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    La Taverne du Pendu

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    Mensagem por Garahel Seg Fev 05, 2018 9:23 pm

    taverne du pendu

    Halamshiral sempre foi uma cidade de contrastes. Apesar de já fazer muitos séculos desde sua conquista na Segunda Marcha Exaltada, a população predominante ainda é élfica. Isso faz com que o lugar apresente uma inversão única – ao invés de os elfos morarem murados e isolados em um Alienário, são os humanos que vivem em uma seção privilegiada e isolada, enquanto a maioria élfica reside em uma espécie de grande favela que se espalha por toda a cidade. A tensão entre as duas raças é permanente.

    Essa tensão chegou a um ápice recentemente. Lemet, um elfo comerciante conhecido por muitos dos moradores de Halamshiral, foi morto e esquartejado por ordens do Lorde Mainserai, após assumir a culpa de ter atirado uma pedra contra a carruagem do nobre – o que fez para proteger a criança que realmente atirara.

    Thren, um elfo amigo de Lemet, ficou enfurecido com a morte violenta, e começou a alimentar um desejo por vingança. Ingressou na guilda de ladrões e, de lá, começou a organizar seus companheiros em uma rebelião – ou, em élfico, um mien’harel. Além dos ataques contra nobres e seus guardas, Thren também lidera os elfos em ataques relâmpago nos mercados da parte humana de Halamshiral, roubando alimentos, roupas e equipamentos para levá-los às favelas.

    A rebelião tem gerado um clima de instabilidade e medo nas ruas do Alto Quarteirão (a seção privilegiada da cidade), e poucos humanos ousam sair de suas casas. Por isso, não é de se espantar que a Taverne du Pendu, uma das mais populares dali, esteja quase completamente vazia em pleno horário de almoço.

    Entre os poucos frequentadores da taverna está Olivianna, que come seu prato silenciosamente em um canto, sozinha em sua mesa. Já fazem 3 semanas desde que partiu do vinhedo Le Blanc, e suas andanças acabaram por levá-la até Halamshiral. Chegou na noite anterior e ficou hospedada ali pelo preço atrativo. O taverneiro é um homem bruto e grosso, mas pelo menos os quartos são confortáveis.

    Ainda não sabia da rebelião quando chegou à cidade, mas não demorou até que as notícias chegassem aos seus ouvidos – afinal, é tudo o que se fala nos últimos dias. Logo percebeu, também, que não faltava motivo para ela; os servos da taverna (quase todos elfos) eram bastante mal tratados pelo dono do estabelecimento, bem diferente de como seu falecido pai agia em seu vinhedo.

    E esse parece ser o assunto de dois servos elfos que conversam baixinho, mas perto o suficiente de sua mesa para que possa ouvi-los; eles não parecem notá-la.

    Como vamos fazer isso, Tamlen? – pergunta o mais baixo, e aparentemente também mais novo – Está louco? Já seria difícil em situações normais, mas agora tem três vezes mais guardas nas ruas. Se eles virem um elfo andando pelo Alto Quarteirão à noite, vão atirar primeiro e perguntar depois. É suicídio.

    Eu não disse que seria fácil – responde Tamlen, soturno – Mas eu estou cansado das merdas desse shemlen nojento. Ontem ele cuspiu em mim. E Thren faria bom uso de toda a comida que poderíamos roubar. Só precisamos descobrir um jeito de andar por aqui à noite sem sermos notados. Poderíamos usar capuzes para esconder as orelhas, mas isso também levantaria suspeitas. Ou poderíamos nos esconder… – a voz do elfo vai ficando mais baixa, e Olivianna não consegue ouvir o resto.

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    Mensagem por Makaveli Killuminati Seg Fev 05, 2018 10:33 pm

    Era estranha a sensação de estar tão longe de casa e perceber que o clima pesado de um eminente conflito a acompanhava, e parecia que em qualquer lugar que estivesse, em Orlais esse clima era o natural. Por sorte nunca fora dependente de seus privilégios, e a independência adquirida ao longo dos anos dava a Olivianna uma vantagem em relação a quem não estava preparado para o clima hostil.

    Na taverna, se assentou num canto aproveitando-se da penumbra que cobria a mesa, isolando-se, tentando ser esquecida ou ignorada. E conseguiu. Do seu canto, conseguia ter uma boa visão da taverna, e vazia como estava, as figuras que mais chamava sua atenção era os funcionários do estabelecimento. Não fosse o barato aluguel do quarto, já teria partido na primeira noite. O tratamento dado aos funcionários era incomodo demais para Olivianna, o dono da taverna já se mostrava uma pessoa repugnante, e Olivianna torcia a todo momento que um dos elfos se irritasse e lhe enfiasse um cabo de vassoura no lugar onde o dono da taverna não conseguiria mais tirar.

    A nobre andarilha ainda não havia terminado sua refeição, e escutou pelos passos vindo de seu lado a aproximação de dois elfos. Olivianna levanta a cabeça vagarosamente e para de mastigar por um momento, prestando atenção na conversa que os dois levavam ali no canto. Por ser humana, Olivianna suspeitava que os elfos não perceberam sua presença, caso contrário, não manteriam aquela conversa próximo a ela. Infelizmente sua raça lhe carregava com uma pesada carga de desconfiança, e Olivianna entendia que o primeiro pensamento dos elfos sobre ela não deveria ser dos melhores. Mas nada que não pudesse contornar.

