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    Lâminas, Balas e Rosas - Capítulo I

    JTaguchi
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    Mensagem por JTaguchi Seg Jul 06, 2020 2:01 pm

    Carrasco e Rosa Vermelha fizeram o maior rebuliço da história do Rio de Janeiro. E olha que estamos falando de uma cidade extremamente violenta, onde as autoridades são quase inúteis e o crime impera. A população, constantemente vítima dos abusos do crime dos agentes corruptos do estado, esperava por alguém que fizesse o que é certo sem se importar com as regras. Porque, sinceramente, as regras da guerra no Rio foram escritas por gente suja que acha que o mundo é muito bonito quando visto do Leblon.

    Os dois surgiram num momento de extrema indignação. Levaram o medo aos corações dos criminosos, mas também atraíram toda a atenção de políticos corruptos, milicianos e ativistas de internet. Enquanto o dono do boteco da esquina comemora cada ação bem-sucedida da dupla, um pseudo-intelectual de You Tube os chama de assassinos terroristas. O que eles são? Bem, é difícil dizer. Mas até agora, mantiveram uma linha dura de combate ao crime e deram ao povo uma coisa que até então estava perdida: esperança.

    A noite estava tensa. Em todos os noticiários, a mesma notícia: um grupo de criminosos invadiu um super mercado, rendeu várias vítimas e negociava com a polícia pela soltura de reféns em troca de liberdade. As exigências eram claras: os bandidos queriam um carro para saírem da cidade com todo o dinheiro que assaltaram. Nada de perseguição, nada de se entregar, nada de devolver o que tinha sido roubado. Do lado de fora do mercado, policiais do BOPE aguardavam a ordem para invadir o lugar e abater cada bandido, mas até agora o governador não autorizara nenhuma ação da parte deles. Cogitava-se a possibilidade de chamar o vereador Marcelo Fraga para negociar com os criminosos. Como uma figura proeminente entre ONGs dos Direitos Humanos, esperava-se que ele conseguisse conquistar a confiança dos bandidos e negociar uma rendição.

    No entanto, Marcelo Fraga não gozava da confiança do povo. E menos ainda dos vigilantes.

    A polícia impedida de agir. Criminosos mandando na situação, com exigências absurdas. Marcelo Fraga cotado para mediar a situação. Isso só pode ser trabalho para o Carrasco e a Rosa Vermelha.

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    Mensagem por Count Zero Seg Jul 06, 2020 3:30 pm


    Walther estava estirado na poltrona enquanto assistia a notícia pela televisão através dos canais de praxe. Ele suspirou longamente. “Lá se vai minha noite de sossego”, pensou. Quando o nome de Fraga foi citado, um brilho conhecido acendeu nos olhos de Walther; o brilho da ira. O carrasco se revirava dentro do seu espírito, como se uma voz falasse em sua mente “Estamos esperando o que para resolver isso?”.

    Ele se levantou e mandou uma mensagem de whatsapp para Maria Eduarda:

    “Estou indo na base pegar alguns equipamentos. Encontre-me lá. Vamos precisar de flashbangs para entrar sem que os reféns sejam alvejados. Depois que eles estiverem à salvo… Tanto faz se a escória se render ou não.”


    Era mentira. Walther estava torcendo para que eles não se rendessem. Walther queria sangue, assim como o carrasco.
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    Mensagem por Dracone Seg Jul 06, 2020 6:24 pm

    Estava espancando um saco de areia que tinha improvisado no quarto - com uma parede sem reboco, uma cama de solteiro bagunçada e um guarda roupas sem porta mostrando uma zona completa de roupas lá dentro -, socos e chutes em sequência, o saco quase pedia socorro quando ouviu citar Marcelo Fraga na TV lá da sala. Andou rápido até o cômodo e parou ao lado da cadeira onde a avó estava, atenta ao noticiário.

