Meileen - Shamps

Era um dia como qualquer outro para Meileen. Acordou cedo em sua casa na cidade de Naporia, lanchou, despediu-se de sua mãe e foi para o centro da milícia. La encontrou-se com sua amiga e colega de serviço, a maga Clover.



-Ola amiga, temos serviço para hoje! O chefe nos esta chamando la pra sala dele... – disse Clover, em tom animado.

Sabendo que o seu chefe, o anão Toressar, não gostava de ficar esperando, ambas rapidamente se dirigem ao seu escritório. O anão acompanha a estrada das duas com a mão sobre o queixo, puxando a barba como fazia quando estava impaciente.



- Recebemos informes de que alguns goblins foram vistos na orla da floresta. Desde que Nova Karzek pediu trégua com a Aliança, não tivemos mais problemas com humanoides desde então. Sua missão, garotas, é verificar o que eles estão fazendo la, e se tem alguma ligação ou não com o grande império do mal – diz o chefe, impassível. Ele então suspira, e se volta para Meileen – não sei se tem alguma coisa a ver, mas os lenhadores afirmaram que os goblins estavam próximos da cabana onde viviam seus pais elfos...

Antes mesmo de o sol raiar, a jovem elfa Meileen já estava acordada e arrumava seu instrumento de trabalho, pois iria para quartel, onde ela era guarda na pequena cidade Naporia. Sua mãe ainda dormia por isso ela mesma preparava seu desjejum e deixava tudo pronto para quando sua mãe humana acordasse. Antes de sair de casa beijava a face de sua adormecida mãe e passava na loja da família para verificar se estava tudo certo, a funcionara da loja logo chegaria.
A caminho da milícia avista sua amiga.

- Bom dia Clover – saúda a maga e ambas seguem para a sala do chefe - vamos nos apressar então.

Adentrando a sala Meileen já percebe que o chefe estava preocupado e a coisa era encrenca na certa. Bate continência e cumprimenta-o.
Prestando atenção às palavras do anão, seus olhos brilham à menção da palavra ‘goblin’, que ela adorava caçar.

- Goblins! A quanto tempo não chuto a bun... ahã... digo, caço um desses – ela se corrige antes que proferisse palavras impróprias. Logo seu sorriso se apaga e sua feição torna-se séria quando Toressar fala que tais criaturas estavam próximas a sua antiga casa. Desde que saíra de lá nunca mais voltou.

- Por que tão longe? O que estariam fazendo na parte profunda da floresta? Aquele lugar é de difícil acesso – não sorria – bem, não importa. Iremos investigar imediatamente, senhor!

Pergunta se havia mais alguma informação que o chefe poderia lhes passar e parte em seguida após bater continência.

Toressar coça a barba, olhando fixamente para a elfa.
- Goblins invadindo a floresta é sinal de problema. Voce conhece bem aqueles lados, confio na sua competência. Os lenhadores disseram que eram 4 goblins, mas tenham cuidado, porque são que nem baratas, para cada um que você vê, tem 10 que você não vê. Se precisarem de ajuda, não deem uma de heróis, peçam reforço.

Meileen e Clover partem em direção da floresta, seguindo a pé pelos caminhos tortuosos e cheios de pedras. Numa colina ambas sentam numa pedra e observam a floresta ao longe, com um pequeno riacho passando ao lado.

A maga pega seu cantil e bebe um pouco, oferecendo para a ranger.
- Se forem só 4, não teremos problema – diz Clover, apoiada em seu cajado. Ela permanece fitando a floresta, e se vira para a elfa – Você me disse que morava com seus pais naquela floresta, Meileen... O que sente agora, voltando pra la depois de tanto tempo?

De quatro para quarenta era uma diferença bem grande, mas a elfa sorriu mesmo assim.

- Pode deixar, chefe. Chamaremos se for preciso.

Pouco depois já se encontrava na floresta e na hora de uma pequena pausa, enquanto Clover se refrescava, a elfa aproveitava para olhar mais adiante a floresta, aproveitando seu olhar élfico que via mais longe buscando alguma movimentação.
Sua amiga fez uma colocação oportuna para Meileen. Lá que havia crescido e lá que seus pais morreram. Ela sempre fez exercícios mentais para que tal fato jamais a perturbasse, mas não sabia como reagiria indo para tão perto do ocorrido.

