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    Oliver Graham

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    Mensagem por Rosenrot Sáb maio 26, 2018 8:52 pm


    primeiro dia de aula @Natalie Ursa

    High School



    Oliver não poderia dizer que estava realmente empolgado com a volta as aulas, quer dizer, não era do tipo de aluno desleixado, mas voltar para a escola trazia toda a sorte de coisas que preferia evitar normalmente. Porém também não podia contar que no primeiro dia seria acometido com aquela gripe terrível. Tinha tido um dia agradável no dia anterior, mas a noite não tinha sido tão boa. Depois de um pequeno pesadelo, Oliver acordou com muito frio, a ponto de bater o queixo. Achou inicialmente que fosse consequência do pesadelo - que nem se lembrava mais -, mas descobriu que era na verdade uma febre. E lá se foi o dia.

    A manhã chegou e ele não estava muito melhor do que na madrugada, sua mãe tinha ido verificar a temperatura, enquanto ele podia ouvir os irmãos se arrumando para o dia de aula e ela decretou que ele teria que ficar em casa. Bem, ao menos teria algum tempo sozinho, achava, mas tinha achado errado. Sua mãe tirará o dia de folga para ficar de olho nele, também. O primeiro dia definitivamente não tinha começado bem.

    Quando a casa se silenciou, depois que seus irmãos e seu pai finalmente saíram, Oliver pode ouvir os passos da mãe indo até o quarto, ela lhe levou uma bandeja com alguns itens para ao menos ele tentar comer - o que era um tanto complicado, já que até o cheiro da comida lhe dava náuseas -, ela deixou as coisas ali: chá, biscoitos, torradas e um pouco de geleia e disse para chamar caso precisasse de algo. Mas havia algo bem mais interessante para se fazer naquele dia: os gibis de super-heróis que seu pai havia trazido. Era uma boa oportunidade para começar a lê-los.

    Esperava ao menos que seus amigos passassem lá depois da escola.
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    Mensagem por Natalie Ursa Qui maio 31, 2018 9:20 pm


    primeiro dia de aula



    Não ter que ir para a aula era até legal, mas no primeiro dia parecia mais com uma certa dose de azar. Só podia ser azar ficar resfriado na noite anterior ao primeiro dia de aula, mas o pior com certeza era ter que ficar o dia todo preso em casa, no quarto e sem nem poder dar uma voltinha na vizinhança

    Oliver bufou enquanto observava o lado de fora pela sua janela no terceiro andar da casa - o antigo sótão, que se transformou no quarto do garoto para que ele não tivesse que dividir um comodo com alguma das irmãs, os quais eram, em geral, bastante femininos - e ouvia as garotas barulhentas como sempre enquanto se aprontavam para seu primeiro dia de aula. Elas sim deveriam estar super empolgadas para porem os pés na escola.

    Quanto a Oliver, o garoto preferiria muito mais estar na rua passeando com seu skate. O corpo estava ainda meio dolorido, mas não era nada tão horrível assim. Oliver já tivera ferimentos que incomodavam muito mais em algumas quedas desastrosas com o skate. Pelo menos seria melhor do que ficar ali, na cama, dormindo e tendo pesadelos incômodos. Aliás, ele lembrava de ter um durante a madrugada, embora não se lembrasse sobre o que era - e talvez assim fosse melhor. Ter acordado em meio á calafrios depois de um pesadelo não tinha sido uma experiência agradável.

    Maldito resfriado!

    Ainda pela janela, Oliver pode observar enquanto as irmãs e o pai saiam e, consequente, a casa lá embaixo mergulhava em um profundo silêncio. Não fosse pelos passos da mãe, pareceria até que tinha sido abandonado ali. Teria sido melhor ter ficado sozinho. Pelo menos, já que estaria preso dentro de casa, poderia fazer o que quiser. A Sra. Graham provavelmente ia querer que seu caçula ficasse na cama, de molho, até que melhorasse.

