Spin-off

Ana:

Eu mantinha meu rosto coberto também, não só por causa do deserto mas também por uma questão de respeito as crenças locais e por fé nos ensinamentos dos país da Igreja, enquanto isso eu observava o caminho na estrada vendo um misto de paisagem destruída com construções inteira, o povo local e os voluntários expulsaram a maioria do Estado Islâmico daquelas terras mas isso ainda não acabou.

Preocupada com meu pai eu orava em silêncio para que tudo pudesse terminar bem, que ao chegar lá não fosse tarde demais, que meu pai não tivesse sido transformado com a mordida do Vampiro, eu lutaria com unhas e dentes para salva-lo.

Ao chegar no vilarejo o comandante da Brigada Babilônia me cumprimentou e eu o respondi em Árabe também, mas durante o trajeto até a tenda hospitalar eu lhe fiz uma pergunta:

-Senhor Amir, a milícia me enviou mais de um vídeo sobre os feridos e gostaria de saber se esse relato sobre Vampiros é real ou propaganda enganosa do Estado Islâmico? As feridas não pareciam ter sido obras dos extremistas.

Espero a resposta dele enquanto caminhava com pressa até o encontro de meu pai, ao vê - lo debilitado em uma cama eu levei a mão ao rosto e fui ter com ele.

Eu pego a mão de meu pai e faço um carinho em seus cabelos e no rosto enquanto falava:

- Pai, pode me ouvir? Estou aqui eu cheguei, não se preocupe tudo vai ficar bem.

Então eu olhei para o comandante Amir e lê disse:

- Senhor, podemos fazer a transfusão de sangue imediatamente, temos que salva - lo agora.

Ana:

De fato a preocupação minha era grande, mas era um alívio saber que outro doador foi encontrado antes de mim, mas só vou descansar mais sossegada depois de vê - lo inteiro de novo, ele é o herói da minha família e quero estar com ele.

-Senhor Amir, muito obrigada pelo seu carinho pelos enfermos, mas não é só isso, quero compensar pela coragem de todos e por não perderem a fé, como o senhor pode ver eu já estou com uma camuflagem própria e trouxe outros equipamentos, quero ajudar a Brigada Babilônia e o povo do Iraque também não importa se a maioria são cristãos ou muçulmanos, nós cristãos podemos fazer a diferença aqui, eu tenho treinamento de combate também pois no Brasil eu sou Policial Operativo, posso começar o treinamento da Brigada amanhã mesmo se for possível e trocar conhecimentos, tudo para proteger meu pai e os outros enquanto eu estiver aqui no Oriente médio, não podemos deixar que o Estado Islâmico saiba que algo assim aconteceu.

Espero a resposta dele e depois disso eu vou deixar meus pertences lá no alojamento, eu precisava descansar um pouco, mas iria fazer isso toda equipada desde já, coloquei meu colete a prova de balas, acessórios para os braços e pernas, uma máscara de gás em um dos meus cintos, capacete e as armas que a lei me permitiu trazer, tanto de fogo como brancas, depois disso eu fiz o que minha mãe sempre dizia: "Uma mulher deve ser feminina não importa o que aconteça", eu pego um pequeno estojo de maquiagem e passo um batom vermelho nos lábios pois afinal eu fui convidada para jantar e precisava estar mais apresentável, foi então que me deu conta um ponto, "Será que havia mais alguma mulher alí vivendo naquele alojamento?" Bem isso não importa agora.

OFF: Se tiver tempo Ana vai até seu pai e fazer um teste de Inteligência+Medicina com o uso de 1 Ponto de FdV para averiguar as feridas. Caso não haja tempo vou apenas esperar ser chamada para o jantar.

Amir ouviu atentamente as palavras de Ana, sua expressão permanecendo grave, mas com um brilho de respeito e compreensão em seus olhos.

— Ana, sua determinação é admirável e sua vontade de ajudar é muito bem-vinda. A Brigada Babilônia sempre pode usar mais pessoas dedicadas e habilidosas como você. Treinamento e troca de conhecimentos serão muito valiosos para nós. Quanto ao Estado Islâmico, faremos o nosso melhor para garantir que nada vaze e ponha em risco a segurança de todos aqui... Como lhe disse eu não sei quem fez essa pegadinha sobre vampiros , mas é importante descobrirmos... A internet hoje em dia é cheia de capacidade de editar vídeos e por efeitos especiais em qualquer celular de mão.

