Kun Lun - (China)

-"Como diria meu estimado e sábio avô: o melhor caminho é aquele que você trilha acompanhado. Direita então!", dizia o monge que apenas não gostaria que o grupo se dividisse.

Kobura balança a cabeça em sinal negativo, ele não parecia feliz em seguir ferido na situação que o grupo estava.

-Pois bem, se vocês estão se sentindo bem o suficiente, vão na linha de frente de qualquer inimigo que venha a surgir vocẽs o enfrentam, eu darei cobertura...

Dizia ele com um leve sorrisinho malicioso.

Enquanto isso no Monastério:

Makai Kingdom...

O grupo caminha para a trilha da direita. A região exala morte. Uma névoa começa a subir pelos calcanhares do grupo. Logo não é possível enxergar com clareza através da densa névoa que esconde a beleza da floresta.
O professor Ian e Ju-Long ficam atentos ao perceberem que havia alguém se aproximando. Quando a silhueta fica próxima o suficiente, da para ver a enorme espada em suas costas e a longa trança em seu cabelo:

?????:

- Ola novamente meus companheiros, peço desculpas, mas as coisas não vão bem aqui no monastério, novamente eu lhes falo como uma imagem astral, embora pareça bem real devo admitir, mas estou em Kun Lun no momento, os poderes de nossos mestres combinados ao de Annita funcionam de uma maneira espetacular, mas não vim para divagar sobre este assunto, tenho de ser breve em minha mensagem, como sabem, um ser demoníaco denominado Akuma lutou contra Mestre Gen, embora o velho mestre tenha sobrevivido, o combate foi duro e cruel e o Mestre permanece em coma neste momento, os médicos de Kun Lun o tratam agora, a batalha foi terrível, Akuma escapou do monastério depois disso, não conseguimos contê-lo, quero lhes dizer que não podemos tirá-los daí, e terão de cumprir tarefas neste mundo por si sós... Me envergonho por não podê-los ajudar neste momento de crise, mas uma força está pairando sobre o monastério impossibilitando nossa intervenção, recebemos um recado de Demitri Maxymoff um vampiro que parece controlar a área em que estão, ele os desafiou para a batalha dos sete portões, vou pedir que vençam este desafio para poderem não só voltarem para casa, como também impedirem que as forças arcanas das trevas ultrapassem a barreira de nossas dimensões...

Donovan faz uma pausa, o grupo poderia ter perguntas, e teriam também de absorver a informação, não era algo tão fácil assim de lidar, mesmo para indivíduos tão extraordinários quanto este grupo, com a névoa permeando em volta de seus corpos, Kobura sentia a energia retornando em seu corpo, aquela energia que manifestou antes, era algo extraordinário, mas aquele mundo aflorava e despertava sensações diferentes, como se houvessem outros sentidos que o ser humano desconhecia, estava no meio de desconhecidos e não sabia seu objetivo ali, por que foi jogado naquele mundo, mas um propósito deveria haver para ele, se não houvesse bastava se aproveitar da situação, Akuma lhe prometera poder e havia vencido a batalha no monastério.

Mehri sentia que seu corpo estava livre, como se estivesse presa num casulo no reino dos homens, embora o corpo estivesse cansado, aqui suas forças pareciam se recuperar rapidamente, seu fator de cura agia livremente, mas o poder fluía em seu corpo, seus olhos claros captavam mais cores, a névoa no momento não era tão problema para ela, pelo menos por enquanto, sair daquela região não seria fácil, seu desejo não seria realizado tão cedo, a garota sempre esteve com suas asas presas e se sentia um pássaro na gaiola, embora aqui suas asas também não estivessem libertas, ela parecia mais livre, uma sensação estranha para se ter para quem acabou de passar por um perigo, Donovan falava acerca de sete portões, bastaria saber que tipo de desafios iriam enfrentar quando chegassem nesses tais portões.

Ju-Long fica abismado e ao mesmo tempo pasmo com a presença do mestre Donovan. Ao ouvir os relatos do que acontecera com o mestre Gen, ele cerra o punho, chegando até a sangrar de tanta força e soca de lado uma árvore para descarregar sua raiva. Donovan apenas olha para Ju-Long e o monge já percebe que, se ele estivesse fisicamente aqui, ele o repreenderia por expor suas emoções desta forma.

-"Mestre Donovan!", se dirigia à projeção espiritual de forma humilde. -"Mas do que se trata o desafio dos sete portões? Não pudemos nem lidar direito com os perigos da praia, como esperam que a gente lide com um fardo tão pesado assim?", dizia para o mestre. Ju-Long estava abatido e tinha perdido a confiança em si mesmo após os recentes acontecimentos.