    Oliver bufou e voltou a se sentar na cama quando ouviu os passos da mãe se aproximarem da porta de seu quarto. Ela lhe trazia algo para comer, só que  apenas sentir o cheiro do que ela trazia já lhe deixava nauseado. Frustrante. Nem comer Oliver conseguia. Já rangendo os dentes em impaciência e batucando os dedos sobre a colcha da cama, Oliver apenas assentiu com a cabeça quando a mãe lhe deixou o chá, biscoitos e torradas ali, concordando que iria tentar comer, mas não naquele momento!

    Quando a Sra. Graham se virou e saiu do quarto, a atenção do garoto se voltou aos quadrinhos sobre a cabeceira  lado da cama. O pai tinha deixado ali. Oliver não amava quadrinhos, mas eram até interessantes de se ler - ou só ver as figuras - quando não se tinha muito o que fazer. Às vezes ahiisória era interessante, mas geralmente se precisava comprar várias revistas para conseguir acompanhá-la e o garoto preferia gastar a mesada em outras coisas. Talvez um livro fosse melhor. Que bom que esses quadrinhos tinham sido presente!

    Oliver começou a folheá-los, apenas observando as imagens em um primeiro momento e procurando por alguma que tivessem alienígenas na história. Isso sim seria divertido de se ler agora. Uma história sobre alienígenas! Só depois de folheá-los do inicio ao fim que pegaria um para ler.

    Queria que seus amigos fossem até sua casa lhe visitar já que não poderia ele fazer isso, mas sabia que estavam na escola agora e iriam demorar para estarem livres. Provavelmente só a tarde.

    Entediado, o único jeito era esperar por eles mesmo… Ou ligar para suas casas mais tarde.
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    Mensagem por Rosenrot Sáb Jun 02, 2018 1:15 pm


    primeiro dia de aula @Natalie Ursa

    High School



    Depois de ser deixado sozinho, Oliver não tinha muito mais o que fazer. Leu - ou olhou as figuras - de alguns dos gibis que seu pai insistia em trazer para ele, mesmo que o garoto não gostasse muito. Assistiu um pouco de TV e acabou pegando no sono, quando acordou, chegou a conclusão que quanto mais buscava algo para se distrair, mais ficava entediado. Em determinada parte do tempo, a fome voltou e o enjoo foi embora. Então resolveu comer alguma coisa do que a mãe tinha trazido. Foi quando notou que havia um silêncio na casa: sua mãe parecia ter saído. Se olhasse pela janela, veria que o carro da mãe não estava mais lá.

    Oliver começava a se sentir um pouco melhor, uma ida no andar de baixo, encontraria um bilhete da mãe avisando que tinha ido ao mercado e que voltava logo, caso ele precisasse de algo, bastava ligar no celular. O desejo do garoto tinha se realizado: estava sozinho.

    Na sala, Oliver podia ver pelas janelas lá fora o dia desabrochar, talvez não passasse das nove da manhã, estava no sofá com a TV ligada - a da sala era maior e melhor - assistindo uma infinidade de coisas quando ouviu um barulho vindo do porão - como se algo grande tivesse caído -, o que era estranho, já que eles não tinham coisas grandes no porão (não que Oliver lembrasse).
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    Mensagem por Natalie Ursa Sáb Jun 02, 2018 10:17 pm


    primeiro dia de aula



    Oliver conseguiu ler duas HQs, mesmo tendo ficado um pouco perdido na história - e perdendo o interesse nelas de tempos em tempos exatamente por isso. Ele gostava de ação, como a maioria dos meninos que conhecia, mas nesse caso preferia ver na tv ou no cinema mesmo. As HQs eram muito curtas e acabavam rápido demais, por isso o garoto teve que recorrer a pequena televisão do seu quarto. Ficou mais passando de canal do que prestando atenção. O tédio não permitia.

    O tédio era tanto que o garoto pegou no sono todo torto em sua cama.

