Ato ll.ll: A Garota na Teia de Aranha

Alice arregalou os olhos, espantada. O que era aquilo?
Deu um grito de espanto.

"- AAAAaahh!! O QUE É ISSO???" - Perguntou sem saber a quem.
Sua reação poderia ter sido parecido caso aquela aranha fosse uma aranha peçonhenta de verdade, mas aquilo não era natural!

Viu que o sujeito tinha acordado, falando algo que não tinha entendido.
Teve uma repentina vontade de chorar pela forma surreal que as coisas vinham acontecendo, mas apenas correu até o homem e soltou o nó que tinha dado, prendendo-o na cama.

O tempo é precisamente o suficiente, por uma crise de consciência a jovem Alice corre e desamarra o seu indesejado visitante em tempo preciso e suficiente, em seguida correu desesperada enquanto era seguida pelo homem, pouco antes de fechar a porta atrás deles a jovem Howlet teve a impressão da aranha crescer em sua forma mecânica...

...nessa hora ainda perdida entre soluços e lágrias, sentiu que alguém pegou a mão dela e a arrastou consigo.

—Me desculpe... Eu deveria te-la contado sobre isso... Onde estão os outros de vocês?

Ele comentava enquanto corria puxando-a.

Alice agia por desespero, espantada com aquela coisa que tinha visto.
E então ele perguntou dos outros...

"- Que outros?" - Perguntou, sem saber.
"- Eu não estou com a Morgana, seja o que for que ela se meteu... Eu não sei de nada!" - Disse prontamente.

Olhou para trás enquanto corria, imaginando aquela coisa indo atrás deles.
Por mais que aquilo parecesse algo de filme de ficção, sabia que era real.
Será que aquilo também estava atrás da Morgana?
No que ela estava metida???

Alice corria nervosa, e ficou mais ainda quando viu o estranho fio prateado.
"- Mas que...? Que porra é essa???" - Exclamou em voz alta, tentando puxar o que fosse aquilo, enquanto corria.

Quando entram no quarto vizinho Alice indaga:
"- Outros três...? Você está falando dos caras do dojô?" - Pergunta incerta.
"- Mas olha, eu não tenho nada a ver com eles... Até com a Morgana, éramos apenas amigas."
"- Juro que não tenho nada a ver com as coisas dela!"

Olhou novamente para a porta, nervosa, e sussurrou.
"- O que é aquela coisa?"

Alice escutava o que o homem falava, mas beirando a incredulidade.
Aquilo não fazia qualquer sentido para seus ouvidos.

"- Supremacistas brancos... Exército dos estados unidos...?" Era muita viagem.

"- Eu encontrei com os três rapazes ontem, mas foi só uma coinciência..." - Disse baixinho.
"- Tentava encontrar a Morgana, porque ela saiu daqui de forma muito suspeita..."
"- Mas eu não sei de nada sobre o que ela estava fazendo."

Se deixou levar pelo sujeito.
Por mais que nada fizesse sentido, mas ficar ali com aquela aranha estranha não era uma possibilidade.

Alice olha para ele, levemente aliviada quando ele diz que a aranha não parecia mais estar atrás deles...

"- Eu encontrei esses caras que você disse num dojô, e estava ficando tudo escuro... daí surgiu uma névoa e... eu me perdi deles."
"- Alguns eu já tinha visto no campus, mas não conheço bem nenhum deles."

Ela disse apressada. Não queria ser liagada à nada daquilo.

"- Eu não sou a pessoa mais indicada para dar informações... eu não sei o que anda acontecendo."

Disse olhando para ele, com ar de perdida.

Alice observa ele se afastar da porta e se sentar na cama, parecendo abalado.
Talvez tivesse passado por muita coisa... Bem mais do que ela.
Estava muito confusa, e via pouco a pouco as coisas fazendo menos sentido.
Não conseguia duvidar de nenhum absurdo que ele dizia, depois das coisas que tinha visto também.