    Por sorte, a conversa dos elfos era mais interessante que Olivianna poderia imaginar. Já esperava por comentários mundanos, mas aqueles dois planejavam algo, eram dois elfos com o mínimo de auto-estima. Isso era bom, muito bom. A nobre exilada entendia que pelo rumo da conversa, aquilo poderia ser uma oportunidade caindo sobre seu colo. E se provou como uma. Suas andanças, desde os tempos de estudante em Val Royeaux, lhe ensinou a completar um diálogo sem que este terminasse, claro, usando todo o contexto que lhe foi apresentado até então. Aqueles dois elfos iriam aprontar, e Olivianna estava disposta a entrar na jogada. Olivianna engoliu em seco a comida mastigada que mantinha na boca e interrompeu o diálogo dos dois elfos.

    - Ou poderiam encontrar uma shemlen disposta a ajudar...

    Olivianna agarra a alça do caneco com água e dá um gole, observando a reação dos dois elfos.
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    Mensagem por Garahel Seg Fev 05, 2018 11:15 pm




    Os sussurros dos elfos são subitamente interrompidos pela voz da humana. Surpresos, os dois viram-se para onde ela está, de olhos arregalados, como se ela tivesse acabado de brotar do chão.


    Os dois permanecem em silêncio por alguns momentos, mas logo Tamlen recompõe-se. Seus olhos vão de arregalados para semicerrados enquanto ele olha com desconfiança para Olivianna. Sua pronúncia não os engana; claramente ela teve uma boa educação, o que significa nobreza. Apenas ser humana já faria com que não fosse confiável, e com fala de nobre, a situação só piora.


    - Então diga-me, shemlen - entoa Tamlen, lentamente - Por que deveríamos confiar em uma nobre como a senhorita? O que me garante que você não é só uma espiã do Comte Pierre que fará conosco o mesmo que fizeram com Lemet?


    O outro elfo, entretanto, só olha para o companheiro com um olhar amedrontado, e corre pra longe, logo desaparecendo nas cozinhas. Tamlen não o olha nem de relance, pois seu olhar está fixado em Olivianna.


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    Mensagem por Makaveli Killuminati Ter Fev 06, 2018 12:28 am

    Como observado, de fato não faziam ideia de que ela estava ali. Os dois elfos pareciam duas crianças pegas no flagra fazendo arruaça, o que fez Olivianna deixar escapar um sorriso de canto de boca reagindo a situação cômica. O mais jovem deles parecia perder a cor, a alma deveria ter saído de seu corpo, e rapidamente ele corre atrás dela a fim de recuperar, deixando o seu colega Tamlen sozinho para lidar com a situação.

    O elfo, após se recompor, indaga Olivianna sobre o quão confiável ela poderia ser. Claro, eles não confiariam nela tão facilmente, e nem deveriam. A nobre andarilha vasculha sua mente atrás de uma resposta e para ganhar tempo, leva o caneco até a boca novamente. E após uma ligeira golada, responde de forma simpática.

    - Seria burrice se confiasse... - Olivianna se permitiu rir por um breve momento, mas não queria que o elfo levasse aquilo como descaso. - E você não parece ser alguém burro. - Comentou tentando agradar.

    O sotaque e sua boa articulação em pronunciar as palavras entregaram sua origem nobre, Olivianna esquecera de fingir um sotaque mais arranhado e emaranhado entre as palavras, mas talvez não ter pensado em fingir significava que não se importava em ser reconhecida como uma nobre. A verdade é que poucos teriam a sutileza de perceber a diferença com tanta precisão, como o elfo teve.

    - Ouça... Nem todos shemlen são como o imbecil ali. - Olivianna levou seus olhos até o taverneiro, indicando quem ela estava se referindo. - É verdade, a maioria é. Mas não é meu caso. - Olivianna continuava simpática para o desconfiado elfo, em seguida apoia os cotovelos sobre a mesa, se encurvando para frente.

    - Se eu fosse uma espiã do Comte Pierre, eu já teria o suficiente para acusar você e seu amigo, não precisaria me intrometer nos seus assuntos... Você sabe que falo a verdade, não precisa de muita coisa para uma nobre ferrar a vida de um elfo. - A nobre volta a se encolher, se aconchegando onde estava sentada.

    - Então, me prove que eu não estava errada quanto a você. Você não é um burro, certo? - A nobre tentava usar sua retórica para fazer o elfo enxergar que dadas as circunstâncias, se Olivianna fosse uma racista não precisaria dialogar com ele.

    - Eu vi como ele os trata. Digamos que roubá-lo não será um crime... Mas uma compensação pelos atos de anos e anos. - Olivianna concentrava sua atenção novamente ao elfo, esperando sua posição sobre sua oferta de ajuda.
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    Mensagem por Garahel Ter Fev 06, 2018 10:27 pm




    É claro que a persuasiva Olivianna, ensinada na Universidade de Orlais, teria uma resposta na ponta da sua língua. E logo a humana dá início a um curto, mas convincente discurso. Para além das palavras que diz, que por si só já são bem colocadas, há sua linguagem corporal, seus gestos, a melodia de sua voz, o ritmo de sua fala, a intensidade de seu olhar...