Ele fez uma pausa, ponderando sobre o que mais poderia dizer para acalmar os nervos de Ana e reafirmar o compromisso da brigada com a segurança e bem-estar de seu pai.

— Entendo sua preocupação com seu pai, e sei que só descansará quando o vir. Vou garantir que você possa vê-lo antes do jantar, assim terá mais tranquilidade para seguir em frente com os planos de apoio que tem em mente.

Amir acenou para um dos assistentes, que prontamente conduziu Ana até a tenda médica onde seu pai estava sendo tratado. Lá, ela encontrou seu pai deitado em uma cama improvisada, com uma equipe médica trabalhando diligentemente ao seu redor. Eles haviam conseguido estabilizá-lo, e um dos médicos olhou para Ana com um semblante encorajador.

— Ele está fora de perigo imediato — disse o médico. — Recebeu transfusões e estamos monitorando sua condição. Você pode vê-lo, mas ele ainda está inconsciente.

Ana se aproximou da cama do pai, aliviada ao ver que ele estava sendo bem cuidado. Aproveitando a oportunidade, ela se concentrou e fez um exame detalhado, aplicando seus conhecimentos de medicina e usando um ponto de força de vontade para garantir a precisão de sua análise.

Ao que parece esta tudo bem, mas o ferimento é bem curioso mesmo e poderia ser de um vampiro, mas tb algum outro animal.

Com essa avaliação tranquilizadora, Ana sentiu uma onda de alívio. Ela agradeceu aos médicos e, em seguida, foi para o alojamento para se preparar para o jantar. Equipou-se com sua camuflagem, colete à prova de balas, acessórios e armas permitidas. Por fim, aplicou um toque de batom vermelho, mantendo a lembrança de sua mãe viva em sua mente.

Ao sair do alojamento, encontrou Amir novamente, que estava pronto para acompanhá-la ao jantar. Ele sorriu ao vê-la preparada e cuidada.

— Vamos, Ana. Você será bem-vinda entre nós esta noite. E saiba que estamos todos unidos aqui, independentemente de nossas crenças. Juntos, faremos a diferença.

Enquanto caminhavam em direção ao local do jantar, Ana se sentiu um pouco mais leve, sabendo que seu pai estava em boas mãos e que ela estava prestes a fazer parte de algo maior, ajudando aqueles que precisavam, ao lado de pessoas corajosas e dedicadas.

De fato haviam poucas, mas corajosas mulheres por lá, uma delas tinha um livro que lia no refeitório.
Ela conseguia ver o título em árabe na capa, se chamava "A Vingança do Salvador"... Ela parecia mais interessada em ler do que comer.



Off: A rolagem foi bem-sucedida, e Ana conseguiu identificar que, embora seu pai tivesse sofrido ferimentos graves, as medidas tomadas pela equipe médica foram eficazes. Com o tratamento contínuo e repouso adequado, ele tinha uma boa chance de recuperação completa. Porém há uma palidez estranha nele e a mordida lembra um vampiro, mas pode ser qualquer outro animal de fato. E todos sabem que vampiros não existe,não é?

Ana:

"Tudo estava acontecendo tão rápido na minha vida profissional e pessoal naquele momento, sempre tive como um espelho de bravura e amor ao próximo como é meu pai que agora está no leito de um hospital improvisado do outro lado do mundo em um país de predominância de clima árido como é o deserto, mas de certa forma isso não é estranho pois o mundo sempre esteve ligado em si mesmo. Ele ensinou a família a lutar e é o nosso protetor que está precisando de ser protegido agora, no Brasil eu vi a carência dos mais fracos e a corrupção dos mais poderosos, mas aqui no Iraque a necessidade é maior, apesar de ser um país que já se reconstruiu parcialmente ainda sim o clima de guerra não desapareceu pois terroristas são mais maliciosos do que os vagabundos que já tive que peitar, sinto que mesmo com a recuperação do meu pai seja plena eu não poderei voltar para casa ainda, os cristãos e missionários ainda estão expostos ao perigo assim como a população nativa de bem".

Foi com essa reflexão que me aproximei de meu pai e primeiramente eu peguei em sua mão e lhe fiz um pequeno carinho, depois examinei eu mesma  suas feridas, o curioso e que algumas delas pareciam mesmo com as de um vampiro mas nem todas eram assim, olhei para o soro e para a bolsa de sangue pendurados no cabide hospitalar para ver se estava tudo certo. Depois de tudo eu fiz a oração do Pai Nosso em voz alta em Árabe mesmo pedindo por cura e proteção a Deus, tanto para ele quanto para mim mesma e meus irmãos em Cristo pois em breve eu vou pra guerra contra o Estado Islâmico que tanto maltrata até mesmo seu próprio povo, que se vê obrigado a migrar para outras nações.