- Não sinto nada, Clover. É apenas um pedaço qualquer da floresta. Nunca mais voltei lá – suspira – não costumo pensar no que aconteceu. Espero não ter nenhuma reação ao voltar lá, mas não admito criaturas infelizes como goblins maculando o lugar de descanso de meus pais – suspira novamente porque sabia que seus pais não tiveram um funeral digno de sua raça, nem mesmo o corpo deles havia. Esse pensamento lhe causou desgosto e preferiu mudar de assunto.

- Como andam seus estudos de magia? Já resolveu aquela fórmula complicada que mencionou tempos atrás? Antes que a amiga respondesse, a elfa já descia a colina e rumava para o interior da floresta.

Eileen e Clover descem a colina, enquanto a maga explica animadamente detalhes de seus estudos arcanos.
- Sabia que as teorias e rituais ficam mais claros para mim a cada dia que passa? É como se minha mente precisasse de apenas tempo para que possa acomodar toda esta quantidade de informações. As magias mais simples antes eram quase incompreensíveis, e agora se tornaram banalidade. Este tempo que estive na milícia me ajudou muito... Quanto mais magias faço, mais elas se tornam mais simples.

O olhar da ranger no entanto estava voltado para um ponto próximo da floresta. Seus olhos élficos, que enxergavam bem melhor que os de humano, haviam identificado aquilo que pareciam ser os restos de uma fogueira, localizada bem próxima da floresta.
- Pelo visto nossos goblins resolveram fazer uma parada para a janta antes de entrar na floresta – disse Clover.

Pouco tempo depois as duas estavam investigando o local, onde haviam as cinzas de um fogo simples, com ossos de alguns animais silvestres. A ranger havia identificado rastros de 4 goblins... e as marcas das botas de um humano.

Vendo a amiga falar com animação, a elfa fica feliz por ela, sabia que ela tinha muito potencial.

- Fico feliz por você, minha cara.

Elas caminharam até os vestígios dos goblins e não se surpreendeu ao ver pegadas humanas no local. Ela começa a seguir as marcas após analisar com cuidado qualquer indício que estivesse ali.

- Botinhas humanas, hein! Tá começando a ficar interessante – ela sorri – vamos Clover, temos uma surpresinha para fazer – ela acaricia o arco, sabendo que logo ele seria posto em ação – vou rastrear esses seres.

Clover olha para as pegadas dos goblins e as marcas das botas, apontadas por Meileen. A maga coça a cabeça.
- Agora que voce me disse, é verdade, são diferentes... Mas se estivesse sozinha, nunca que ia descobrir isto. Fico surpresa com sua habilidade, amiga! – diz, pondo a mão sobre o ombro da elfa. – Mas mesmo que tivesse um humano, ou humana, aqui, poderia ser que não fosse o chefe... Podia ser um prisioneiro.

A ranger analisa a área, e descarta a hipótese. Este humano tinha liberdade para se mover.

Clover acena com a cabeça.
- Então a desconfiança do chefe de que estes não são meros goblins da montanha perdidos começa a fazer sentido.

Após o convite da elfa, a maga sorri de volta. “Vamos acabar com uns goblins!”

A ranger segue no rastro dos humanoides a partir do acampamento. Eram marcas de dois dias atrás, mas como ainda não tinha chovido, estavam fáceis de seguir. Porem pouco antes de entrar na floresta, a pegada da bota do humano se desvia, indo para a região a leste da floresta, em direção das montanhas. Elas param por um instante para absorver a situação.
- Pelo visto esta pessoa estava só acompanhando. Que faremos, Meileen? – pergunta Clover.

O que Clover dizia fazia sentido, porém não era esse o caso.

- Prisioneiro? Acho que não, as passadas são firmes, um prisioneiro deixaria marcas mais arrastadas.

Elas seguem mais adiante até as marcas se separarem, o humano ia para as montanhas.

