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    Enquanto o tempo corre

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    Mensagem por Wordspinner Qui Out 05, 2023 11:11 am

    Ano 1

    Crise das ruas. Antes de sair para formar sua aliança em Sparhall as três alcateias terminam seus tratos e liquidam seus interesses no território. Os Algozes se movem rápido para a área do Bar da Olena com a benção dos Seis Uivadores, porém se movem para área da reserva por conta própria. O Destino abandona seu território sem nenhum remorso e avançam para o aeroporto da cidade, porém a Legião de Sangue corta o seu movimento seguinte para o porto. Os Filhos do Corvo não se movem e isso permite que a Realeza do Rua 47 tome o melhor loci do território e seu entorno com acesso ao território neutro, agora ameaçado, e a avenida que é o principal caminho para fora da cidade.
    Na reunião seguinte com ânimos inflamados a discussão sobre linhas e caçadas era tudo que as pessoas queriam ter. Brendan surpreende a todos com o anúncio de que agora era o alfa dos Filhos do Corvo e que o território neutro seria modificado. “Cada alcateia deve fazer uma ronda por semana e os informar as outras em uma curta reunião semanal no território neutro.” Por mais estranho que pudesse parecer Krantz é o primeiro a concordar, ação que dá momento a proposição. Murphy resmunga sua concordância rápido como se quisesse ser mais rápido que o velho Krantz. Axel lentamente percebe que agora é inútil lutar e concorda em seguida.

    As conversas seguem acaloradas depois disso com a Legião saindo do seu isolamento e ao mesmo tempo assumindo sua responsabilidade como parte do protetorado e enfiando o pé no caminho de todas as outras alcateias na nova organização do espaço. Destino, Algozes e realeza todos tem suas ambições atrapalhadas pelos Garras Sangrentas, que estão prontos a sangrar pelo privilégio de deixar todo mundo desconfortável. Nestor assiste em silêncio até a hora de apresentar Oliver Allerton, os passos lentos e deliberados do uratha mais velho param ao lado do seu jovem alfa. “Este é Oliver, um sombra descarnada como Maria e minha sobrinha Ash. Espero que o tratem com o devido respeito e cordialidade. Ele é um de nós, Urdaga. Ele é um de nós, Os Filhos do Corvo.” Os olhos sérios como uma ameaça de morte em um momento e um sorriso cansado no seguinte. “Aproveitem o tempo que ganhamos com menos lutas e mais cooperação.”
    Connor- O bar clandestino era uma joia e como tal chamava atenção e deixava fácil espíritos influenciarem o mundo da carne. A área não era a melhor, um bairro antigo que ainda tinha ruelas de pedra em alguns lugares e era melhor assim, carros e motos teriam dificuldades e um forasteiro se perderia por completo entre as fachadas antigas que eram difíceis de diferenciar. A vila era um problema diferente. O constante atrito com a Legião de Sangue e seu território tentacular deixavam chegar até lá impossível para qualquer que quisesse manter um território ininterrupto, além de que estar totalmente cercado pela legião não era nenhum sonho molhado.

    Haru- Maria permanece ajudando os Algozes a entender a Sombra e o seu lugar entre ela e o mundo da carne enquanto Axel mostra o quanto conhece e percorre a reserva. Caça ilegal não era um grande problema mas Haru sempre encontrava evidências e logo descobriu o quanto qualquer uma dessas invasões pesava no coração do seu alfa e o quanto ele gostaria de ter toda a reserva. As rondas a levam a todos os limites do território e o quanto da cidade é vazio. A fronteira que fazem com a legião de sangue e a realeza da rua 47 são os lugares mais tensos. Não é incomum ser observada quando passa por eles. O bar de Olena é usado para reuniões da alcateia com outros urathas e um jeito de receber informações de Sparhall.

    Oliver- Os Filhos do Corvo tem muitas responsabilidades em um enorme território rural e Oliver tem a chance transitar por muitas áreas úteis para seus estudos. Além disso o uratha é envolvido sempre que Maria se encontra com outros Urdagas, ela diz que é um jeito de ensiar o que ele precisa aprender e lembrar. Oliver vê cada vez mais a influência que um lado causa no outro. Quando ele é oficialmente aceito nos Filhos do Corvo, Nestor não era mais o líder e o velho caça sozinho na maior parte do tempo. Já Brendan é um amigo fiel e um líder, se um tanto rígido, que nunca desiste de procurar a justiça.




    Na última reunião do ano um grupo de urathas é discutido. Eles tinham sido percebidos em Polotown. Terra de ninguém. Tão dentro de Dover de uma hora pra outra. Todas as alcateias admitem algum tipo de informação que corrobora os rumores. Porém Polotown é um terrível labirinto e os espíritos não conhecem todas as alcateias. A incerteza se acumula até ser impossível negar. Existem outros urathas em Dover.


    Exp:
    Connor: 6+4 (Um ponto de Loci vem com 1 de safe place- ou 1 ponto de retainer[Fredo] com um ponto de loci)
    Haru: 6 +4 (Um ponto de ocultismo vem com um ponto de mentor, Maria- ou sobrevivência com Territorial Advantage 1)
    Oliver: 4 ( Um ponto de ocultismo e ressonante shaper por 2 pontos- ou 1 renome de zero pra 1 com um ritual de lvl1)

    Eventos
    Connor: Recebe Amy no bar. Os sons de socos e chutes em sacos de pancada tem uma tendência constante de se alinhar com a música. Ela aponta um garoto no ringue. “Ele é bom, mas não quer ficar junto com ninguém. Nem precisa tentar. Disse que quando ele te vencer ensino ele a lutar.” Ela ri alto. O garoto cheirava a uratha, mas vendo ele lutar sem camisa e não regenerando nenhum soco era fácil ver que não era. “Vocês ainda deixam os parentes andarem soltos? Ah, pediram pra trocar isso contigo pelo morador da faca. Pai disse que tava devendo uma pro cara ‘preso atoa’.” Ela mostra um pen drive de gatinho pendurado no dedo enquanto faz deboche do ‘preso atoa’. Ela diz não saber o que tem no pen drive e parece nem se importar de um jeito ou de outro.

    Haru: O gato preto a olhava enquanto passava entre as pernas de Main. Os três estavam na sombra. Axel e Maria estavam com ela. Os estranhos tinham negociado o que queriam. A libertação de Anoitecer Silencioso. Primavera Verdejante esperava brilhando como o sol da manhã. No momento em que Maria quebra o selo prendendo o espírito, a luz de seu par é uma explosão cegante. Do branco implacável surgem lentamente os tons de dourado, rosa, laranja e vermelho que tomam a forma de um intenso por do sol com olhos felinos e a silhueta de um homem. Maria lembra o espírito das leis dos urathas, uma ameaça que Axel ecoa movido por dever. Ethan é seus companheiros se apresentam e clamam por auxílio, por direção. "Não há o que esquecer filhos de Urfarah. Eu sou o dia e o fim, como vocês, na divisa entre dois domínios." Os olhos impossíveis de ler fitando Maria lentamente. "Você Primavera Verdejante, sempre leal. Sempre fervorosa e intensa como o Sol a fez. Tem muito o que me contar." A emoção era feita de cores refletidas em nuvens que não existiam. "Me procurem onde o Sol os toca no fim do dia. Não é hora para essas conversas." Os dois se vão juntos em direção ao horizonte.

    Oliver: Brendan o leva até uma fazenda no limite do território. O ar cheirava a terra molhada, grama verde e frio. Frio tinha um cheiro ali. “Esse é o lugar. Eu sei que é pessoal, mas eu não tenho mais tempo o bastante correndo na frente e alguém precisa olhar os dois lados aqui.” Ele não da a ordem. Ele não olha Oliver. Ele lentamente tira as mãos do volante e pega uma folha com cheiro amargo e a põe na boca. “É um lugar importante, uma vulnerabilidade do território. Lina e Elise agora moram no mesmo lugar e são como um loci cada uma. Sim, espíritos podem usar elas para passar para esse lado. A situação é mais fácil de prevenir que remediar, temos guardiões do outro lado trabalhando conosco, mas a verdade é que um uratha por é uma ameaça.” Ele aponta para uma casa alta perto da estrada. “Se quiser pode ficar com ela, tem uma caminhonete na garagem também. Sei que você gosta de usar estradas ruins. Claro, se quiser. O que me diz?” Ele finalmente olha Oliver e agora tem toda atenção no uratha mais jovem. Se o frio tem um cheiro ele também tem uma forma e essa forma está diante dele esperando.