    Não foi um sono muito proveitoso. Logo estava acordado de novo e no mesmo estado mental de antes. Nem mesmo Orion, em seu aquário em cima da cômoda velha que estava naquele sótão desde muito antes de Oliver nascer, parecia estar muito animado para se exercitar em sua roda. Estava dormindo, quietinho dentro da toquinha no primeiro andar do aquário, que era dividido em três níveis.

    - Até você está entediado. - debruçou os cotovelos sobre o móvel e apoiou a cabeça sobre as mãos, apertando as bochechas de modo a ficar com uma careta bicuda que representava perfeitamente seu estado de espírito - Não é, Orion? - resmungava com a voz rouca.

    O único lado bom era que o cheiro do lanche que a mãe deixara em seu quarto não lhe incomodava mais e agora que a fome finalmente tinha batido, o garoto conseguia comer os biscoitos e as torradas.

    Depois de suspirar o que deveriam ter sido uma mil vezes, notou que só ele estava fazendo barulho na casa. A mãe estava há tempo demais sem emitir nenhum som. Será que ela tinha saído?

    A falta do carro dela respondia a questão.

    Estava completamente sozinho em casa! O que queria dizer que não precisava ficar preso no quarto como um doente em quarentena, ou alguém que teve algum contato com alienígenas e foi capturado pelo governo para ser estudado.

    Estava livre!

    Pelo menos para transitar nos outros andares, porque se saísse seria difícil saber quando a mãe voltaria e se precipitar rápido o suficiente para ela não descobrir sua fuga.

    A Sra. Graham podia ser protetora demais… Ou talvez o exagero se devia apenas por ele ser o caçula da família.

    Na verdade Oliver estava se sentindo bem melhor agora. Quem sabe se dissesse isso para ela, mamãe relaxaria um pouco e lhe deixaria sair. Ao passar pela entrada a cozinha, o garoto notou o bilhete preso à geladeira. O costumeiro papel grande, laranja e com letras enormes escritas com uma caneta atômica azul. Era para ser visto de bem longe caso seus filhos estivessem muito distraídos para prestarem atenção em seus “bilhetinhos”.

    Nem era algo tão importante assim ir ao mercado que exigisse uma nota dessas, Oliver pensava enquanto continuava seu caminho até a sala, onde se jogou no sofá.

    O dia estava cinzento lá fora. Não parecia um dia particularmente bom… Talvez estivesse pior por ser o primeiro dia de aula. Sempre era o mais complicado, mas na escola não seria tão tedioso quanto ficar em casa e ver o tempo passar lentamente.

    Sem muito mais o q fazer teve que recorrer à tv da sala. A assistia de cabeça para baixo, com os pés onde a cabeça deveria estar apoiada. Estava tão sem graça ficar em casa que ele recorria à qualquer coisa. Não passava nada de legal nesse horário. Nem mesmo uma reprise de algum filme sci-fi. Até tinha alguns desenhos passando, mas naquele horário parecia que só tinha programação para crianças pequenas ou donas de casa e Oliver não entrava em nenhuma das duas categorias.

    Estava navegando pelos canais pela terceira vez, quando um forte estrondo aconteceu abaixo do piso e o fez dar um pulo e escorregar do sofá, quase caindo de cara sobre o tapete da sala.

    Com o coração batendo como os tambores de uma marcha militar, Oliver levantou-se depressa do chão, muito atento e agitado. O que tinha sido isso?

    Veio de baixo, do porão. Parecia até que tinham jogado uma bola de boliche lá embaixo… Não tinham bolas de boliches, não é? E nem ninguém mais em casa para jogá-las.

    O garoto não ia muito lá embaixo. Era escuro e meio empoeirado, visto que limpavam o local com bem menos frequência que o resto da casa, além de ser um pouco úmido. Mas não lembrava de já ter ouvido algo caindo no porão. Por que tinha resolvido cair justo neste raro momento em que o garoto estava totalmente sozinho em casa?