    Tinham invadido um supermercado, muitos reféns. Queriam sair da cidade com todo o dinheiro em troca da vida daquelas pessoas. Queriam colocar aquele verme do Fraga para negociar. Não demorou muito e ouviu o celular apitando. Era Walther.

    “Estou indo na base pegar alguns equipamentos. Encontre-me lá. Vamos precisar de flashbangs para entrar sem que os reféns sejam alvejados. Depois que eles estiverem à salvo… Tanto faz se a escória se render ou não.”


    Deu um leve sorriso enquanto digitava.

    "A partir do momento que entramos na brincadeira rendição deixa de ser uma possibilidade para eles. Estou a caminho."

    Entrar, matar, salvar os inocentes. Mais um dia normal na vida da Rosa Vermelha. Talvez levasse a sorte de meter uma bala na testa do Fraga... por acidente, quem sabe? Poderia ser seu dia de sorte. Pensava sériamente nisso porém não sabia até que ponto realmente matá-lo seria bom para a fama do Carrasco e Rosa Vermelha aos olhos do povo. Ele não era criminoso até onde ela sabia, só um baita cuzão irritante e mau caráter mesmo.

    - Vozinha, vou sair. - anunciou enquanto ia para o quarto trocar de roupa - Vou dormir na casa de uma amiga. Cuida do velho para mim, beleza? - pegou no rosto da senhora e deu um beijo na testa meio forçado. A velha era ranzinza. - Você é uma gata!

    Saiu às pressas com uma mochila nas costas. O cabelo parcialmente preso num coque, restante solto. Queria chegar no esconderijo o mais rápido possível. Cada minuto contava numa situação tensa daquela.
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    Mensagem por JTaguchi Ter Jul 07, 2020 8:22 am

    Em dois anos de atividade, Walther e Maria ganharam de seus patrocinadores algumas bases espalhadas pela cidade onde podem se equipar, se esconder ou mesmo passar alguns dias se quiserem. Dependendo de onde acontece o problema, os dois se dirigem para a base mais próxima e partem de lá para realizar suas incursões.

    O assalto em questão acontece num bairro de classe média, próximo de onde Walther mora: a Urca, um dos mais tradicionais e seguros lugares do Rio, próximo a várias bases do Exército e lar de muitas celebridades e figurões da elite carioca.

    Maria desce do carro olhando para os lados, depois caminha até uma casa velha e aparentemente abandonada que fica ali perto. Walther só dirige algumas quadras e estaciona a alguns quarteirões de distância da base. Os dois se encontram lá dentro, onde um alçapão que se abre no chão do que seria a sala dá acesso a um depósito de armas, munições e equipamentos usados pelos vigilantes.

    Ambos já sabem o que fazer quando chegam por lá: equipar-se, verificar as informações e estabelecer um curso de ação para neutralizar as ameaças. Assim que estiverem prontos, é hora de partir - os bandidos os esperam.
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    Mensagem por Count Zero Ter Jul 07, 2020 10:56 am



    De forma muito metódica, Walther estacionou e desceu calmamente do carro. Ele adentrou a base sob a fachada de casa abandonada e, se encontrando com sua aliada, desceram juntos para o cômodo secreto, onde encontravam-se os compartimentos de armas, munições e demais equipamentos. Ele separou flashbangs, duas mps-7 com silenciadores e alguns pentes reservas, além de sua habitual clava gigante e seu “canhão de mão”, o monstruoso e majestoso S&W 500.

    Ele tirou a roupa e vestiu o colete, as ataduras, o kilt de couro com correntes, os coturnos e aqueles pedaços de carne podre, misturadas com o sangue de porco que formavam aqueles tumores em sua roupa, emanando cheiro de morte. Por fim ele enrolou as ataduras no rosto, colocou as lentes negras, a peruca de cabelo negro, comprido e escorrido e aquelas línguas enormes ao redor da boca, presas por um arame. Estava feito. Walther não se encontrava mais lá. Carrasco tinha surgido mais uma vez, para mais uma noite de carnificina.