    Todos os elementos misturam-se e complementam-se em uma harmonia extraordinária, como diferentes instrumentos em uma orquestra regida por um maestro habilidoso. O apelo do monólogo de Olivianna é tão atraente que Tamlen fica encantado. Nunca em sua vida tinha visto uma shemlen como aquela, tão coerente e tão agradável de se ouvir. Rapidamente toda e qualquer desconfiança desaparece dos olhos do elfo, que passam a ser preenchidos por uma admiração incontida.


    A ladina enfim termina seu discurso com um último comentário sobre o roubo que faz com que Tamlen dê uma risada de satisfação. Aquela era, sem dúvidas, uma humana fenomenal. Se todos os shemlen fossem daquele jeito...


    Mas por fim o elfo lembra do assunto em questão, e deixa provisoriamente sua admiração de lado para abordá-lo com seriedade.


    - Tudo bem, a senhorita me convenceu - diz, sem conseguir conter um sorriso - Você está hospedada aqui na Pendu, não está? Poderíamos... - e, lembrando-se subitamente do que fala, adota um tom de voz baixinho - Poderíamos esconder-nos no seu quarto no fim do nosso turno, o que me diz? E à noite nós descemos, roubamos a comida e fugimos com ela para as favelas.


    Tamlen fica em silêncio por um momento enquanto aguarda a resposta da humana, mas seu rosto subitamente enrubesce, e ele pergunta, gaguejando:


    - Pe... Perdão, senhorita. Acabei de perceber que nem perguntei se... seu nome. Mil perdões, que falta de educação, deuses. Como se chama a senho... senhorita?


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    Mensagem por Makaveli Killuminati Ter Fev 06, 2018 11:23 pm

    Havia sido melhor do que tinha imaginado. O elfo caiu na sua lábia sem nenhuma hostilidade, o que era impressionante. Olivianna riu junto com Tamlen, regozijando sobre a ideia do assalto junto ao elfo. Parecia que Olivianna tinha deixado Tamlen confortável para continuar a conversa, sem a desconfiança que apresentara previamente. Os anos em Val Royeaux estavam se pagando no final das contas. Quando Tamlen comenta que havia sido convencido, Olivianna sorri e volta a se ajeitar com os cotovelos sobre a mesa, deixando os ombros altos.

    - Sim, estou... - Olivianna respondeu, deixando o elfo continuar. A princípio, o plano era extremamente simples. Não que não pudesse funcionar, mas com o tempo poderia ser aprimorado. Entretanto, era um início.

    - Não me parece um plano ruim... - A nobre fazia uma feição pensativa e fitava a parede com os olhos, passando o dedo indicador sobre o lábio superior e inferior, como se fosse uma mania. - É, pode funcionar. Okay, vocês podem se esconder no meu quarto. - Olivianna ainda não estava convencida que daria certo, mas não se esforçou em melhorar o plano naquele momento, até a noite cair ela com certeza pensaria em algo para complementar o plano de Tamlen.

    Olivianna volta seu olhar para o elfo e, quanto mais seu olhar pairava sobre o rosto de Tamlen, mais suas bochechas pareciam se avermelhar. A nobre soltou um sorriso de canto de boca, Olivianna o fitava por cima dos ombros, compenetrando seu olhar ainda mais no elfo e imaginando o que passava na cabeça daquele indivíduo, apenas por curiosidade. E, por curiosidade ou educação, a nobre é questionada sobre seu nome.

    - Olivia Anna... Olivianna pra facilitar. - Respondeu descontraída, e completou. - O seu é Tamlen, certo? - Olivianna voltou a sorrir. - Ouvi o seu amigo... O mais tímido. - A nobre procurou o outro elfo os olhos.

    Pensamentos sobre pedir favores em troca de sua ajuda até passou pela cabeça de Olivianna, mas não queria arriscar perder o avanço que fizera até então, seria melhor provar o seu valor antes de tentar aproveitar-se dos dois elfos também. Não por maldade ou egoísmo, mas por achar que ambos poderiam se ajudar, uma troca justa.

    - Combinado então? - Olivianna espera o elfo se recompor e respondê-la.
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    Mensagem por Garahel Qua Fev 07, 2018 3:33 pm




    O elfo parece respirar um pouco mais aliviado depois que Olivianna apresenta-se tranquilamente e aceita o plano.


    - Sim, meu nome é Tamlen - responde, sorrindo - Estamos combinados. Meu turno acaba só à noite. Quando acabar, subirei para o seu quarto.


    ***

    O tempo passou lentamente para Olivianna, ansiosa como estava para os eventos da noite. O crepúsculo chegou diante de ruas desertas do Alto Quarteirão, pois, àquela hora, ninguém mais tinha coragem de permanecer nas ruas; não com a rebelião à solta.


    Dentro da taverna, nem Tamlen nem seu amigo apareceram novamente durante o dia. Quando a humana desceu para jantar, outros elfos serviram-na; nenhum sinal daqueles dois.


