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    HELEONORA - IDUN

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    Mensagem por Alexyus Seg Out 23, 2023 9:29 am

    HELEONORA
    Idun


    Uppsala, Suécia.

    O encontro de Melian com Heleonora foi tão mágico quanto o primeiro. Heleonora estava caminhando pelos campos verdejantes que cercavam sua vila, sentindo a brisa suave e os raios do sol acariciando seu rosto. Ela tinha passado anos aprimorando suas habilidades, seguindo o caminho de Idum, a deusa que ela havia aprendido a respeitar e reverenciar.

    À medida que Heleonora avançava pelo campo, as lembranças de Melian e a canção misteriosa que ele havia entoado ecoavam em sua mente. De repente, uma suave melodia de flauta encheu o ar, acalmando o mundo ao seu redor. Heleonora sabia que a melodia não era algo do mundo comum, mas sim uma chamada mágica.

    Ela seguiu o som da música, e logo encontrou-se à beira de um lago cristalino, onde a água cintilava à luz do sol. Ali, sob uma árvore frondosa, estava Melian, o elfo de cabelos prateados e olhos cinzentos que haviam conquistado seu coração anos atrás.

    Melian estava sentado, tocando sua flauta com graça e beleza. Quando ele notou a presença de Heleonora, seus olhos cinzentos se iluminaram e um sorriso caloroso apareceu em seu rosto.

    - Heleonora, minha amada, - disse Melian, sua voz suave como a brisa.  - Você cresceu e se tornou uma verdadeira portadora do poder de Idum.

    Melian estendeu a mão, tocando suavemente o rosto de Heleonora.

    - Eu desejo estar ao seu lado, compartilhar este mundo de magia e beleza. Juntos, podemos fazer com que o nome de Idum seja reverenciado por todos.

    Heleonora assentiu, sentindo a conexão entre eles se aprofundar ainda mais. Ela sabia que essa jornada não seria fácil, mas com Melian ao seu lado, ela tinha um aliado confiável.

    Mas ela sentiu uma súbita fraqueza ao se aproximar de seu amado elfo. O belo medalhão ricamente ornamentado que ele trazia ao pescoço tinha uma grande pedra de ágata roxa incrustada em seu centro.

    OFF: @Alana Souza, se precisar que eu ajuste a cor ou o tamanho da fonte, é só dizer que eu mudo. Não vou usar imagens no seu tópico, então prometo me esforçar para melhorar nas descrições das cenas. Espero que se divirta!
    Alana Souza
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    HELEONORA - IDUN Empty Re: HELEONORA - IDUN

    Mensagem por Alana Souza Sex Out 27, 2023 2:59 pm


    Heleonora acordou naquela manhã sem ideia do que encontraria mais tarde. Fez suas tarefas da manhã cantarolando. Enquanto em sua mente, aquela outra parte dela, Idun esforçava-se por ficar tranquila. Não era tão difícil. A natureza da deusa não era particularmente violenta, como os outros deuses de sua família. Entretanto, a vida de uma jovem humilde sem muitas aspirações a entediava.
    Lá pela hora do almoço, Heleonora foi encontrar a mãe para poderem comer juntas, como costumavam fazer. Conversa vai, conversa vem e de repente Idun sentiu o incômodo e irritação da garota.
    — Mamãe, eu por acaso não estou cumprindo meus deveres? Não sou uma boa filha? Porque insiste com essa história de casamento. Isso é uma bobagem!
    Idun sorriu. A pequena era inocente. Não tinha conhecimento dos prazeres de um casamento e do alento para a alma, que é ter alguém que te apoie e ame incondicionalmente. A deusa lembrou-se de seu querido Brangi e fez o coração de Heleonora disparar.
    — Já terminei meu almoço, até mais tarde.
    Heleonora se levantou e correu para os limites da vila, caminhando pelos campos próximos que sempre a traziam tranquilidade.
    Tentou respirar mais devagar, mas por algum motivo o coração não diminuía os batimentos. Idun esforçou-se para mandar boas energias para aquela mente em caus. Heleonora ainda não percebia como o dia estava bonito. O sol alto no céu, nenhuma nuvem, o vento não jogava os cabelos longos da moça para trás, ou seja, não era um dia para ficar tão chateada.
    "Sorria Heleonora.", sussurrou a deusa fazendo sua voz potente soar como um pedido doce e tranquilizador.