    @Ankou @Alexyus @thendara_selune @Bastet

    Exp:
    Connor: 6+4 (Um ponto de Loci vem com 1 de safe place- ou 1 ponto de retainer[Fredo] com um ponto de loci)
    Haru: 6 +4 (Um ponto de ocultismo vem com um ponto de mentor, Maria- ou sobrevivência com Territorial Advantage 1)
    Oliver: 4 ( Um ponto de ocultismo e ressonante shaper por 2 pontos- ou 1 renome de zero pra 1 com um ritual de lvl1)

    Vou tentar evitar eventos que precisem de algum input dos jogadores, mas preciso somente de um sim ou não por PM mesmo e eu continuo.
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    Mensagem por Wordspinner Ter Out 10, 2023 9:13 am

    Ano 2

    Todos os olhos voltados para o que era o centro do território dos Uivadores, sua vila cuidadosamente construída por anos. A legião no caminho de todos ao mesmo tempo. Mesmo assim é impossível não responder quando eles dizem o que acharam. O encontro é tenso e cheio de suspeitas. A praça escura com as piscinas de skatistas vazias, cortesia da legião. As sombras pareciam querer ocupar qualquer espaço vago. O cheiro de uratha era inegável, não era uma surpresa antes mesmo de eles verem o grupo de jovens.
    Um deles, mais velho, se destaca e se aproxima. “Bom vê-los!” Uma mão acaricia a própria barba. “Eu esperava encontrá-los antes.” Um sorriso debochado no rosto.
    “Melhor falar logo porque tá com esses Anshega aqui.” As palavras de Coração Vazio fazem pelos arrepiarem. Ninguém em Dover ouvia Anshega sem sentir dor de algum tipo. “Que merda é essa?”
    “Eles não são Anshega, não são mais. Só não como ser tocados de novo pela mãe. São daqui, poderiam fugir como alguns fizeram, mas estão aqui, cada um deles, para ver a luz.”

    Lentamente eles se apresentam um a um.
    Josh Sparks, Evie Simons, Lottie King eram três urathas sem augúrio. Brandon King, Matias Gerhardt, Eva Grififith, Rick Price eram parentes. Eles falam um pouco das suas experiências. Eles não são uma alcateia em qualquer nível formal, mas Nicholai tem protegido e guiado os jovens, mas admite não saber como restaurar seus augúrios mutilados. Conversas de muitos tons diferentes ganham vida naquela noite, nenhum dos quatro tem tribo. Nicholai conta sua história em Sparhall e é reconhecido por Haru e Nestor.

    --
    Os Algozes continuam com seu território sem demonstrar qualquer intenção de aumentar. Já o Destino se expande e se espalha na direção contrária da Legião de Sangue. Os Lobos a Diesel vem e vão com suas mochilas grandes e agora mantém uma casa no território neutro onde sempre se pode encontrar uma delas e passaram a catalogar todos os parentes que encontram e alertar as outras alcateias sobre eles. Em Sparhall a aliança luta para manter o território mais distante de Dover que podem. Eles assistem os Anshega e esperam enquanto queimam qualquer vestígio da sua presença que podem encontrar.

    --

    Connor: O espírito liberto do fetish era um pássaro feito de nevoa densa. Ele agradece sua recém adquirida liberdade e voa pra longe. O pen drive tinha fotos e vídeos de Millie e um bebê gordinho de cabelos pretos em casa de campo. Uma localização por satélite com um endereço formal. Horas depois ele recebe uma mensagem, iam esperar até o final do mês e depois disso ele podia ter certeza que o garoto estaria seguro. O jovem no bar Aaron Black e por mais que não esteja interessado em fazer parte da Realeza afirma estar disposto a trabalhar por aulas enquanto Connor tiver o que ensinar.
    Os filhos de Tuya, um casal de cabelos negros e olhos puxadinhos, são absolutamente saudáveis. Porém o humor da Cahalith parece se tornar terrível com a chegada dos dois. Sempre tão perto da fúria.

    A caça ao novo totem reacende a cahalith, mas o laço com o espírito de fúria torna todos mais agressivos e isso leva todos a uma visita desagradável ao médico onde eles explicam um ataque de cachorro para disfarçar as marcas que um momento descontrole fez no braço do menino. Ele recuperaria a mobilidade completa, mas ia ter cicatrizes.

    Era péssimo para a mente de todos eles estar disputando território com a legião. Krantz era um desgraçado, mas extremamente competente e parecia saber tudo que acontecia na sombra. Artrid aluga uma casa solitária bem no centro do território e Heron não parece morar em lugar nenhum, apesar disso está sempre fresco e bem arrumado. Já Connor preso entre a pressão dos seus ancestrais e a fúria do seu totem desiste de qualquer tentativa de manter seus planos e acaba pedindo ajuda de Maria para encontrar Estalos.
    A velha tem muito o que ensinar, mas não gosta de Connor e menos ainda de seus passageiros. Ritual atrás de ritual ela ajuda Connor a recuperar sua sanidade, o quanto dela ainda resta, em nome da amizade com Ash. Dias se tornam semanas nas quais o lua cheia ganha o suficiente da confiança dela. Na noite de lua cheia na qual ele é finalmente aceito o velho Cruza Portais está presente e os assiste na cerimônia.

    Haru: Axel vê a dedicação de Haru e seu modo familiar de tratar a alcateia e logo passa a valorizar muito sua opinião. Joe na ausência enorme de Connor tenta se provar forte o bastante e agarra com garras e dentes a chance de ajudar Haru a treinar, porém ela se descobre uma lutadora mais competente que ele. Porém o rahu se de esforça para aprender outros tipos de combate na tentativa de vencer Haru sem seus poderes de augúrio. Hana sente o peso da solidão trabalhando duro e fica aliviada quando as duas se mudam para a casa da alcateia e suas contas diminuem. Ela também se mostra muito contente com a companhia da alcateia e um tanto deslumbrada com a vida noturna dos vizinhos e as festas na Enseada Esmeralda.
    Uma ligação no meio da noite chega para uma Haru cansada e ferida que tinha acabado de sair da Sombra com Axel e Joe deixando a pequena Skye para trás. Um massacre no centro de tratamento onde o tio estava internado. Ela chega para encontrar o lugar em chamas. Colunas negras de fumaça tentavam tocar as estrelas. As luzes de ambulâncias e caminhões do bombeiro se misturavam as da polícia. Caos. Nicholai a segura antes que ela pudesse se jogar nas chamas atrás do tio e dizia de novo e de novo que ia ficar tudo bem. Mais tarde o tio é encontrado com queimaduras leves abraçado a uma garota que tinha escapado ilesa de tudo.


    Oliver: Prestes a publicar um artigo, Oliver encontra um artigo com o mesmo conteúdo que o seu. Uma frustração que todo pesquisador ou cientista já sofreu. O revés só o motiva a trabalhar ainda mais rápido e focado no seu novo projeto que dias antes é publicado pelo mesmo aluno de pós-graduação. A sensação de irritação é impossível de conter e fica ainda mais profunda quando ele percebe o quão rápido o aluno publica novos artigos profundos sobre vários ramos das ciências naturais.
    Oliver avança sem problemas na sua formação vendo uma nova estrela ocupando as cadeiras de mestrado com sua constelação de amigos, todos publicando com impressionante velocidade e profundidade. O uratha passa a receber e-mails de uma revista digital que ele não assinou com as publicações do grupo e um link para “trabalhe conosco”.
    Aedan e Maria passam a usar mais do tempo de Oliver, Maria o instruindo e indicando algumas de suas tarefas estranhas e Aedan o levando em silenciosas e soturnas rondas pela sombra no território onde ele fala somente o absolutamente necessário e isso normalmente são perguntas sobre espíritos. Não que ele fale qualquer coisa sobre as respostas que Oliver dá.