    Enfim, quando a Lua crescente já desce no céu, sua luz prateada invadindo as janelas do quarto de Olivianna, a ladina enfim ouve as tão aguardadas batidas em sua porta; batidas suaves e discretas para não chamar atenção. Assim que ela abre a porta, entra Tamlen, sozinho, em um piscar de olhos, e logo fecha a porta atrás de si.


    - Não consegui convencer meu amigo a vir. Ele teve medo de ser descoberto - sussurra o elfo, visivelmente nervoso - Sua promessa está de pé? Vamos seguir com o plano?


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    Mensagem por Makaveli Killuminati Qua Fev 07, 2018 8:27 pm

    Estava tudo combinado, pelo menos previamente. O elfo volta a se afastar da mesa de Olivianna, que termina sua refeição sem pressa. Ela volta ao seu quarto, faz tudo o quê tinha que fazer e se arruma para dar uma volta pelo quarteirão. Claro que não esperaria a noite chegar no tédio do quarto. Além do mais, tinha que encontrar formas de melhorar o simples plano de Tamlen.

    A nobre orlesiana dá uma volta pelos quarteirões mais próximos, observando em que situação a cidade se encontrava, saber com mais precisão qual era o nível de tensão que o ambiente exalava. A ladina adentrava algumas tendas e falava com mercadores a fim de extrair informações relevantes da política local, do que estava em alta, quais as novidades, as preocupações, enfim, qualquer coisa que lhe deixasse melhor informada. Informação sempre se provara uma vantagem interessante. Além dos mercadores, os pedintes também eram fontes de informação, esses sempre estavam com os olhos na cidade, esquecidos e ignorados, como fantasmas em pele e osso vagando pelas ruas. Claro que geralmente não davam qualquer informação sem algumas peças de cobre, e Olivianna pagava pelas informações e rumores, por mais bobas que fossem.

    Quando voltou de suas andanças pelos quarteirões mais próximos, Olivianna se deu o luxo de dar uma volta sobre La Taverne du Pendu. Era importante conhecer todas as saídas que o estabelecimento tinha, por onde entrava as mercadorias, onde seria a saída mais discreta, onde pular caso fosse necessário saltar de alguma janela dos pavimentos superiores. E talvez o que era mais importante, a rotina do taverneiro, isso poderia identificar quais eram os cômodos onde as mercadorias mais valiosas eram armazenadas. E após analisar todo o local, claro, era importante saber onde o taverneiro guardava as chaves, e as peças de cobre e ouro que ganhava durante a semana.

    Antes de anoitecer, Olivianna passou um tempo com o próprio taverneiro, conversando, conhecendo quem ela iria roubar, o que ele tinha a falar sobre a cidade, sobre seus habitantes, sua crença, sua família, qualquer coisa. Batia um papo casual, deixando o taverneiro a vontade, se desse sorte, em algum momento poderia obter alguma informação interessante durante a conversa. Talvez por Olivianna ser uma humana, bem articulada, o taverneiro pudesse se abrir para ela. Não esperava que a conversa os tornassem amigos de longa data, mas que saíssem daquela relação puramente de cliente e vendedor.

    Com a noite chegando, a nobre volta para seu quarto. Enche a banheira com água e sais de banho com aroma de tulipa, comprados durante suas andanças durante a tarde. Antes de executar um roubo, ou alguma tarefa que lhe subisse a adrenalina, Olivianna tinha esse ritual a fazer. Gostava de ir para essas noites da forma mais leve possível, e um longo banho com o aroma de tulipa e as espumas lhe cobrindo até o rosto ajudava a relaxar.

    ___________________________________

    Quando as batidas interrompem o silêncio, Olivianna abre a porta rapidamente. Ela se afasta e deixa o elfo adentrar o quarto. Estava quase pronta, ela apoia a bota sobre a cama e começava a amarrar os cardaços, deixando bem firmes. Por mais que estivesse exilada, a muda de roupa que tinha era de sua recente e deixada vida de nobreza, então tinha certa qualidade.

    - Tudo bem. Se ele não estava seguro, só iria atrapalhar... Que bom que não veio. - Respondeu Olivianna com serenidade. Quando questionada sobre se ainda queria executar o plano, Olivianna solta um suspiro pesado, com uma pitada de deboche. - Eu não lhe prometi nada. - A nobre para de amarrar a bota e olha para o rosto do elfo. - Mas sim, eu entendi o que você quis dizer. Estou disposta a fazer o que tínhamos acordado mais cedo. - Olivianna sorriu, terminando de ajeitar suas botas.

    - Então... Quando começamos? - A nobre agora começava a apertar os cinto de sua vestimenta, terminando de se aprontar.
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    Mensagem por Garahel Qua Fev 07, 2018 10:23 pm




    Claro que Olivianna não ficaria inerte durante o dia inteiro. Prontamente, a humana saiu para explorar Halamshiral, ouvindo fofocas e boatos, além de relatos de mendigos. Estes mostraram-se excepcionalmente dispostos a ajudar, e alguns até dispensaram as moedas que Olivianna oferecia-lhe. O clima da rebelião élfica inspirava-lhes a se rebelar também, e encheram-se de disposição para falar por si mesmos.