A palidez na pele de meu pai era estranha mas provavelmente era por causa da perda de sangue, logo sua pele voltará ao normal, mas depois disso eu me afasto para que ele possa continuar repousando, me aproximei do comandante Amir e o comprimento segurando a mão dele com as minhas duas mãos.

-Senhor Amir, obrigada mais uma vez pelo que fez salvando a vida do meu pai, tenho feito pesquisa sobre seu país sei que aqui há lojas de armas também para a população de bem se proteger, se o senhor quiser posso conferir amanhã mesmo algumas delas ou se preferir eu já parto para o treinamento de todos os milícia nos fazem, como o senhor preferir -Mas para "quebrar o gelo" como se diz eu sorri e olhei para ele e disse - Sempre gostei da culinária árabe, lá no Brasil eu já experimentei alguns pratos mas nunca tive a sorte de experimentar mais das guloseimas daqui, estou curiosa para que me apresente mais pratos e doces, sou como meu pai as vezes, penso com o estômago (risos).

Espero por sua resposta e depois seguirei com ele para o jantar de boas vindas, mas meu súbito bom humor também era um disfarce da minha preocupação, aquelas marcas em seu corpo eram estranhas, pelo menos algumas delas pois pareciam ser de mais de um tipo de "animais" diferentes.

Ana:

Ela olha para o comandante Amir e para Sarah e lhe digo:

- O senhor está certo comandante, eu já vou buscar fazer amizade com as damas assim como com os cavalheiros também, amizades de combate e fé costumam ser as mais fortes quando combinadas, eu falarei com ela depois do jantar, podemos ir quando o senhor quiser.

Novamente eu observo a Sarah e chamo sua atenção de longe, caso ela me veja eu faço um aceno amigável com a mão em forma de um "Oi" e com um sorriso eu deixo claro que seremos amigas em breve.

Durante o jantar, antes de comer eu cubro com um véu o meu rosto e parte da minha cabeça pois não posso cobrir todo o meu cabelo pois ele é muito longo, um cabelo que chega com as pontas até os joelhos, então eu abaixo meu olhar e faço uma oração de agradecimento a Deus pela refeição e peço ao senhor proteção e saúde para todos, depois de orar eu retiro o véu e me preparo para comer, mas durante o jantar eu puxo uma conversa com Amir e quem mais estiver com a gente:

- Senhor Amor, as Escrituras Sagradas dizem que nos fim dos tempos, o dragão iria perseguir a mulher, ou seja a Igreja, mas para ela seria preparado um refúgio no deserto para que ela ficasse segura, o povo do Iraque parece estar fazendo parte dessa profecia, o que o senhor acha?

Faço essa pergunta para quem mais estiver com a gente.

Durante o jantar, Sarah notou o aceno amigável de Ana e prontamente se aproximou da mesa onde vocês estavam. Com um sorriso caloroso, ela começou a falar:

— Olá, Ana! Fico feliz em conhecê-la. Sou Sarah, e como você, também estou aqui para ajudar e encontrar respostas para tudo o que está acontecendo. A fé sempre nos guia, não é mesmo?

Sarah pegou o livro que carregava consigo, "A Vingança do Salvador", e começou a falar sobre ele:

— Sabe, Ana, este livro nos conta sobre o tempo em que Tito e Vespasiano governavam. Eles enfrentaram muitas adversidades, mas sempre mantiveram sua fé inabalável. É um lembrete poderoso de como o catolicismo pode nos fortalecer mesmo nos momentos mais difíceis.

Ela prosseguiu, enaltecendo ainda mais a importância da fé e da comunidade:

— A Igreja é nosso refúgio no deserto, como menciona o livro. É onde encontramos forças para enfrentar qualquer desafio. Nossa união, nossas orações e nosso compromisso em ajudar uns aos outros são os pilares que nos mantêm firmes.

Sarah olhou ao redor, observando os demais presentes, e então voltou seu olhar para você:

— Ana, acredito que estamos aqui por um propósito maior. Não só para cuidar de nossos entes queridos, mas para sermos luz e esperança em meio à escuridão. Vamos unir nossas forças, nossas crenças e nossa determinação para enfrentar o que está por vir. Juntos, somos mais fortes.