    Vários minutos se passaram até que Heleonora conseguisse se sentir em paz outra vez. Lembrou-se de seu amado. Ele tinha de ser um segredo. Se a mãe imaginasse que ela queria se casar com uma criatura mágica, que estava além dos limites de um humano, com habilidades e… espere. Mas a própria Heleonora era uma criatura mágica agora.
    — Eu não sou diferente dele — murmurou consigo mesma.
    Em sua mente visualizou a gruta, a fogueira e o belo rapaz que a olhou nos olhos. A canção misteriosa ainda ecoava nos pensamentos da jovem. Começou a cantarolar a melodia e então percebeu: o som vinha de fora, ao redor dela.
    — Que maravilhoso — comentou consigo mesma observando em volta os detalhes que deixara passar. A beleza do campo, o calor agradável do sol, a brisa suave a tocar a pele, como poderia ter ficado indiferente a tudo aquilo? Seguiu a passos quase hipnotizados até a origem da música.
    O coração estava tão alegre! Sentia que poderia voar como os pássaros, se tivesse asas. O mundo inteiro era dela: Heleonora.
    Parou de repente ao ver diante dela o próprio reflexo na água.
    — Não me lembro deste lago, será que caminhei tanto? Eles ficavam bem mais afastados.
    Agachou-se ainda ouvindo a música e lavou as mãos e o rosto com a água fria. Foi um deleite considerando o dia quente. Levantou-se em seguida e olhou em torno.
    Ao percebera silhueta debaixo da árvore próxima o coração de Heleonora parou.
    — Melian?
    Ela não acreditava em seus olhos. Ele estava bem ali, tocando flauta outra vez. Por Idun! Como ele era bonito! o cabelo prateado caindo sobre os ombros, isso era novo. Os olhos calorosos mais sábios que outrora. Quais desgraças teriam visto ao longo dos últimos anos?
    — Foi você? Idun, você trouxe ele para cá? Para me ver?
    A deusa ficou indecisa. Não queria mentir para Heleonora, por outro lado, se ela pensasse que podia atrair para a vila o amor daquele coração desesperado, talvez a menina se esforçasse mais para cumprir os pedidos que havia feito a ela no último mês.
    "Eu talvez tenha enviado um chamado a ele, de qualquer forma, é uma grande surpresa ele estar aqui", ela comentou com a garota. Seu tom cheio de dúvida. Desse modo não ia parecer uma mentira, nem mesmo um fato.
    — Obrigada — sussurrou a jovem de volta. Tropeçando nos próprios pés, tal era a vontade de chegar mais perto de Melian.

    Idun observou a mistura de sentimentos dentro da jovem. Como os humanos eram intensos! Será que a raiva queimava tanto quanto o amor? E como podia Heleonora amar tanto alguém que ela nem conhecia direito? Era muita inocência.
    — Obrigada pelas suas palavras, querido Melian, tenho tentado ser digna deste poder imenso.
    "Mas que mentira, ainda nem executou minhas ordens.", respondeu Idun na mente dela. "Não minta pra ele.".
    Mas quem disse que Heleonora ouvia?
    Quando os dedos de Melian acariciaram o rosto de Heleonora, quase não houve espaço para a deusa dentro daquele ser.
    "Menina, você precisa aprender a controlar meus poderes e seus próprios sentimentos.", falou Idun com sabedoria. "Alguém pode descobrir esse amor e usar isso contra nós".
    Palavras jogadas ao vento. Heleonora ouvia embevecida aquela voz suave e fascinante do elfo. Ele queria estar ao lado dela! Ajudá-la a trazer o poder de Idun de volta aos olhos dos mortais.
    Como eles seriam felizes! Talvez até pudessem se casar…
    Ela estava pronta para outro beijo, ah e como estava! Havia sonhado com esse reencontro noite após noite.
    Melian abriu os braços, enquanto seu olhar se prendia nos olhos dela e o sorriso derretia o coração apaixonado.
    \|
    Estava a poucos centímetros dele quando sentiu uma súbita fraqueza se apoderar de seu corpo. Ficou paralisada, com dificuldade até de respirar.
    — O que está acontecendo? — perguntou com a respiração entrecortada. —Me… lian?
    Teve a impressão de vê-lo se aproximar para ver o que tinha acontecido, mas podia ser só uma ilusão de sua mente. O que teve certeza foi do brilho que lhe chamou a atenção. No centro do medalhão que o elfo trazia no pescoço, havia uma pedra roxa lapidada, que despertava um sentimento de pavor em Heleonora.
    Antes de perder os sentidos, tal era sua impotência, sentiu a grama macia nos braços e os olhos se fecharam.
    "Mais essa! O que será esse item que o elfo está usando? Ele estará tramando para me machucar?", perguntou a deusa enquanto a visão de Heleonora ficava escura. "Não faz sentido, somos fortes! Porque aquele objeto drenou toda a nossa vitalidade?".
    Não haviam respostas, apenas o silêncio.

