Ato I - Belediel, Marak, Tomdrill e Eunsech

Eunsech, abalado com a perda, aproxima-se de Haymith e propõe, apoiando a mão no ombro do bárbaro enquanto apoiava o companheiro no chão.

- Vamos dar-lhe as devidas honras - diz olhando pesaroso para Marik.

- Teria alguém uma pá para começar a cavar? - indaga a Belediel e Tromdril.

Pensativo, o halfling decide que tomará para si a tarefa de vigilante. Não mais permitirá que o grupo seja pego de surpresa novamente. Daqui para frente, observará tudo ao seu redor, prestará atenção a todos os sons presentes e sentirá todos os odores que porventura cheguem a suas narinas.

Tomdrill percebe que está em negação, um dos estágios de choque da morte, e num tremilique reassume o controle de sua mente.

- Vá em paz, Marak, Guerreiro dos Pôneis Celestes. Sua morte foi vingada e, sobretudo, sua missão será cumprida. - Olhando para Haymith, Tomdrill diz. - A culpa é minha! Tomo total responsabilidade pela morte do seu amigo. Se eu tivesse levado este inimigo mais a sério e tivesse lutado com todo meu potencial certamente Marak estaria fazendo piadas de mim agora. Seja como for, não posso trazê-lo de volta. A missão ainda precisa ser cumprida... por ele.

- Não se culpe pelo que aconteceu com Marak, Tomdrill. Eu mesma se tivesse o curado direito ele não teria morrido. Afinal eu o tive ali em minhas mãos antes dele morrer e não consegui fazer nada pra evitar se tem mesmo uma culpada pelo ocorrido é a planta que o matou. Quanto a ela já fizemos aquilo que poderiamos ter feito, a matamos. Agora é prosseguirmos e conseguirmos a ajuda dos gigantes - Afirmou Belediel após ouvir a confissão de Tomdrill.

O halfling vira para a comitiva e lhes fala: - Melhor continuarmos nossa caminhada, precisamos encontrar um local para descansar antes que chegue o anoitecer.

O halfling não mais permitiria ser pêgo de surpresa, deixaria a navegação a cargo dos companheiros e gastaria toda sua energia vigiando a redondeza e escutando por perigos.

- Sugiro acamparmos aqui esta noite e nos aproximar ao amanhacer. Os gigantes não nos receberão muito bem a esta hora da noite, podem estarão arredios... - expõe o halfling.

Eunsech ainda estava abalado com a perda do companheiro, não havia feito suas regulares gracinhas durante toda a viagem. Era a primeira vez que havia perdido um amigo, e o acontecimento ainda endurecia seu coração.

Ele desmonta do pônei, amarra-o à árvore e prepara-se para dormir.

- Ah! - completa - melhor não acendermos fogueira hoje a noite...

Tomdrill acorda e vai preparar suas magias. Hoje queria se empenhar apenas em concluir a missão. Algo ocorre a ele logo pela manhã. Ele aproveita antes de Belediel ir rezar para explanar:

- Alguém aqui fala a língua deles? Imagino que quatro forasteiros armados, falando uma língua que eles não entendam ou considerada rude, pode nos atrapalhar muito neste sentido. Belediel, você é a mais indicada para fazer este primeiro contato. O que você acha?

Belediel tinha acabado de acordar e tava com a cara toda amassada e desgrenhado. Ia escovar seus cabelos e fazer a tradicional trança que usa quando ouve a ideia do jovem mago.

- Eu negociar com gigantes? Eu nem sei que lingua eles falam. Suponho que se eu for tenho que ir desarmada? - Rebate ela a ideia de Tomdrill.

Tomdrill sorri e responde:

- Sim. Seria melhor desarmada. Seu Deus não tem nenhum encantamento, EeeErrr, Uhm, prece para este propósito?

- Acredito que não tenha memorizado nenhuma magia nesse sentido. Acho que vamos ter que ir na sorte mesmo. De repente meu charme dá resultado - ela ri e continua - De qualquer forma brincadeira a parte, me deêm um presente mandando pelo Taern e se alguma coisa acontecer comigo diga pra Nasri que amo ela.

A elfa se levanta e procuro por um dos presente mandados pelo Taern pros gigantes.

Belediel paga a coroa incrustada de joias. Largas suas armas e avança rumo ao acampamento dos gigantes.

- Me desejem,sorte - Diz ela sorrindo pro grupo.

Belediel não gostava do jeito que o gigante olhava pra ela. Era obvio que tinha alguma intenção maliciosa por trás dele, ela não temia só por sua vida mas tambem por sua integridade sexual.

- Posso falar com o chefe de vocês? - Pergunta Belediel no tom mais amistoso possivel.

Belediel faz uma reverencia e responde ao gigante:

- Eu sou Belediel,cleriga de Tyr, vim aqui trazer presentes pra vocês. No entanto posso fazer mais do que isso, se vocês tiverem feridos, posso cura-los.

Sorri a elfa fazendo cara de amistosa e tentando disfarçar o seu medo.

- Acredito que esse nome possa resumir um pouco do que eu faço. Eu trouxe essa coroa para o lider da tribo de vocês, os outros presentes posso trazer depois, mas preciso falar com seu lider - Fala belediel de forma calma e lenta para que o gigante pudesse entender da melhor forma.