- Esse humano me parece mais problema do que os goblins. Acho melhor segui-lo. Nos goblins a gente dá um jeito depois. Melhor irmos com cautela.

Clover acena com a cabeça e aponta para as montanhas.
- Lá é território de humanoides, com varias tribos. Esse nosso companheiro não tem medo de andar sozinho por aqui. Toda cautela é pouca por estes lados...

As duas então se afastam da floresta, seguindo a trilha deixada pelo misterioso humano. A área que era verde começa a tomar tons mais amarronzados, as arvores sem folhas e a vegetação esparsa. A caminhada monótona é interrompida para uma pausa de descanso. Clover retira suas sandálias e massageia seus pés.
- Ah que alivio, estas caminhadas acabam comigo – diz, e olha para Meileen. De repente sua face fica ruborizada – Amiga... voce sabia que tem um dos guardas la da milícia que me da flores toda vez que me encontra? Afe, não sei o que fazer... Não é que ele não seja bonito, mas... Você sabe, eu fugi de casa justamente por não querer me casar com os pretendentes que meus pais me escolheram... Passei por muitos apuros, e me dediquei nos estudos arcanos para ter uma outra opção para minha vida. E agora vem este rapaz... O que faço, Meileen? Você com certeza já deve ter tido muitos namorados, me conta sua experiência!

O dia estava perfeito para uma caçada, agradável e o sol brilhava suavemente. A brisa soprava amigavelmente aplacando o calor que já irradiava da pele delicada da elfa.  Quem parecia não achara nada agradável era Clover, que já demonstrava sinais de cansaço, as dores nos pés eram prova disso.

- Ou ele é corajoso ou ele pertence a uma dessas tribos – ela riu ao ver a amiga massagear os pés – sandálias realmente não servem para caminhadas longas. Devia ter calçado botas – depois bebe um pouco de água de seu cantil – isso que significa ‘’se preparar para viagem’’ – e dá uma risada descontraída.

Enquanto conversavam, Meileen nota que Clover lembrava-se de algo e fica ruborizada em seguida. A elfa ri com a colocação dela, não era um riso de deboche, mas sim de surpresa.

-Muitos namorados? Eu? – ela põe as mãos na cintura – na verdade sou uma elfa jovem, recém tornada adulta. Pra eu ter tido tantos namorados assim como fala, eles teriam que ter sido todos humanos hahahaha. Na verdade só tive dois namorados humanos e hoje em dia eles são respeitáveis senhores de família – ela analisa a amiga – veja bem, você fugiu de casa para fugir da imposição de seus pais, agora a situação é outra... é apenas um cara interessado em você e você decide se quer algo com ele ou não – suspira – aceitar flores não é nenhum crime. Faz assim, janta com ele e vê no que dá. Simples.
Ela ajeita suas coisas e joga a mochila nas costas – agora só tenho tempo para cuidar de minha mãe velhinha e para patrulhar, nada de namoros para mim. Agora vamos andando – e segue pela trilha resmungando para si como ainda não tinha namorado ninguém de sua própria raça.

Clover ouve atentamente as palavras da amiga, acenando em concordância. Ela sorri.
- As vezes esqueço que você é uma elfa... Voce é diferente de outros que conheci. “A raça humana é inconsequente e leviana, agindo como agem as crianças, bla, bla, bla” – diz, fazendo pose empolada e colocando as mãos na cintura.

A humana ri de sua própria performance e continua.
- Deve ser difícil ver as pessoas envelhecerem e mudarem, enquanto continua bela e jovem, não é mesmo? Ei, o que estou falando, eu que quero ser bela e jovem para sempre, hahaha! De qualquer maneira, talvez eu de uma chance para este rapaz... ou não.

Após o descanso ambas continuam o caminho. Ao se aproximarem da montanha, Meileen observa a presença de um guarda goblin sentado sobre uma pedra mais ao alto, a lança descansando ao seu lado.
–  Felizmente ele não nos viu, caso contrario já teria tocado sua corneta. – diz Clover, e observa a área ao redor – Não vejo nenhum outro por perto.

Perfeitamente compreensível a reação da amiga.

