[!Prólogo!] O Homem das Máscaras Misteriosas (Buk'Lal)

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Uma melodia soou vaga nos ouvidos de Buk’lal despertando, após o que parecera horas de sono. O jovem ainda se sentia cansado, muito embora tivesse dormido por bastante tempo. Sentia seu corpo pesado e dolorido como se tivesse sido chacoalhado por todas as horas que estivera em sono profundo e sua cabeça latejava levemente, principalmente se tentasse força-la a lembrar de algo antes de seu sono, o que lhe parecia impossível, talvez ele teria que aceitar os fatos havia perdido a memória do que lhe ocorrera. Tudo o que podia lembrar era que não estava mais na Vila Kokiri, ele era um sobrevivente e fugira junto com outros de sua espécie das garras do imperador, porém, ele despertara sozinho tão sozinho quanto jamais estivera na vida, sim, porque nem mesmo Lally, sua fada guardiã estava presente, o que era terrível, pois um Kokiri jamais se separava da mesma.

Buk’lal lembrava-se como eram os dias na vila e nas proximidades da floresta e como seu povo era escravizado pelos generais e soldados do grande imperador que ele jamais conhecera. Foram tempos que ele jamais esqueceria e em realidade ele não tinha certeza como havia escapado. Havia muito tempo que ninguém tinha noticias da grande Líder Saria, desde o ataque do inimigo e muitos Kokiris rebeldes e revoltados começaram a julga-la como traidora, outros ainda seguiam acreditando que ela voltaria para ajuda-los, pois jamais os abandonaria daquela forma. O jovem protagonista assim como todos de sua geração nunca deixaram as proximidades da vila Kokiri, isto porquê eram impedidos pelos mais velhos por questão de segurança, então aquela era a primeira vez que Buk’lal estava longe de suas terras.

O garoto percebera que estava em um lugar sujo quase que completamente coberto por uma grossa camada de limo e suas roupas estavam úmidas. O cheiro que inundava o local era, no mínimo, incomodo para quem estava acostumado com o aroma dos bosques e florestas de Ordon. Havia poucos caixotes ali, alguns itens esquecidos, mas nada interessante que prendesse a atenção do garoto, exceto por uma pequena ponte que o levaria para um andar superior. O som que parecia ser produzido por um antigo fonógrafo era muito bonito soava belo e calmo pelo ambiente.  

Temperatura: 15ºC, Confortável
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Vento: 12KM/H

A ponte rangera do quando Buk’lal a atravessou, mas não cedera, muito pelo contrário e manteve-se firme, mas talvez não por muito tempo, não que isso fosse algum problema, já que talvez, o jovem Kokiri nunca mais voltasse para aquele lugar. O pequeno subira um lance de escadas também coberta por limo e poeira até finalmente chegar a um novo ambiente: Era como um salão quadrado com um grande pilar grosso de madeira no centro que se agitava e rodava entorno de si. Havia uma enorme porta dupla de madeira escura, um outro lance de escadas que levava a outro nível do local e, apenas quando Buk estava próximo ao grande portal de saída que a mesma se abrira violentamente e um homem estranho correu para dentro do local aos prantos. O kokiri notou pouco do ambiente externo já que já era noite.

Era um alguém muito estranho, magro e alto, tinha os olhos puxados como os de um chinês e vestia roubas engraçadas. Carregava nas costas um grande saco como o do papai noel, porém não eram presentes, mas seus pertences, inúmeras máscaras estranhas e místicas. Buk’lal sentira algo diferente naquele homem, era como se ele não fosse ser comum.

–  Você! – Ele gritou – Me ajude!

O homem das máscaras clamara por socorro, mas fora logo interrompido por uma criatura diabólica, um ser que definitivamente não deveria estar naquele local, mas por alguma estranha razão ganhara um poder que não lhe era natural. Buk’lal reconhecera a raça do monstro no exato momento em que este adentrou o local planando com seus poderes mágicos, era um Skull Kid, uma criatura mística cujo habitat era o mesmo dos Kokiris, as florestas e matas, porém, aquele Skull Kid parecia ser bem diferente dos que Buk’ Lal estava acostumado, aquele parecia estar possuído por uma energia tão pesada e perversa que talvez nem fosse uma criatura das florestas em realidade.