Ela encerrou sua fala com um sorriso encorajador, mostrando que estava pronta para colaborar e enfrentar os desafios ao lado de vocês.

Ana:

Escutei as palavras de Sarah com atenção enquanto jantamos, eu só precisava fazer uma pequena ressalva quanto as afirmações de Sarah.

-Sabe Sarah, eu concordo com você em praticamente tudo no que disse, só tenho um pequeno detalhe a acrescentar, ao meu ver não é apenas o catolicismo mas sim o cristianismo todo de um modo geral é quem de fato nos une, seja católicos e protestantes, e o simples fato de estarmos todos aqui juntos por uma causa mais nobre é prova disso, eu aprendi isso com meu pai que, sabe assim como ele nós dois somos de tradição protestante, mas o nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo nos ensina a fazermos o bem sempre e termos amor pelos os irmãos na fé que formam o corpo da igreja e pelos perdidos, eu sei que não é fácil o caminho de fazer o caminho de Cristo, até ele instruiu os discípulos a comprarem armas como descrito no livro de Lucas 22: 35 e 36.Os católicos e protestantes não devem brigar entre si pois nenhum reino dividido pode existir por muito tempo, somos todos irmãos Cristo Jesus e isso é o que mais importa, divergências de idéias sempre vão existir mas a harmonia de pensamento só irá acontecer na Glória da Eternidade.

-Mas a coragem dos católicos em pegar em armas e defender uma terra que antigamente se chamava Nivive na Bíblia Sagrada e que hoje tem outro nome como Mosul é mesmo inspiradora, a Brigada Babilônia precisa de mais cristãos como vocês Sarah e Senhor Amir, não importa qual vertente cristã siga, só há um Juiz que pode julgar nossas almas, Deus.

-Sabe gente, desde que recebi o vídeo dos amigos do meu pai aqui no Oriente médio dizendo que ele havia sido atacado por Vampiros, isso mexeu muito comigo, minha vida tem se transformado radicalmente, não importa se se é apenas um exagero por parte dos seus amigos ou não, mas começo a ter a sensação de que algo maior ainda está acontecendo ou prestes a acontecer, ainda bem que estamos todos aqui para vigiar o abrigo no deserto para a Igreja.

Sarah ouviu atentamente às palavras de Ana, e um sorriso acolhedor se formou em seu rosto. Ela respondeu com serenidade:

— Ana, você tem razão. É o cristianismo como um todo que nos une, independentemente das tradições específicas que seguimos. A fé em nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo é o que nos fortalece e nos guia. É inspirador ver como você e seu pai são exemplos vivos de amor ao próximo e compromisso com a fé. Concordo plenamente que não devemos brigar entre nós, mas sim unir nossas forças para enfrentar os desafios que surgem.

Ela fez uma pausa, refletindo sobre o que Ana disse sobre os católicos e sua coragem.

— A Brigada Babilônia é composta por pessoas de diversas origens e tradições, e essa diversidade nos torna mais fortes. Nossa missão é proteger os inocentes e garantir que todos possam viver em paz. É uma honra ter você aqui conosco, e sua determinação é uma grande inspiração para todos nós.

Quando Ana mencionou o vídeo sobre os vampiros, Sarah riu levemente, balançando a cabeça.

— Ah, os vampiros... Eles são mitos, histórias contadas para assustar. Sinceramente, acho que um dos homens fez essa brincadeira com você, e não acho justo. Provavelmente foi o Ali, ele adora pregar peças nos novos integrantes. Não se preocupe, vamos investigar e garantir que seu pai receba todo o cuidado necessário.

Nesse momento, quatro soldados que estavam próximos se aproximaram da mesa, rindo e comentando entre si. Um deles, chamado Omar, falou primeiro:

— Vampiros, sério? Isso é coisa de filme, não de guerra. Provavelmente foi o Ali mesmo, ele sempre conta essas histórias estranhas para assustar os novatos.

Outro soldado, Karim, riu e acrescentou:

— É verdade, Ali tem uma imaginação fértil. Ele sempre fala sobre monstros e criaturas do deserto. Lembro que uma vez ele tentou me convencer de que viu um lobisomem perto do acampamento!

— Sim, e não é só isso, — interrompeu Hassan, o terceiro soldado. — Ali estava com o seu pai no deserto. Eles passaram algumas noites em vigília, e eu aposto que foi aí que ele inventou essas histórias.

