Pietro Llaves

-Quais as informações que vocês tem sobre o animal? onde ele foi encontrado e por quem?
eu pergunto para anotar em alguma planilha burocrática enquanto vejo o estagiário Roberto retirar o saco com o animal

- precisamos pesar o bicho, radiografar e autopsiar ele, precisamos ver o que tem no seu estômago e como estava a condição de saúde dele antes do óbito

e vou dando as instruções sobre o que deve ser feito

Você sabe que é alguma espécie de cervídeo. Deve ser fácil identificar só olhando pro bicho fora do saco, de acordo com seu conhecimento.

Como sempre o trabalho pesado vai sendo feito por alguém a quem você delegou. O bombeiro que foi até a recepção sabe pouca coisa, mas ele te passa que foi encontrado pelo pessoal que mora próximo de onde estava o corpo (cerca de uns 4 ou 5 km da propriedade, na parte mais rural e afastada - no canto direito do mapa aereo que mostrei) e que tudo aquilo que você falou pra eles não interessa, pois nem será responsabilidade deles remover o corpo depois, se é que será removido... O que importa, que precisa ser repassado pro pessoal da prefeitura é o que matou o bicho. Se foi ataque de onça mesmo.

Depois do bicho ser removido, colocado na maca eu vou me aproximar pedindo para eles analisarem as marcas no bicho

Descrever as lesões e pesar o bicho para avaliar quanto de carne foi devorado, avaliar quanto tempo se passou e quanto que um animal tipo uma onça come em uma refeição

não entendo nada disso vou jogar um veterinaria 11
vontheevil efetuou 3 lançamento(s) de dados (d6.) :

4 , 3 , 6

Você não consegue correlacionar nada ou raciocinar direito sobre tudo o que tem de informação ali (ou falta de). Talvez a cerveja logo cedo em jejum não esteja ajudando. De qualquer forma, é bem visível que o bicho tem um rombo na barriga, que está oca. Difícil dizer se foi obra de apenas um ataque, até porque você não faz ideia de quanto tempo o bicho estava morto. O negócio parece ser você ter que acompanhar o raciocínio dos colegas e tentar dar algum pitaco pra ver se encaixa.

Faça um teste de raciocínio/inteligência ( +1 de bônus por vc ter conhecimento técnico e ter ajuda dos colegas)

vet 11 /IQ 11

vontheevil efetuou 3 lançamento(s) de dados (d6.) :

5 , 1 , 4

Com a equipe toda ali em cima do bicho dando seus pareceres, você começa a interpretar melhor o quadro geral. É um veado-mateiro, macho. Pelo estado geral do corpo deve ter morrido há no máximo 48 horas. Tem algumas marcas cortantes nos flancos, anca e pescoço. São cortes profundos. O abdômen está totalmente aberto, por marcas que parecem ser de mordidas. Na cavidade abdominal vocês conseguem dar a falta do fígado. As demais visceras, principalmente intestinos, estavam do lado de fora, espalhadas no chão do local (foram levadas juntas). Existe um corte/rasgo no diafragma, e o coração também está faltando, como se tivesse sido removido pelo abdômen.

Os estagiários estão tomando nota de várias informações, inclusive a distância entre as marcas dos cortes e perfurações.

Qualquer interpretação mais específica desse quadro exige uma jogada (VET, INT ou outra skill que julgue encaixar, depende do que vai querer analisar)

— Estranho essa preferencia pelo fígado e o coração... parece que eles foram - retirados

Comento enquanto eles trabalham.

— Alguém já viu isso?

O biólogo comenta que são órgãos mais "ricos", por isso a provável predileção.

-Mas geralmente os grandes carnívoros comem as vísceras de uma maneira geral, sem escolher muito... Falando assim até parece alguma coisa ritualística - continua ele dando uma risadinha provocativa.

-Isso é uma prática comum por exemplo de nativos americanos. Provavelmente esse predador foi interrompido por alguma coisa. Ele não comeu todas as vísceras e não tocou na carne... deve ter tido que abandonar a presa às pressas. Falta tentar identificar o autor... alguém aí arrisca um palpite? - ele pergunta olhando pra todo mundo, esperando alguma resposta.

— Algum bicho grande, uma onça pegaria o animal pelas costas, pela nuca, tem sinal de lesão? Mas é algum animal com garras para poder lacerar a carne dessa maneira

-Uma onça "abraçaria" ele e morderia a traquéia, pra sufocar. A mordida aqui - ele aponta a parte ventral do pescoço - teve uma pressão maior. Rompeu os vasos importantes e me parece que fraturou uma ou outra vértebra.

Ele puxa a a outra vet com a mão nas costas dela, perto da cintura (um toque talvez meio íntimo demais):

- Dêem uma olhada nas marcas dos dentes... tamanho e ângulo de mordida...

— Então é isso. Plotar nas tabelas como predação por Pantera onça

Dou de ombros, anoto mentalmente que o cara está pegando a vet e espero eles terminarem de examinar o animal para poder retornar ao alojamento almoçar

O biólogo fica meio de cara com você, deu pra ver a careta de "como assim" dele.

-Como você vai atestar uma coisa assim? Eu tô falando exatamente que as marcas NÃO batem com o ataque de uma onça! Não me parece nenhum grande felino...

Ele fica meio esperando você falar mais alguma coisa antes de você largar eles lá.

Você é o responsável geral da equipe. Qualquer papelada ou decisão "maior" sai dali com seu nome e sua palavra final. Estão esperando você reportar um laudo ainda hoje sobre a carcaça.

-Como você vai atestar uma coisa assim? Eu tô falando exatamente que as marcas NÃO batem com o ataque de uma onça! Não me parece nenhum grande felino...

— O animal pode ter sido ferido por algum motivo e estar deitado e ter sido encontrado, se você tiver alguma ideia... eu fui o primeiro a dizer que não foi uma onça, mas preciso preencher a papelada

Você vê que ele ainda quer argumentar em cima, mas quando ele começa a abrir a boca pra falar, o interfone toca de novo.

Me viro e vou atender o interfone

-Bom dia! Por gentileza, gostaria de falar com o responsável do local. Aqui é o investigador Rossi do DHPP.

Sou eu mesmo, só um momento, estou abrindo o portão

Clico para abrir o portão para abrí-lo e falo

— Tem um policial aqui, DHPP, vou atender

*o que é o DHPP?

*departamento de homicídios

Na porta está um cara alto, meio bombadinho. Colete da polícia civil, distintivo pendurado no pescoço, óculos escuros estilo aviador... o cara é um estereótipo vivo.


-Bom dia! Ângelo Rossi. Sou investigador da Polícia Civil. Será que tem alguém que poderia me acompanhar? Precisamos de ajuda em alguns pareceres técnicos.

— Err claro, tenho minhas obrigações aqui, sou servidor público também, mas posso acompanhá-lo, sim, o que houve?

-O senhor deve estar a par de alguns desaparecimentos na região, correto? Isto tem sido recorrente nos últimos 3 anos. Foram achados 2 corpos nesses dias. Gostaríamos de um parecer sobre se seria ataque de algum animal ou se é obra humana. As pessoas começam a teorizar um monte de absurdos se não tem as devidas respostas. Se precisar pegar algum equipamento ou alguém pra auxiliar, eu aguardo uns minutos aqui.