- A gente vai lidar com eles garoto. Com calma, perseverança, sorte e Whisky. Essa ultima frase ele pega a garrafinha do bolso interno e toma um gole. - Um por vez. Vamos tentar fazer um por vez e bem ver o que acontece. Diz o Ian com calma britânica.

Kobuta ouve tudo atento, e para sua sorte, Akuma sobrevive e fugiu, logo a promessa que ele fez de fornecer mais poder para Kobura ainda estaria de pé, então, bastava Kobura sobreviver a esse desafio e para isso ele precisaria dos outros. Ouvido a discussão ele também se pronuncia:

-Se respeitarmos nossos corpos e não sairmos feridos como estamos rumo ao desconhecido já ajudaria... De toda forma, estamos aqui e teremos que passar por estes desafios, não tem outra alternativa, porém, com poder suficiente para se comunicar conosco dessa forma o nobre senhor poderia nos ajudar com isso? O que sabe sobre esses desafios?

kobura indagava o homem enquanto embaralhava seus baralhos-Lâminas.

Vendo o peso nas costas de Ju-Long Donovan se compadece, sua feição não era de dureza, mas sim de tristeza, embora os alunos do Dojo estivessem naquela situação Donovan sabia que não era culpa deles, na verdade se sentia envergonhado por não poder fazer nada no momento, por hora passou a dizer ao monge:

- Sei que o fardo é pesado para vocês, mesmo porque mal se conhecem direito, essa equipe foi montada de forma bem peculiar, o desafio dos sete portões engloba vocês vencerem tarefas que se encontram em território inimigo, então não será nada fácil, estávamos treinando vocês ainda para tal tarefa, mas por meios além de nosso controle os tempos tiveram de ser digamos "abreviados" sei que é uma tarefa medonha, mas pensem no seguinte, embora mau conseguiram lidar com uma situação difícil, não quer dizer que não possam daqui pra frente se reerguer... Um saco de batatas pode ser bastante pesado para um homem só carregar, mas imaginem que cada um de vocês pegue algumas batatas, logo o grande saco ficará vazio e assim conseguirão carregar todas as batatas, lutem em conjunto e cada um faça o melhor, mesmo em situação de crise ou sós, vençam pois Kun Lun tem a tarefa de defender a fronteira do submundo...

Donovan observa que Ian também tinha confiança e talvez sua calma fosse bem vinda no grupo, ele poderia ser uma torre na hora de um desafio maior, serviria como uma proteção, antes tinha sido infectado por uma onda de náusea apavorante, mas essa era a sua verdadeira natureza, a calma e a ponderação, e um bem muito precioso para este grupo recém formado. Após sua conversa sobre Whisk e virtudes é a vez de Kobura se manifestar. Para responder as perguntas de Kobura Donovan pensou bastante:

- Eu não o conheço, e não sei como veio parar nessa bagunça, mas se foi escolhido para participar posso crer que está apto a participar dessa trupe, bem eu sinto informar que os desafios são únicos, e claro desenvolvidos pelo seu algoz atual, Demitri Maxymoff, mas não devem se preocupar, mesmo alguém como ele deve seguir as regras de um código de combate, a primeira regra é que não deve ser uma guerra, sim, em vez de ser uma guerra desenfreada e sem leis, isso funciona como uma espécie de torneio, ou desfio, como quiserem chamar, as vezes em formato de combates um-a-um, as vezes em formato de desafios como os tais portões, Demitri deseja recuperar seu poder, para isso ele precisa de algo, e uma guerra sem leis, prejudica tanto a ele como a nós, portanto ambos temos de seguir as regras, conduta de combate digamos, as regras atuais consistem em vocês abrirem os sete portais que levam ao castelo de Maxymoff, caso cheguem até lá haverá um último desafio e caso o vençam, nós todos vencemos, caso não cheguem até o castelo de Demitri e morram no caminho, nós perdemos, vou tentar o máximo possível manter contato, mas não esperem sempre por minha ajuda, não sei até onde poderei fazê-lo, tenho fé que vocês conseguirão vencer tal prova... Na verdade é para isso que treinaram tanto, Ian acho que achar você não foi uma coincidência e você foi eleito para fazer parte do desafio, acredito que seu papel aí será de grande importância, mesmo sem conhecer o estrangeiro que está aí com vocês, acho que o papel dele será logo manifesto e crucial, espero que todos estejam prontos e que deem o melhor de si...

Seguiu seu caminho com os demais, por mais que tivesse tendo um conflito interno de inúmeros sentimentos, apenas manteve a calma para seguir com os demais, deixou a cargo deles as escolhas mais importantes.



OFF: Eita!

Kobura ergue os ombros rapidamente e com uma expressão de pouco satisfeito com a resposta do homem se pronuncia:

-Huuummm..vejamos, acabamos de fazer isso e não adiantou muito, trabalhamos em equipe... Mas fazer o que? Todo filme, animê ou literatura sempre tem o "mestre guia"a lá caverna do dragão...mas nunca ele ajuda efetivamente...