    Ao final da tarde, a ladina tinha conseguido reunir um pouco de informação, mas nada muito útil. Os nobres que tinham casarões ali no Alto Quarteirão estavam irritados com a insegurança da rebelião, e, por isso, o nobre que a causou - Lorde Mainserai - caíra em desfavor no Jogo de Orlais. Além disso, as más línguas reclamavam da mão fraca da Imperatriz Celene para lidar com a rebelião, e diz o rumor que isso era devido ao seu caso romântico secreto com uma elfa.


    Retornando para a taverna, circundou o estabelecimento em busca de saídas e janelas. Há apenas duas saídas: a principal, dos fregueses, e a dos fundos, que dá na cozinha. As moedas são depositadas em um pote atrás do balcão quando o taverneiro as recebe, mas Olivianna não consegue descobrir para onde elas vão depois disso. Consegue também ver um molho de chaves pendurado na cozinha, ao lado da porta dos fundos. No segundo ar, todos os quartos tinham janelas, mas nenhuma grande o suficiente para passar.


    Ao tentar conversar com o taverneiro, sua futura vítima, não obteve muitos frutos. Era um homem bruto e rude que não tinha paciência para jogar conversa fora. Respondeu a todas as perguntas da humana de forma curta e grossa, mais para enxotá-la do que com qualquer vontade de dar informações àquela estranha.


    Enfim Olivianna retornou aos seus aposentos com o cair da noite. Aproveitando o sal perfurmado que conseguira comprar por um bom preço após negociar com seu vendedor, tomou um banho relaxante, a fim de se preparar para o crime que estava prestes a cometer.


    ***

    Quando a humana responde "eu não te prometi nada", Tamlen fecha a cara imediatamente, pensando que perdeu sua segunda parceira naquela empreitada. Mas logo ela confirma que participará, e o elfo suspira de alívio, embora seu olhar ainda esteja repleto de preocupação. Ele sabe muito bem que, do jeito que vão as coisas, se for pego no ato seria morto imediatamente. Seu pescoço está em risco.


    Assim que Olivianna termina de se arrumar, Tamlen explica seu plano:


    - O taverneiro já foi dormir. Ele se tranca no próprio quarto, mas tem sono leve. Precisamos ser silenciosos. Eu trouxe um capuz - diz, mostrando o item em sua mão - para os guardas não verem minhas orelhas. Sozinho, seria suspeito, mas acompanhado de uma humana eles nem vão ligar. Trouxe também sacos - e, novamente, mostrou o que estava em sua outra mão - para colocar a comida que pegarmos. Está pronta?


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    Mensagem por Makaveli Killuminati Qui Fev 08, 2018 12:17 am

    - Muito bem. - Responde a nobre, observando o capuz trazido por Tamlen. O elfo complementa com mais informações, mas o que preocupava Olivianna era a feição de Tamlen, não parecia tão confiante, apesar de ter em si a coragem necessária para por o plano em prática. A nobre orlesiana cruza os braços em frente ao elfo e o fita diretamente nos olhos, então caminha pelo seu lado e fecha a porta atrás do elfo, isolando-os do corredor. Antes de sair, tinha que saber quem seria o seu parceiro de crime naquela noite.

    - Antes... Sente-se. - Olivianna apontou para a cama encostada na parede. Outra vez cruzou os braços e se escorou na parede, com um dos joelhos flexionados e o pé apoiado na parede. - Primeiro tenho que saber o que posso esperar de você. - Outra vez a nobre orlesiana encarou o elfo, que provavelmente não esperava pelo interrogatório.

    - Sempre existe uma chance das coisas não saírem como o esperado... Por acaso você sabe se defender se precisar? - Olivianna esperou pela resposta do elfo, torcendo que ele soubesse se defender minimamente, caso contrário seria um contratempo caso os dois fossem encurralados por guardas.

    - Mesmo se você souber se defender, lutar será o último recurso. Você conhece a cidade melhor que eu. Se formos perseguidos, você corre direto para uma das elferias, onde tenha mais gente disposta a protegê-lo contra os guardas. - Olivianna falava enquanto gesticulava com as mãos. - Eu não poderei te seguir se for o caso... Como pode ver, sou uma humana... E no meio de uma confusão quem pode garantir que algum elfo não vai me atacar? - A pergunta era retórica. Apesar de não compartilhar do racismo da maioria dos nobres humanos, entendia que seria perigoso para ela adentrar uma elferia.

    - E, outra coisa... O quão disposto você está para matar alguém se for preciso? - Esta pergunta tinha um grau maior de importância, pois se Olivianna fosse rendida, era importante saber o quão disposto estava o elfo para defendê-la de um golpe mortal ou uma prisão. Dependendo da resposta, Olivianna ousaria menos durante a noite.

    - Dito isto... Estou pronta. - Olivianna volta a se desencostar da parede, descruza os braços e abre a porta do quarto cuidadosamente, investigando os corredores para checar se alguém vagava por ali.
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    Mensagem por Garahel Qui Fev 08, 2018 3:21 pm




    Para surpresa de Tamlen, a humana pede para que ele se sente. O elfo bufa de impaciência, e não se senta, mas observa Olivianna atentamente, esperando o que ela teria a dizer. Ou, melhor, o que teria a perguntar.


    - Só porque sou um elfo servente, senhorita - responde Tamlen, visivelmente ofendido - Não significa que eu seja uma criança indefesa querendo brincar de roubar. Eu sei o que estou fazendo.


