Perdido nos confins da galáxia, aquele espécime do povo Chadra-Fan mostrara-se, até agora, bastante útil. Porém havia um limite ao que tinha a oferecer a tais viajantes não intencionais.
- Nave?! Por aqui?! – devolvera numa reação nada, nada animadora – Só mesmo em Garnak’Vess e
não tem mesmo outra forma de chegar sem ser no trem que
para aqui daqui uns dias.
Ao menos assim costumava fazer, explicara, para carregar-se com os produtos do desmanche – oficialmente autorizadas apenas as partes do destroyer, mas um suborno aqui, uma ameaça ali, e as peças roubadas seguiam em abundância.
- Eles embarcam passageiros... se tiverem sorte dos bandidos não chegarem antes, né?
A enorme pilota desanimara com aquele prognóstico, ouvindo, de lado, toda a conversa. “Maak II?!?! Que diabos de lugar é esse??!”. Aparentemente nem ela e nem
ninguém ali escutara sobre aquele planeta antes. As Regiões Desconhecidas eram grandes, boa parte não mapeada nem pelas próprias forças que dominavam lá.
- Bem, bem, bem... se não se importam... preciso voltar aos meus afazeres – e com isso o baixinho ia afastando-se, não sem um último recado –. Ah, se precisarem, podemos oferecer comida e água... por um preço justo, não é? – e aquela última frase parecia especialmente direcionada ao humano que acabara de se juntar.
A chegada daquele novo desconhecido, infelizmente, não parecia trazer a chave do impasse. Mesmo assim, a wookiee virou-se prontamente a ele, saudando-o:
- Sou Drokkoora Gunsantan, capitã da... ex-capitã da Aurelian Vissel. Os desgraçados que nos sequestraram destruíram minha nave e mataram meu copiloto, Vislak. O azulão aqui não é de falar muito, não é? – brincara, virando-se a Issomas – Por isso não tentaria muito. E nosso mascote é pequeno, mas parece feroz. Acabamos de nos conhecer, se estiver se perguntando sobre isso. Tem outra dupla com a gente. Acho que é hora de ir atrás dela.
Assim, após aquela rápida introdução, concluiu que deviam ir atrás do droide e da Twi'lek. Talvez algo de relevante a acrescentar.
As duas figuras, por outro lado, também haviam dado-se por satisfeitas com a investigação e retornavam em busca do resto da equipe – Jaska particularmente aborrecida pela companhia da unidade K-2SO.
Quando se reuniram, rapidamente trocaram as informações que possuíam. Em suma, não só o fato de estarem isolados era preocupante, mas verem-se no meio de um conflito era uma perspectiva bastante desagradável.
A parte de chegar à outra cidade parecia “solucionada” na mente de Drokkoora, sendo necessário apenas esperar. O problema era o antes e o depois.
- Passagens interplanetárias não são baratas, ainda mais em regiões sem rotas seguras... e soma aí essa história de guerra. Estamos completamente ferrados... .
A solução óbvia era procurar por algum serviço. Uma taverna, uma guilda, um velhinho misterioso esperando para ser ajudado e revelando algum mistério da vida... . Porém, se um que pagasse o suficiente era difícil, trabalho para tanta gente seria quase impossível. “Provavelmente vamos ficar presos aqui pro resto da vida...”, resmungara a gigante em pessimismo. Teriam que contar com o acaso – e quanto mais perigosa a jornada que se oferecesse, mais financeiramente recompensadora.
Se é que chegariam ao porto.
Não havia como ignorar a ameaça dos “piratas”. Aquela segunda organização poderia ainda considerar as pessoas trazidas congeladas como escravas.
- Precisamos dum plano – continuara ela, colocando as cartas na mesa –. Vamos tentar nos esconder, fugir, lutar... oferecer nossos serviços?
Olhara cada rosto esperando por uma resposta ou sugestão: Issomas, Chris, Jaska, Jos e... pulara Allph-red.
Obviamente, as alternativas dependeriam da disposição dos adversários. Um “plano B” sob a manga seria inteligente.