- Passei mais tempo com humanos, nem sei como vive um elfo de verdade – a única coisa que entristece a elfa é realmente pensar na efêmera vida humana – realmente amiga, me dói ver meus entes queridos partirem – e não deixa de lembrar-se da mãe, que agora deve estar bordando em sua cadeira de balanço. Continuando a conversa com a maga, Meileen dá um peteleco na orelha da amiga e diz sorrindo – oras Clover, você é uma maga e deve ter seus truques para ficar eternamente jovem. Magos poderosos vivem bastante, né!

O caminho segue e a tranquilidade bucólica da floresta começava a chatear a ranger, que queria logo entrar em ação e saber o que esses goblins faziam por ali. Por fim sua espera tem fim e elas avistam um pequeno sentinela descansando.

-- Pois bem – fala aos sussurros – não vamos dar essa chance para o destino – responde ao comentário da amiga. Ela prepara o arco e mira bem para disparar.

[OFF: caso a distância não seja boa, ela vai se aproximar um pouco mais antes de disparar. Faço rolagem já?]

Clover faz uma careta com o peteleco na orelha.
- Maga poderosa, só pode estar brincando... Mas ate que voce esta certa, vou colocar como projeto de vida esta “juventude eterna”!

***

Ao ver o goblin sentinela, Meileen decide abate-lo com suas flechas. Furtivamente ela avança pela vegetação, tomando o máximo de cuidado para não pisar em gravetos secos ou qualquer outra coisa que possa trair sua presença. Ela então acha uma posição protegida pelas folhagens de um arbusto, prepara seu arco e mira com sua flecha. Um “twang” se faz ouvir quando solta a corda, e num sibilo a flecha atinge o peito do goblin, que tem tempo apenas de pegar a haste da flecha e cair morto ao chão.

Clover faz um sinal de “OK” e se aproxima. “Foi uma morte limpa, sem dar tempo de avisar ninguém. Perfeito.”, diz, e aponta para a trilha que levava mais acima.”Vamos seguir em frente.”

Ambas avançam cuidadosamente pela trilha, olhando para os lados em busca de algum outro goblin caminhando por ali. Não encontram ninguém, e finalmente atingem o ponto mais alto. De la podiam ver uma pequena tribo de goblins, com algumas cabanas e tendas. Não havia movimentação, e a vista estavam 6 goblins armados com lanças em diferentes pontos do acampamento. Nenhum sinal de humanos... exceto um cavalo, cuja rédea estava presa a um poste de madeira. E uma criatura alada, mais afastada, com a aparência de um dragonete, presa por uma corrente.



- É uma tribo pequena, mas devem haver bem mais dentro das cabanas. Como eles tem hábitos noturnos, devem estar descansando agora. – diz, e aponta para a criatura com asas – E aquele animal? Acredita que possa ser uma montaria? Esta com uma sela!

- Obrigada - é o que diz em resposta a amiga. Passado a colina, avistam o resto da turma e as duas conversam a respeito.

- Também acho que estão dormindo. Daqui consigo acertar alguns, mas depois do alarme dado virão para cima da gente como um enxame de abelhas no mel. Acha que conseguimos dar conta de todos?

Ela observa o dragonete e pondera sobre ele.

- Montaria ou não, melhor deixar ele lá por enquanto. Depois vemos se é amigável ou não.

Clover se vira para Meileen e faz uma expressão de duvida.
- Não sei não, podemos dar conta de uma meia dúzia de goblins, mas uma tribo inteira me parece suicídio. Alem do que tem este humano e aquele bichão ali... E não, não quero montar nele, eu estou é espantada que alguém consiga montar naquele bicho!

A maga continua a olhar para o acampamento, pensativa.
- Com mais homens poderíamos acabar com estes goblins, mas se formos retornar para o quartel, no momento que chegarmos o humano já poderia ter ido embora. O que precisamos fazer é pegar este cara e interroga-lo! Dificil é como fazer isto...