    Algozes no Escuro: Marco finalmente consegue sua sua cidadania aprovada e seu inglês ainda com sotaque forte já é bom o bastante para comunicação com qualquer nativo. Joe continua cultivando suas ligações com o crime e frequentemente sabota antigos rivais com assaltos inesperados ou simplesmente colocando Silvia na direção certa. Axel reúne os algozes toda semana e fez crachás para todos eles entrarem ser incomodados em seu escritório novo no prédio em frente ao bar da Olena. Ele ajuda as pessoas no território com todo tipo de problema e instiga outros urathas a olharem o outro lado. Skye passa muito tempo do outro lado seguindo o totem da alcatéia.

    Realeza da Rua 47: Artrid lentamente acumula quinquilharias e livros empoeirados até Heron convencê-la a vender os que não fosse usar. O charmoso pesadelo passa horas todos os dias como o único vendedor do sebo, mesmo que seus trajes e atitude destoem completamente do estilo do lugar e não seja incomum vê-lo com uma garrafa de cerveja na mão. O território vê muitos conflitos surgirem e Connor se vê do lado errado do medo. Arban é uma artesã cheia de paixão e muito mais caridosa que suas finanças suportam. Tuya não se importa com dinheiro e posses materiais, Connor precisa se acostumar com a inconveniência de nenhuma das irmãs terem telefone. Nesse quesito Heron é o mais atualizado e Artrid é quase selvagem.

    Filhos do Corvo: Os filhos do Corvo são reservados e se reúnem sem nenhuma ordem aparente. Todos tem as chaves de um apartamento na cidade onde Brendan mantém recursos básicos para limpeza e alimentação e cada um tem uma muda de roupas que nunca foi usada, esse lugar quase estéril é um dos pontos de encontro da alcateia. Um Mcdonalds na divisa do território também é um desses. Oliver logo fica sabendo de algumas das estranhas tarefas e segredos da alcateia, como uma rede de lâmpadas brilham com uma luz quente como o dia em uma praça velha e esquecida ou a necessidade de espalhar migalhas de pão por todo o território no primeiro dia de cada lua.
    XP 3

    Connor: Autocontrole por 3
    Haru: Empatia por 1
    Oliver: Acadêmicos por 1
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    Mensagem por Wordspinner Ter Out 10, 2023 2:44 pm

    Ano 3

    O medo estica seus tentáculos pela sombra. Terror nas sombras um tirano que obedece às leis urathas. Uma doença que se espalha e ferve com a presença não tão inesperadas de Lembrança do Fim que ameaça tanto a corte do medo quanto a corte da morte. Sussurros se espalham pela sombra de que as duas podem se tornar uma. Não que qualquer um tenha tempo de lidar com isso antes que a infestação de ratos atinja um nível crítico. Não só os animais no mundo da carne, mas na sombra e junto com eles a hoste do rato. Uma onda de horror se espalha pela sombra e vaza para o mundo físico. Nenhum território é polpado, mas o pior recai sobre Polotown.
    Durante a reunião emergencial do protetorado para criar um plano de ação anuncia um problema ainda mais perturbador em sua estranheza, criaturas do mar tem caçado os sangues do lobo e possuindo corpos para isso. As imagens que eles têm causam grande estranheza. As pessoas são modificadas rapidamente e essa mudança é irreversível e uma ameaça ao segredo. Maria e Nestor abandonam a reunião nesse momento e mais tarde todos descobrem o motivo: Hild havia passado pela primeira mudança.
    Elise não tinha resistido. George tinha perdido uma perna e Lina o rosto e a visão.

    A situação piora com o passar das semanas. Mais coisas saem da água. Mais ratos saem do esgoto. Muitos espíritos reclamam com os urathas que seus domínios estão ameaçados e se preparam para escalar. As alcateias se mobilizam e agem, mas não é o bastante para lutar em todas as frentes ao mesmo tempo. As histórias que saem nos tabloides e blogs e correm os bares deixam novamente o medo mais forte. A morte que se espalha na cidade deixa a morte mais agitada. Doenças assolam os humanos, especialmente os mais pobres. Chuvas constantes fazem a estação ainda mais incomoda e doente.
    As cortes da eletricidade, tecnologia e informação se viram em uma caçada aberta e irrestrita aos ratos onde quer que eles estejam. Sombra ou Carne. Terror no Escuro informa o protetorado do que se passa sem cobrar nada em troca. Lembrança do Fim oferece a morte de muitos e muitos ratos como um tributo. Hotel dos Ossos envia um emissário para informar que se o protetorado não conseguir lidar com o problema ele vai apadrinhar uma alcateia e mostrar o caminho. Vingança que Espera reforça o pacto com os Algozes do Escuro e cobra a proteção deveriam partilhar.
    Sem nenhum aviso e nenhuma razão as criaturas do mar desaparecem depois de três longos meses. Os espíritos da região, quando questionados, negam saber qualquer coisa, quando obrigados a falar dizem que algo das profundezas vinha e devorava, então vomitava as coisas estranhas que vagavam para o mundo da carne antes de retornar ao seu lugar.
    Já os ratos se espalham e diminuem só para explodir em caos e destruição em outro lugar. Três puros atacam em um desses momentos tentando matar todo o protetorado em uma das suas reuniões com bombas e munição flamejante. Os contatos de Nicholai na sombra o avisam e a armadilha é virada contra os Anshega. Nenhum dos três sobrevive a luta e um enorme pedaço da hoste é eliminado.
    A luta continua durante o ano todo. A sombra se transforma com as mudanças no mundo físico e a guerra das cortes.

    Connor: Heron parece confortável e constantemente alimentado, sempre prestativo e inesperadamente empático. Ele sempre sabe como Connor ou Tuya se sentem. Artrid diz caçar ratos, somente ratos quando Tuya fala do problema com eles. Arban encontra mais de um buraco no dromo e os aponta aos uratha. Nenhum bairro é poupado. Nem as crianças tem paz. Muitas das relações e negócios dos urathas sofre com seu temperamento que está sendo pressionado ao extremo. O totem da alcateia sempre oferece palavras de conforto como “Sem os dentes ele não vai falar aquilo de novo” “Arrancar a roda do carro dela não é nenhum exagero, é a medida certa.”

    Haru: O caminhante fica furioso com os ratos e a direção que o medo na cidade toma. “Eles temem a coisa errada. As pessoas me esquecem. Lembrem a eles. Protejam minhas árvores e minha escuridão” O totem mais de uma vez lidera ou participa de investidas de espíritos naturais contra os ratos e até contra espíritos de energia e tecnologia que segundo ele “... ultrapassam seus limites.” Joe negociou algum trato que afastava os ratos de alguns lugares do território e isso permitiu emboscadas que seriam impossíveis antes. Skye só atravessava o dromo para descansar, se uma pessoa estava adaptada a tudo isso era ela. Caçava e caçava sem se preocupar com qualquer outra coisa, ela nem percebe a mudança de Clara.

    Oliver: A perda de Elise é sentida por toda a comunidade e todos enviam algum tipo de solidariedade. A carreira e os estudos assumem uma prioridade menor, quase descartada com Brendan instigando todos a agir incansavelmente. Dia ou noite. Carne ou espírito. Os Filhos do Corvo só poderiam parar quando a nevoa cobria todo o território. Os ratos adoravam o campo e as fazendas e Maria se opunha fervorosamente ao seu assassinato e Brendan concordava que eliminar todos os ratos não era o melhor caminho e para o Senhor das Tempestades só cabia o melhor caminho. Uma noite de lua cheia ele chega em casa cansado e sujo de sangue, faminto e exaurido de essência, para ver Hild acelerando sua moto para a direção errada, os cabelos ruivos de Lina deixando um rastro de cobre.