    Off: espero não ter escrito demais. Acho que me empolgo um pouco. risos.

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    Mensagem por Alexyus Qui Nov 09, 2023 6:20 pm

    Quando Heleonora abriu os olhos novamente, não estava mais à beira do lago em Uppsala. Encontrava-se em um lugar completamente diferente, cercada por uma floresta densa e mágica. As árvores altas sussurravam segredos antigos, e a luz filtrava-se entre as folhas de maneira etérea.

    Ao levantar-se, Heleonora percebeu que estava vestida com roupas diferentes, uma mistura de tecidos finos e adornos mágicos. Olhou ao redor, confusa e um tanto assustada, em busca de Melian, mas ele não estava à vista. Uma voz suave ecoou na clareira.

    - Heleonora, bem-vinda à Floresta Encantada. Você está aqui para aprender, para crescer e para descobrir o verdadeiro potencial do poder que carrega.

    Era a voz de Idun, a deusa que residia dentro dela. Heleonora sentiu a presença da divindade em cada folha, em cada raio de luz que penetrava a densa floresta.

    - O medalhão de Melian contém um artefato antigo, uma pedra que drena a vitalidade daqueles que dela se aproximam. Você deve aprender a controlar seu poder e a discernir entre a magia benéfica e a maléfica. Este lugar é um reino entre os mundos, onde você será guiada por aqueles que já dominaram essas habilidades.

    Heleonora sentiu uma mistura de emoções, desde a incerteza até uma determinação recém-descoberta. Ela estava em uma jornada de autodescoberta, e a Floresta Encantada seria sua professora.

    Conforme caminhava pela floresta, criaturas mágicas surgiam de entre as sombras, cada uma com sua sabedoria peculiar. Fadas sussurravam segredos do vento, e espíritos da água ensinavam a dança das marés. Heleonora absorvia tudo com curiosidade, aproveitando as lições que a floresta tinha a oferecer.

    Em suas jornadas, encontrou também outros seres como ela, portadores de divindades adormecidas. Formaram uma comunidade especial, compartilhando experiências e aprendizados. A cada dia, Heleonora sentia o poder de Idun crescer dentro dela, uma fusão harmoniosa entre a humana e a divina.

    Ao longo das estações que pareciam se desenrolar de maneira única na Floresta Encantada, Heleonora se transformou. Seus olhos brilhavam com a luz de Idun, e sua conexão com a natureza se aprofundava.

    Um dia, quando sentiu que estava pronta, Idun sussurrou em sua mente: 

    - Chegou o momento de retornar ao mundo humano, Heleonora. Leve consigo a sabedoria desta floresta e use seu poder para proteger aqueles que ama.

    Heleonora se despediu dos amigos mágicos que havia feito na Floresta Encantada e, com um piscar de olhos, encontrou-se de volta aos campos verdejantes perto de sua vila em Uppsala.

    Dessa vez, ela estava pronta para enfrentar desafios maiores, ciente de seu papel como portadora do poder de Idun. E enquanto olhava para o horizonte, sabia que o reencontro com Melian seria inevitável, mas agora ela estava armada não apenas com o amor, mas com a força da magia que fluía através dela.
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    Mensagem por Alana Souza Sáb Nov 25, 2023 1:25 am









    Floresta encantada heleonora


    Tudo era silêncio. Tudo era escuridão. Porém, lá do fundo da minha mente veio o sussurro urgente: “acorde Heleonora! Abra os olhos!”. Obedeci.
    A primeira coisa que vi foi o céu. Ele não era claro, pontilhado de nuvens e não mostrava o sol que castigava todas as superfícies as quais tocava. Não, este céu mostrava a noite. Igualmente linda, com estrelas brilhando parecendo joias inalcançáveis.
    Me perguntei porquanto tempo teria ficado desmaiada, já que era de noite. Rapidamente me levantei e olhei em volta percebendo só então que estava em um lugar absolutamente diferente. Nada de Lago, campos ou Melian.
    Porém, as árvores ao meu redor eram frondosas e belas de uma forma que não pude descrever. O lugar inteiro emanava magia, isso eu conseguia sentir sem dúvidas.
    Percebi, ao caminhar pela clareira, que minhas vestes eram também outras. Não mais o tecido grosso e prático feito para o trabalho no campo. Mas sim umas roupas finas que eu só vira em pessoas abastadas. Daquelas que passavam por vezes no bar e estalagem na beira da estrada de Upsala.

