por iNetss Sáb Set 10, 2016 1:25 am
O velho do fim da mesa, levantou o tom e começou a martelar suas tolices. Se dependesse de Ailym, nada daquilo precisaria estar acontecendo. Ela acreditava que a centralização do poder não era opção neste momento. A reunião então começara e a jovem ladra observava tudo de forma muito analítica, nenhuma ocorrência podia passar por despercebido, talvez um simples deslize fosse o modo como introduziria sua ideia. Ideia que na verdade ainda não era totalmente formada, pois faltava ciência da situação, mas mesmo assim não poderia ser descartada.
Um homem na mesa foi o primeiro a se manifestar, a garota não o reconheceu, mas não importava. Todos riram do que ele falara, diferentemente, Ailym se manteve encarando de forma sóbria e analítica.
Mas não foi somente a garota que parecia não concordar com o geral. Haviam algumas pessoas que a pesar de não dizerem, estavam desconfortáveis. Era perceptível que não estivessem concordando com o que acontecera ali.
A garota olhou para o rosto de cada um deles e 3 lhe chamavam atenção, bem, não podia ver o rosto da mago, mas podia ver como ele estava ignorando os fatos que aconteciam.
Um deles era Noah. Ele e Ailym já haviam cruzado em várias outras oportunidades. Seu rosto não era novidade pra ela.
Arkan era outro dos jovens corteses que se encontrava neutro perante a situação. Ocasiões anteriores não lhes traziam lembranças muito positivas.
Ailym logo percebeu que estava em uma situação sufocante, pois suas opções variavam entre ruina e suicídio moral. Todavia não custava tentar que algo pudesse ser diferente dessa vez.
Havia entre eles, um jovem mago, que levantou a voz para manifestar a sua ideia. Ele parecia ignorante em um primeiro momento, mas talvez pudesse ser a porta de entrada pra uma nova discussão ali. Entendia como ele se sentia e isso despertou interesse a ela. Fazer coisas sozinha era a especialidade da moça, mas nesse caso, um apoio não seria dispensável.
“Ele é exatamente o que eu procurava, só esperava que fosse alguém menos escandaloso... Não, talvez tenha que ser assim mesmo, para que todos aqueles que concordam com essa ideia vejam que são a minoria, mas não estão sozinhos. Eu espero que dê certo, espero que a partir disso, alguém mais se manifeste”.
Pensou enquanto ele falava.
Logo após, refletiu mais um pouco...
“Preciso falar com ele, mas esse modo áspero dele para falar não mostrou ser muito oportuno. Não me restam opções, já que não sou muito creditada por aqui. Aposto que pessoas mais influentes e mais velhas aqui não vão deixar que a ideia dele prevaleça, justamente por isso que precisamos de um numero maior. É algo que eu e ele precisamos, não tem como a negociação dar errado. E enfim, eu descobrirei quem são os pensadores inibidos. Se minha percepção falhar, eu posso acabar pisando em meu próprio pé”.
Tornou a prestar atenção na reunião e no que estava sendo discutido.