    E, ao dizer isso, põe a mão sob a capa que veste e puxa de dentro uma comprida espada, cuja ponta afiada ele vira em direção à humana.


    - Estou plenamente disposto a matar qualquer um que me ameace. E isso inclui você, shemlen; você pode ser encantadora, mas se apenas pensar em me trair, eu não hesitarei - e, por fim, abaixa a lâmina, apoiando-a no chão - Não confunda minha preocupação com medo. Eu valorizo a minha própria vida e a de meu povo. E, por isso mesmo, farei tudo o que for preciso.


    Tamlen então embainha novamente a arma, que volta a desaparecer sob a capa negra que veste. Somada aos seus longos cabelos negros, o esguio elfo é quase um espectro, que facilmente desapareceria nas sombras. Com uma voz mais cordial, continua:


    - Fui treinado por Thren e já participei de alguns saques ao mercado. Não se preocupe comigo. Quanto ao risco de você ser atacada por elfos, eu não posso lhe prometer nada. Farei tudo o que poder para alertá-los de que você é uma aliada, mas eu sozinho não posso conter a raiva acumulada de meu povo.


    Depois da sessão de perguntas, Olivianna abre a porta suavemente para verificar se o corredor está vazio, e de fato está. Quase não há hóspedes nos quartos, e os poucos já estão dormindo. Tamlen abre mais a porta e, ultrapassando a humana, gesticula para que ela o siga, e coloca o dedo sobre os lábios para que ela seja silenciosa. Lentamente, ele começa a descer as escadas.


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    Mensagem por Makaveli Killuminati Sex Fev 09, 2018 2:04 pm

    Olivianna não esperava que o elfo fosse tão experiente quanto dizia, o que a surpreende positivamente. Fazia sentido a preocupação ser oriunda de estar com seu pescoço em risco. Poderia imaginar o quão tenso seria se fosse com ela. Percebeu que suas perguntas machucaram um pouco o ego do elfo, mas não se importava, se tudo desse certo naquela noite ele esqueceria após a adrenalina passar, e esperava que ele entendesse que era pela segurança de ambos que ela o questionava.

    Os dois então saíram quarto afora. Olivianna se deu o luxo de trancar o seu quarto, para não dar bobeira para o azar e nenhum hóspede desconfiar caso algum passe por ali. Tamlen não a esperou, passou adiante e pediu silêncio. Assim como ele anteriormente, Olivianna fez um semblante desgostoso, não precisava ser ensinada. A nobre andarilha dá de ombros e continua seguindo o elfo, sendo silenciosa, como seria mesmo se não fosse alertada.

    - Quem é Thren? - Sussurrou Olivianna enquanto os dois desciam as escadas. O nome tinha despertado a curiosidade da ladina, pois se Tamlen a falou sobre, era na intenção de se exibir ou demonstrar sua capacidade de alguma forma.

    A ladina continuou até o andar térreo, onde tudo acontecia durante o dia. Mas esperou pela iniciativa do elfo, dando preferência ao que ele queria levar. Claro que após ambos encherem os bolsos, Olivianna ousaria um pouco mais.
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    Mensagem por Garahel Sáb Fev 10, 2018 7:10 pm




    Enquanto desce as escadas atrás de Tamlen, Olivianna pergunta ao elfo quem seria Thren, o suposto treinador do elfo. Este vira a cabeça para trás para lançar-lhe um olha de reprovação; essa não é hora de fazer perguntas, mesmo sussurrando. Mas, mesmo assim, Tamlen responde-a, também aos sussurros:


    - O líder da rebelião. Ele estava lá quando... - e sua fala é subitamente interrompida quando atinge o andar térreo e vira-se em direção ao balcão. Olivianna, logo atrás dele, segue o olhar do elfo; e então percebe o motivo da parada.


    Atrás do balcão, sentado em uma cadeira rústica de madeira, está o taverneiro. Uma vela está acesa à sua frente, iluminando seu rosto e dando sombras horripilantes ao seu sorriso sádico. Sua mão direita segura o cabo de madeira de uma maça, cuja cabeça metálica descansa sobre sua mão esquerda.


    - Vocês acham que eu sou idiota? Ha! - brada o homem, erguendo-se da cadeira - Um orelha-pontuda tramando roubar as minhas coisas bem debaixo do meu nariz, e vocês realmente acha que eu não perceberia? E você, mulher, com suas perguntas infinitas, acha que eu não perceberia? Tanta curiosidade, deve estar querendo isso aqui - e agarra a própria virilha, rindo grotescamente - Mas agora estão os dois MORTOS!


    Sua risada subitamente transforma-se em um brado cheio de fúria, e, saindo de trás do balcão, o homem avança com a maça erguida em direção à dupla.


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    Mensagem por Garahel Dom Fev 11, 2018 12:53 am




    A expressão de Tamlen transfigura-se da surpresa ao ódio em poucos segundos. Sem pestanejar, o elfo saca sua espada de trás da capa e, ao invés de esperar que o taverneiro vá até ele, ele mesmo corre em direção ao humano. A fúria acumulada de meses de servidão e maus-tratos é descontada em um golpe com a espada, que desce rapidamente, zunindo ao cortar o ar.