    Então ouvi a voz de Idun mais uma vez, aquela voz tão minha conhecida. Ela me explicou os motivos de eu estar ali. Algo sobre aprender a distinguir as magias do bem e do mau. Sobre crescer e ter controle do poder que ela me emprestava.
    Eu aprenderia com outros que já sabiam usar corretamente tais poderes grandiosos. Eu quis perguntar sobre Melian, já que ele fora mencionado, porém imaginei que ela não ia ter muita paciência para as minhas questões amorosas com o elfo.
    Uma coisa me deixou intrigada: o meu amado trazia um artefato que me tirou as energias com tanta facilidade. Por que justamente ele tinha esse objeto? Será que as promessas dele seriam mentiras?
    Não era hora de me preocupar com isso.
    Eu tinha muito pra absorver das criaturas daquela floresta maravilhosa e não podia ficar ali parada me fazendo milhões de perguntas que não teriam resposta.

    Comecei a caminhar na direção do arvoredo, penetrei pela mata me sentindo empolgada e assustada ao mesmo tempo. O som de asas batendo bem acima da minha cabeça me chamou a atenção.
    — Norinha, olha pra cima!
    Olhei, não havia nada além da camada de folhas densas me impedindo de ver as estrelas.
    Ouvi uma risada cheia de deboche. Não entendi que brincadeira era aquela.

    Mais adiante cheguei em outra clareira. Dela fluía uma luz tão bonita e suave!
    — Seja bem vinda, Heleonora, sou Magnólia — apresentou-se a luz falando no mesmo tom sussurrante e magnético da deusa. — Estou aqui para te ajudar a identificar a boa magia. Não é algo fácil.
    Parei abruptamente, precisava me acostumar com aquele tipo de aparição. Encarei a luz e percebi nesse momento que ela tinha uma silhueta.
    Não pude ver detalhes de sua aparência, mas com certeza tratava-se de uma jovem. Uma jovem feita puramente de luz!

    — Veja querida, o primeiro passo é olhar, os olhos dizem muito sobre o que sentimos — ela começou, pisando de leve nas folhas secas no chão. Seus passos quase não faziam barulho.
    Acenei concordando com suas palavras.
    — Você pode usar um tom de voz amigável ao falar com alguém que não gosta, pode ter gestos convidativos, pode sorrir, porém seus olhos geralmente vão demonstrar seu interesse, ou a falta dele.
    — Está me dizendo, senhora Magnólia, que basta eu olhar para a pessoa que já poderei determinar suas intenções?
    Ela riu, um som angelical e contagiante.
    — Não, criança, eu disse que este é apenas o primeiro passo. Analise o olhar, depois, seu coração poderá
    Sentir quais as possíveis intenções.
    Acenei concordando, me perguntando se isso funcionaria na vida real.

    — Se duvida, teste comigo — ela propôs e a luz banhou a clareira com mais intensidade.
    Procurei os olhos da fada, mas era difícil ver seus traços, a fisionomia dela me escapava.
    — Concentre-se querida, vamos! Você consegue.
    Tentei outra vez. De repente, lá estavam eles, os olhos azuis como o céu de Upsala quando deixei minha vila para trás.
    Eu vi bondade, alegria, sabedoria, vi uma imensa vontade de ajudar e uma conexão profunda com a própria floresta. Não, com certeza Magnólia nunca me machucaria.
    — Perfeito! — ela comemorou e a luz se precipitou em minha direção.
    Ser abraçada por uma fada é como estar dentro do abraço de quem você mais ama. Fechei os olhos e ela disse baixinho.
    — Siga em sua jornada, este foi o começo, criança.

    Abri os olhos e por um instante pude vê-la por completo. Magnólia tinha longos cabelos escuros como a noite, caindo pelas costas como um manto magnífico. Era alta, talvez um metro e oitenta, usava vestes florais que mudavam as imagens a cada segundo. Registrei uma paisagem de primavera, com as flores favoritas da minha mãe.
    Precisei seguir em frente, agora havia uma trilha e achei por bem seguir por ela.
    Fui dar em um rio de águas tranquilas e saí debaixo da proteção das árvores.

    — Olá senhorita Heleonora, estou muito satisfeito por finalmente conhecê-la.
    A voz que me saudou era profunda, potente e masculina. Olhei em volta tentando identificar o dono, mas não o percebi em parte alguma.
    — Vim lhe ensinar sobre controle. Eu sou uma criatura antiquíssima que vive sob o poder dos oceanos.
    — Parece difícil.
    — De fato, mas eu vivo e sobrevivo a três séculos. Conte-me, o que lhe aconteceria se o poder da deusa fosse demais para você?
    — Imagino — comecei, refletindo sobre a pergunta. — Que eu iria sucumbir?
    Esse era o meu maior medo. Eu era uma humana normal, meio maluca por um elfo mágico, não tinha nada de especial dentro de mim.
    — Você está errada. A capacidade de controlar o poder de Idum está aí no seu interior, você só tem que encontrá-la.
    — E se eu não conseguir? — perguntei encarando as águas calmas à minha frente.
    — Te darei uma demonstração.

