O pequeno quarto do casebre de madiera balançava a cada convulsão violenta que acontecia na cama. A pequena lâmpada incandescente, que pouco ajudava na iluminação do local, piscava ameaçando deixar a escuridão total tomar conta do lugar. Você permanecia sentado no banquinho ao lado da cama. Um cigarro em suas mão direita e o livro místico na esquerda, aberto e apoiado na perna.
O cigarro aceso não foi apenas para alimentar seu vício em nicotina...foi também a única forma que você encontrou para tentar suportar o cheiro podre de mofo, fezes e urina que a menina na cama exalava e tomava conta de todo o casebre, entrando como um soco direto no seu rosto no momento em que você abriu aquela maldita porta.
Os gritos e blafêmias proferidas pela figura amarrada naquela cama pararam no momento em que você entrou. Um silêncio quase palpável caiu e permeneceu enquanto a cabeça da menina se virava para você com um sorriso demente e animalesco, totalmente não natural. Seus olhos, completamente negros, o acompanharam enquanto você pegava o livrinho místico do bolso do casaco, abria em uma página previamente marcada e o apoiava na perna após sentar. Nenhuma palavra fora trocada até o momento em que você acendeu o cigarro.
- Sabe, Allyzinho, isso vai te matar qualquer dia desses. Sentiu minha falta? Todo mundo aqui sentiu.
O sorriso louco não deixava o rosto cheio de cicatrizes daquela pobre menina magricela, maltratada e de cabelos desgrenhados, mas a voz que dela saía não era humana. Era grossa e potente.
O cigarro aceso não foi apenas para alimentar seu vício em nicotina...foi também a única forma que você encontrou para tentar suportar o cheiro podre de mofo, fezes e urina que a menina na cama exalava e tomava conta de todo o casebre, entrando como um soco direto no seu rosto no momento em que você abriu aquela maldita porta.
Os gritos e blafêmias proferidas pela figura amarrada naquela cama pararam no momento em que você entrou. Um silêncio quase palpável caiu e permeneceu enquanto a cabeça da menina se virava para você com um sorriso demente e animalesco, totalmente não natural. Seus olhos, completamente negros, o acompanharam enquanto você pegava o livrinho místico do bolso do casaco, abria em uma página previamente marcada e o apoiava na perna após sentar. Nenhuma palavra fora trocada até o momento em que você acendeu o cigarro.
- Sabe, Allyzinho, isso vai te matar qualquer dia desses. Sentiu minha falta? Todo mundo aqui sentiu.
O sorriso louco não deixava o rosto cheio de cicatrizes daquela pobre menina magricela, maltratada e de cabelos desgrenhados, mas a voz que dela saía não era humana. Era grossa e potente.