O segundo golpe da espada foi certeiro e o porco tombou ao chão, enchendo o piso cheio de folhas daquela mata de sangue quente. Os demais porcos, que batiam seus dentes ameaçadoramente, deixaram de lado a ameaça e começaram a correr em disparada na direção de Isaac. O dinamarquês mau acabava de respirar aliviado por ter matado aquele animal, viu-se como alvo de uma vara inteira.

Sem muitas opções, ele já punha em guarda sua arma, sem saber como iria resolver aquilo. Foi quando Antelmo apareceu do nada, saltando há dois metros à frente de Isaac, segurando em ambas as mãos uma espécie de tocha improvisada. O fogo fez os animais pararem quase de imediato e hesitarem a seguir com a investida. Antelmo, que suava e arfava, e Isaac não sabia se era por conta do calor do fogo ou por conta da corrida que ele deveria ter dado para voltar até ali. Balançando os dois fogos de um lado pro outro, o português conseguiu afastar os porcos e dispersá-los.

Quando teve certeza que os dois estavam seguros, ele se encostou num tronco e suspirou aliviado. Parecia cansado, mas quando olhou para Isaac abriu um largo sorriso coberto de bigode e riu-se com gosto. Juntou as duas tochas improvisadas na mão, balançou-as e fez um gesto que ia do punho fechado aos dedos levemente abertos e voltava ao punho fechado e se repetia com rapidez por três vezes. Ele então se levantou do tronco e foi até o porco caído. Apontou e gesticulou como se botasse algo na boca e em seguida alisava a barriga. Parecia que, no fim das contas, haviam pegue uma boa refeição.

---

Tranquilo haha você também não tinha muito o que narrar. Postei de novo para compensar a demora pelo post passado!