–  Heeh...heeeh... –  A risada debochada da criatura era tão irritante e incomoda e ao mesmo tempo  assustadora que causava arrepios no homem das máscaras –  Eu não preciso mais de você... Já fez o seu trabalho em reunir as 24 máscaras mágicas, heeh..heeh... Já pode ir para o inferno!!!

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A Criatura maligna vestia uma mascara estranha que lhe cobria o rosto por  inteiro, possivelmente expandindo seu poder com a violência que era sentida pelos demais. O Chefe Skull finalmente dera atenção ao jovem Kokiri que agora reunia coragem para enfrenta-lo em defesa do pobre e indefeso homem misterioso das máscaras que se encolhia apavorado em um dos cantos. Um completo covarde para um Hylian, qualquer outro diria, o que não era comum.

Skull fitou com arrogância aquele que parecia uma criança subestimando o que ele poderia fazer, afinal, era apenas um meio-fada provavelmente perdido por aqueles lados, muito embora, fosse estranho um Kokiri nas províncias de Termina, já que há muito não os viam por ali. O seu lar era a província de Ordon e a mesma ficava há dias de viagens de onde se encontravam.

Embora a coragem de Buk’lal fosse notável, ele e o pobre homem das máscaras sabiam que poucas chances teriam para enfrentar alguém com uma áurea tão perversa e poderosa quanto se mostrava ser impactante aquela criatura mascarada diante dos dois. Boss Skull aproximou-se do pequeno Kokiri com sede de sangue, embora seus olhos estivessem cobertos pela máscara, o desenho que a mesma tinha era assustadora.
O grande portal de madeira atrás deles que revelava a noite se fechara com um baque violento voltando a escurecer a câmara quadrada, deixando os três a sós e sem escapatória.

–  Um Kokiri me enfrentar? Heeh...heeh...hee.. – Debochou colocando os dois pés no chão e ainda sim sua altura era maior do que a do jovem Buk’lal. – Me ataque, garotinho, deixarei que o faça primeiro!

OFF - Informações escreveu:Você teve uma iniciativa maior, poderá atacar primeiro. Reveja a sua ficha, escolha a tua ação, quaisquer duvidas estou à disposição!

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O grande e temível Skull aborreceu-se com a insolência do jovem Kokiri que mais aparentava ser uma criança do que qualquer coisa, a final, o chefão ali não estava acostumado a ser confrontado de maneira nenhuma e, quando ele decidia por fim em alguém, seu desejo era cumprido nem que ele mesmo tivesse que sujar suas mãos.

Ignorando o covarde terminiano que se encolhia cada vez mais contra a parede tomado por um pânico sem igual, o que parecia divertir o terrível Skull, ele aproximara-se de Buk’lal como se desejasse vê-lo melhor por de trás de sua máscara perversa e negativa. A criatura produzia sons estranhos, mas não parecia estar violento ou ter intenção de atacar, não naquele momento. Ouviu-se uma sonora risada maldosa e rouca transmitir através da máscara. “Hee...He....Heee...”.

Buk’lal sentira seu corpo esquentar em brasa como se ele fosse um pedaço de carne em um espeto, mas não conseguia gritar de dor. Sentia sua cabeça latejar absurdamente como se fosse romper em mil pedaços a qualquer segundo, seu corpo parecia passar por algo muito estranho. A última coisa que conseguira ver foram os olhos atrás da máscara de Skull girarem em sua mente até que tudo escurecesse e um ar gélido lhe congela-se a espinha de tal forma que o terror lhe invadisse totalmente. Por um momento, o jovem meio-fada poderia jurar que morreria sem chances de luta ali mesmo, indefeso, sentindo fortes dores pelo corpo todo. Em sua mente vários flashes da infância vinham a tona, inclusive, algumas lembranças que não pareciam ser as suas pareciam pipocar e a cada “flash”, seu corpo estava mais e mais a beira de explodir, até que...

