como usar overpowers?

Se o combo é baseado na história do mundo coisas que o personagem pode e deveria ter aprendido eu estimularia ese personagem
se o combo é hmmm a história do jogo é sobre política vou montar determinada raça pra agradar fulano e tal classe para poder usar tal poder em sicrano e além disso fazer ele dar xxx dano por tuno eu vou criando pequenas inimizades e ciúmes pelo caminho

como narrador eu usaria a favor um personagem bem montado... possivelmente a primeira aventura/crônica se daria por causa dele, tornando-o uma espécie de alavanca pra história, e nessa aventura eu tentaria ir escavando os demais personagens para ele se tornarem mais interessantes. Abrindo, por exemplo, arcos voltados para as histórias deles, etc...

A questão do BG é muito foda, tem sempre um cara que envolve 4 ou 5 tramas, da perna pra uma montanha de subplots e o cara que "tem amnesia" ou é "órfão não tem irmãos e foi vendido como escravo e fugiu"

vontheevil escreveu:A questão do BG é muito foda, tem sempre um cara que envolve 4 ou 5 tramas, da perna pra uma montanha de subplots e o cara que "tem amnesia" ou é "órfão não tem irmãos e foi vendido como escravo e fugiu"

sim AHHAHAAH por isso acho justo dar um certo protagonismo inicial a quem fez um bom trabalho de bg. Os demais eu vou tentando enquanto o jogo corre tornar mais interessantes. Aí depende muito também do jogador. Tem jogador que vc dá uma corda da porra e ele ignora. Tem jogador que vc joga uma cordinha e ele já tá engatando ali. Esse segundo tipo normalmente nas mesas que narro, conseguem um protagonismo depois do primeiro caso citado antes.

Os que vc fica dando corda e não vai... normalmente eu não consigo fazer melhor do que já faço não hahahah

ja tive um personagem que montou literalmente um cavaleiro andante com código de honra e todos essas desvantagens/defeitos de personagem bonzinho e eu queria que o grupo entrasse no castelo do conde e ele literalmente ignorou e não contou pra ninguém o que uma velhinha falou pra ele que o sobrinho do conde estava sequestrando criancinhas nos vilarejos próximo ao castelo.

Me irritei e falei "game over" faz muito tempo que fulano sabe que é que ta sequestrando as crianças e além de não ter falado nada pra ninguém não investigou nada

Nunca mais mestrei ou me encontrei com o cara (ele até me achou aqui no novaera mas proibi ele de fazer ficha pras minhas mesas)

vontheevil escreveu:ja tive um personagem que montou literalmente um cavaleiro andante com código de honra e todos essas desvantagens/defeitos de personagem bonzinho e eu queria que o grupo entrasse no castelo do conde e ele literalmente ignorou e não contou pra ninguém o que uma velhinha falou pra ele que o sobrinho do conde estava sequestrando criancinhas nos vilarejos próximo ao castelo.

Me irritei e falei "game over" faz muito tempo que fulano sabe que é que ta sequestrando as crianças e além de não ter falado nada pra ninguém não investigou nada

Nunca mais mestrei ou me encontrei com o cara (ele até me achou aqui no novaera mas proibi ele de fazer ficha pras minhas mesas)

porra xD aí é um caso crítico mesmo hahaha já narrei pra um jovem que quis fazer um personagem médium cego. Ok! Mas era nWoD, cenário de humanos. E o cara além de ser médium cego, o que era uma ótima idéia, queria ser o demolidor. Ele ficou um pouco chateado pq não permiti que ele fosse o demolidor.

(super normal)

Um bom personagem é um personagem divertido. É função do jogador usar as ferramentas disponíveis para se ver interpretando o protagonista da história e agir como tal, mas é função do narrador dar as ferramentas para que todos os jogadores possam fazê-lo.
Se um jogador quer ter amnésia, isso não o torna menos apto a ser protagonista.

Na minha mesa aqui, um jogador quis ter amnesia e, ao longo da trama, ele está descobrindo o seu passado, aventuras das quais ele não se lembra, segredos que foram confiados a ele e ele se quer sabe, pessoas que eram importantes para ele e apenas elas o reconhecem, e, principalmente, desvendando o motivo drástico que o fez esquecer de tudo.

Já tive muitos jogadores com amnésia nas minhas mesas e todos foram protagonistas marcantes. Um dos mais marcantes foi um que, ao longo da trama, ia encontrando pistas de que ele era na verdade um soldado-espião perfeito, infiltrado no grupo e, quando chegasse a hora de lembrar de tudo, ele teria a chance de escolher entre trair seu grupo original ou o grupo dos demais jogadores ao qual desenvolvia vínculos agora.

Para mim, um bom BG não é aquele que é mais longo ou mais bem escrito, é aquele que dá mais motivos para aquele personagem ser reconhecido como o protagonista da trama. E isso pode ser feito até mesmo com uma única palavra no BG: "Amnésia".

Então vamos mudar a alegoria: O jogador passou semanas criando uma ficha completamente combada, se aproveitando de todas as vantagens possíveis para o seu role. Ele não infligiu nenhuma regra da casa pré estabelecida e tudo nessa ficha indica que esse personagem tem o maior potencial para ser um herói de guerra experiente, mas o jogador quis ter amnésia. Ele assistiu a trilogia Bourne, ficou inspirado e quer descobrir on-game o porque dele ser tão habilidoso.
Vocês impediriam esse jogador de se divertir assim?

Não, na minha mesa espelhos eu tenho um soldado bem treinado com amnésia, mas amnésia para mim é "você não sabe nada além do que você consegue ver no espelho"
Não tem como o cara ter amnésia e história ou conhecimento local (até tem, mas só depois de lembrar)
https://www.novaerarpg.com/t2606-ficha-de-personagem-joao-ninguem-fratus

(fratus esta em vermelho porque até agora ele só sabe o nome dele - acabou de começar a jogar, dentro de uma batalha após levar uma paulada na testa)

vontheevil escreveu:Não, na minha mesa espelhos eu tenho um soldado bem treinado com amnésia, mas amnésia para mim é "você não sabe nada além do que você consegue ver no espelho"
Não tem como o cara ter amnésia e história ou conhecimento local (até tem, mas só depois de lembrar)
https://www.novaerarpg.com/t2606-ficha-de-personagem-joao-ninguem-fratus

(fratus esta em vermelho porque até agora ele só sabe o nome dele - acabou de começar a jogar, dentro de uma batalha após levar uma paulada na testa)

Todo protagonista tem uma história e, como eu disse, é função do narrador dar as ferramentas para que o jogador as trabalhe.
Eu entendo "amnésia" como carta branca para o narrador inserir o personagem onde ele ache que mais vai brilhar. A partir daí, depende do jogador.
E sim, ele pode ter conhecimento local sem se lembrar de como sabe daquelas coisas. Aliás, é uma ferramenta muito imersiva! "Por que eu consigo falar essa língua?" "Onde eu aprendi tanto sobre termo-dinâmica?" "Por que essas pessoas estão olhando para mim?" "A atendente me viu e perguntou se eu queria o de sempre... ela me conhece?" "Por que esses caras estão me perseguindo?" "Isso quer dizer que eu roubei o artefato, mas onde eu o guardei?"
Eis um grande protagonista!