Ellywick - Edu

Dustan escreveu:-Puxou o sexo do rapaz para fora e estimulou ele por alguns segundos com a boca, depois botou para dentro de novo e se levantou saindo dali de voltar para o salão.

Rabnar fica surpreso com a iniciativa tomada pela gnoma, mas aprecia cada segundo daquele ato. “Tenho que confessar que estou gostando cada vez mais das gnomas... São diretas e sabem exatamente do que os homens apreciam!”, exclama extasiado.

Dustan escreveu:-Caminhando já de volta para a mesa aonde supostamente estaria Ergo Ellywick respondeu seca para Nittoly:

- Não reataram.

Nittoly alça as sobrancelhas e leva a mão ate a boca. “Oh!? Verdade? Bem, pensava que sim, dada a maneira como Kadaj estava conversando com ela... Hmm, se bem que de fato ela não estava com uma cara assim de tão satisfeita...”, comenta pensativa.

A tiefling lidera a passagem de Elly por entre os convidados, amontoados dançando e conversando no grande salão, até que finalmente chegam até a mesa onde estavam Ergo e Kadaj. De fato Ergo não parecia nada animada com a sua companhia.



Mas foi logo chegar Elly que Ergo se animou, sorrindo e indicando uma posição ao seu lado para que a gnoma se sentasse. Por sua vez o rosto de Kadaj que tinha se fechado, como se não gostasse nada daquilo.

A necromante se aproxima e sussurra no ouvido de Elly. “Onde voce estava? Não sabe o que tive que aguentar deste idiota desde que voce me deixou sozinha com ele! Ainda bem que esta de volta, meu amor!”, diz, dando um beijinho em sua orelha pontuda.

Kadaj, que aparentava estar bêbado, apontou para as duas e disse, “vocês acreditam? Estas duas ai estão namorando, e não sabem que esta faltando tudo nesta relação! Primeiro, tamanho! Segundo, aquilo que os homens tem, e que toda mulher gosta de receber!”

Os outros convidados da mesa começam a rir e comentar maldosamente. Nitolly limita-se a sentar-se a mesa, e ouvir as palavras de um mensageiro, que lhe cochicha algo em seu ouvido.

Ellywick pegou uma taça de vinho de um garçom e bebeu de uma golada só. A noite ia ser longa! Não acreditava que tinha acabado de fazer um boquete num demônio. O pior é que tinha gostado. Aonde estava com a cabeça. Estava tão perdida em pensamentos que mal ouvira o que Ergo tinha dito. Só respondeu beijando a mão de sua namorada quando recebeu o carinho.

Ellywick nem deu atenção para Nittoly e muito menos para o idiota de Kadaj. Aproximou a cadeira para o lado de Ergo e pegou a mão dela colocando os seus dedos entre os da necromante.

- Você é ciumenta,Ergo? Eu quase que tive a pele arrancada por Lady Shederun fui salva pelo filho dela, ele me deixou usar esse vestido e falou sobre seu ex dizendo que ele não nos deixaria em paz. Afirmou que precisaríamos de aliados e que ele poderia ser um aliado se eu pagasse um preço. Eu estava pressionada e com medo por você, além de tá devendo por ele ter salvo a minha pele, literalmente. Impulsiva, eu o levei pra um canto e fiz sexo oral nele - diz sussurando nos ouvidos da sua namorada - Você me perdoa, Ergo?

Ergo entrelaça os dedos com o de Elly, aguardando o que ela tinha para dizer com um leve sorriso no rosto. Porém seu sorriso se desfaz ao avançar da descrição dos eventos da gnoma, e ela permanece em silencio por alguns instantes, sem responder para a companheira.

A face de Ergo não continha mais a ponta de afeição no canto dos olhos, ao mirar Elly. Parecia uma mascara impassível.