    Foi como estar debaixo de pedras, dessas usadas para construir os templos, pedras maciças, imponentes, impossíveis de mover sozinha.
    — Este é o peso do poder, se você não o controlar, senhorita Heleonora, ele a esmagará. Não desejo assustá-la, mas você precisa compreender o quanto seus atos são importantes.
    Fechei os olhos e pensei em Idum. Era conectada com a natureza e todas as coisas vivas. Pedras faziam parte da natureza, então, sem pressa comecei a erguer um dos braços devagar.
    As pedras deslizaram com certa resistência para longe. Repeti o processo sempre pensando que eu queria apenas sair do meio delas, nada mais que isso.
    Meus dedos sentiram o ar frio da noite e devagar, muito devagarinho, fui emergindo do tal aglomerado de pedras.

    Notei então que o ar era mais denso e pesado, espere. Não era o ar, era água!
    Tratei de prender a respiração e bati braços e pernas ritmadamente tentando nadar.
    Em minha mente, o meu “professor” me incentivava a continuar lutando.
    Minha cabeça surgiu na superfície e me vi próxima da margem do rio, onde pouco tempo antes eu estivera em pé.
    Nadei para lá e me icei para a borda do rio. Me deitei no chão descansando e agradecendo a Idum pelo ar fresco e revigorante.
    — Muito bem, senhorita Heleonora, você está aprendendo depressa. Agora foque em controlar o poder e não deixe jamais que ele a consuma.

    Fiquei olhando o rio esperando ver o dono da voz ao despedir-se de mim. Mas ele não apareceu.
    De repente algo atingiu minha testa com força.
    — Ai!
    Levei a mão ao local e massageei um instante.
    — Doeu foi? Ah, você aguenta! Ou não.
    A voz debochada outra vez! Me sentei e olhei ao redor irritada.
    — Ei Mag, ei Coral, será que ela vai desmaiar de novo quando eu aparecer pra ela?
    — Quem é você!
    — Foi tão patético você toda apaixonada caindo de costas na grama ao tentar beijar seu namorado elfo! Ai como eu ri! Devo ter perdido umas cinco ou seis penas no processo.
    — Me deixe em paz!
    Me levantei e voltei para dentro da mata fechada. O som das asas me acompanhou.
    — Eu vou te ensinar, garotinha, sobre a magia maléfica, porque ela existe e vai tentar acabar com você.

    Eu queria muito dar uma resposta mau criada. Mas não podia. Idum esperava muito de mim, eu só poderia provar a ela que eu era alguém diferente, se agisse de forma diferente do que eu realmente desejava.
    — Ok, me ensine então.
    Parei de andar, fui até a árvore mais próxima, me recostei nela e cruzei os braços.
    — Assim que eu gosto, aluno meu tem que andar na linha!
    As asas bateram por um longo tempo, até que no galho da árvore em frente havia o pássaro mais belo que eu já vira na vida.
    As penas eram douradas e vermelhas, me pareciam só de olhar que teriam uma textura macia e fina, oh, seriam as penas mais delicadas e graciosas! Os olhos do pássaro eram escuros e o bico razoavelmente longo era do mesmo tom dourado.
    — Você é lindo! — falei com surpresa.
    — A magia obscura é bela, sua ingênua — ele observou com olhar de superioridade. — Ela vem dentro de invólucros interessantes, as vezes tem cabelos prateados, olhos que hipnotizam, pode até tocar uma flauta como ninguém.
    — Pode deixar Melian fora do seu discursinho fajuto?
    A risada cortante do pássaro foi como um chicote em meu peito.
    — Você confia tanto em um ser que viu duas vezes? Seja mais esperta, menina — ele se sacudiu como se fosse ajeitar as próprias penas. — Confiança não é um presente imediato. Ela deve ser conquistada.

    Eu sabia que ele estava certo. Mas não ia admitir isso de jeito nenhum!
    — Outro ponto negativo, você se deixa levar muito pelo que dizem, eu te chamei uma vez dos céus e você olhou na primeira oportunidade! Minha tolinha, devia ter me ignorado. Você não sabia se todas as criaturas aqui seriam bondosas.
    — Certo, tem mais?
    — Tenho uma lista enorme! Mas, vamos ficar com a semente da dúvida, tome cuidado com seu querido Melian.