    – Heh, heh, heh, heh… – riu, com sua gutural voz característica. – Que noite esplendorosa para uma carnificina.

    Ele ergueu a cabeça e respirou fundo, como se inalasse o perfume doce de uma flor exótica.

    – Sinto cheiro de escória a ser abatida. Esse cheiro é ainda mais delicioso quando aditivado com… medo. Heh, heh, heh, heh…

    Ele então olhou para sua aliada, aguardando ela se equipar e fazer suas ressalvas.
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    Mensagem por Dracone Qua Jul 08, 2020 9:16 am

    Uma vez dentro do esconderijo, Maria Eduarda foi logo atrás de seus equipamentos favoritos - Lâminas bem afiadas e uma pistola pesada, para último caso. Rosa Vermelha tinha uma preferência em fazer as coisas com os punhos e só usava as armas quando se via em desvantagem. Vestiu o macacão preto, colocou botas e luvas reforçadas com um toque final de socos ingleses, seus preferidos. A máscara da Santa Muerte estava lá, só esperando para apavorar alguns vagabundos. Pensou em começar a se pintar em vez de usar uma máscara já que isso às vezes incomodava um pouco, mas ainda não sabia se faria isso mesmo. Teria que usar uma tinta bem resistente e à prova de água.

    Carrasco escreveu:– Sinto cheiro de escória a ser abatida. Esse cheiro é ainda mais delicioso quando aditivado com… medo. Heh, heh, heh, heh…


    Uma vez pronta olhou para seu parceiro. Apesar de estar muito acostumada com o visual dele ainda hoje lhe causava arrepios às vezes ouvindo-o falar com aquela voz. Sorriu ao pensar nisso. Imagine os vagabundos. Devem pensar que o próprio diabo veio acertar as contas. Ajeitou as armas na cintura já sentindo uma vontade louca de sair quebrando algumas caras. Pegou uma rosa vermelha e olhou-a com brilho nos olhos por trás da máscara.

    - Hora de ensinar uns vagabundos quem manda na porra dessa cidade agora.

    ---

    Enquanto se dirigiam ao lugar do assalto Maria pensava no plano.

    - Como você quer fazer? Furtivamente? Entrar por cima ou pelos fundos? Vamos precisar ver quantos são e como estão organizados lá dentro com os reféns. Distração quando formos entrar é uma boa ideia, os flashbangs vão ser muito úteis. - então deu uma risadinha afetada. - Já estou imaginando a confusão. Que maravilha de noite.
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    Mensagem por Count Zero Qua Jul 08, 2020 9:36 am


    A dupla seguia para o local do problema dentro do “Sarcófago”. O Carrasco dirigia calmamente, como se fosse uma pessoa comum dirigindo um carro qualquer, com Rosa Vermelha ao seu lado, teorizando os possíveis cursos de ação a serem tomados à seguir.

    – Como você quer fazer? Furtivamente? Entrar por cima ou pelos fundos? Vamos precisar ver quantos são e como estão organizados lá dentro com os reféns. Distração quando formos entrar é uma boa ideia, os flashbangs vão ser muito úteis – então deu uma risadinha afetada. – Já estou imaginando a confusão. Que maravilha de noite.

    – Eu concordo – disse ele, balançando a cabeça afirmativamente. – Vamos analisar o terreno, ver a disposição dos meliantes e a posição dos reféns. Uma vez que verificarmos isso, vamos poder avaliar se vai ser mais vantajoso entrar pelos fundos ou por cima. Quando a granada cegá-los, vamos neutralizá-los depressa e sumir. O idiota do Fraga provavelmente vai estar lá e ele não vai perder tempo em nos apedrejar; e eu vou ter que me segurar muito para não atirar nele de novo.

