HERANÇA MALDITA: ENGANANDO A TODOS

- Esses orcs não caie não, acho que erva daninha não morre - lamenta ela.

Enquanto praguejava ela gira a arma de golpeia o guarda com um movimento horizontal.

ELENDIL, MELIEL, OROG, VOLGRINN

O patrulheiro mirou uns golpes contra o adversário da colega alada, mas as tentativas foram rebatidas pela espada-longa do oponente. No entanto, tendo já cuidado do seu rival, o mestre mineiro aproveitou-se para golpear pelas costas do inimigo, mas que causou pouco dano. Vendo isso, Meliel engendrou um golpe hábil que cresceu um x sobre o corte anterior. Porém, como uma maldição, as palavras da mulher se tornavam realidade, o meio-orc resistia e a atacava novamente, julgando-a a pior deles, por tê-le causado mais dano.

Um corte na diagonal desceu quando Meliel terminou o giro da sua halberd, pegando-a de peito aberto e realizando um fio de corte feio no busto que a mulher sentiu atingir os ossos com horror.

OFF: Meliel sofre 10 pontos de dano.

Enquanto a luta prosseguia, um ferido Orog se dirigiu aos reféns na busca de ajuda. Ele libertou Holder, o clérigo do grupo, que poderia devolver-lhe o favor. Então, ele tratou de tirar o pano entalado em sua boca e falou com ódio do nobre traidor amarrado e amordaçado ao seu lado:

- Faça um favor a todos nós, mate esse cú-nobre aqui antes que ele apronte mais uma! Depois eu te curo o quanto o meu deus quiser!, explicou insatisfeito quanto ao sujeito que os havia atraído até ali.

Ao ouvir isso, Fanrwell se mostrou ainda mais desesperado, batendo os pés e movendo a cabeça em repetidas negativas para o corpulento orc, que agora olha com olhos já saltando da sua própria têmpora.

Ao lado, Glendollian continuava assustado com tudo. Ele havia sido um mago especialmente útil na entrada, mas totalmente ineficaz dentro da mansão. Na verdade, ele foi mais desafiador enquanto estava drogado na primeira vez que o encontraram.

Ali perto, o ser de lama e estrume se movia como se estivesse sonso.

Não havia nenhum sinal da guarda pretoriana ainda.

1) Matar Fanrwell antes que ele os traia de novo, e depois roubar a mansão.

2) Cortar membro por membro do nobre enquanto Holder cura um por vês para que o velhote vire um cotoco, e depois roubar a mansão.

3) Dar as costas ao velho e exigir os serviços de Holder logo, o nobre-traidor poderia esperar.

4) Aguardar todos e interrogar o velho com calma, pois têm todo o tempo do mundo.

- Ouça o que o Farnwell tem a dizer, estando num mundo magico como esse vai lá saber o que o verdadeiro Farnwell fez, mas não o desamarre - sugeriu Meliel antes de golpear novamente o meio orc.

Dessa vez ela desceu o Halberd de baixo para cima na cabeça do guarda.

Elendil queria acabar com aquele meio-orc de uma vez por todas. mirou nas pernas do inimigo, tentando derrubá-lo.

ELENDIL, MELIEL, OROG, VOLGRINN

O meio-orc defendia todos os golpes com investidas pesadas, mas em certo momento, enquanto os demais falavam para Orog não matar Fanrwell, ainda, Elendil encaixou sua espada, atravessando o oponente, que finalmente caiu inerte.

A batalha havia findado.

OFF: Cada membro da party recebe 200 XP.

O cenário do espaçoso closet é de um banho de sangue.

O grupo não havia ganhando muito além do que o anão recolheu, o bastante apenas para umas rodadas de cerveja com pão para o jantar ou qualquer papa que servirem na cidade. Não pagava todo o esforço e sofrimento por que passaram.

Verdade, é que não haviam vistoriado os guardas ali abatidos, nem tentado roubar nada da mansão do nobre ainda.

Felizmente, o mestre mineiro havia tomado a prataria da mansão, mas essa havia ficado com a moreau felina, que agora estava com a sua família circense. Depois deveriam ir lá pegar a sua parte, se o grupo itinerante não houver saído da cidade antes disso.

Feridos: Orog estava para cair, e Meliel estava com ferimentos horríveis. Contudo, vitoriosos, agora todos podiam voltar-se para o contratante traidor.

- Mate logo esse crápula duma figa, senão ele vai tentar de tudo para escapar e terminar o tal ritual! Sabemos-lá quantos ele mandou antes de nós!, dizia Holder enérgico, sem ainda ter curado ninguém. Ainda com seu elmo, que nunca tirou em momento algum, ele foi até um canto e recuperou o seu machado, que estava simplesmente escorado.

Fanrwell parecia que estava para se mijar de tanto medo. O homem estava sujo e suado, parecia que não tomava banho a dias. O cheiro não é dos melhores.