    Ele saltou com graça para o vazio entre nós, bateu as asas furiosamente subindo no ar e vindo em minha direção. Eu não tive tempo de reagir, fiquei lá parada como uma estátua estúpida enquanto ele voou por cima da minha cabeça e roçava suas garras em meus cabelos.
    Como ele deve ter saboreado o olhar de pavor em meu rosto! Tenho certeza que se deleitou, porque ouvi sua risada debochada se perder no ar frio da noite.

    As noites seguintes foram tão excepcionais quanto a primeira.
    Eu vi as folhas das árvores mudarem de cor, caírem e outras nascerem nos galhos frondosos ao meu redor. Descobri que Magnólia sabia o nome de todas as estrelas do céu e ela tentou me contar quais eram. Como se eu fosse capaz de me lembrar de todas.
    Tive muitas outras seções de preparação com o sr. Coral, ele morava no fundo do rio e dizia que não pertencia àquele lugar. Segundo ele, corais nasciam apenas no mar e não nos rios. Não sabia se ele estava certo, mas resolvi confiar que era verdade.
    Quanto ao pássaro dourado, ele continuou me atormentando o quanto podia, me provocava, me recordava das minhas falhas, listava meus defeitos e ria de mim o tempo todo. Porém, com o tempo, até entendi sua utilidade. Embora me irritasse profundamente.

    Porém, tudo que é agradável uma hora precisa terminar. E numa dessas noites calmas e agradáveis, ouvi a voz de Idum me chamando para voltar para casa. Corri para a clareira de Magnólia e a gradeci pela paciência e ensinamentos.
    Fui até o rio do sr. Coral e me despedi dele, ouvindo sua familiar voz cheia de palavras formais. Como eu ia sentir falta dele!
    Porém, não encontrei o pássaro em parte alguma, portanto voltei para o ponto inicial sem dar um adeus para a criatura antipática.
    Eu sabia que muitas surpresas, armadilhas, sonhos e grandes responsabilidades me esperavam lá fora. Eu já sentia saudade de casa também, então me apressei no caminho de volta.
    Tanta pressa que não vi um tronco de árvore à frente e tropecei, rolando para dentro da clareira onde cheguei na floresta.
    A risada alta e debochada me acompanhou enquanto eu me posicionava e Idum me banhava com uma luz arroxeada e tudo desaparecia.

    Me vi em instantes em um dos meus conhecidos campos perto de casa. Suspirei e olhei em volta tentando me localizar melhor. Era hora de ser mais forte, mais esperta e mais madura.
    “Agora você entendeu, criança”, a voz satisfeita da deusa falou em minha mente. “Estamos juntas nisso”.
    Caminhei para casa feliz por estar de volta.






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    Mensagem por Alexyus Ter Dez 05, 2023 1:55 pm

    Heleonora voltou para casa para encontrar Uppsala tomada por uma movimentação intensa e caótica.

    Quando ela conseguiu parar um dos aldeões, ele informou o motivo do alarde:

    - O exército de Salabacke está vindo para nos atacar! Eles são liderados pelo avatar de Vidar, o deus da vingança, que jurou nos fazer pagar! Temos que nos preparar!

    Depois dos dias de idílio de Heleonora, ela agora precisaria colocar em prática seu status de avatar de Idun para defender Uppsala.

    O que ela iria fazer para tentar liderar os aldeões, a maioria que ainda não a reconhecia como a Idun encarnada, e preparar suas defesas contra outro avatar se aproximando, ela teria de decidir rapidamente.
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    HELEONORA - IDUN Empty Re: HELEONORA - IDUN

    Mensagem por Alana Souza Ter Dez 12, 2023 6:07 pm

    Eu só queria chegar e ver minha mãe, saber se estava tudo bem. Quanto tempo eu estive fora? Lembrei então que na floresta de Idun o tempo não passava da mesma forma. Talvez ainda fosse a mesma tarde.
    Assim que me vi próxima da vila, notei as pessoas andando agitadas e falando em grupos. O que estaria acontecendo? Meu coração se apertou de uma forma muito desagradável.
    — Com licença, senhor Joern, poderia me falar o que houve?
    Ele explicou que estaríamos sob ataque em breve, um representante do deus Vidar vinha buscar vingança. Não haveria forma de resolver com diplomacia?
    Acho que trazer exércitos para atacar um lugar é um sinal claro que conversar não é uma opção.
    Agradeci ao senhor Joern, e parei um momento para pensar.