Sentou-se na cama ao lado dele.

"- Olha, eu gostaria que me contasse tudo depois..."
"- Mas agora... aqui não parece ser um lugar seguro."

Levantou-se de novo e foi até a porta, colocando o ouvido para tentar ouvir algo no corredor.

"- Tem algum lugar que você sabe que é seguro?"

Alice o observa ir até o banheiro e estranha quando ele estende a toalha para ela.
Ela enruga as sobrancelhas quando ele fala sobre morcegos e aranhas...

"- Morcegos e aranhas...? Como aquela que estava no quarto?" - Perguntou preocupada.

Mesmo incerta, aceitou a toalha e ficou com ela nas mãos.
Ela não confiava nele, mas uma coisa tinha certeza... ao menos naquele momento, era mais seguro estar com ele.
Ela nem ao menos compreendia o que estava acontecendo ao seu redor e com ela.

Ignorou o comentário sobre o dojô... nem teria como saber sobre aquilo... e que diferença faria naquela situação?

"- Ok..." - Fechou os olhos e estendeu a mão.
"- Mas para onde vamos?"

Alice se deixou levar e correu junto, de olhos fechados.
Para ela, pareciam estar correndo à esmo, mas sentiu cairem em uma piscina, ou algo do tipo, mas com estranhas sensações...
Ouviu outras pessoas gritando atrás deles, e nesse momento se perguntou se tinha feito a coisa certa em correr.
Mas imaginava que não adiantava esperar as coisas fazerem sentido. Aquilo parecia um sonho em que ela não tinha controle.

Permaneceu com os olhos fechados, como havia sido instruída, até que finalmente chegassem em algum lugar.
"- Por onde estamos indo??" - Perguntou quase gritando, nervosa.
"- Aquilo era uma piscina?" - Perguntou mesmo sem esperar uma resposta.

Ela então sentiu que foi tomada nos braços pelo seu condutor, que a carregava com as duas mãos enquanto corria.

Em uma corrida estranha, pois parecia confortável...

...ela ouviu um sussurro distante de uma voz feminina perguntando "Há quanto tempo você faz isso?"

...carregando a jovem, o homem olhou para direção de onde vinha a voz.

Alice, sentiu vontade de abrir os olhos quando o homem respondeu.

—Se acredita que era uma piscina, provavelmente era.

Alice sentiu seu pulso esquerdo formigar, enquanto o homem comentava de novo.

—Abra os olhos, temos companhia.

Ele cochiçou para Nessa hora a garota se via em meio à uma neblina tão intensa que pouca coisa conseguia enxergar... Era como estar em uma noite de serração fechada.

Haviam dois vultos os observando, enquanto ele ainda continuava correndo, aparentemente para o meio branco sem enxergar a carregando nos braços.

Alice abriu os olhos, mas não via nada além de névoa e vultos.
Passou um braço ao redor do seu pescoço para olhar para trás, na direção de onde tinham vindo.
Imaginou que tipo de resposta era aquela... "Então provavelmente era uma piscina"...

Olhou para a frente e via que a névoa parecia diferente.
"- Que companhias são essas? O que são esses vultos?"
"- Que lugar é esse?" - Perguntou tudo de uma vez.

"- Gonzales... é esse o seu nome?" - Perguntou um tempo depois, lembrando-se de quando foram encontrados.

Alice apenas acenou com a cabeça, em concordância.
Estava tensa, olhando ao redor. Aquele lugar não era natural... ainda que já flertasse com o sobrenatural há algum tempo.
Girava a cabeça, olhando para diferentes direções, atenta.

"- Um atalho..." - Repetiu, pensando que aquilo não a respondia em nada.

Alice se firmou no chão e permaneceu atrás dele... sentiu que nem ele mesmo sabia que vultos eram aqueles.
Talvez ela pudesse se comunicar com aquilo... Seriam uma ameaça?

"- O que vocês querem...?" - Arriscou a pergunta.