    Ação Menor: Sacar (espada longa)
    Ação Principal: Carga - deslocamento de 2m e ataque com a espada longa (+4)
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    Mensagem por Garahel Dom Fev 11, 2018 1:05 am




    A espada atinge o ombro esquerdo do taverneiro, que urra de dor com o ferimento. Com sua fúria redobrada, o humano aproveita o momento para tentar golpear as costelas de Tamlen com sua maça, colocando toda a sua força no golpe, e preparado para perseguir o elfo até o inferno, se necessário.


    Ação Principal: Ataque Total (maça)
    Ação Menor: Forçar o Ataque

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    Mensagem por Makaveli Killuminati Seg Fev 12, 2018 3:36 pm

    Aquela conversa teria que ficar para outra hora. Olivianna fica surpresa ao perceber o taverneiro atrás do balcão, não sabia se o homem era astuto ou paranoico, mas do jeito que falava com os dois, chutou que fosse a segunda opção. A nobre exilada preferiu não responder a pergunta do taverneiro, até por que era uma pergunta retórica, mas respondeu positivamente em sua cabeça. Em todo momento, a ladina ficou atrás do elfo, que parecia ter uma reação mais incisiva àquele encontro. Quando o taverneiro se dirigiu a própria Olivianna com todo o deboche incorporado na sua fala e gesto, a nobre apenas levanta a sobrancelha e ri com o canto de boca, menosprezando o taverneiro.

    Antes do encontro tomar a proporção que havia chego, já tinha passado pela cabeça da nobre nos dois assassinarem o taverneiro, mas em sua confortável cama, no silêncio do sono, não aos berros no salão principal da taverna. A primeira coisa que Olivianna pensou foi nos poucos hóspedes que estavam na taverna, se eles se levantassem, o que eles testemunhariam. Mas parecia que apenas Olivianna tinha parado um momento para refletir antes de sacar sua arma. A tensão entre o taverneiro era forte demais para que ambos resolvessem o conflito com um diálogo. Apesar de ser sugestivo, o taverneiro pressupôs que seria roubado pela dupla, e isso pouco justificava em tentar matar a dupla. Infelizmente o elfo não estava na mesma sintonia que Olivianna, tomando a iniciativa e partindo pra cima do taverneiro.

    Olivianna hesita. Com as duas mãos sobre o corrimão de madeira das escadas, ela leva seu olhar para o segundo piso e espia para ver se alguém já tinha levantado. Se arrependia profundamente por ter confiado no elfo quando ele falou que o taverneiro já tinha ido dormir. Deveria ela ter descido sozinha para tomar uma água ou qualquer coisa do tipo. O taverneiro iria acusá-la por perguntar demais? Não faria sentido nenhum. Além do mais, o taverneiro pouco tinha para provar que Olivianna estava envolvida, se por acaso ela não se envolvesse naquela luta. Olivianna ainda se perguntava qual a parte de "lutar será o último recurso" que Tamlen não tinha entendido.

    Enfim, alguma coisa que não poderia explicar fez com que Olivianna optasse por ajudar Tamlen com a idiotice que tinha acabado de cometer, partindo pra cima do taverneiro a fim de acabar com o confronto o mais rápido possível. Não tinha tempo para que seu primeiro ataque fosse flanqueando o taverneiro, mas sua carta de boas-vindas viria com um golpe bem dado na altura dos joelhos. Olivianna saca sua espada e parte para o ataque, girando a lâmina de sua espada em um movimento de meia-lua, mirando um dos joelhos do taverneiro para que ele perdesse a mobilidade, aproveitando que o elfo e o taverneiro estavam engajados no combate um a um.
    Ação Menor: Sacar Espada Curta
    Ação Principal: Carga (2 m e ataque com espada curta)
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    Mensagem por Garahel Seg Fev 12, 2018 5:42 pm




    Ao olhar para o andar de cima, Olivianna pode perceber uma ou outra cabeça espiando pela porta o que se passa lá embaixo. Mas essas cabeças, assim que percebem o olhar da nobre, rapidamente batem suas respectivas portas, retornando para seus aposentos. São tempos tensos, e as pessoas só querem evitar confusão e não se meter no caminho de ninguém armado. Claro que isso não evitaria uma eventual denúncia aos guardas no dia seguinte...


    Olivianna, entretanto, resolve ir ao auxílio do elfo, e, sacando sua arma e pegando impulso, golpeia a perna do taverneiro com sua espada curta. O homem, concentrado em seu combate com Tamlen, não consegue evadir-se do golpe e pragueja com a dor. Apesar do ferimento, a ladina não consegue prejudicar a mobilidade do taverneiro como desejava.


    Sem pestanejar, Tamlen aproveita a oportunidade e, visando o ponto frágil do homem entre seu ombro e seu pescoço, tenta golpeá-lo bem ali, colocando toda sua força sobre o golpe da espada.


