Nome: Dimitri Petrov
Jogador: Mandhros
Crônica: In my darkest hour
Natureza: Diretor
Comportamento: Mártir
Sombra: Perfeccionista
Vida:
Morte:
Arrependimentos: Não ter impedido a prisão do pai (praticamente impossível), não ter impedido a morte da mãe (praticamente impossível), ter abandonado Yanna (plausível), não conhecer o próprio filho e vê-lo crescer (plausível)
Atributos
Físicos
Força 3, Destreza 3, Vigor 4
Sociais
Carisma 2, Manipulação 2, Aparência 2
Mentais
Percepção 3, Inteligência 3, Raciocínio 3 (5 pontos de bônus em Percepção)
Habilidades
Talentos:
Prontidão 3, Esportes 2, Briga 3, Esquiva 1
Perícias:
Condução 3, Armas de fogo 3, Armas brancas 3, Furtividade 3, Reparos 1.
Conhecimento:
Investigação 3, Linguística 1 (Ucraniano), Medicina 1 (anatomia básica), Computação 2 (4 pontos de bônus em Computação)
Vantagens
Antecedentes
Eidolon 3, Memorian 2 (Yanna), Notoriedade 2
Paixões
Proteger Yanna e meu filho (amor) 5
Proteger meu pai (amor) 3
Buscar vingança contra Sergej (ódio) 2
Arcanoi
Argos 4, Habitar 2. (5 pontos de bônus em Argos)
Grilhões
Uma cafeteria nos arredores de Kiev 3 (o lugar onde conheci Yanna)
Cela de prisão na Sibéria 3 (onde meu pai esteve preso)
O túmulo de Natalya Petrova 2 (eu não consegui salvá-la)
Uma carta que Yanna escreveu, mencionando a gravidez, que deixei escondida no fundo de um quadro (uma pintura de uma caravela com velas negras) na sala da casa de Yanna 2
Corpus 10
Força de Vontade 6 (1 ponto de bônus)
Resumo dos pontos de bônus: 5 em atributos; 5 em arcanoi; 4 em habilidades; 1 em força de vontade.
Pathos 7
Prelúdio:
Eu era uma criança nascida em uma vila próxima da Sibéria. Os pais, Mikhail Petrov e Natalya Petrova, eram fazendeiros – tanto quanto se pode conduzir uma fazenda na Sibéria – e a vida era bastante simples e dura. Os invernos eram especialmente cruéis, e simplesmente sobreviver já constituía um imenso desafio.
Pouco depois de entrar na adolescência, meu pai foi preso. Em um inverno especialmente ruim, ele furtou mantimentos de uma propriedade que, como descobriu apenas depois, pertencia ao governo russo.
Mesmo muito jovem, eu precisava proteger a minha mãe, que ficou triste e doente tão logo meu pai foi preso.
Logo, minha mãe acabou morrendo de uma doença não diagnosticada, mas certamente de depressão, também.
Percebendo que eu era jovem e forte, e que estava sozinho, o governo russo fez uma proposta: ingressar em uma unidade de “operações especiais”, na qual eu receberia treinamento militar e de espionagem, em troca da não execução do meu pai, que ainda estava preso.
Sem alternativas, deixei tudo aquilo que até então era o meu mundo – a pequena fazenda na Sibéria – e parti para Moscou, para a sede de KGB, onde aconteceria o treinamento.
Durante anos, passei pelas mais diversas provações e humilhações, sofri todo tipo de tortura e castigo físico, dentro de um programa que prometia entregar soldados leais e absurdamente capacitados.
Havia órgãos dentro dos órgãos. O governo russo era inventivo e paranoico, uma combinação bizarra que o levava a explorar um pouco de tudo. Qualquer coisa que levasse a Mãe Rússia a vencer uma guerra hipotética era levado muito a sério.
Foi assim que, logo depois que terminei o treinamento básico, fiquei alguns meses no Departamento de Assuntos Sobrenaturais.
Francamente, nunca vi nada sobrenatural naquele lugar, exceto pelo sadismo dos “pesquisadores”. Acho que ainda consigo escutar os gritos, e acho que ainda consigo ver cada face morta de opositores do governo que encontravam seu destino por lá.
Sempre achei muito mais fácil sumir com os corpos do que ouvir os gritos.
Quando terminei o treinamento avançado, boa parte dos meus colegas já tinha morrido. Acho que sobrevivi por pura sorte, ou pela clareza de propósito que me mantinha ali, até aquele momento – sobreviver era manter meu pai vivo.
Em uma das iniciativas bélicas, de espionagem e contraespionagem, soldados com habilidades muito específicas foram agrupados em regimentos altamente especializados.
Eles nos chamavam de “Unidade Fantasma”.
Em certa ocasião, em uma missão de espionagem na Ucrânia, acabei me envolvendo com uma civil local, Yana, o que me deixou em uma situação bastante delicada: os componentes da “Unidade Fantasma” eram expressamente proibidos de manter qualquer tipo de relacionamento amoroso com quem quer que fosse. A única pessoa que conhecia essa condição era um colega de Unidade, Sergej Vasiliev, que investigou meu passado e, ao invés de me denunciar imediatamente, começou a tirar vantagem da situação, ora ameaçando me denunciar ao governo russo – o que implicaria na execução do meu pai e no provável assassinato de Yanna – ora afirmando que iria, ele mesmo, atrás de Yanna, para ainda ter meu pai como moeda de troca.
Sergej era astuto, e simplesmente matá-lo dificilmente impediria que ele causasse um desastre na vida do meu pai ou de Yanna.
A situação ficou ainda pior quando Yanna afirmou estar grávida.
Contudo, havia uma alternativa, embora o preço a pagar fosse alto demais.
Ainda na Ucrânia, sabotei minha própria missão, de modo que eu e Sergej fôssemos descobertos pelas autoridades locais. Com alguma sorte, Sergej seria preso, ou deportado, ou morto, e estaria longe de Mikhail, Yanna e do meu filho.
Como um último ato, enviei os dados de inteligência ao governo russo e provoquei um confronto com agentes locais ao qual, provavelmente, eu e Sergej não sobreviveríamos.
Internamente, o governo nos consideraria heróis – o que possivelmente livraria meu pai da prisão – e não haveria qualquer testemunha das transgressões praticadas em solo estrangeiro. Se Sergej sobrevivesse, não poderia contar a ninguém o que sabia, sob pena de ser ele mesmo prejudicado e de perder prestígio, posição e até mesmo a vida.
Meu filho não teria meu nome, e Yanna precisaria lidar com a maternidade sozinha, mas estariam ambos a salvo.
Era um bom jeito de morrer.
Quando os ucranianos finalmente me encontraram, provaram que as histórias sobre tortura de espiões não eram mentira. As luzes se apagaram para mim depois de longas sessões de espancamento e vivissecção, quando me jogaram, o que sobrou de mim, ainda vivo, em um rio congelado local.
Quanto a Sergej, Mikhail e Yanna, apenas posso especular.
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Uma fraca luminosidade voltou a inundar meus sentidos, e eu podia perceber meus movimentos tolhidos por algo membranoso, que turvava a visão e os sons. Havia algo ao meu redor, e havia o que pareciam ser outras pessoas, na mesma situação que eu, e coisas piores.
Seria aquilo o inferno?
Aparência:
Em vida, alto (1.95m de altura) e forte. Cabelos loiros, lisos e curtos. Olhos muito azuis e pele muito branca, com bochechas rosadas. Rosto largo, sem barba. Costumava vestir roupas que não chamassem a atenção, normalmente “desaparecendo” em meio a muitas roupas de frio.