Emma Schölz

Após parar para descansar um pouco acima da metade do caminho Emma começa a escutar os barulhos da festa, uma música ambiente com os sons mais graves reverberando ritmadamente pela escadaria. Conforme você vai fazendo as curvas da escadaria a música vai se tornando mais distinta (alguma música moderna, provavelmente americana) e você começa a ouvir vozes.

Você chega e algumas pessoas de rostos conhecidos estão fumando no hall do andar, as portas do edifício estão abertas e em várias salas encontram-se alguns grupos de pessoas, conversando, dançando e comendo aperitivos. Em algum lugar é certo que haverá bebida, e de cara você não encontra nenhum rosto conhecido.

Você está fumando com um copo de vodka na mão quando um homem baixinho embora bastante bonito se aproxime do teu lado.
Ele não está bebendo ou fumando e parece deslocado no meio das pessoas. Suas roupas simples (macacão e camiseta de mangas compridas parecem roupas de trabalhador braçal, porém ele não tem o porte de quem trabalha fazendo força)

— Boa noite — ele diz em uma voz grave e baixa, a dicção dele parece perfeita demais — Sou Georg e não estou acostumado a essas festas, mas também não quero ficar sozinho e não conheço ninguém.

ele diz sem fazer menção de te cumprimentar nem com um beijo nem com um aperto de mão, mesmo o rosto dele está encarando o céu e não você

Ele coça a cabeça meio desconfiado sem ter muito como puxar assunto

- Eu conheço algumas pessoas que conhecem outras pessoas, mas geralmente eu fico em casa, não sou.... bem, é... interessante. Eu gosto de... coisas, leitura, mas geralmente eu não ando com artistas de verdade.

Ele olha para baixo depois de você olhar e pergunta:
-Você ta procurando alguém? alguém vai chegar?

-Desculpe, estou sendo intrometido, deixa eu vou dar uma volta por aqui, aproveite

e vocÊ vê que ele faz mençao de sair mas olha por cima do ombro e se enrola por alguns segundos

"- Não é...? Um transgressor?"
Jogue PER aqui para perceber alguma coisa

"- Mas veja, você já é um perigo porque pensa ou almeja coisas inadequadas para o bom funcionamento da nossa sociedade perfeita."
ele ri aqui e responde olhando para baixo
-Talvez todos sejamos, se não não estaríamos em uma festa clandestina

"- Sugiro que você pegue uma bebida e deixe as preocupações um pouco de lado... acho que é um pouco do que todos aqui estão fazendo."
"- Eu estou na mesma que você... conheço pessoas que conhecem pessoas..."
-Você parece descolada, obrigado

"- Mas acho que nenhuma delas está aqui hoje."
"- Algum autor em particular te agrada mais?"
"- Sobre o que você lê?"
- Então... err.... eu leio romances eróticos, sei que é "coisa de mulherzinha" ele diz fazendo aspas com as mãos, mas leio de tudo de Marquês de Sade aos americanos mais modernos (ele pisca o olho para você) daqueles que não podem mais ser vendidos aqui

continue atuando normalmente, você sabe que ele é tímido e está sem amigos no lugar

De conhecidos você encontra apenas Ekaterine, uma senhora gorda e espalhafatosa que pinta obras baseada em pintores americanos famosos, ela se encontra cercada de pessoas e está conversando animada sobre algum quadro com um rosto de mulher pintado em close-up com cores vibrantes e não naturais.

Ao chegar ao banheiro, um ambiente grande que faz eco com a música da festa e cuja luz pisca de maneira rápida e caótica. Sentada no chão do banheiro você encontra uma mulher caída, com a saia arriada até a cintura expondo uma calcinha grande o braço esticado e amarrado e uma seringa ainda presa a veia de seu braço.

Você percebe tremores no corpo da mulher, a pele dela está pálida demais e pegajosa de suor. Lentamente, ela abriu os olhos, piscando repetidamente para ajustar-se à luminosidade piscante das luzes coloridas. Ela tenta levantar a cabeça, mas não tem forças para isso, e a boca dela se move lentamente, a boca seca e rachada tenta falar algo, mas a voz não sai.

você sente que a pele dela está fria e pálida, ela está com um aspecto cadavérico
Não consegue perceber a pulsação da mulher

mas ela se move lentamente e fala baixinho
—Meu sangue...Preciso... ela quer.
as outras palavras são baixas e enroladas demais para você entender.

Duas mulheres entram no banheiro e se adiantam para erguê-la e parecem não perceber a seringa derrubada próxima a parede

— O que houve com ela?

A pupila da mulher está dilatada a ponto de que o íris azul seja só um pequeno risquinho ao redor dela

— Não se preocupe nós vamos cuidar dela e levá-la para casa. Ela só deve ter passado mal por causa da bebida.

Elas a levantam e a carregam para fora, te ignorando parcialmente.