Disse Kobura levemente irritado e seguiu.

Ele deu um belo discurso até chegar na parte de guia espiritual que está em essência, mas não em presença para no fim termos o clássico tudo depende de vocês. Bem por falta de vontade não perderei então vamos lutar até o fim. Pensou Ian.


- Muito bem dito Donovan. Muito bem o caminho é aquele ali? Certo então vamos em frente e qualquer coisa que apareça por favor nos informe.

-"Obrigado pelas palavras de apoio, Ian, mestre Donovan." fez um gesto de gratidão juntando os punhos e pernas e dobrando parcialmente o corpo em forma de agradecimento.

-"Pessoal, ouviram o mestre Donovan, precisamos nos unir, sermos um. O que aconteceu na praia não foi uma união, foi cada um por si, uma bagunça total. E sofremos por isto. Mas no final, quando nos unimos para fugirmos, para darmos suporte um ao outro, conseguimos nossa primeira vitória nesta ilha. Isso mesmo, não devemos pensar nesta fuga como derrota, mas como vitória das nossas capacidades em conjunto. Mestre Donovan vê essa capacidade em nós e não irei mais desapontar Kun Lun.", Ju-Long dizia em resposta a todos os comentários.

E segue junto ao grupo para o primeiro destino, provavelmente o primeiro desafio, o primeiro portão...

OFF: só para falar bobagens atoa...

Ju-Long fica pasmo com o comentário de Mehri e tenta dizer algo, mas sem sucesso: -"Mas... mas..."

[OFF: tô rachando de rir aqui KKKKKK /OFF]

Kobura ouve as palavras da garota e faz uma cara de espato coma mão na boca seguido de um :

- uhhhhhhhhhhhh... Garota de fibra! Pois bem, Jun-long, não sou o melhor estrategista de combate você poderia ficar responsável por coordenar nossas ações no campo de batalha, já que espíritos de Mestres Lendários não podem socar inimigos como esse aí de vocês Don..Donavã? Donavan...algo assim. Sigamos!

Ele segue o grupo na retaguarda.

Ju-Long responde a Kobura: -"Mas... mas... não sei como coordenar com palavras, apenas com o corpo através do treino. Mehri e eu treinamos por muito tempo juntos e temos certa coordenação, mas com vocês vai ser complicado! Mehri é melhor que eu com as palavras! Ela deveria coordenar as ações de vocês! Eu apenas sigo o fluxo!"


[OFF: Ju-Long nem se lembra que foi ele quem coordenou algumas ações na praia que ajudaram a gente a fugir! Monge burro! uhahuauha /OFF]

Kobura maneia a cabeça impaciente e com um ar de cansaço responde a Jun-long:

-Então por unanimidade Mehir é a nossa líder...Agora vamos.

A imagem de Donovan ficara para trás, a névoa abaixo dos pés do grupo ia dissipando cada vez mais, andando agora por uns 15 minutos a equipe se depara com um solo encharcado, o mato cobria seus calçados, a água abaixo dos pés salpicava em suas canelas, aos poucos o charco ia aumentando e afundando seus calçados, ia ficando cada vez mais difícil andar naquele lamaçal, folhas secavam nas árvores e o clima e ambiente ficava cada vez mais sinistro, algumas construções começavam a brotar na localidade, uma luminosidade azul espectral começava a tomar conta ao redor, o cheiro de podre atingiu em cheio as narinas do quarteto e as águas começavam a atingir a região das canelas, quase chegando ao joelho.


Um barulho de insetos cortava o silêncio, era nítido os galhos secos das árvores, alguns bambus totalmente enrugados ao redor do pântano testemunhavam imóveis a passagem do grupo por este lugar tenebroso, as vezes um ou outro bambu trepidava e quebrava, fazendo sua reclamação a passagem das pessoas, um zumbido por dentro de um dos bambus a direita despertou a atenção de alguns, a planta se partiu e caiu no charco fazendo ondas na água, Ju-Long Dong e Mehri que tinham uma afinidade a mais com a região sentiam que havia algo de mórbido por aqui, aquelas luzes espectrais, pareciam lamentos de mortos, eles ouviam um lamento estranho, um sentimento de arrepiar os cabelos (Ju-Long é careca ) algo nesta terra, não era receptivo, os insetos continuavam zumbindo ao bater de suas asas, incomodando até, com sua canção infernal.

Testes:

Rolagem para encontro aleatório:

Ian parece ter visto algo e assim sendo franziu o cenho e olhou com cuidado... - Hmmm. O que é isto?

OOC: Passei na rolagem de observar XD.

OFf: Teste 23