Quando Buklal acordara sentia-se completamente estranho. Suas mãos pareciam feitas de madeira, ou algo parecido, seu corpo estava diferente, ele conseguira ver o reflexo de sua imagem em uma poça de água  no chão próximo a ele e o que vira não acreditou. Deixara de ser um pequeno kokiri, agora, tornara-se um Deku. ELE ERA UM DEKU!

- Isso vai lhe ensinar a não se meter onde não é chamado... – Disse Skull irritado – E você, tem três dias para me entregar a princesa!!

Dado seu veredito a criatura desaparecera deixando o homem das máscaras vivo, porém, por algum tempo mais e criando uma situação desastrosa para o jovem Buk’lal.

O covarde terminiano finalmente se recuperara de seu susto quando percebera que não havia mais perigo. Ele ficara em choque com a condição daquele que lhe protegia, muito embora acreditasse que era um milagre os dois estarem vivos.

– Skull é perverso... Olhe o que ele fez com você... – Comentou o homem se sentindo culpado – É aquela máscara... Sim, mas eu acho que posso reverter o feitiço... Você por acaso tem algum instrumento musical?

OFF - Informações escreveu:Buk'lal fora transformado em Deku' Scrub, outra raça, porém ele mantém a consciência de um Kokiri, embora agora, temporariamente sua ficha irá mudar e muito rs, mas não se preocupe, quaisquer duvidas estou à disposição!

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–  Ora, acalme-se, pequeno Deku... Ops, quero dizer, Jovem Kokiri... – Pediu o Homem das máscaras percebendo o quão ansioso estava Buk’ lal, afinal, ser transformado em uma criatura daquelas não era uma situação fácil de lidar. O garoto desejava muitas respostas aos quais o pobre terminiano não poderia lhe dar, pelo menos não naquele momento, até porquê nem mesmo ele tinha certeza do que sabia ou apenas suspeitava. – Você precisa encontrar um instrumento mágico e, talvez os próprios Dekus possam lhe ajudar com isso, mas para isso você vai precisar visitar o Palácio Deku, ele fica ao sul da cidade... – Explicou o homem que ajeitava sua sacola velha cheia de bugigangas e máscaras de todos os tipos inimagináveis – Você precisa correr, não há muito tempo a perder, Skull tem feito coisas terríveis em nossas terras desde que se tornara um dos servos do grande imperador das trevas, o temível... ga...ga..., desculpe não sei pronunciar o nome dele...

Ao aproximar-se das escadarias que levava ao andar superior, o pequeno Deku não pode ver nada, já que o local era pessimamente iluminado.

O homem buscou por entre suas bugigangas por algo que lhe parecia interessante, até finalmente achar um papel velho e encardido “Ahá” exclamou quando finalmente puxou-o de entre os outros objetos – Isto é uma carta que encontrei no pântano do sul, parece ter sido escrito por algum Deku, porém este dialeto... Talvez você agora o intenda... – Disse o homem entregando o papel a Buk’ lal.

Pergaminho Velho escreveu:

“Dukky está preso no templo sagrado e eu estou a caminho, papai. Sei que você ordenou que eu ficasse no palácio, mas não podia, não ficaria em paz sabendo que Dukky está correndo perigo desde que Skull chegou em nossas vidas. Em breve eu voltarei com ele junto a mim, não se esqueça que como princesa e futura rainha eu tenho a graça de nossa “mãe”.

OS: O pântano está...”

Era impossível ler a última palavra e não havia assinatura visto que o papel estava tão sujo que tornara-se ilegível, graças ao homem diante de Buk’ lal que o guardara de forma péssima.

- E, então? O que diz a cara? Fala sobre a princesa? – Perguntou o homem ansioso.