Clover estava certa:

- Realmente seria um suicídio, mas se o humano estiver mesmo no acampamento, não tem outro jeito... - lembra-se - hey! você não consegue fazer uma magia que leve tudo pelos ares? Ou que fizesse os sentinelas dormirem? Isso ajudaria tanto... - faz uma cara desolada, preocupada com as poucas opções que tinham - ou se tivesse como atrair só o humano para cá...

Meileen continua observando o acampamento tentando ter uma boa ideia de como resolver o impasse numérico.

- Eu posso atirar flecha com fogo nas barraquinhas. O que acha? - ela mesma não tinha ficado muito contente com essa ideia - eles poderiam queimar até a morte e o tal humano sairia correndo e a gente o pegaria - e deu um sorriso completamente sem convicção - ou então poderíamos criar uma distração que levasse a maioria para outro lado enquanto eu atiraria nos que ficassem por aqui? Só que daí os outros que saíssem teriam que morrer também - divagou.

- Não sei o que fazer. De fato, perderíamos muito tempo indo buscar reforços. Vamos ter que dar um jeito nós mesmas.

A maga ouve as sugestões de Meileen impassível, observando a área. Ela enrola com o dedo um cacho dos seus cabelos, coisa que fazia quando estava concentrada. Acenando com a cabeça, diz:
- E que tal se fizéssemos tudo isto que voce disse? Os goblins são criaturas medrosas, só atacam se tiverem certos de que vão ganhar. Se fingirmos estarmos em maior numero, eles vão preferir fugir em debandada. Meileen, atire suas flechas incendiarias nas barracas. Eles vão acordar desorientados e medrosos. E se voce atirar e mudar de posição, eles vão pensar que são vários arqueiros. Posso ajudar fazendo ilusões de outras pessoas atirando – diz, e aponta para o dragonete – e ali esta a distração que pode aumentar ainda mais o caos. Talvez de certo... Quer tentar?

A maga Clover tinha o mesmo ritmo de pensamento que a ranger e isso facilitava as coisas. A ideia da amiga foi ótima e Meileen não tardaria a inicia-la.

- Boa ideia, amiga. Farei isso.

A elfa começa a preparar a flecha flamejante para efetuar o primeiro disparo e segue para direções diferentes, sempre com cautela, e começa efetuando os outros disparos. A de fogo mira na barraca e as outras em vários pontos.

Clover se despede rapidamente e a ranger espera alguns minutos, ate que a maga acena de longe para indicar que estava pronta.

O ataque começa, com Meileen iniciando os disparos com suas flechas em fogo. Porem por algum motivo, a mira da elfa estava totalmente fora de ordem, e suas flechas não somente não atingiram as barracas, mas com sua proximidade alertaram os guardas goblins. Estes tocaram suas cornetas, fazendo com que os goblins combatentes saíssem de suas tendas, atordoados, mas não desesperados. As poucas flechas que saiam do arco de Meileen e as flechas ilusionarias de Clover não deram a impressão de um grande ataque, e o aparecimento de dois humanos encapuzados que começaram a dar ordens aos goblins fizeram com que o plano das duas fosse por ladeira abaixo.

Logo que os humanoides começaram a escalar a montanha atrás dos atacantes, a ranger elfa parou de disparar e tentou se esconder entre as pedras. Por sorte encontrou um vão natural que encobria totalmente seu corpo, e com isto escapou da procura dos goblins.

Porem os gritos agudos e guinchantes chamaram a atenção da elfa, que através de uma fresta viu que um grupo deles ameaçava Clover com suas lanças. A mesma mantinha as mãos para cima, indicando que havia se rendido.

Um dos humanos encapuzados grita ordens em goblinoide, e a maga é então conduzida a uma das tendas, os dois encapuzados entrando logo em seguida.

Tudo aconteceu muito depressa, a elfa não soube porque tinha falhado tão miseravelmente, colocando assim sua amiga em perigo.
Ela precisava agir rápido, chamar reforços demandaria muito tempo, tempo esse que ela não tinha. A única solução seria tentar ajudar amiga sozinha. Por sorte ela conseguiu se esconder dos goblins e poderia tentar mais um ataque.
Ela tenta mais uma vez disparar uma flecha e mira em um dos captores de Clover. Se conseguisse, miraria no seguinte.