    Ano perdido XP: Pode-se perder Recursos, fama, staff, aliados, contatos, ou status para usá-los em outros méritos.
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    Mensagem por Wordspinner Sex Out 13, 2023 3:03 pm

    Ano 4

    Meses de calmaria fazem os urathas procurarem inimigos entre eles mesmos. A Realeza da Rua 47 descobre que o protetorado prefere deixar a Legião de Sangue onde está, bem no caminho das ambições do lua cheia. Axel passa todo o tempo falando da hoste do rato e como deveriam ir atrás dela, ainda assim suas fronteiras estão sempre bem vigiadas. Destino oferece a todos um caminho para usarem o aeroporto mediante um aviso e sempre informam sobre qualquer uratha que chega de avião.  

    Connor: Connor encontra retaliações rápidas e brutais vindo da Legião do Sangue quando testa suas fronteiras, sangue do lobo ou não, eles tem pessoas dispostas a violência o bastante para colocar uma flecha no peito do lua cheia e abandoná-lo com o segredo para proteger. Na sombra a fronteira entre os territórios é difícil de perceber, mas eles parecem ter conseguido recrutar os espíritos que Connor desalojou do seu novo Loci. Em Polotown para se aproximar dos novos urathas da cidade Connor é surpreendido pelo terremoto que joga a arquitetura local em um caos impossível de entender. Mas isso não era o problema. Os ratos eram. No começo ele aprecia o exercício e quase não percebe quando é tarde demais. Mesmo vendo a hora em que deveria fugir ele fica, não por escolha, forçado pela fúria. A divina e incandescente fúria assassina. Janelas, paredes, postes, pessoas... nada fica no seu caminho muito tempo. As imagens e sensações se comprimem em o que parece um único momento de glória vermelha e brilhante. Então dor. Ossos sem carne. Carne sem pele. Ele não sabia onde os mortos terminavam e ele começava. "O segredo." Era Tuya. A voz firme e sem emoção. A lâmina limpa na mão direita. "Pega o carro e leva ele pra Artrid." Ela fala devagar para a irmã que corre fora da visão do lua cheia. Ele não conseguia mover o pescoço. Ele sente os dedos carinhosos da cahalith no seu rosto, no que sobrou dele. "Vai demorar meu amor. Não se preocupa mais com isso." Ele não podia falar, não tinha os ossos que precisava para isso e então assiste enquanto ela procura qualquer sobrevivente e suja a lâmina de vermelho.

    Semanas de dor constante, ferimentos que teriam matado qualquer mortal o mantinham desesperado entre a vida e a morte. Artrid o costurava e acalmava com alguma magia vampírica, mas os dias eram pura agonia enquanto ele ainda não tinha a maior parte do corpo. Pelo menos a morfina funcionavam quando ele começava a sangrar, a regeneração não conseguia fazer os dois ao mesmo tempo. Nessas horas ele quase sentia falta das vozes. Matias Gerhartd e Brandon King o visitam frequentemente nesse período, sempre acompanhado de Tuya ou Heron. Nesse tempo a presença deles é a única coisa entre o lua cheia e a loucura.

    Haru: Tentar manter o tio seguro se prova complicado. "Algumas coisas só podem ser expressas em sangue." Ele diz das suas pinturas. Mesmo que muitas vezes use tintas comuns, na maior parte das vezes. Ele desenha o dia do fogo com a menina perto dele, mas nos seus desenhos ela é um lobo. Clara era uma uratha e Axel envia Haru, o mais próximo que eles tinham de um emissário que não era ele, para buscar a menina para uma reunião com os Algozes no Escuro. A menina tem dificuldades para entender suas memórias, sua mente funciona diferente agora. Ela é outra pessoa e muito mais no controle de si mesma. Skye por outro lado quebra sua máscara indiferente e chora abraçada a amiga que parece agora tão mais velha que ela. "Eu lembro de você desse jeito e é tão confuso. Eu estava em um lugar tão estranho e branco e eu não sei mais pra onde ir."

    Nicholai manda mensagens a haru, ele quer se encontrar e conversar, mas não está pronto para ver Jae. A dor do uratha só não é maior que sua dedicação a ver jovens que resgatou bem e integrados, de alguma forma restaurados ao que sempre deveriam ter sido.

    Axel passa noites sem dormir procurando a hoste e segue o conselho de Haru sobre o filho, mas envia Marco e Dulce e convence Olena a ir também. As crianças retornam falando pelos cotovelos dos amigos estranhos que fizeram. Dulce parece mais cansada do que nunca e Olena tem um dicionário de Japonês sempre com ela.

    Oliver: Os Filhos do Corvo se mobilizam para proteger seus parentes quando sua rotina muda. Oliver vê o quanto a família Mcleary e os Filhos do Corvo são uma coisa só, uma contida na outra e indivisível. Querendo ou não ele se vê parte da família, incluído em almoços, jantares e comemorações. Ele tem a chance de conviver com o irreverente George, o ligeiramente desequilibrado George Jay e a frágil e inocente Kandice sempre perseguida por espíritos. Quando os ratos atacam novamente. Ele tinha muito mais pelo que lutar do que antes. Os ataques causavam bem mais do que a destruição que era simples de se ver, deixavam buracos no dromo entre os dois mundos. Buracos por onde qualquer um podia passar. Buracos que eram abusados de um lado ou de outro.

    Junto com Maria ele tenta reparar o Dromo, mas a maior parte do estrago tem que ser deixada para se reparar sozinha. O tempo que ele gasta vigiando o permite estudar novamente, assim como os lugares que ele precisa ir acima e abaixo da terra. Novamente ele é procurado pelo estelar grupo de pesquisadores que são sempre extremamente rápidos em suas publicações. Dessa vez, em pessoa, Leonard Sislack se aproxima de Oliver com uma proposta de colaboração e pesquisa. Ele cheira a platina quente e ozônio. Oliver o tinha visto na faculdade, mas nunca envolvido em qualquer debate ou produção acadêmica exceto aquelas que se davam em bares ou cafeterias.



    --

    Ano 4 continuação

    Antes do fim do ano os ratos estavam encurralados a um grande custo para os urathas e seus parentes. A cidade não saiu ilesa e nem muito menos as cortes espirituais, em especial a os ratos que não eram Beshi'lu. As ruas e os prédios foram aliados indispensáveis. Assim como os estranhos que os ventos uivantes convenceram a confundir e empurrar os ratos. Porém durante a ultima batalha onde Nestor novamente invocou uma enchente, que com ajuda de espíritos do oceano e da maré varreram os últimos Beshi'lu da ilha, dois parentes desapareceram sem deixar rastros. Kandice Mcleary e Miguel Rodrigues.

    Connor: Tuya o encontra no fim da luta, os dois molhados e tremendo de frio. Um sorriso no rosto. "Vamos para casa, nós três."

    Haru: Clara luta junto com os Algozes e Axel a aceita na alcateia de forma definitiva para ter a vitória transformada em cinzas quando chegam em casa e encontram Dulce chorando.

    Oliver: Brendan não descansa. Não para. Encontrar Kandice é o mais importante. Ainda assim, quando Nestor o chama para uma conversa particular os dois saem claramente contrariados e Brendan só tem uma coisa a dizer. "Encontrem ela." A voz fria como o Coração do Inverno.


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    Mensagem por Wordspinner Qua Out 18, 2023 10:02 am

    Ano 5

    Anos de um longo e complicado pesadelo. Doce e insano. Terror e loucura. Miguel e Kandice tinham cruzado a porta errada anos atrás. Do outro lado? Algo absolutamente inumano esperava, algo que não entendia medo ou tempo. Algo irresistível em seu horror torturante. Algo para o qual os dois voltavam ansiosos sempre que tinham a chance. Lentamente nem eles mais sabiam o que acontecia do outro lado e temiam tanto quanto desejam ver a porta aberta novamente. As lembranças não ficavam para trás, ficavam trancadas dentro de uma jaula de medo, vergonha e culpa.
    Os Beshilu tinham sido eliminados, mas com eles os espíritos de ratos e até a população deles nessa parte da ilha. A sombra tinha mudado drasticamente e seus moradores se adaptavam ao seu modo. Os urathas ganhavam controle sobre as ruas e espaços da cidade. Assim conseguiam olhar para outros problemas menos urgentes. Outros objetivos mais distantes da crise existencial que era a hoste do rato.