    O jargão policial típico, carregado de palavras como “avaliar”, “meliantes” e “neutralizar” era o único indício de que ainda havia um Walther por debaixo daquele alter ego monstruoso que era o Carrasco.
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    Mensagem por JTaguchi Qua Jul 08, 2020 1:33 pm

    O rádio do Sarcófago começou a tocar, iniciando uma chamada entre os vigilantes e a central, de onde eles recebiam as instruções e algum suporte durante as operações.

    - Boa noite, senhores. - a conhecida voz de Heitor soou do outro lado da chamada, num leve tom de deboche. - Uma ótima hora para fazer compras na Urca. Soube que tem promoção por lá.

    Houve uma pequena pausa enquanto o Carrasco virava uma esquina a todo vapor.

    - Para fins informativos, vocês estão lidando com sete meliantes rendendo mais ou menos trinta reféns. Estão todos concentrados entre as prateleiras, longe das câmeras. - continuou Heitor. - Todos eles estão armados com submetralhadoras, então tenham cuidado. A polícia isolou todo o perímetro do mercado, o que significa que vocês vão ter que contornar o bloqueio que eles estão fazendo em um quarteirão inteiro. O prédio em si tem duas entradas para o público e uma para funcionários nos fundos. O estacionamento toma praticamente toda a parte da frente. Recomendo que sejam furtivos e que usem muita fumaça para distrair os alvos. A não ser que queiram fazer um espetáculo maior e solicitar que o nosso novo amigo cause um apagão na área.

    "Marcelo Fraga ainda não foi acionado, mas a mídia está citando esse vagabundo desde que o sequestro começou. Vou tentar fazer contato com os policiais que comandam a operação para facilitar a vida de vocês. Alguma dúvida?"


    Realmente, a chegada de Hugo tinha sido uma ótima adição. O rapaz, além de médico, sabia mexer com computadores muito bem e estava conseguindo milagres quando se tratava de hacking. Se ele conseguisse causar um apagão no mercado... bem, a vida dos meliantes seria muito mais difícil.

    O Sarcófago chegou numa área próxima ao mercado. Estacionaram o carro num lugar escondido e vislumbraram, a alguns quarteirões dali, um grande cerco feito pela polícia. Viaturas estacionadas, policiais afastando os curiosos, repórteres de todas as emissoras conhecidas. Era por volta das sete da noite, horário que muita gente estava na frente da televisão acompanhando aquele show de horrores. Lá dentro, os reféns eram intimidados e usados como moeda de troca para a liberdade de bandidos. Era hora dos vigilantes entrarem em cena.

    O que eles farão?
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    Mensagem por Count Zero Qua Jul 08, 2020 3:55 pm


    – Boa noite, senhores – a conhecida voz de Heitor soou do outro lado da chamada, num leve tom de deboche. – Uma ótima hora para fazer compras na Urca. Soube que tem promoção por lá.

    – Tarde demais, meu caro – respondeu. – Estamos indo lá fazer uma queima de estoque.

    – Para fins informativos, vocês estão lidando com sete meliantes rendendo mais ou menos trinta reféns. Estão todos concentrados entre as prateleiras, longe das câmeras – continuou Heitor. – Todos eles estão armados com submetralhadoras, então tenham cuidado. A polícia isolou todo o perímetro do mercado, o que significa que vocês vão ter que contornar o bloqueio que eles estão fazendo em um quarteirão inteiro. O prédio em si tem duas entradas para o público e uma para funcionários nos fundos. O estacionamento toma praticamente toda a parte da frente. Recomendo que sejam furtivos e que usem muita fumaça para distrair os alvos. A não ser que queiram fazer um espetáculo maior e solicitar que o nosso novo amigo cause um apagão na área.

    – Apagão, hein? Nada mal. Melhor do que gastar dúzias de granadas de fumaça. Eu gosto de ser prático, então aceito a sugestão.