A necromante solta sua mão da de Elly em um gesto não impulsivo, mas metódico. Ela se levanta, sem quebrar seu olhar fixo com a gnoma, e diz friamente: “Vou embora. Não quero te ver mais. Deixarei suas coisas arrumadas e meu escravo as entregara fora de minha propriedade. Adeus, Elly.”

Ergo se vira e deixa a mesa em direção da saída. Na mesa, Nitolly leva a mão a boca, admirada com o que tinha presenciado. Kadaj, por sua vez, olha para a gnoma com um sorriso maligno no rosto. O resto da mesa se perde em comentários sobre o que tinha acabado de ocorrer.

Ellywick sente o chão sumir os seus pés. Suas pernas tremem, mas ela sente o seu coração disparar numa ansiedade ruim. Por Solaris! O que fizera? Ignorando os outros se levanta e corre atrás de Ergo.

Bota a mão no ombro da sua agora ex-namorada para para-la.

- É assim Ergo? Você vai me deixar assim? O que fiz foi por você.

Elly vai atrás da necromante e com certa dificuldade consegue para-la. Com a face semelhante a uma estatua de marfim, ela lança um olhar inexpressivo para a gnoma. Não havia mais sentimento nenhum dentro dos seus olhos. “Fez por mim? Não me lembro de ter pedido a voce que fizesse algo deste tipo para mim. Certamente os gnomos devem ter uma concepção diferente da normal no que se refere ao conceito de fidelidade. Felizmente isto aconteceu no nosso primeiro e ultimo dia de namoro, poupou meu tempo. Veja pelo lado bom, agora esta livre para fazer quantos aliados quiser. Passar bem.”

Ergo se recusa a ouvir qualquer outra explicação dada por Elly, passa pela saída da mansão e do lado de fora chama por uma carruagem.

Ellywick tinha uma impressão totalmente errada de Ergo, achava que ela era mais mente aberta do que era na verdade. Sentiu uma lagrima correr na maçã direita do seu rosto. Ficou em silencio enquanto Ergo falava, simplesmente não tinha resposta. Antes mesmo que sua ex-namorada terminasse de falar ela deu a costas e voltou andando indiferente.

Caminhou de volta para a sala aonde tinha trocado de roupa e pegou suas vestes. Tirou o vestido todo chique e vestiu o seu colã para depois botar a armadura. No final botou as suas botas e partiu do palácio. Para não voltar mais. Só faltava chover agora para dar maior dramaticidade a situação toda.

Foi caminhando pelas ruas rumo a uma hospedaria. Iria ficar aquela noite ali e depois partiria de Nova Karzek, era tempo de arrumar o seu burro em outro lugar.

A saída da festa por parte de Elly e Ergo havia sido amplamente comentada pelos convidados, mas nenhuma ação fora tomada para impedi-las de sair. A gnoma saiu a noite, e estava frio do lado de fora. Como previsto por Elly, começou a cair uma garoa fina e incomoda.

Andando pelas ruas, parou na primeira hospedaria que encontrou, alugando um quarto para o pernoite. Demorou um pouco para dormir, refletindo os últimos acontecimentos.

De manhã arrumou suas coisas para sair, e depois de dar alguns passos na rua, teve seu avanço interrompido por um menino mendigo vestido em farrapos, da mesma altura de Elly. “Tem uma esmola ai, dona?”, pergunta.

Ele se aproxima e cochicha no ouvido da gnoma. “O nome de Arlett Gylley faz voce se lembrar de algo, Elly?”

Ellywick andava tão sem cabeça para as coisas que mal parou para pensar quando o mendigo o perguntou. Já tinha passado na casa de Ergo e pego as suas coisas, só desamarrou o bolsa do seu cinto e botou na mão do homem.

- Imagino que seja sobre isto o assunto. Toma - disse colocando a bolsa com as armas na mão do rapaz - e não me perturbe mais, não quero ter nada a ver com isso.

E continuou o seu caminho para fora da cidade. Não restava mais nada para ela em Nova Karzek.