    Connor: Brandon é repelido pelo lua cheia de forma profunda. Já Matias encontra nele alguém quebrado e incoerente. Alguém que tem as palavras, o coração e ações em lugares diferentes. Alguém como ele. O desaparecimento de Kandice faz o pai de Connor sentir a gritante necessidade de estar perto dele e com isso o rahu percebe o quão triste e profundamente descuidado ele estava. Artrid anuncia que existem outros vampiros em Dover, ela pode ver os rastros deles e não quer qualquer contato urgindo a alcateia a ficar longe do Corona. Já Heron não tem do que reclamar e abraça os novos integrantes da alcateia com carinho impressionante. Arban não sabe inglês e parece não se importar, mas faz com que Tuya a leve para lugares selvagens e implora por um cavalo para correr livre. Fredo começa um mapa da cidade em uma parede da sua casa marcando os lugares onde sente ‘coisas estranhas’.

    Haru: Hana estava cansada demais dos vídeos e os abandonava para poder estudar. Ela via a irmã se esforçando pela nova família e fazia o mesmo todos os dias, especialmente com o tio presente. O valor do efêmero amor das redes era pequeno se comparado a realidade da presença dessa família. Os negócios de Axel ganham mais e mais espaço na região e Marco ganha mais e mais trabalho por ele. Joe é, como sempre, uma mistura de má influência e protetor a qual Skye é imune, mas não os outros parentes. Judas passa a ensinar música a Clara que pretende fazer parte da sua banda. Skye continuava passando tempo demais na sombra, mas sempre aparecia para ficar perto de Clara e as duas juntas observavam Hana e Silvia com alguma admiração procurando como ser mulher. Silvia se mantinha independente e focada no seu trabalho rebatendo ferozmente qualquer insinuação ou desejo de que ela mude.

    Miguel: Os pesadelos e a realidade são a mesma coisa, especialmente quando sonhos cortam mais fundo que navalhas. É difícil saber quando começou a história que eles contavam. Não, a história que viviam. Lá ele era diferente. Outra coisa. Uma sombra refletida em uma tela dançando ao sabor de uma chama impossível que queimava para o lado errado em cores que não existiam. Ele ouvia as risadas dos gigantes que assistiam.  As jornadas duravam semanas, meses, anos... no fim eles voltavam para o mesmo momento, às vezes ele tinha que esperar ele mesmo cruzar a porta para poder voltar. Eles. Ele não estava sozinho o tempo todo. Ele via os outros que faziam a história com ele, mas era irreal. Seus personagens não eram eles. Era fingimento. Era fingimento até voltarem pela porta errada. A caçadora, sua amiga, os tinha levado ao lugar errado onde eles esperavam. Eles? Os puros. Dessa parte ele se lembra com detalhes. As verdades brutais e injustas jogadas neles. A impotência. O quanto eles o faziam se sentir especial e aceito. O quanto eles levavam a sério o que ele via e agiam rápido para aliviá-lo. Lá ele conheceu as pessoas por trás dos seus companheiros na história de sombras. Kandice era a mais velha e os puros a mantinham separada durante o dia e davam a ela a tarefa de alimentá-los. Koji e Yumi eram menores que ele e ferozes, quase selvagens, eles choravam, mas sempre tentavam esconder. Nenhum deles era ruim com Miguel, mas também não sabiam sair de lá.

    Oliver: Encontrar Kandice movia a alcateia. Logo movia todas as suas partes. As noites eram ocupadas com interrogatórios e discussões inacabáveis. Loba sem Sombra perguntava a todo tipo de espírito por alguma pista. Brendan vasculhava entre as instituições humanas e Nestor... Ninguém sabe o que Nestor estava fazendo, mas o velho voltou com uma resposta desconfortável. Anshega. Kandice estava com os Anshega e não estava sozinha. Oliver é incumbido de levar a notícia por Brendan e conseguir cooperação das outras alcateias. Todas elas. De uma hora para outra o uratha se vê na desconfortável posição de forçar urdagas a cooperar e se organizar.


    Ano 5 Continuação

    Guerra. É isso que se vê no horizonte. Guerra. Quando a noticia chega Sparhall a aliança já estava pronta para abrir caminho passando por cima de Anshegas até chegar onde queria. Mas ninguém sabia onde isso era. Não que isso fosse impedir os Dragões de Aço de lutarem contra cada puro na ilha. A comoção e a tensão de um possível, provável, confronto contra os puros trouxe de volta a ilha alguns não muito ilustres visitantes. As Víboras, com Zehnya e Charlote e outras duas urathas. William Crestwood e Fumaça também estavam presentes convocados por Nestor, não que os três parassem de discutir em algum momento.
    Os urdagas não podiam esperar mais. A aliança de Sparhall e o protetorado de Dover fizeram seus movimentos. Jogaram seus dados. Alguns querendo abertamente, ou não, pelo controle, outros lutando por uma cooperação real. No fim a impaciência pela qual os urathas são famosos os convenceu a atacar o alvo mais próximo Willow Crest. A batalha foi uma surpresa para os Anshega e isso custou caro para eles. Sem os olhos atentos de Agdamos sobre eles os urdagas acharam a guerra muito mais difícil, pesada e cruel. As lembranças de cada ação gravadas em contraste vermelho.
    Em Willow Crest eles se separaram em grupos. Legião e destino caçando juntos. Filhos do Corvo, Algozes no Escuro e Realeza da rua 47 correndo juntos. Um passo leva a outro. Uma invasão precisa ser vingada. A primeira gota de sangue derramada faz qualquer esperança de uma resolução pacífica ser a resposta.
    Logo depois do pior começar Fumaça, William e Nestor decidiram seguir para Eastmound e separados mesmo assim chegaram tarde. Encontraram os parentes e uma alcateia inteira de Anshega mortos interrompidos em suas tarefas.
    Alguns vão lembrar do dia como uma vitória, outros como uma derrota. Todos como um dia sangrento onde mais que ossos foram quebrados.



    Connor: Tuya ia lutar e nada a impediria. As palavras do rahu eram ouvidas e rebatidas. “Eu sou uma guerreira e ela também.” Heron se ofereceu para ajudar. Ele podia lutar de alguma forma. Ele podia procurar e caminhar entre os inimigos e talvez não ser visto. Os parentes cuidariam de tudo na ausência deles. Ainda assim ele sentia medo de sair. Mais ainda quando vislumbrava a excitação nos olhos de Arban.
    Quando a fúria cobre a sua mente como a noite sempre segue o dia ele perde muito mais que a razão. Ele sente Tuya com ele. Unidos na glória sangrenta de uma luta sem vencedores. No fim ela não chora, ela se levanta com tristeza clara enquanto cumpre seu dever. O segredo precisa ser preservado.

    Haru: Axel corre o território procurando por pistas. Respostas. Nenhuma. Dulce não consegue encontrar fim para a própria miséria. A dor dela se espalha pela alcateia como fogo. Seja empatia ou não. Todos a sentem. Skye novamente se isola na sombra procurando rastros. Clara vai atrás da amiga. Joe checa com todos os seus contatos e não tem nada para contar além de dentes quebrados, arrependimentos e culpa. Dessa vez Haru consegue lutar. Dessa vez ela consegue as lembranças escuras e frias para acordar ela a noite sozinha e suada.
    Quando eles chegam em casa encontram as luzes de um carro de polícia iluminando o gramado. Tinham levado Judas até em casa e Marco ao hospital junto com outros sete estrangeiros direto de um show da banda do primo do alfa. Marco não acordou.