    Carrasco tomou o caminho mais apropriado para evitar o bloqueio da polícia, agora que estava a par da situação. Tudo indicava que a entrada para funcionários seria o ponto de partida do espetáculo daquela noite.

    "Marcelo Fraga ainda não foi acionado, mas a mídia está citando esse vagabundo desde que o sequestro começou. Vou tentar fazer contato com os policiais que comandam a operação para facilitar a vida de vocês. Alguma dúvida?"

    – Não... Fale para Hugo fazer a parte dele. Você faz a sua parte e nós a nossa. E os assaltantes também farão a parte dele, que é morrer. Seremos todos lembrados como pessoas de palavra essa noite. Bem fofinho, né?

    Carrasco estacionou o Sarcófago de forma que ele ficasse próximo e, ao mesmo tempo, oculto do ponto de ação. Ele desceu junto com Rosa Vermelha e, de onde estavam, a dupla tinha boa visão do burburinho que estava acontecendo no mercado.

    – Hora de brilhar, Rosa – disse, virando-se para Maria Eduarda. – Vamos contornar os palhaços e testar a entrada do fundo. Se estiver limpo, finja que é uma refém assustada e comece a chorar. Não vai faltar algum idiota que vai pensar que um dos reféns se afastou para a saída e isso vai garantir nossa primeira pontuação da noite. E falando em pontuação... 3 pra você e 3 pra mim, certo? O último a gente parte no meio e cada um fica com uma metade. Assim não dá briga...
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    Mensagem por Dracone Qui Jul 09, 2020 8:53 am

    Enquanto dirigiam rumo ao mercado, Heitor entra em contato para passar mais informações.

    Heitor escreveu:- Boa noite, senhores. - a conhecida voz de Heitor soou do outro lado da chamada, num leve tom de deboche. - Uma ótima hora para fazer compras na Urca. Soube que tem promoção por lá.

    - Boa noite, chefe. - respondeu num tom sugestivo. - Nos dê mais informações sobre o lugar e os vagabundos.

    Heitor explicou com bastante detalhes o que estava acontecendo lá dentro. Depois de ouvir tudo com atenção chegou mesmo a conclusão de que era melhor entrar furtivamente e usar distração para atacar. Seria mais uma ação gloriosa e sanguinária, pois tanto ela quanto Carrasco pareciam estar com uma disposição para matar além do comum. Quando chegamos próximo, Carrasco estacionou em um lugar seguro.
    Carrasco escreveu:
    – Hora de brilhar, Rosa – disse, virando-se para Maria Eduarda. – Vamos contornar os palhaços e testar a entrada do fundo. Se estiver limpo, finja que é uma refém assustada e comece a chorar. Não vai faltar algum idiota que vai pensar que um dos reféns se afastou para a saída e isso vai garantir nossa primeira pontuação da noite. E falando em pontuação... 3 pra você e 3 pra mim, certo? O último a gente parte no meio e cada um fica com uma metade. Assim não dá briga...

    - Eu gosto da parte que a gente parte um no meio. Mas tudo bem fingir ser uma refém. Não acho que vão ter cérebro suficiente para raciocinar que essas roupas são estranhas demais pra uma refém. - deu risada - E se perceber também a gente mata antes que tenha alguma reação. São apenas sete, devem estar todos concentrados perto dos trinta reféns, longe da entrada dos funcionários. Enfim, ficar bolando possibilidades não é meu forte - estalou os dedos da mão com um sorriso maldoso - gosto de deixar rolar naturalmente.
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    Mensagem por JTaguchi Qui Jul 09, 2020 9:22 am

    Os dois se posicionaram num arbusto próximo ao super mercado e esperaram até que todas as luzes do quarteirão se apagaram. De repente, toda aquela área estava mergulhada nas trevas. De onde estavam apenas as sirenes ligadas eram visíveis no meio do escuro.

    - Muito bem, meus caros. - disse Heitor no rádio. - Vocês têm quarenta minutos.