O quarto soldado, Youssef, balançou a cabeça em desaprovação.

— Não é justo assustar as pessoas assim, especialmente em um momento tão difícil. Mas não se preocupe, Ana, estamos todos aqui para proteger e apoiar uns aos outros.

Sarah, então, voltou a falar com Ana, pegando novamente o livro "A Vingança do Salvador".

— Ana, já que estamos falando sobre fé e histórias que nos inspiram, gostaria que você lesse este livro. Ele narra momentos difíceis e a força que a fé pode nos proporcionar. É um relato poderoso sobre Tito e Vespasiano e como, mesmo em tempos de grande adversidade, a fé e a determinação podem nos guiar. Acho que você vai encontrar conforto e inspiração em suas páginas.

Ana:

Por ser de tradição protestante eu achei que eles iriam, talvez, falar algo contrário, mas fiquei feliz ao perceber que não seria vítima de preconceitos, eu já havia pesquisado sobre as milícias do Iraque eu achei que quase todos fossem católicos, todavia eu também não posso e não quero fazer julgamentos também, esse povo sorri para esconder as marcas dos tempos difíceis.

-Sabe Sarah, senhor Amir, senhor Omar, Hassan, Karim, Youssef, pelo visto seremos grandes amigos e irmãos na fé e de armas como se diz, além de comer esse jantar saboroso, nesse clima amigável, sinto que ganhei algo mais do que uma segunda família, não sei explicar mas isso reforça que sinto que eu devo estar aqui e agora, gostaria que minha mãe e meus irmãos estivessem aqui também sentindo esse calor humano.

Quando tive a resposta sobre meu comentário sobre Vampiros então eu fiquei curiosa sobre esse homem chamado Ali e sua imaginação abundante.

-Hum.... eu gostaria de falar com o Ali assim que possível, quero saber porque ele fez um comentário dessa natureza sobre a situação do meu pai, quando ele postou o vídeo para mim eu achei que ele estivesse falando sério sobre as criaturas da noite, ou então que ele estivesse falando de alguma seita dentro do próprio Estado Islâmico, sabe eu fiquei preocupada que os radicais tivessem tentado fazer coisas horríveis com ele assim como eles (Estado Islâmico) fazem com os cristãos capturados. Alguém sabe me dizer se estavam somente o Alí e meu pai ou se tinha mais alguma testemunha? Confesso que estou confusa um pouco, não se brinca com isso.

Quando a Sarah se ofereceu para me emprestar o seu livro eu respondo.

-Obrigada Sarah, eu vou ler o livro sim, assim que você terminar de lê - lo primeiro.

Ana:

Eu agradeço a refeição e o convite da Brigada e seu líder o senhor Amir, agora uma vez mais no alojamento eu me preparo para dar uma pausa nas preocupações do dia, peguei o livro emprestado de Sarah e comecei a ler, sem perceber de início quanto mais eu lia mais eu queria ler, até que cheguei a trechos do livro que me chamaram a minha atenção. De fato o livro era interessante mas as palavras que mais me "prenderam" a atenção foram possíveis palavras de Jesus Cristo, eram impactantes mas nas narrativas bíblicas elas não aparecem, pelo contrário Jesus orou pelo perdão de seus agressores, mas de fato a vingança divina não deixaria tudo o que aconteceu passar em branco, o exemplo disso foi a queda de Poncio Pilatos, a Bíblia não fala como foi seu fim mas os livros históricos contam essa história. "Será que Tito e Vespasiano tiveram uma revelação posteriormente? Pode ser que sim".

Mas minha atenção se voltou para a porta que se abria, como estamos em um país relativamente em paz eu guardei o livro rapidamente e saquei uma de minhas armas por precaução e apontei para sua direção, mas para minha surpresa quem havia aberto a porta foi meu pai ainda enfraquecido pelo ataque que ele e outros membros da milícia sofreram, ao ouvir sua voz eu abaixo a guarda e vou em sua direção lhe dando um abraço e um beijo de lado, mas ele não deveria estar alí, era óbvio que ainda precisa de cuidados, ele queria falar comigo mas eu mudei de assunto na hora.

-PAI ???!!!!.... O senhor não deveria estar de pé nesse estado, conversarmos depois que o senhor ficar 100% ok? Agora vamos, vou leva - lo até a tenda médica de volta

Então passei seu braço por sobre meu ombro e o segurei servindo de apoio, eu iria leva - lo de volta ao seu leito.