    Miguel: O grito ainda o acorda a noite. Nenhum sinal. Sem luzes piscantes. Sem arrepio frio. Sem som. Sem cheiro. Dan era é ótimo, cuidou de cada joelho ralado e corte nas mãos de cada vez que eles tentaram fugir. Ele sempre tinha uma barra de caramelo e chocolate para eles. Ele tava sorrindo com uma na mão quando aconteceu. Ele tentava falar, mas sangue borbulhava da boca dele e escorria do corte no pescoço. Ele cai devagar, sem barulho. Sem bagunça. Deitado delicadamente de costas no chão. Segundos crescem um maior que o outro. Miguel olha Yumi e Koji ao seu lado e não sabe qual dos três gritou. Kandice aparece na porta, ela não olha para o chão. Ela tem sangue na roupa e no rosto. Ela não encontra espaço para falar entre as respirações apressadas.
    Quando eles chegam do lado de fora Miguel tinha perdido a conta dos corpos. Seus passos faziam um barulho pegajoso e deixavam marcas vermelhas. Kandice para todos eles assustada. Um homem negro de chapéu na frente do portão automático que abria sozinho. Portão que era um obstáculo intransponível por semanas. O homem sorri simpático, mas isso só faz o pânico aumentar. “Não precisam correr crianças, a gente veio levar vocês para casa.” Ele não dá um passo. Ele e Miguel também. Aquela era a saída. A única saída. Ele não queria voltar. Mary estava morta sangrando na frente da tv na sala grande. Joseph era chato e intrometido e Miguel olhou dentro das costelas dele sem querer. “Tio!” A voz de Kandice arranca ele de volta das memórias. Outro homem que ele nunca viu antes. Ela corre. Os dois menores correm com eles. Miguel nem sabe dizer quando começou a correr. Nem quando começaram a chorar. Muito menos o porquê.

    Ele lembra do caminho de volta em um carro apertado. Não sabe por que não foi direto para casa. Mas as pessoas que moravam com ele levaram ele. Axel, Joe, Clara, Skye, Haru. Bagunçados. Aliviados. Olhavam para ele como se fosse a ultima coca gelada do deserto com gelo e guarda chuva de brinquedo. Quando ele viu a mãe ela tava do lado de fora da casa. Correndo pro carro.


    Oliver: Ser um dos Filhos do Corvo não é fácil. Mas lutar com eles era. Disciplina e calma guiavam as ações deles. Aedan, silencioso como a morte era frio e letal. Rápido e eficiente. Maria era graciosa e atenta. Impossível enganá-la. Brendan solido e confiável. Ele tirava as próprias emoções do caminho e te desembaraçava das suas. Nestor? Ele tinha desaparecido no assim que as coisas azedaram, mas Brendan explicou tudo. Ele tinha seguido os Farsil Luhal. Eles estavam discutindo o tempo todo e não conseguiam concordar, mas perceberam algo e mudaram de alvo. Ele tinha que ter certeza, tinha que tentar. Mesmo assim Oliver ainda se lembra do braço sendo apertado por dentes até os ossos racharem feito lenha.
    Eles tinham colaborado. Todos eles. No fim tinha sido impossível controlar a onda viva e furiosa que era um ataque uratha. Impossível proteger o mundo dos seus efeitos colaterais. Ele tinha sentido o gosto de ser parte disso, de causar isso. Amargo e doce.


    XP:3

    Connor: Politica por 1

    Haru: Briga com 1de box de bônus

    Oliver: Presença por 3
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    Mensagem por Wordspinner Sex Out 27, 2023 9:18 am

    @Alexyus @Ankou @Bastet @thendara_selune

    Para o sexto ano eu pretendo algo mais longo e participativo.
    Essas ceninhas abaixo não são tudo. ( vai ter um resuminho como nos outros anos com xp no final)
    Não é para as cenas se estenderem, a intenção é vocês terem a chance de se conectar com seus personagens e eu poder ver vcs interagindo com eles. Pros veteranos é um reencontro e pros novos a chance de testar a pele deles. Não se preocupem em dar longas descrições ou realmente me informar de onde veio e pra onde vai. Se preocupem só em experimentar e não se preocupem com forma e apresentação.

    Spoilers: Próxima cena do Oliver é uma caçada com a alcateia. Próxima cena da Haru é em Polotown com Axel, Krantz e Maria. Não sei ainda Miguel e Connor.


    Connor take 1:

    “Esquece essa vila...” Ela fala olhando as crianças brincarem no quintal grande. Eles precisaram comprar duas casas para isso poder acontecer. “Eu mereço ar fresco. As crianças precisam de espaço pra correr e cair, não viver em caixas. Arban quer cavalos.” Mas Connor sabia que ela queria também. Sabia que ficar tão perto do Loci deixava toda alcateia rangendo os dentes. Tão perto da Legião também. Ela suspira e ele se sente incompreendido, ou talvez a ordem seja oposta. “Pegamos cada centímetro que conseguimos tirar da Legião. Cada centímetro que os Algozes não tomaram. Nos espalhamos até ocupar toda fronteira com os Filhos do Corvo. Somos só dois e temos mais o que fazer.” Ela segura a mão dele como se ele pudesse fugir. “Um morro solitário perto de uma fazenda abandonada. Pode ser a nossa casa. Artrid pode desenhar e seu amigo Algoz pode construir. Podemos ter uma casa grande com quartos extras. Uma outra com paredes grossas para você dormir melhor.” O tempo todo os olhos dela estão nós três pequenos.
    “A gente lutou muito aqui e eu preciso de um outro lugar.” Ele sabia que ela queria ir para longe do quarto que ela e a irmão tinham pintado para a menina que nunca veio. “Seu pai e Matias não estão melhorando. Além disso minha irmã é solitária aqui com todas essas pessoas.” Ele percebe que ela não estava falando inglês, ela usava a primeira língua quando as crianças não precisavam entender o que ela falava. Arban também não falava inglês, só o bastante para entender as crianças. “Fredo teve o sonho da dança, a dança com a mãe e nele a chuva vermelha enxarca o vestido dela. Ele disse que ela quer vingança, implora para ele. Pode ser a hora.” Soava como um aviso e não um argumento. Ela tinha se desviado, mas ele sabia que ela ia voltar.
    “A gente tem muito território e eu sei que você quer mais. Sei que vai dizer que não, mas quer. Vai dizer que só quer o mínimo. Mas eu sei o que a gente precisa. A gente precisa de espaço. A gente deixa tudo que tem perto da Legião de lado e se eles quiserem que se estendam além do que podem. Mantenha o loci, é importante. Não precisamos de uma vila de concreto no coração da cidade. Precisamos de liberdade para nós mover, de terra fresca de verdade e paz para ver nossas crianças brincando.” Ela passa a mão pela cerca branca de madeira de novo e de novo.


    Haru Take 1

    “Não!” Skye grita correndo pela sala grande passando de uma cadeira para outra. Clara atrás dela com um blush numa mão e um pincel na outra. “Para com isso, você disse que ia ajudar!” A voz de Clara estridente. “Olha.” Hana puxa o rosto de Haru de volta para ela olhar o trabalho no rosto de Dulce. Ela era a testadora primária dos produtos de Hana e ela levava cada pincelada a sério. Silvia nunca tinha qualquer problema com algum produto, assim como Haru e as meninas. “Você não disse que era isso! Não quero!” Skye continuava fugindo de Clara, mas agora já estavam do outro lado. “Você prometeu!” A voz de Clara arranha na garganta com mais raiva do que a situação demandava. Os olhos dela fixos na irraka de um jeito que fazia todos lembrarem que ela saiu do manicômio por conta da sua primeira mudança e nada mais.
    Skye para de correr. Dulce fica rígida na cadeira. Medo. Joe estala a língua da porta. “Oi! Oi! Shhhhh... Nada de errado, tudo sob controle. A gente não atrasa não...” Ele fala no telefone se afastando do barulho. “Eu já cortei o cabelo...” Skye emburrada “Não é justo.” Ela reclama de novo enquanto Clara se aproxima devagar com dedos apertando o pincel como uma arma. “Senta. Você vai se maquiar e vai usar o vestido e vai ficar linda a noite toda!” Era uma ameaça. Claramente era. “Olha!” Hana puxa a irmã outra vez. “Eu gostei!” Ela se move para olhar de outros ângulos. “Bonito aqui.” A voz era Olena onde Joe estava um momento antes, Haru ouve Hana retocando o próprio trabalho. “Vocês escolheram bem.” Olena fala impressionada, mas Hana tinha escolhido tudo e Axel ajudado coma reforma, ele assumiu depois do que aconteceu com Marco. Haru vê os espelhos na parede e sua nova família quase toda nele.
    Skye encontra os olhos dela pelo reflexo e implora por socorro. O filho de Axel e Olena entra correndo e rindo com Joe atrás dele. “Oi! Devolve garoto!” Não adianta nada. O pequeno mostra o isqueiro dourado para a mãe orgulhoso. Ela faz uma cara envergonhada para Joe antes de devolver o isqueiro. Ele sai sem falar nada, totalmente concentrado em não reclamar. “Não se atrasem, a inauguração do centro esportivo é muito importante pro Axel e ter vocês lá significa tudo.” Diz Olena carregando o filho para fora. Os dois passam por Silvia na entrada, que estava irreconhecível em um vestido preto provocante. “Tão prontas?” A voz da policial mostrava que ela sabia que não estavam. “Quem vai comigo?” Ela pergunta se sentando em uma das cadeiras altas e confortáveis.