Elly, não querendo se envolver mais com aquele problema, entrega a bolsa com as armas para o rapaz, que fica surpreso em recebe-las nestes termos. “Mas... não está interessada na recompensa? Bem, se não se incomodar, direi então que voce não quis receber...”, diz, para depois se afastar sorrateiramente.

Desanimada com tudo que já tinha passado, a gnoma vai em direção dos portões principais de Astrakhan, pela mesma entrada por onde passou para tentar uma nova vida.

Porém, ao tentar sair da cidade, dois grandes hobgoblins da guarda barram sua passagem. Eles acompanham a gnoma até uma construção localizada próximo dos vigias, tendo que aguardar um tempo sentada.

Logo aparece um hobgoblin com uma face carrancuda e mal-humorada, que parecia de certa forma familiar. Era o chefe inspetor. Ele se senta a frente de sua mesa, encarando Ellywick, e depois de pigarrear, diz, “já indo embora de Astrakhan, pequena? Um dia acho pouco tempo para ter conseguido abrir seu negocio e regularizar sua situação de mercadora de armas, que posso dizer que é um comercio bem arriscado. O que tem a dizer sobre isto?”

Ellywick nem demonstrou preocupação com as perguntas do hobgoblin. Tinha um motivo convincente, simples assim. Ela olhou bem para o goblinoide e disse:

- O meu namoro com a moradora daqui deu errado, ela me botou para fora. Fiquei com raiva e triste pela situação toda. Fui andando distraída rumo a saída da cidade, pois não tinha mais nada para mim aqui, o saco magico com as armas estava na minha mão quando um meliante veio e me roubou sumindo correndo. Como eu estava e estou desgostosa com a vida nem me importei muito continuei o meu caminho para cá. Provavelmente o sujeito que fez tal ato achou que na bolsa tinha dinheiro.

O hobgoblin ouve a explicação da gnoma com uma expressão compreensiva, acenando com a cabeça. “Hmm, entendo. As ruas de Astrakhan são realmente muito perigosas, apesar das medidas que a guarda da cidade toma para evitar isto... Sinto muito pela sua perda, senhorita Ellywick.”

O chefe então se levanta e começa a caminhar pela sala. Estava com a mão sobre o queixo, refletindo. “Porém ainda temos que averiguar o acontecido. Certamente aquela bolsa devia valer muito, pois era magica, e suas armas eram todas de qualidade. Uma terrível perda em dinheiro, que com certeza gostaria de reaver, não é certo, Ellywick? Alias, é um tanto estranho voce querer ir embora de Astrakhan depois do ocorrido... Por acaso pensa que não seremos capazes de pegar o ladrão e devolver seus pertences? Temos uma guarda muito competente, e dependendo do que foi perdido, temos nossos meios de saber quem foi o responsável...”

- Tanto faz, depois que eu perdi a minha real razão de ficar na cidade nada importa para mim. Não sei se vocês entendem mas eu quero respirar novos ares - disse ela de forma tranquila.

Ela não via muito sentido em fica ali já que estava impedida de sair da cidade. Vira-se e caminha de volta para dentro das muralhas.

- Já que estou impedida de deixar a cidade, voltarei para a hospedaria. Aguardar pelo desfecho dessa busca ai - falou ela enquanto caminhava.

Dois grande machados afiados cruzam-se em frente de Elly, fazendo um “clang”, sendo seguros por dois enormes hobgoblins em cotas de malha, usando elmos e olhando impassíveis para frente.

O chefe inspetor Goryok da uma gargalhada.

“Temo que seus novos ares vão ter que esperar. Para que uma hospedaria, se posso oferecer um local de graça para voce ficar? Depois de ter sido roubada, não deve ter muito mais dinheiro para gastar”, comenta de maneira zombeteira.

Depois de tudo isto as coisas avançam rápido. A gnoma lembra-se somente de ser empurrada com um chute até uma das celas da carceragem, caindo de cara sobre um monte de feno.