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–  Acalme-se, pequeno Koki... Digo Deku... – Interrompeu o terminiano misterioso – Eu não posso seguir essa viagem com você. Se existe realmente o palácio dos Deku’s, somente Deku’s são permitidos lá, eu sou “humano”, não me deixariam entrar, mas você sim, você poderá tomar vantagem da maldição que Skull colocou em você!

O homem misterioso aproximou-se do grande portal que dava acesso a cidade, abrindo-a finalmente, mostrando a Buk’lal um grande pátio central com algumas cabanas feitas de madeira, cipó e telhado de palha. – Sim, está é Clock Town, a cidade do relógio! – Anunciou o terminiano das máscaras com orgulho nos olhos – Também a minha cidade natal...

A noite pairava monótona e fria naquele grande pátio central da cidade. Já não havia mais nada que o jovem protagonista pudesse fazer estando dentro daquela torre estranha, agora se quisesse ir adiante, teria que explorar a cidade adormecida pela madrugada. Buk’lal notara que a lua no mais longínquo horizonte estava estranha, aparentava mais avermelhada do que o normal para uma fase cheia e, também, parecia mais próxima da terra, se é que isso era possível.

– Tome cuidado, pois se algum cidadão ou mesmo os guardas da cidade notarem que você empunha armas, irão prendê-lo, aqui não é permitido o porte de armas ilegais... – Explicou o homem misterioso – Por tanto, se deseja sair da cidade munido de seus pertences não poderá ser pelas quatro entradas principais, ou será condenado a prisão... Mas, há um meio de deixar a cidade sem ser visto. Procure pelas crianças abandonadas, Bravos é o chefe delas... Ele costuma vagar pela área norte da cidade!

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–  Me encontre sempre aqui, na torre do Relógio... – Respondeu o homem misterioso – O meu nome é  Raphic, mais conhecido como o “Homem das Máscaras”...

Não havia mais nada que Buck’lal pudesse fazer naquele lugar. Assumindo que o protagonista deixaria o interior da torre para finalmente conhecer o que havia além do grande portal de madeira, o pequeno Deku encontrou a área central-sul da cidade.

A noite estava fria como de costume na cidade. O céu estrelado e a imponente luz da lua clareavam parte da cidade de modo que substituíam os atuais postes de luz (que naquele tempo não existia). Buck’lal não fazia ideia de onde exatamente estava, exceto que se encontrava em uma grande cidade que se estendia para longe de onde seus olhos eram capazes de enxergar. A praça centro-sul da cidade era grande e ocupada por várias  cabanas de madeira e um tecido parecido com uma lona e, algumas cabanas eram forradas com palhas para proteger-lhes da noite. Placas indicavam que cada as cabanas ainda estavam em fase de construção para algum grande evento. O grande portal de madeira se fechou atrás do pequeno protagonista logo que ele colocara os pés para fora.

Devido a hora tardia, não havia ninguém perambulando por aqueles lados. Buk’lal notara que as residências mais próximas estavam todas com janelas e portas fechadas, porém, todas elas parecia ter pessoas que se abrigavam em seu interior. Do outro lado da praça era possível ver a grande muralha sul da cidade e a entrada da mesma protegida por dois guardas que pareciam muito cansados, mas determinados a protegerem suas terras. Havia uma escada sorrateira próximo aos guardas que levava a algum lugar ao sudoeste da metrópole. Outra escada ainda maior levava ao leste da mesma e, se contornasse a grande torre do relógio, ele poderia cortar caminho até a área norte, conforme indicava as placas.

Um grito agudo ressoou de trás da grande torre central da cidade. Buk’lal percebera uma menina um tanto mais alta que ele que trajava uma estranha vestimenta e empunhava unicamente uma “sombrinha” que combinava muito bem com seu visual infantil. Fora quando a garota tropeçara aos pés do jovem protagonista que ele entendera seu desespero. Havia uma criatura horrenda que a perseguia a passos lentos, feita de ossos como se fosse um grande esqueleto “humano” ele aproximava-se empunhando o que parecia ser uma clava de ossos.