    Cobertos pelas trevas, a dupla entrou pela entrada dos funcionários. Pelos óculos de visão noturna, era possível ver todo o lugar por uma visão esverdeada que lembrava filmes de ficção científica. Estava tudo em silêncio, exceto por gritos que davam para ouvir dali enquanto os dois se aproximavam da aglomeração de reféns.

    - MAS QUE PORRA É ESSA? - gritava um dos assaltantes. - VAMOS MOSTRAR QUEM É QUE MANDA NESSA PORRA. PEGA AQUELA VELHA ALI. VOU DAR UM TIRO NA CABEÇA DELA.

    Pelas lentes dos óculos, os dois viram um dos assaltantes pegar uma senhora de uns sessenta anos pela gola da blusa e a erguer, o cano da arma em sua cabeça. Parecia muito alterado e pronto para estourar a cabeça da velha. Não parecia estar blefando.

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    Mensagem por Count Zero Qui Jul 09, 2020 10:26 am


    Carrasco e Rosa entraram rapidamente, aproveitando a situação do blackout. Quarenta minutos seria tempo de sobra para exterminar aqueles vermes e cair fora antes da polícia invadir.

    Uma vez dentro, a dupla presencia uma típica atitude covarde daquelas formas de vida tão repugnantes.

    – MAS QUE PORRA É ESSA? – gritava um dos assaltantes. – VAMOS MOSTRAR QUEM É QUE MANDA NESSA PORRA. PEGA AQUELA VELHA ALI. VOU DAR UM TIRO NA CABEÇA DELA.

    Naquele momento,o Carrasco apontou para as facas de Rosa e, em seguida, apontou para o maldito que segurava a senhora, como se disesse “Aquele é seu”. Então ele mostrou a ela o flashbang e apontou para o cutelo gigante, pendurado nas costas.

    – Sem balas... – disse para Rosa, em sussurro.

    Ele levantou três dedos. Desceu um, depois outro, aí o último e...

    – Agora!

    O Carrasco jogou o flashbang e tapou os olhos. Quando ouviu o estouro, avançou com o cutelo em mãos, aproveitando a cegueira dos inimigos, pronto para abrir eles ao meio.
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    Mensagem por Dracone Qui Jul 09, 2020 8:45 pm

    Mal haviam entrado no mercado pelos fundos e já ouviram gritos. Rosa Vermelha achou a entrada fácil demais e queria mais ação. Quando ouviu o meliante gritando e ameaçando uma das reféns sentiu o sangue fervendo.

    Carrasco escreveu:– Sem balas... – disse para Rosa, em sussurro.

    Claro. Não seria sacrifício nenhum. Iria moer a cara daquele filho da puta no soco. Esperou o sinal do Carrasco para avançar. Quando ele jogou os flashbangs, logo em seguida avançaram. Rosa Vermelha avançou como uma pantera negra e raivosa na direção do assaltante com a refém idosa. Iria surpreendê-lo usando as facas, direto no pescoço, certeira e fatal. Queria poder ter mais tempo para estragar aquele rosto no soco inglês, mas não poderia arriscar a vida da refém por mero capricho.

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    Mensagem por JTaguchi Sex Jul 10, 2020 9:38 am

    Os reféns estavam aglomerados no chão próximo ao açougue. Cerca de trinta pessoas, todas sentadas no chão abraçando os joelhos. Havia homens, mulheres, crianças e idosos sem distinção, todos claramente intimidados pelos assaltantes. Heitor havia dito que eram sete, mas apenas seis estavam ali no momento. Um deles, deduziu-se, estava lá fora tentando falar com a polícia. Talvez fosse o líder.

    Com o mercado todo mergulhado em trevas, os vigilantes se aproximaram sem se preocupar em serem detectados. Moveram-se rápida e silenciosamente até verem onde estavam seus alvos. Estabeleceram uma estratégia eficaz e letal: um flashbang e lâminas nas gargantas dos bandidos. Balas seriam muito arriscadas no meio de tantos reféns.

