Discípulo Calahal O'Tuathalain, Uma ajuda de Arthon

Luan vai secretamente ter com Arthon e antes de entrar no local combinado olha para os lados e se destransforma e entra furtivamente e espera. Logo Arthon chega e sem falar senta-se ao seu lado. 
 
Sussurrando o amigo do Arquidruida fala: - Em que posso ajuda-lo amigo e Luan diz: - Lembra que lhe falei da Nek´Mani? Vou aproveitar a necessidade de buscar a flor e pegar o maldito Bugbear que está próximo, naquela maldita caverna e frustrar os planos da invasão da cidade, precisamos cortar o mal pela raiz e vou precisar que me ceda um dos seus discípulos.
 
O poderoso mago pensa por alguns instantes e pergunta: É urgente? Pode esperar para amanhã? O Arquidruida, balança a cabeça afirmativamente e diz: - Amanhã voarei sobre a região e farei um reconhecimento para atualizar o quadro, se ele puder se juntar a nós no fim da manhã, próximo a mesa de reuniões, chegará na hora da reunião. 
 
Arthon se levanta e diz baixinho: - Por certo, ele estará lá e sai devagar. Luan pede uma cerveja e logo depois sai do recinto e algumas pessoas dizem que viram uma gaivota voando sobre Valkeiskyla naquela noite.

Calahal estava debruçado sobre um livro, um dos antigos da biblioteca, que precisam ser manuseados com extremo cuidado para não se desmancharem em folhas soltas. O tomo era grande, devia pesar o mesmo que uma criança e tratava sobre o tempo. Era uma dissertação de um mago já morto, Janus Cenwahir, sobre três conceitos a respeito do tempo. O primeiro era o que todos conhecemos desde os primeiros momentos em que temos consciência do mundo à nossa volta: o tempo continuo, que faz os animais envelhecerem e as estações se alternarem, imutável e ininterrupto. O segundo e terceiro conceitos eram muito mais filosóficos e místicos, abrindo possibilidades infinitas de aprendizado: o tempo que não pode ser medido, o que marca momentos no presente e os faz ser lembrados no futuro, o instante decisivo entre as escolhas; e a ideia de que o tempo não é uma linha, mas um círculo, que passado, presente e futuro se sobrepõe e acontecem no mesmo instante, separados por uma tênue membrana de realidade. O livro encerra com fórmulas, ideias e encantamentos de Janus sobre o que ele chamou cronomancia.

A janela próxima de Calahal estava aberta, o mago só a deixava fechada quando chovia pois gostava de sentir o vento sobre si, não importando quão frio ele fosse. O familiar de Calahal, um belo falcão branco com manchas marrons de vários tons, estava na janela, observando o lado de fora. O mago terminou um trecho denso do texto, marcou o ponto em que parou com uma grande tira de tecido e fechou o livro, prestando atenção no falcão. Precisava dar um nome para ele. Na pressa em invocar um animal para si, Calahal não pensou neste importante detalhe. O falcão prestava muita atenção em algo do lado de fora, e ameaçou alçar voo. Imediatamente, Calahal usou um dos truques mais fantásticos que conseguia como um mago e transferiu seus sentidos à ave, compartilhando tudo o que ela via e ouvia. Ver e ouvir tão longe e com tanta clareza, além da sensação de estar voando... Era incrível! Então tudo ficou borrado por um instante, enquanto os olhos de Calahal se acostumavam novamente com a penumbra da biblioteca. Era hora de descansar e depois praticar novas magias. Guardando o livro em um lugar menos frequentado da biblioteca, Calahal deixa o lugar em busca de algo para comer.

Calahal gostava de ir ao quarto de Arthon. Sempre havia boa comida e bebida, além de conversas - quase - sempre edificantes, mas não foi exatamente o que aconteceu agora, o que deixou o mago surpreso, de certa forma. Ainda segurando a terceira taça de vinho por causa da surpresa, Calahal toma um gole para molhar a garganta antes de responder seu mestre.

- Sou grato por sua confiança, senhor, e ficarei mais do que satisfeito em poder ajudar contra o líder bugbear e seu bando.

O mago pensa consigo e tenta se lembrar da flor Nek'Mani e qual o substrato que é feito dela, era importante saber este fato. Outra coisa era importante, saber onde o resto do grupo estava.

- Onde as pessoas que irão comigo se encontrarão? Preciso me preparar para a viagem e saber quanto tempo tenho para isso.

Calahal se engasga com o vinho quando Arthon diz que pode enviá-lo imediatamente. O jovem mago levanta-se, limpando o queixo com uma mão e fazendo um sinal de negação para seu mestre com a outra.

- Não! Preciso arrumar minhas coisas primeiro. Não é nada demorado, preciso apenas juntar alguns componentes, pegar meu grimório, algumas roupas... Me dê alguns minutos! - Calahal vira-se, sai correndo do quarto de Arthon e vai até o seu, onde juntará tudo o que julga ser importante para a missão. Quando estiver pronto, voltará ao quarto de seu mestre para ser enviado até o círculo druidico.

Chegando no quarto de seu mestre, Calahal vai até a janela e assobia. Poucos minutos depois seu falcão surge, pousando no parapeito.

- Preciso dar um nome para ele - O mago diz, afagando a cabeça do familiar - Nós vamos sair em missão, vou te mandar para o outro plano enquanto me informo a respeito. Até breve.

Dizendo as palavras de comando, o falcão desaparece. Calahal então enche o seu cantil com vinho.

- Estou pronto.