Glendollian continuava amarrado, amordaçado e medroso.

O ser de lama e excremento estava fitando preocupando com alguma coisa qualquer.

Apesar de todo tempo passado após o apito dos guardas na primeira briga no fundo da mansão, a guarda pretoriana, que todos viram patrulhando quando vieram, não apareceu.

ELENDIL, MELIEL, OROG, VOLGRINN

Por fim, o orc decidiu por não executar o homem, mas ninguém mais tomou nenhuma outra atitude, além de Holder, que insistia em liquidar com aquele traste traiçoeiro. O bárbaro clérigo já recuperou o seu machado de batalha e parecia se conter para não executar o sujeito.

Ninguém tomava uma ação, nem mesmo liberar o amigo mago ou desamordaçar o nobre para que pudessem falar.

O nobre ainda estava preso e amordaçado. Igualmente estava Glendollian, o mago élfico que os acompanhou até ali, mas depois de ser avisado a se esconder acabou capturado, de alguma forma, chegando antes dele até o nobre.

OFF: Por enquanto, ninguém precisa aguardar vez de ninguém para falar ou agir, isso apenas em combate. Falem e ajam livremente.

Meliel apertou os olhos fitando diretamente a Holder. Estava intriga pela sede de sangue do clerigo em querer matar o Farnwell, alguma coisa estava errada ali. O clerigo de Taurus não era dado a essa tipo de comportamento.

- Largue o machado AGORA Holder - Ordenou ela em tom impositivo - E tire o elmo também.

Ela anda até o nobre que era o alvo deles e desamarra a mordaça.

- Diga o porquê não devemos deixar o alterado clerigo a finaliza-lo? - indaga ao homem.

ELENDIL, MELIEL, OROG, VOLGRINN

- Perdeu o juízo, mulher? Olhe então, mas não venha tentar por a mão em meu machado, ouviu, Holder respondeu ranzinza para a mulher alada, enquanto tirava o elmo, demonstrando um rosto humano com a mesma barba desgrenhada, os olhos cansados, as iris expandidas, como se tivesse fumado fumo de Hongari.

Ali ao lado, Glendollian começou a se aquietar, parecendo se conformar que todos esqueceram dele e não moviam um músculo para ajudar o amigo amarrado ae amordaçado na cadeira.

Liberto os lábios, o nobre começou a falar em tom desesperado:

- Por todo Panteão! Quem são vocês?! Por favor, só me libertem! Eu estou preso aqui faz três semanas! O culpado é aquele monstro ali do lado do manequim! Por favor, ele indicou com a cabeça o ser de lama e estrume que andava perdido e sem muita inteligÊncia, afastado uns 6 metros do grupo.

- Libertem-me e eu os recompensarei! Pelo amor da alma de Cirandur Wallas!, o nobre insistia desesperado. No entanto, o grupo tinha as suas dúvidas e todas precisavam ser sanadas, o que incluía o motivo que os levou até a mansão da falecida irmã do nobre, além da emboscada que receberam, do artefato, do ritual, e o objetivo dos cultistas que armaram aquilo tudo.

Por onde começar?

- Hahahahah isso é uma piada né? O monstro ali do lado do manequin? Claro aquela coisa sem inteligencia arquitetou isso tudo. Chega de mentiras Farnwell - disse ela gargalhando enquanto tirava uma flecha da sua aljava - Espero que isso ajude a sua língua.

Meliel num movimento só enfiou a flecha na perna do nobre, logo depois como se não tivesse feito nada ele foi até o mago elfico e o libertou.

ELENDIL, MELIEL, OROG, VOLGRINN

- AAAAAAH! LENA E MARAH! Eu estou falando a verdade! Pelo sangue de Khalmyr! Eu puis um anúncio procurando aventureiros faz esse mesmo tempo, mas alguém veio a minha casa na calada da noite, me apanhou e trancou-me aqui, assim. Vejam! Meus braços estão até roxos, sem um clérigo eu nunca mais vou poder gesticular magias novamente. Vocês devem ter visto meus apetrechos de magia, não? A coisa, a coisa que me apanhou não é um mago como eu! Ela não deve saber usa-los, mas sei que ela pode roubar as formas dos outros, mas não suas roupas, por isso ela tem tudo isso aqui nesse closet! Por favor, acreditem em mim! Se duvidam! Chamem o paladino de Khalmyr da cidade! Ela sabe quem mente! Vamos! O culpado é aquela coisa ali!, o homem fala com incrível veemência e apontamento a fatos que batiam com o que Orog e Volgrinn viram no quarto anterior. O orc não podia saber patavinas de tranqueiras arcanas, mas o anão sabe algo sobre o oculto, como exímio caçador de demônios que é.

