
 
 - ...e tudo o que fizermos a partir de agora é para nos manter vivos, tínhamos um acordo e eles quebraram, a nossa parte fizemos, eles não fizeram a deles – Ezekiel parecia declarar algo quando viu Tom e Olivia chegarem ao local, todos estavam reunidos e prestavam atenção enquanto o sujeito falava – Olivia, que bom que resolveu se juntar a nós...

- è um prazer poder colaborar com vocês, Ezekiel - disse apenas.


Tratou de se acomodar na cadeira mais próxima. Talbez tentando se integrar ao grupo, as coisas melhorassem para ela.

- Como eu dizia, faremos o necessário para sobreviver e não deixaremos nada e nem ninguém tirar aquilo que é nosso por direito! - Anunciava Ezekiel pronunciando seu discurso enquanto todos olhavam para ele concentrados - E isso nos deixa na situação em que estamos, os militares, eles estão pegando tudo o que podem, armas, suprimentos, estão esvaziando a cidade e nós, outros sobreviventes, temos que viver de restos, mas o mundo acabou, o que eramos antes não vai voltar e os "militares" não podem continuar no poder!
 - Isso ai!
 - É!
 - Vamos pegar o que é nosso! - Gritavam os demais sobreviventes.
 - Vocês não precisam mais teme-los, eu fiz uma promessa quando aqui cheguei e vou cumpri-la! - Concluía Ezekiel aparentemente contente com a recepção dos sobreviventes ali - Entretanto, também temos outros problemas a resolver... tragam eles!
Quando o homem ordenou, Olivia foi capaz de ver os sujeitos trazendo duas pessoas, com as mãos as costas amarradas e de capuz na cabeça, um mais alto e o outro parecia ser um garoto, ela não tinha certeza, mas poderia reconhecer os dois ainda que não visse seus rostos, Rodrigo e Marcos.
 - Muitas coisas aconteceram, alguns dos nossos foram atacados por esses dois e até um dos nossos foi quase morto por eles... se não fosse a nossa mais nova aliada - Ele olhou para Olivia - Ele estaria morto... mas nós os capturamos e aqui teremos nossa punição a eles... por favor, venha até aqui... - Pediu Ezekiel encarando Olivia.

Olivia se levantou tensa. Não, não podia ser eles, pensou preocupada.

Ela se levantou devagar e olhando para todos ao redor que ali se encontrava e deu um sorriso humilde.

- Eu sempre acreditei que a justiça devia ser feita olho por olho e dente por dente - Disse Ezekiel.
 - Não, por favor não... - Implorou o sujeito, Olivia reconheceu ali a voz de Rodrigo - Não queríamos...
 - Foi por defesa - Tentou explicar o garoto.
 - Venha... - Ezekiel chamou por Olivia para que a mesma se aproximasse mais - Você é uma de nós agora? Está com a gente? Olhe para todos aqui... - Ele fez questão que Olivia olhasse a todos que viviam ali naquele grupo e então ela notou algo que não viu antes, mulheres, homens e crianças, três crianças pequenas, dois garotos e uma garota - O que tentaram roubar de nós iriam fazer falta... o cara que eles quase matarão tinha uma filha... - Ezekiel apontou a garota.
 - Matem ELES! - Gritou um homem.
 - DÊ A ELES O QUE MERECEM! - Gritou uma mulher.
 - Esta na hora de provar que realmente está com a gente, você salvou aquele homem e todos são gratos, mas será que é capaz de fazer mais por seu grupo? - Questionava Ezekiel mantendo a voz firme e pressionando, então ele pegou uma faca e estendeu-a para Olivia e se afastou - Um dos dois, você escolhe... de alguma forma, um tem que pagar, o outro fica vivo e veremos o que fazer depois, ele irá pagar de alguma forma... - Então os sujeitos que seguravam Rodrigo e Marcos puxaram suas cabeças deixando o pescoço dos dois a mostra.