    Oliver Take 1

    O parque era uma necessidade. Parte de um estudo de botânica que tinha começado trinta anos atrás com árvores ameaçadas. Não era o foco da sua pesquisa, mas toda comunidade científica estava reunida ali para uma premiação e a costumeira apresentação anual da pesquisa. Ele estava com uma boa roupa e feliz de não estar a serviço da alcateia por uma noite. Os Filhos do Corvo tinham muitos acordos para manter. Espíritos presos que ele não podia esquecer como libertar sem arriscar a libertação deles. Fraquezas raras escondidas ou exibidas.
    Ele sente o cheiro de Aedan Mcleary sem o ver. Sem o ouvir. Mas Oliver via Leonard Sislack facilmente. O homem queria aparecer, ele se banhava na glória do evento e bebia dos sussurros que o descreviam um Da Vinci moderno. Um Icaro com asas de titânio e resfriador industrial. Os olhos deles se cruzam. Os dentes do professor convidado aparecem brancos como a neve e ele abandona os seus bajuladores para ir até Oliver cheio de charme e simpatia. Oliver lembra que ele nunca era desagradável, sempre um potencial aliado. Sempre um amigo esperando uma chance. “Não.” A voz fria interrompia os pensamentos dele. “Tem algo errado com isso. Sente o cheiro? Isso não é cheiro de gente.” Aedan falava dentro da cabeça dele. Um intruso que parecia saber exatamente como ele se sentia.
    “Não esperava vê-lo aqui, meu amigo! Uma mente brilhante que merecia estar lá!” Leonard aponta o palco temporário com um dos seus afiliados recebendo um prémio de reconhecimento cívico pela sua pesquisa. Nada comum. Nada normal. O prefeito parecia estar muito interessado em pesquisa nos últimos anos. “O convite ainda está de pé.” O jeito amigável. O copo de água com gás levantado como um brinde. “Sabe onde encontrar a gente.”
    Logo a voz de Aedan soa de novo. “Não gosto dele.” Ele quase não fala nunca. “Quer abrir e ver?” Sem explicações. Só espera silenciosa como era na maioria das vezes. Diferente de Oliver ele era um fanático. Enquanto Oliver ponderava a verdade por trás das formulas e símbolos, Aedan mergulhava no que era ser uratha sem hesitação. Sem pensamento crítico.
    “Tudo bem com você?” Leonard pergunta enquanto Oliver está tentando tirar as imagens do pesquisador com o torso aberto para inspeção.

    Miguel Take 1

    Koji olhava para ele furioso. Era sempre assim depois que tentavam escapar. As mãos do garoto rasgadas e pingando. Arame farpado do alto do muro. Miguel sabia que o menino estava bravo com todo mundo e especialmente com ele mesmo que tinha largado o arame ao invés de se jogar do outro lado. Os gêmeos eram um toque mais selvagem que crianças normalmente são.
    A dor na mão chama ele de volta para os próprios problemas. Dan tira a farpa enorme e passa um algodão encharcado em álcool. Arde. Ele aperta e sente o lugar onde a farpa entrou. “Parece que era só isso.” Ele aperta o algodão no buraco e coloca a mão livre de Miguel em cima. “Não solta.” Ele finalmente sorri com o trabalho finalizado.
    “É, isso aí tá feio. Deixa eu olhar.” Ele diz se aproximando do menino. “Vou precisar dar uns pontos nisso. Mary! Me trás o kit completo!” Ele segura os pulsos do garoto e vira as mãos para cima enquanto examina. May chega junto com Kandice e é impossível não sentir como se fosse uma casa. Tinha carinho de verdade, cuidado real ali. Mas nada disso ia impedir eles de tentarem de novo. Não importa que a ruiva implorasse paciência.
    Na tarde seguinte lá estavam eles de novo com Dan. Ele tinha um sorriso grande dessa vez. “Consegui uns pontos adesivos que vão ficar ótimos nessa testa Miguel.” Ele limpa o corte com cuidado. Arde, mas nunca é ruim ser tratado com esse tipo de atenção. Mary segura um espelho para ele ver. Os gêmeos não se seguram e estão olhando também. Ele cola uma faixa branca no corte pequeno e puxa três linhas, uma de cada vez, fazendo as duas partes do corte se juntarem. Koji tenta encostar com a mão toda enfaixada. Olhinhos cheios de curiosidade. Yumi por sua vez pega uma mão cheia dos adesivos na caixa só para ter Mary pegando eles de volta. “Ficou bom, nem vai deixar marca.” A barra de caramelo com chocolate é colocada na mão de Miguel como um segredo.
    Mary sai com o espelho e o Kit. “É melhor vocês não tentarem de novo amanhã. Se vocês ficarem bem a gente pode continuar aprendendo e eu peço uma pizza. Não! Duas pizzas, uma de pepperoni e uma de chocolate.” Ele realmente parecia ansioso por uma pizza. Yumi não consegue não olhar e fazer pizza com a boca. Ela faz cara de choro, mas ainda não começa. Sempre demorava a começar.
    Assim que Dan sai Koji chega perto de Miguel. “Eu quero pizza.” Então ele olha pro garoto mais velho com olhos marejados. “Vamos tentar de novo agora?”

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    Mensagem por Ankou Sáb Out 28, 2023 1:23 am


    É como se o inferno tivesse realmente começado depois que ela se foi… A faca era a última prova e ele tinha dado pra Tuya, a faca com o nome riscado…

    Ele desvia o olhar pra ela quando ela fala e os mesmos acompanham tudo que ela diz, até as crianças brincando.

    Ela o toca e tem o corpo puxado pra entre as pernas grandes dele, o assento é duro, o da escada de concreto, o quibe invadindo as narinas, um ótimo jeito de comer carne sem as crianças saberem. Cada hora queriam um negócio, cada um puxando pra um lado com mais força.

    O braço passa por cima dela enquanto olha as crianças e lhe entrega um kibe enorme, e lhe deixa um beijo gorduroso numa metade de pescoço. Ele olha pra quarto, pra filha que ela esperava que não veio.

    Não era mais nem menos amor, só era muito mais íntimo do que costumava ser antigamente, como  se ela fizesse parte dele e vice e versa… Não tinha um lobo há anos, eles eram grandes e inconvenientes demais pra aquele lugar, eram quase uma dezenas de pássaros, todos eles de rapina, todos eles se chamavam Astra, ajudavam a vigiar…

    Aquelas verdades todas não estremecem mais o Rahu cansado que ele havia se tornado, ele assim como ela queria ir pra longe do quarto, queria não pensar naquilo, doía toda vez que olhava.

    Ele queria mais, sempre queria mais. - Talvez eu esteja olhando pro lado errado… - ele diz soltando aquilo no ar e se voltando pra cesta de quibes.

    A alcateia era sempre com quem você está, as pessoas estavam se sentindo mal ali, ele também, por mais que quisesse mais, por mais que nem desse conta do que já tinha.