O local era escuro e fedia. Alguns ratos mordiscavam restos de comida, e pela fresta de uma minúscula janela com grades podia ver que tinha dois companheiros na cela: um deles um esqueleto amarrado a correntes, o outro um tipo misterioso acomodado em um canto escuro, que a observava com seus olhos fixos...

Ellywick se levantou lentamente, teve que fazer força para não chorar. A que ponto chegara? Primeiro tinha perdido o direito de ficar no seu reino, depois perdera a namorada e agora a liberdade. Maldito Arlett bateu ela com raiva o escudo no chão. Pro inferno ele com a revolução dele ali.

Percebeu que o estranho a olhava e ela já com raiva o indagou:

- Tá olhando o quê? Tá vendo? Isso que é andar com as pessoas erradas.

O homem, que vestia trapos e tinha o cabelo desgrenhado, tossiu um pouco, limpou a garganta e disse, “ fica na tua, baixinha! To pouco me lixando com o que aconteceu! Ta nervosa? Dane-se! Vou fugir daqui, e você pode fazer companhia pro esqueletinho ai... Quem sabe você saia, quando o magrelo sair...”

Ele tosse novamente, parecia estar doente. Ele olha para a janela. “Maldito! Voce ta demorando, seu desgracado! Voce... me prometeu...”

- Ahahahahahah pagou de durão mas tá ferrado também - Ellywick gargalha com o homem - Você devia olhar com mais atenção para sua nova companheira de cela. Eu posso ajudar você se você me ajudar. Não posso cura-lo da doença que tem, mas posso faze-la parar pelo menos durante o dia de hoje.

O companheiro de cela volta sua atenção para Elly e ouve sua proposta. Ele ergue uma sobrancelha, desconfiado. “Mesmo? Você é uma cleriga? Hmm... Esta bem, podemos nos ajudar... Este maldito anão surdo pode ter se perdido em algum lugar, que não da pra saber quando vai chegar”, fala o homem.

Ele estende a sua mão, ve que estava suja, da uma limpada na roupa, e estende de novo. “Meu nome é Anatoli, e sou de Hammerheim, da cidadela dos anões. E você é?”

- Sim sacerdotisa de Solaris senhor. Ellywick meio gnoma de União - ela aperta a mão do homem enquanto falava.

Ellywick larga o seu escudo no chão e passa a circular pela cela.

- Eu posso ajudar você, mas quero que me inclua nessa fuga ai. Preciso de oito horas para ter as magias necessarias, tendo acredito que poderei tira-lo desse cela, o problema é depois - disse ela em sussurro próximo ao homem.

O homem da uma risada, seguida de um acesso de tosse continua. Ele balança a cabeça, tentando se recuperar. “Pode tirar o senhor, que eu não sou tão velho assim... Mas da pra entender, nesta condição que agora eu estou...”, lamenta. Anatoli se recosta na parede, e continua, “sim iremos fugir juntos. Teremos mais chance, assim. Terra dos infernos, cof, cof...”

A noite chega, e ambos passam muito frio na cela, e Elly começa a entender o porque da condição daquele homem. Ao chegar do dia e após feitas suas orações, a gnoma cumpre o prometido, fazendo com que Anatoli se sinta muito melhor. “Obrigado, pequena... Agora só basta esperar o maldito do Borgin cumprir sua parte! Anão infeliz!”, pragueja.

A manhã passa, e ambos recebem uma fatia de pão embolorada e água numa caneca.

Então vem a tarde, mas nada acontece. “Como é que voce veio parar aqui, Elly?”, puxa a conversa Anatoli.

- É complicado, mas num resumo rápido fui burra. Me envolvi num jogo que não queria e eu fiquei com a pior parte. Quando vim para cá, era para trazer um encomenda para um amigo de um amigo, acabei descobrindo que isso eram armas e no final as coisas me trouxeram para cá, basicamente foi isso - Disse ela suspirando no final - Pior ideia de viagem que eu tive.