    A explosão foi rápida e intensa. Num momento, o assaltante berrava enquanto segurava uma senhora pela gola da blusa e esbravejava impropérios. No outro, estavam todos cegos e temporariamente surdos, atordoados pela explosão. No auge da surpresa, o maldito que segurava a senhora a soltou, o que permitiu um golpe certeiro e devastador de Rosa Vermelha: um soco bem localizado em sua nuca no exato momento em que a refém se desvencilhara dele. Pensara em suar sua faca, mas era muito melhor com as mãos nuas - o treinamento árduo e diário recompensava com uma capacidade bem acima do normal. Poderia ser uma atleta olímpica, mas gostava mais da vida como vigilante.

    O assaltante não resistiu ao golpe. Mais um pouco de força e seu pescoço se partiria, mas o objetivo era incapacitá-lo. Caído e inconsciente no chão, podia ser partido ao meio depois. A senhora estava livre e os malditos estavam dispersos. Era hora do massacre.

    O Carrasco não era exatamente versado em combate desarmado. Dominava algumas técnicas, mas sua parceira era muito mais talentosa do que ele nesse campo. Em situações como aquelas, preferia usar sua arma mais querida, que fizera seu nome entre os criminosos da cidade: o cutelo gigante e pesado, extremamente afiado que usava quando queria decepar membros e abrir estômagos. Ele o ergueu e desceu na direção de um dos assaltantes, abrindo um talho imenso em seu ombro. Sangue esguichou para todos os lados enquanto o meliante gritava e largava a arma. Com as mãos no cabo do cutelo, o vigilante sentiu que o osso do maldito se partia debaixo da lâmina.

    Com a chegada dos dois, o pânico se instalou. Os bandidos começavam a se recuperar da surpresa e tentavam localizar seus algozes. Os reféns, desesperados pelo revés, começavam a querer se rebelar ao mesmo tempo que temiam represálias dos assaltantes. Os dois sabiam que, quando fora de controle, pessoas como aqueles reféns poderiam atrapalhar em muito a ação. Precisavam agir logo ou poderiam colocar tudo a perder.

    Rolagens:


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    Mensagem por Count Zero Sex Jul 10, 2020 11:24 am


    Os reféns começavam a se alvoroçar. Alguns estavam prestes a entrar em pânico, outros sentiam vontade de investir contra os assaltantes. Isso não era bom. Eles não poderiam apenas colocar a ação da dupla em risco, mas estariam arriscando ainda mais a própria vida. Rosa e Carrasco teriam de agir rápido para evitar o pior.

    O Carrasco tinha consigo mais dois flashbangs, mas agora não era a hora de usá-los. Aproveitando ainda a escuridão, ele pegou uma lata pesada de uma das prateleiras e arremessou no sentido oposto de onde os reféns, Rosa e ele estavam. Em pânico e guiados pela audição, eles certamente desperdiçariam balas na parede e ficariam ainda mais distraídos e desnorteados, o que daria chances para Rosa e ele realizarem mais um ataque traiçoeiro.

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    Mensagem por Dracone Seg Jul 13, 2020 4:03 pm

    Pronto. O massacre começava.
    Rosa Vermelha atacara o assaltante e quase quebrara o pescoço dele, deixando-o incapacitado para agir por enquanto. Carrasco também acertava um com seu cutelo. Depois da surpresa, os reféns pareciam pensar em se rebelar também e isso não era uma boa ideia. Eles deveriam ficar quietos enquanto resolviam a situação ou poderiam atrapalhar ou acabar mortos.

    Carrasco arremeçou uma lata na direção dos assaltantes para tentar distraí-los com algo. Aproveitou a ação para ir para cima de outro, dessa vez empunhando a faca.