    Ação Menor: Mirar (+1 no ataque)
    Ação Principal: Ataque Total (+1 no dano, -1 de Defesa até o próximo turno)

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    Mensagem por Garahel Seg Fev 12, 2018 5:55 pm




    O golpe poderoso do elfo atinge uma região frágil, e o taverneiro imediatamente cai ao chão, desacordado. O sangue que espirra do golpe mancha a espada e a capa preta de Tamlen, que suspira. Abaixando-se, parece tentar sentir o pulso do humano; ergue-se alguns momentos depois e, virando-se para Olivianna, diz:


    - Está morto - e um meio-sorriso aparece em seus lábios - Não posso dizer que não foi satisfatório fazer isso. Depois de tanto tempo fantasiando... - mas logo o sorriso desaparece e ele continua, em um tom sério: - Mas agora temos que sair daqui imediatamente. Eu preciso desaparecer nas favelas e você precisa desaparecer da cidade.


    Ele pausa por um momento, olhando em volta.


    - Agora, mais que nunca, eu vou pegar tudo que puder e levar para meus companheiros. Você ainda vai ajudar? Entendo se não quiser, mas, se me ajudar, pode levar com você tudo que estiver aqui e não for útil para a rebelião.


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    Mensagem por Makaveli Killuminati Seg Fev 12, 2018 10:20 pm

    O que estava feito, estava feito. Olivianna expulsou o ar pesado que guardava em seus pulmões. Antes que alguém descesse até ali, levantou o capuz para tampar-lhe a cabeça. Observou o corpo desfalecido do taverneiro no chão e fitou Tamlen nos olhos, que lhe deu a notícia. O taverneiro estava morto. A nobre exilada balançou a cabeça negativamente, explicitando sua desaprovação para com aquilo que acabara de acontecer.

    - Seu idiota! - Olivianna colocou suas duas mãos no peito do elfo e o empurrou. - Você não disse que ele já tinha ido dormir?!! - Dava pra perceber no semblante de Olivianna que ela estava inconformada. - E qual parte de "lutar será o último recurso" que você não entendeu?!! - Olivianna se segurava para não se expressar aos berros, mas era bastante incisiva em suas palavras. A ladina mordeu o lábio inferior e voltou a empurrar o elfo, revoltada. - Você me deve uma! Você me deve uma! - A ladina falava dando vários tapas no braço do elfo, era o mínimo que podia fazer pra descontar sua raiva.

    Terminado o desabafo, Olivianna volta o olhar a cena do crime, o chão ensaguentado, e limpa sua espada na roupa do taverneiro, embainhando a lâmina novamente. - Eu vou te ajudar, ninguém sabe o quê aconteceu aqui, não tem por que eu fugir da cidade. Agora não há motivo para pressa. Ele está morto e os hóspedes não irão nos incomodar. - A nobre orlesiana caminhava balcão adentro enquanto comentava, já colocando para fora todo alimento que encontrava para agilizar o serviço para Tamlen. - Você fica de olho na escada. Se alguém quiser xeretar aqui embaixo, expulse-os novamente para cima... Ninguém vai te reconhecer. Para os humanos, todo elfo é igual. - O comentário poderia até ser interpretado como pejorativo ou racista, mas Olivianna insiste em frisar. - ... Digo, a aparência de vocês... - A nobre tenta consertar, mas pausa sua explicação, Tamlen saberia o que ela queria dizer com aquilo.

    Quando a nobre exilada havia separado alimento suficiente para encher as sacolas, se foca nos outros cômodos da taverna, incluindo o quarto do taverneiro. Olivianna procurava por itens valiosos ou moedas. Algo de valor que pudesse carregar consigo e não sair de mãos abanando dali. Procurou meticulosamente, com seus olhos acinzentados atentos e tateando onde achava que poderia ter um esconderijo. Só partiria da taverna junto com o elfo quando tivesse certeza que tinha vasculhado todos os cantos da taverna.
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    La Taverne du Pendu Empty Re: La Taverne du Pendu

    Mensagem por Garahel Sex Fev 16, 2018 12:52 pm




    O elfo é surpreendido pela súbita agressividade de Olivianna, que o empurra várias vezes e ainda dá tapas em seu braço. Embora inicialmente atônito, Tamlen logo fecha a expressão e empurra a humana de volta, claramente enraivecido.


    - Idiota é tu! - grita, sem se importar com os hóspedes; mas abaixa a voz logo em seguida: - Quem ficou interrogando o shemlen e levantando suspeitas não fui eu. E é ingênua também, se acha que ele ia ouvir qualquer coisa que você tivesse a dizer. Você chegou ontem, eu trabalho aqui desde o ano passado. Ele ia esmagar sua cabeça com aquela maça antes que você tivesse a chance de dar boa noite.


    Depois de ambos terem exprimido seus descontentamentos, Olivianna pede ao elfo que vigie as escadas, caso algum hóspede resolva descer para descobrir o que houve. Tamlen bufa com a ordem, mas acata-a em silêncio, sabendo que ela tinha razão.


    Ao mesmo tempo, a nobre começa sua caça ao tesouro. Na cozinha, consegue resgatar e colocar nos sacos alguns quilos de carne seca, um cesto de frutas, alguns pães frescos, um pote de mel, um saco de farinha, algumas cenouras e batatas, duas garrafas de vinho e um mini barril de hidromel. Além disso, atrás do balcão, consegue resgatar 15 peças de cobre, aparentemente esquecidas ali. Por fim, apesar de analisar minunciosamente o quarto do taverneiro, não consegue encontrar onde o homem guarda suas moedas; obtém apenas 3 peças de prata largadas em cima de uma cômoda.


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