Casos de Famíla

Claude estalou os dedos e chamas surgiram no charuto aparemente do mindinho dele, então se voltou para ambos, especialmente depois da pergunta de Mei Ling.

—Eu não estou lhe dizendo que são coisas separadas e que você esta se desviando de sua vingança! Pelo contrário, o culto de NXIVM é um ritual que tem raizes justamente com o tráfego de mulheres que todas as organizações criminosas da cidade de Nova York e da costa Oeste tem ao trazer da América do Sul mulheres com promessas de ganhos fáceis, elas viram prostitutas e depois escravas sexuais da seita... A unificação entre os grupos de organizações dos italianos, chineses e japoneses do qual seu pai foi vítima por negar é justamente o que levou ao massacre dele e quase o seu... Pelo que sei, o culto existe hoje também flertando com pessoas famosas, o último dado é de uma pesquisadora chamada Emma Watson Parker... Ela sabe mais sobre o Coração Estrelar e a ligação dele com o culto... Já Lionel Schreck não sei se ela poderá ajudar...

Ele apagou a chama, aparemente no dedo, e continuou.

—Pelo que sabemos ele ganhou o campenato de judô, mas não sei se ele se manteve limitado apenas à esse esporte...Além disso é dificil precisar quantos recursos ele reamente é capaz de ter com seu grupo hoje, certamente Emma poderá os ajudar, se concordarem em ir até ela juntos...E aí saberemos o endereço do tal chefe da Alyson... Esse é o endereço de Emma...

Claude entrega um pedaço de papel para Mei Ling.

—Tá, vocês dois estão certos...

Se aproximou da porta tentando verificar alarmes.

O grupo estava em frente ao prédio aparentemente abandonado onde, segundo informações, Emma poderia estar. Mei Ling, com sua agilidade, decidiu investigar o local de cima, escalando as paredes do beco com uma destreza impressionante. Ela procurava qualquer entrada alternativa ou sinais de movimento que pudessem indicar a presença de alguém dentro.

Enquanto isso, Marreta apagou seu charuto, um pouco inquieto por estar do lado de fora. Ele olhou para Claude, que era o responsável por abrir a porta sem deixar vestígios.

Claude, já acostumado com essas situações, começou a verificar a porta em busca de alarmes ou qualquer mecanismo que pudesse alertar alguém sobre a invasão. Marreta, por sua vez, tentou sentir algum cheiro humano ou qualquer sinal de vida do outro lado da porta.

Sentiu cheiros do que pareciam ser humanos, mais de um odor.

Depois de alguns minutos, Claude conseguiu desativar um alarme antigo e destrancou a porta silenciosamente, sabe-se lá com que ferramentas precisamente porque pareciam apenas arames torcidos. Eles entraram cuidadosamente, avançando pelo corredor escuro do galpão. O cheiro de mofo e a sensação de abandono predominavam, mas Marreta sentiu um leve aroma de algo diferente, algo humano.


Do alto, próximo do telhado, Mei Ling viu por uma janela uma imagem curiosa. revelando um quarto escuro e mal iluminado. Lá dentro, sentada a uma cadeira, estava Emma, visivelmente abalada e com sinais de ter sido mantida ali por um tempo.



Apesar da expressão tensa, não havia nada a impedido de se levantar.

Marreta se guiava pelo cheio naquele lugar, enquanto Claude tentava o acompanhar.

Marreta avançava com cuidado, guiado pelos seus sentidos aguçados. Claude, silencioso e preciso, movia-se ao lado dele, atento a qualquer som ou movimento. O corredor escuro os conduzia a uma porta entreaberta, de onde Marreta sentia o cheiro humano mais forte. Ele fez um sinal para Claude, indicando que havia encontrado algo.

Aproximando-se da porta, Marreta espiou pela fresta e viu a imagem que Mei Ling havia imaginado que notariam, Emma estava sentada numa cadeira, visivelmente abalada, com sinais de ter sido mantida ali por um tempo. Ele também percebeu algo estranho no ambiente, uma sensação de que a cena era uma armadilha.

Mei Ling percebia que estavam entrando pela porta e eles a viam pela janela, Emma parecia estática.

A parede se arrebentou como pedaços de isopor de forma surpreendente!

E nessa hora, Um objeto parecendo uma faca voou da mão de Claude, que ricochetou em dois dos outros homens que ficaram visíveis e um pouco tontos.

—Se você soubesse o que "comer alguém" significa de onde eu vim, ela jamais faria uma piada dessas...
Comentou para o Marreta enquanto esperava que esse avançasse no último homem que ele viu e cheirou, que lhe surgia apenas como um borrão avermelhado de calor e cheio de pólvora seca em meio ao fétido e conhecido odor de suor embebido em glândulas adrenais geradas pelo medo e susto que ele conhecia bem.

Três dos quatro agora eram visíveis para a visão comum, os dois cujo objeto Claude usou para ferir dois e o terceiro que Mei Ling usou a parede para atropelar.



Eles usavam mantos longos e seus rostos pareciam ser disformes ou portarem alguma máscara.