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    Mensagem por JTaguchi Seg Jul 13, 2020 4:55 pm

    Carrasco agiu de forma traiçoeira e inteligente. Pegou uma lata de conserva numa prateleira próxima e a arremessou para a direção oposta. O barulho do objeto se espatifando no chão atraiu a atenção dos assaltantes, que não perceberam que se tratava de um ardil. De forma desesperada e desordenada, começaram a atirar na direção do barulho enquanto os civis começavam a se rastejar pelo mercado, procurando uma saída. No escuro, o caos era total.

    Rosa Vermelha aproveitou o momento e se moveu rapidamente depois de abater seu primeiro oponente. Rolou no chão e, ao se levantar, sacou seu facão e desferiu um poderoso golpe na submetralhadora do assaltante mais próximo. Ele mirava exatamente na direção dela, mas agora estava completamente desarmado.

    Os assaltantes estavam espalhados, assim como os civis. Com o cenário cada vez mais confuso, os vigilantes tinham que conviver com a ideia de que tinham que resolver o problema logo, antes que as coisas ficassem ainda piores. Lutas prolongadas num ambiente como aqueles só ficavam mais difíceis quando envolviam reféns e a polícia do lado de fora, que podia entrar a qualquer momento.

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    Mensagem por Count Zero Seg Jul 13, 2020 7:06 pm


    “Droga!”

    O Carrasco havia dito que não deveriam usar balas, mas a situação estava se prolongando mais do que eles gostariam. Ele havia se exposto demais naquela manobra, e estava completamente à mercê de uma rajada. Ele não tinha escolha.

    Ele sacou suas submetralhadoras e as colocou em modo semiautomático, para que disparassem como pistolas comuns. Sem rajadas o risco em relação aos reféns seria mais controlado. Como as armas tinham silenciador e eles eram os únicos que estavam enxergando, a vantagem ainda era deles. A única coisa que ele poderia esperar agora era acertar o maldito antes que ele o acertasse primeiro e, então, mudar de posição rápido, ainda aproveitando a escuridão.

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    Mensagem por Dracone Qua Jul 15, 2020 9:13 am

    Depois de desarmado aproveitou para golpear o assaltante no pescoço com a lâmina. Já tinha se exposto ali para desarmá-o, agora tinha que terminar de matar logo e sair daquele ponto antes que atirassem ali.

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    Mensagem por JTaguchi Qua Jul 15, 2020 10:19 am

    O Carrasco sacou sua submetralhadora e atirou na direção do assaltante mais próximo dele. Com a proximidade, o tiro era muito mais fácil e muito mais seguro e ele o atingiu nos flancos com um grau considerável de sucesso. Os malditos não usavam blindagem nenhuma, o que tornava a situação ainda mais interessante.

    Próximo dele, Rosa Vermelha atacou seu oponente desarmado com um corte magnífico e devastador em seu pescoço. O bandido gritou de dor e caiu no chão, ainda vivo mas bastante avariado. Levaria um tempo para se recuperar e talvez não se levantasse mais. Foi nesse momento que ela ouviu os passos de alguém chegando onde a luta era mais acirrada: havia um assaltante fora do alcance dos dois, do lado de fora. Ao ouvir os gritos e a granada, ele voltara para dentro para ajudar os comparsas.

    Sem tempo de esboçar uma reação melhor, ela pulou para o lado atrás de uma prateleira enquanto o bandido cuspia fogo com sua submetralhadora. Projéteis voaram para todos os cantos, estourando pacotes e latas de mercadoria. Os reféns se encolheram buscando abrigo e os vigilantes ouviram o grito de dor de alguém. Um dos tiros atingiu o Carrasco de raspão no ombro. Não era grande coisa, mas o maldito tinha conseguido tirar sua paciência.

    - Atirem neles! - gritou, incentivando os colegas.

    A situação se complicava. O que os vigilantes vão fazer?

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