    Primeiro ia procurar Sigurd, ele era uma ajuda muito melhor, e como meu amigo poderia me apoiar e me ajudar a pensar no que fazer.
    Agora, quanto a vila, corri para o centro e comecei a pedir que levassem as crianças e pessoas doentes para o templo. Era o lugar mais interno possível, ou seja, levaria um bom tempo para chegarem ali e atacar.
    Além disso, era um monumento a deusa Idun, seus muros eram mais fortes que os de uma casa.
    Interessante ver as reações das pessoas quando estão com medo. Algumas te olham nos olhos e fazem tudo que você pede; outras te ignoram completamente, enquanto olham ao redor nervosas; outras ainda exbravejam e te chamam de fedelha intrometida.
    "Seja paciente, eles estão todos assustados, lembre-se disso.", Idun falou em minha mente, me acalmando.
    — Por favor, famílias com crianças pequenas e pessoas doentes, vão para o templo de Idum, é o lugar mais seguro agora.
    Não temos tempo para discuções!
    Estendi as mãos na direção do grupo de aldeões mais próximo:
    — Vocês me conhecem, sou a Heleonora, juro que vou ajudar a proteger nossa Upsala de qualquer perigo. Eu coloco minha vida em jogo, por nossa casa!
    Meu coração se inflamava com tanta verdade, que percebi minha voz se tornando firme e bem audível à distância. Será que Sigurd me ouvira? Onde estava ele afinal?
    Resolvi ir para as fronteiras da cidade, ver como poderia ajudar. Voltaria logo para ver se as pessoas haviam me obedecido e ido para o templo de Idum no meio da vila.
    Corri sem parar para o lado sul da vila, buscando o tempo todo aquele rapaz de cabelos pretos que era excelente em lutas com espadas.
    Onde raios estava Sigurd agora!

    Na fronteira, havia um aglomerado de homens, me aproximei e falei:
    — Quero ajudar, tenho uma ideia de como saber onde vão atacar. Posso andar à cavalo ao redor da vila e tentar ouvir os inimidos chegando. Minha audição é bem desenvolvida já que sou a portadora do poder da deusa Idum.
    Esperei para ver se iam concordar com minha ideia, ou me mandar embora.
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    HELEONORA - IDUN Empty Re: HELEONORA - IDUN

    Mensagem por Alexyus Qui Dez 28, 2023 5:38 pm

    Os aldeões olharam para Heleonora com uma mistura de desconfiança e curiosidade. Alguns sussurravam entre si, enquanto outros pareciam dispostos a aceitar qualquer ajuda que pudessem obter. Então, um homem mais velho, com uma expressão séria, se aproximou dela.

    — Se suas palavras são verdadeiras, e você realmente é a portadora do poder da deusa Idun, então precisamos de toda ajuda possível. Vá, faça o que puder para nos proteger. Mas esteja ciente de que se isso for algum tipo de traição, os deuses serão testemunhas, e você enfrentará as consequências.

    Heleonora assentiu, sentindo o peso da responsabilidade sobre seus ombros. Ela correu em direção aos estábulos, onde os cavalos estavam alojados. Rapidamente, escolheu um cavalo ágil e montou, pronta para começar seu reconhecimento ao redor da vila.

    Enquanto cavalgava pelas fronteiras, Heleonora tentou focar seus sentidos, canalizando o poder de Idun. Ela fechou os olhos por um momento, concentrando-se nas vibrações ao seu redor. Pôde sentir a energia da natureza e, com um esforço extra, começou a sintonizar-se com os sons mais sutis.

    A tarde estava tranquila, mas Heleonora estava determinada a ouvir qualquer sinal de aproximação. Ela circundou a vila, atenta a qualquer som incomum. O vento sussurrava entre as árvores, mas algo mais captou sua atenção. Um leve tremor no solo e o som abafado de passos pesados. Era o exército de Salabacke.

    Heleonora retornou à vila o mais rápido possível, alertando os aldeões sobre a direção do ataque iminente. Alguns correram para se preparar, enquanto outros olhavam para ela com ainda mais desconfiança. Ela sabia que precisava provar sua lealdade.

    Ao chegar ao templo de Idun, encontrou as famílias reunidas, agradecendo silenciosamente à deusa pela proteção. Então, Heleonora viu Sigurd entre os guerreiros que se preparavam para a batalha.

    Sigurd, ao ouvir Heleonora, olhou para ela com surpresa e reconhecimento.


    — Heleonora! Eu estava preocupado. O que podemos fazer para proteger Uppsala?