Solto, o elfo falou-lhes com urgência na voz e ainda se tremendo todo:

- Finalmente! Alguém acertou-me por trás lá embaixo. Quando dei por mim já estava aqui amarrado. Não sei dizer por qual caminho me trouxe, e ele não parecia ter nenhuma informação útil, além do que quem o tiver trazido já estava lá embaixo, escondido ou indetectável de alguma forma. Também deve ter trazido o elfo por algum caminho que eles não puderam notar. Mas, se o orc o anão vieram pelo andar de cima e Meliel e Elendil pela passagem, isso poderia significar que ou havia mais uma passagem secreta ou o elfo também mentia. A não ser que não fosse o elfo, ou o orc e o anão tivessem ficado muito ocupados com algo para perceber a passagem de alguém carregando um elfo magricela consigo.

- Ainda não Orog. Não faz sentido o que você diz - Meliel faz um gesto para que o lemure pudesse voltar ao inferno - Essa criatura que você sugere que é o culpado está sobre o meu comando, está vendo ela atacar? Se fosse ela a culpada de tudo porquê não nos atacou logo quando entramos aqui?

Mas não deixando passar Meliel estava desconfiada que existia alguma especie de enganação ali e nada parecia ser o que era. A fala do Farnwell sobre o troca-peles ou metamorfo não parecia ser toda loucura, já que o comportamento de Holder parecia ser estranho ao extremo.

Ela circulo o nobre e também cortou a amarras do nobre. Virou-se para Holder e pediu:

- Seja bonzinho e cure o nosso amigo Orog por favor, ele está todo machucado.

Enquanto vasculhava os meio-orcs mortos, Elendil apenas escutava o que todos tinham a dizer. Quando Fanrwell disse que alguém ou alguma coisa se fez passar por ele, Elendil desconfiou de Glendolian.

- Glend, Fortell meg din historie pan nytt? - (Glend, conte-me sua história mais uma vez?) perguntava para seu irmão de Lennorien em sua língua natal. Se for um impostor, deverá ter de contar uma bela mentira e em sua língua elfica.

ELENDIL, MELIEL, OROG, VOLGRINN

Após terminar de "depenar" os orcs, o patrulheiro, que só houvia a conversa até então, recolheu apenas o que lhe chamou a atenção e se voltou casualmente ao seu irmão de antiga pátria, dizendo em élfico:

- Glend, Fortell meg din historie pan nytt?

No que o elfo respondeu logo de cara, segurando uma mão do ranger entre as suas palmas delicadas e fitando-o dentro de seus olhos, como se quisesse entregar a sua alma a ele naquele momento de pavor:

- Eu e os meus amigos... digo, meus outros amigos que ficaram na mansão, fomos contratados já faz uma semana, eu acho. Chegamos aqui na mansão e fomos recebidos por Fanrwell. Tomamos a sua carruagem até a mansão de sua irmã. Ali, formos emboscados. Depois, foi tudo um breu por causa do veneno: um pesadelo recordando de Lennorien e dos monstros da Aliança Negra, respondeu ele em língua comum para que todos ouvissem, por mera educação.

OFF: Elendil encontrou 4 peças de prata 36 de cobre com os orcs em suas algibeiras, que valiam 1 tibar ouro se revendias, as botas pareciam boas também, além de 4 bestas leves de uma mão e 14 virotes ainda utilizáveis e as 4 espadas-longas em bom estado. As armaduras estavam perfuradas.

Enquanto isso, Holder ouvia os mandos de Meliel e ficava com cara de poucos amigos. No que ele responde-lhe:

- Primeiro, mulher, quem cura não sou eu, é meu Senhor. Tudo depende da sua vontade, mas eu só rogarei a ele se essa coisa morrer primeiro. Vocês estão todos sendo enrolados e isso tudo vai nos fazer acabar caindo noutra armadilha. Por um acaso nenhum de vocês sabe se o maldito do cocheiro chegou ou não?, falava o clérigo-bárbaro com raiva da ignobilidade dos companheiros, ou assim parecia.

Dispensado por Meliel, o lêmure não retornou ao inferno de onde adveio. Ao invés disso, a coisa cambaleou em direção a porta escancarada por Orog, para fazer, sabe-se lá o que os demônios fazem quando conseguem escapar do mundo inferior dos nove infernos. Deve estar indo tirar proveito da situação, deixando tudo mais imundo por onde passava.

Elendil coloca a mão sobre o ombro de seu amigo conterrâneo e pede desculpas, meio envergonhado por sua desconfiança - Olen pahoillani veljeni epäluottamus! - (Me desculpe por minha desconfiança irmão!) fala o ranger em sua língua nativa.

Quando Holder pergunta sobre o cocheiro, o elfo complementa - Gaspar! ... O nome do cocheiro era Gaspar Sugam Xer - Buscando em sua memória o nome do cocheiro pelo qual ele se arrependera de ter deixado ir embora.

O elfo patrulheiro se volta para Fanrwell - Onde está Gaspar, seu cocheiro?