    - É perigoso ficar olhando pra trás. - ele diz, sem dúvida alguma, ela sabia do que ele falava, ele ainda falaria disso com Fredo também, talvez ele tivesse o dom, talvez fosse só a mãe que viesse assombrá-lo. - Ela quer, vai querer sempre. - Não tinha qualquer dúvida disso, tudo era sangue pra eles, sempre era.

    Ele vê ela se levantar e continuar falando, no fim das contas ela tinha razão, era uma batalha sobre a outra e não adiantava destruir tudo, ficaria sem nada pra governar.

    - Cê que manda. - ele toca a mão dela e se recosta na cerca, ele faz um mapa mental do que ia deixar pra trás. pra Legião, eles viriam famintos não havia dúvida, mas não havia nada lá, nada importante, ainda era longe demais do loci, Amy odiava mais eles do que ele próprio. Ele sorri, nada mais.

    A redução seria drástica, mas eles não precisavam saber que a decisão tinha sido tomada antes deles. - A gente tem o que precisa, ela pode desenhar, mas não quero Axel envolvido nisso, não quero ninguém que seja do povo além da gente envolvido nisso. - Ninguém era exatamente duro, ninguém precisava saber de uma fraqueza pra explorar.

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    Mensagem por Alexyus Qua Nov 08, 2023 7:36 pm




    Oliver Allerton



    O cheiro de Aedan Mcleary era inconfundível, e Oliver não precisou se virar para saber que ele estava no parque.

    Mas a presença de Leonard Sislack pegou Oliver desprevenido. Obviamente que a presença do professor visitante não tinha nada de estranha naquele ambiente universitário, mesmo com toda a atitude arrogante e prepotente dele.

    Oliver estava ansioso para conseguir mais aliados, pois os uratha locais precisavam urgentemente disso, principalmente os Filhos do Corvo com suas perdas recentes. E Leonard parecia sempre a um passo de oferecer essa aliança. Mas Aedan falou na mente dele, alertando-o para o cheiro de Sislack, e então Allerton apercebeu-se. Não era cheiro de gente, pelo menos não gente normal; mas Oliver não conseguiu situar aquele odor.

    “Não esperava vê-lo aqui, meu amigo! Uma mente brilhante que merecia estar lá!”

    A voz de Sislack despertou Allerton de suas ponderações, e ele forçou-se a um sorriso cortês.

    - Haverá tempo para isso no futuro. Tudo no seu devido tempo.

    “O convite ainda está de pé.”

    - Vou pensar sobre isso, com certeza.

    As falas de Aedan na sua cabeça perturbavam o raciocínio de Oliver durante a conversa. Não queria abrir ninguém, mas a imagem aparecia nítida em sua mente. Allerton abanou a cabeça, tentando afastar aquela visão de sua percepção da realidade.

    “Tudo bem com você?”

    Oliver recompôs-se e tentou reagrupar seus pensamentos.

    - Seria uma honra trabalhar com o senhor, Professor Sislack. Eu aceito sua oferta.

    Aquela era uma boa oportunidade para manter seus inimigos bem próximos, e talvez descobrir o que o prefeito queria com aquele súbito interesse em pesquisas.

    [/quote]
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    Mensagem por Bastet Seg Nov 27, 2023 6:15 pm



    Miguel Rodrigues



    A dor não era a parte ruim. Na verdade, para o jovem Miguel, era até uma das partes boas. Sempre que se machucavam, vinham cuidar deles. Não era o colo que ele queria, mas era um alento. Não sabia se Koji e Yumi se sentiam assim... Não falava com eles sobre isso... Mas, no fim, cada um com seu ímpeto, todos os três se ajudavam a manter a chama da esperança acesa...

    O jovem preferia quando ele que se machucava, não os dois mais novos. Se sentia responsável por eles... Assim como, provavelmente, Kandice se sentia por todos ali. Ele não entendia isso na época... Até tinha um pouco de raiva dela. Por que a menina simplesmente aceitava ficar? Não que não tivessem pessoas boas ali, pessoas que os acolheram e... e até pareciam uma família (talvez mais que os próprios algozes na época do sequestro)... Mas aquele não era o lugar deles, né? Não podiam aceitar... Era fácil demais aceitar.

    Miguel se olha no espelho, tentando lembrar a última vez que sua cara não estava inchada por algo... Seja por choro escondido ou por algum machucado. Se sentia tão sozinho. Não respondeu Mary. Ele andava usando pouco a voz. Não sentia vontade de conversar. Quer dizer, queria desesperadamente conversar. Mas não sentia que seria ouvido. Quem tinha de ouvir... Quem tinha de cuidar... Bem, quem o protegia não estava ali.

    Às vezes desenhava a mãe, com medo de esquecer o rosto dela. E Billy. E todo mundo da casa. Imaginava eles falando com ele. Mas logo ficava com raiva e rasgava os desenhos. Tinha uma pilha de papel rasgado debaixo da cama... Apesar da raiva, os desenhos o lembravam de quem era fora dali.

    Repartiu o caramelo em quatro, entregando primeiro para Yumi, tentando evitar o choro que estava pra vir, depois para Koji e colocou um dos pedaços em cima da cômoda, onde Kandice sempre colocava algo pra eles comerem.

    Enfiou a sua pequena parte na boca, pensando no que Koji disse. Negou – Depois da pizza. Eles vão precisar abrir o portão pro motoboy... Talvez a gente pode passar. Um pelo menos, se tiver distração – a verdade era que Koji estava machucado...  Yumi ficava brava, chorosa e ansiosa se o irmão não tava bem... Essas coisas de gêmeos, né? Então Miguel não queria envolver eles. Achava que eles mereciam pizza. Pelo menos os mais novos.  – fechou?

    Ergueu um punho, pra eles cumprimentarem em um soquinho e ajudou eles se arrumarem pra dormir.

    Mas ele não conseguiu fechar os olhos. Seu estômago tinha tantas borboletas e mariposas que ele sentia que teria sonhos ruins. E que os sonhos ruins poderiam o pegar de novo.

    Se levantou no meio da noite, bem silencioso. Não fugiria sem os outros, mas, pelo menos, tentaria descobrir quando trocavam os turnos dos vigias... Ou alguma falha na cerca onde pudesse enfiar os menores pra passar.


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    Mensagem por thendara_selune Qua Dez 06, 2023 12:26 pm

    Cahalith- Sombras DescarnadasHaru ChoiO que não provoca minha morte faz com que eu fique mais forte.
    "Enquanto a neve cai e os ventos brancos uivam, o lobo solitário perece, mas a alcateia persiste!"



    Enquanto o tempo corre XcFC



    Folha :

    A folha que escrevi é meu ritual pessoal de desabafo, assim que termino eu a queimo e fecho meus olhos sentindo o cheiro do papel queimando junto com minhas inquietações.


    Dias atuais.

    A casa está cheia e movimentada. O som das meninas, a recusa de Skey, o jeito de Clara, o rosto bonito de Dulce, o filho de Axel, a voz de Olena, de Joe, Judas e do meu tio, que está fazendo chá enquanto espera todos ficarem prontos. Ele serve quem quiser tomar, depois se senta com um rosto silencioso enquanto olha todos. Parecia desenhar a gente continuamente.
    Eu escolhi um vestido. Ainda há muito da Haru do passado em mim. Sempre gostei de me arrumar. Nós duas mudamos, talvez a Hana tenha mudado ainda mais, mas eu a deixo ser quem ela quer ser.
    Elogiava todo mundo pelo esforço em manter aquela casa acolhedora. Queria que desse certo, precisava dar certo. A voz de Silvia alcança a gente eu a olho e dou um sorriso além de fazer um joinha fofo. “Arrasou!”
    Quando chegamos ao lugar, respiro fundo, deixando todo mundo caminhar. Passo a mão ao redor do braço do meu tio e esboço um sorriso encorajador.
    "Vai ser legal, não é? Sair de casa faz bem pra gente." Disse com um leve bom humor.



    Roupas:










    Falas
    NPS ou Pensamentos


    Haru
    CIARAN
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      Data/hora atual: Sáb Abr 27, 2024 1:33 pm