    O tempo estava se esgotando, mas Heleonora estava determinada a liderar Uppsala para a vitória, contando com a bênção da deusa Idun e a força de seus aliados. A batalha iminente seria um teste crucial para sua habilidade de proteger a aldeia e manter o equilíbrio em meio ao caos.
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    HELEONORA - IDUN Empty Re: HELEONORA - IDUN

    Mensagem por Alana Souza Sex Jan 12, 2024 12:31 pm


    Táticas de batalha, eu não era a melhor pessoa para indicar uma estratégia. Meus pensamentos vinham mais de extinto do que qualquer outra coisa. A própria Idun não poderia me ajudar nesse quesito, portanto tentei pensar no que fazer para aumentar nossas chances de vencer. Esse era o objetivo, certo?
    — Podemos formar três grupos — comecei falando com confiança, eu sabia que essa era a chave para acreditarem que eu sabia exatamente do que estava falando. — O primeiro grupo vai ficar fora dos limites do vilarejo.
    — E o que devem fazer? — perguntou um rapaz com tom cético.
    — Devem usar arco e flecha para ferir os primeiros soldados que aparecerem, já vamos diminuir a força de ataque deles nesse primeiro momento.
    Não esperei perguntas, sentia que nosso tempo se esgotava depressa.
    — O segundo grupo fica aqui na entrada protegendo com nossos soldados mais fortes, eu me incluo nesse grupo, quero lutar ao lado de todos vocês.
    E por fim minha tática final:
    — O terceiro grupo deve se dividir e cobrir as outras entradas que temos no vilarejo.
    — Mas você não disse que eles vem daquela direção? — apontou o loiro cético que falou antes.
    — Sim, mas temos de antecipar os ataques do nosso inimigo e não confiar em apenas um tipo de tática. Eles podem mandar a maior parte para lutar aqui, enquanto alguns invadem nossa vila por entradas alternativas e assim nos vencem sem que a gente perceba.
    Lá estava minha tentativa. Minha aposta, eu não sabia mais como ajudar. Minha força era bem grande, esperava que o tal representante de Vidar estivesse bem à vista para eu acabar com ele.
    Seria tão fácil assim? Com certeza não, mas eu não tinha mais o que fazer naquela situação.
    Respirei fundo e olhei para Sigurd.
    — Se for possível amigo, fique do meu lado e me ajude nessa luta — e estendi a mão para apertar a dele, confiando que tudo daria certo. Precisava dar certo.

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    Mensagem por Alexyus Sex Jan 12, 2024 7:33 pm

    Os homens de Uppsala, mesmo estranhando as táticas de Heleonora, obedeceram ao comando da avatar de Idun, postando-se como ela lhes ordenara.

    A atmosfera estava tensa sobre Uppsala naquele dia sombrio. As sentinelas nas muralhas, com olhos atentos, detectaram as primeiras embarcações à distância. O rumor de velas ao vento sinalizava a chegada dos temíveis invasores vikings, cujas intenções eram conhecidas por todos na cidade medieval.

    Os cidadãos de Uppsala rapidamente se mobilizaram, preparando-se para o confronto iminente. O som das trombetas ressoou pelos becos estreitos enquanto homens, mulheres e crianças buscavam refúgio nas muralhas da cidade, reunindo-se em oração e apelando aos deuses nórdicos por proteção.

    A tensão aumentava à medida que as embarcações dos vikings se aproximavam, cortando a água com determinação. As bandeiras vermelhas com símbolos intimidadores tremulavam ao vento, provocando um arrepio na espinha dos defensores de Uppsala. A atmosfera era carregada com um misto de medo e bravura, enquanto os soldados se preparavam para a iminente batalha.

    As primeiras lanças vikings apareceram no horizonte, refletindo o brilho do sol poente. O som distante de tambores e cantos guerreiros ecoou, criando uma trilha sonora macabra para a invasão que se desenrolava. Os defensores, armados com lanças, arcos e escudos, esperavam com nervosismo, prontos para enfrentar o desafio que se apresentava diante deles.

    À medida que os invasores vikings desembarcavam, a terra estremeceu sob seus passos. Os guerreiros nórdicos, com rostos marcados por cicatrizes e olhos determinados, avançavam como uma força imparável. A cidade medieval de Uppsala, outrora pacífica, estava prestes a se transformar em um campo de batalha.

    A batalha começou com um estrondo ensurdecedor, o choque de aço contra aço ecoando pelas ruas estreitas. Os defensores de Uppsala, apesar do medo, mostraram coragem inabalável enquanto lutavam pela segurança de seu lar. A cidade tornou-se um cenário de caos, com guerreiros gritando, flechas cortando o ar e o cheiro de suor e sangue permeando o ambiente.

    A defesa de Uppsala estava nas mãos destemidas de seus habitantes, que enfrentaram os invasores vikings com uma mistura de desespero e determinação. A cidade medieval estava prestes a ser testemunha de uma batalha que ecoaria através das eras, onde a coragem dos defensores seria colocada à prova contra a fúria impiedosa dos invasores nórdicos.

    OFF:  @Alana Souza, role um teste de Habilidade para determinar a efetividade das táticas de Heleonora.
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