    No começo não estava muito afim de ir ver o que tinha acontecido, pois o coração ainda estava bem agitado em seu peito, mas quando começou a se acalmar e respirar melhor, a curiosidade começou a crescer.

    Será que tinha algo lá embaixo? Ou alguém tinha retornado sem Oliver perceber e agora mexia no porão?

    O garoto olhou mais uma vez pela janela da sala para se assegurar de que nenhum carro estava estacionado ali.

    O que poderia ser? Um gato que tinha conseguido  invadir a casa? Ou uma pessoa perversa querendo roubar as coleções do pai? Ele tinha algumas quinquilharias raras em casa.

    Oliver sobressaltou ao se dar conta de algo. Tinha visto algo assim em um filme! Um filme sobre alienígenas!! Talvez fosse meio idiota alienígenas invadindo porões, mas todo o cuidado era pouco e por isso o garoto, já um pouco ansioso em não ter feito se movido ainda, enquanto ficava se perguntando o que tinha provocado o baque que ouviu, decidiu ir buscar um bastão de beisebol la no seu quarto, que tinha ganhado de presente dos avós, antes de se aventurar até a porta do porão.

    Se fosse algo perigoso, Oliver, o único que estava em casa, não poderia deixar para lá e permitir que ameaçassem sua família. Tinha que ser corajoso! O homem da casa! (Afinal seu pai já tinha ido trabalhar mesmo).

    Com o objeto já em mãos o garoto se esgueirou até a porta do portão e respirou fundo, tomando coragem para girar a maçaneta e dar uma tacada no primeiro alienígena que surgisse em sua frente.

    - Encélado, Reia, Febe, Pandora… - começou a sussurrar o nome das luas de saturno sem quase mover os lábios enquanto abria a porta lentamente para que a luz não entrasse de uma só vez no ambiente.

    Se não houvesse nada logo na entrada do porão, o garoto deveria dar uma espiada para além da escada, apertando os olhos e procurando o que poderia ter causado o som, mas também preparado para correr até o telefone e ligar para a polícia. Se não pudesse ver nada, até onde conseguia enxergar, Oliver seria obrigado a apertar o interruptor para iluminar o porão.
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    Mensagem por Rosenrot Seg Jun 04, 2018 8:39 pm


    primeiro dia de aula @Natalie Ursa

    High School



    Muitas coisas passavam na cabeça de Oliver naquele instante, ele não tinha certeza se realmente tinha ouvido o barulho - teria sido imaginação? - ou se simplesmente estava assustado demais para pensar a respeito. Precisava de um plano de ação, porque como nos filmes, poderia ser qualquer coisa no porão - ele preferia acreditar que não -, então bolou seu pequeno plano e começou a por em prática.

    Quando Oliver conseguiu abrir a porta do porão ela fez aquele rangido estúpido de filmes de terror, mas abriu sem grandes problemas. De onde estava, ele podia ver o degraus da escada que descia até a escuridão lá em baixo. Ele se aproximou, clicou no interruptor a luz piscou, fez um "clique" então apagou de novo. O porão não era o lugar mais iluminado da casa - e nem o mais limpo - e sem a lâmpada que aparentemente tinha acabado de queimar, Oliver não podia ver muita coisa lá em baixo além das escadas e de uma ou duas coisas brilhantes aqui e ali onde a luz do dia tocava.

    Silêncio. Foi o que Oliver ouviu vindo lá de baixo, nada parecia se mover dentro do porão naquele instante. Ele estava parado ali, quando ouviu outro barulho - a entrada do porão ficava na cozinha, próximo a porta dos fundos da casa - e dessa vez o barulho veio do bosque lá fora, como se algo - ou alguém? - corresse no mato.
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    Mensagem por Natalie Ursa Qua Jun 06, 2018 3:17 pm


    primeiro dia de aula



    O garoto preferia que aquilo fosse um engano e houvesse se confundido com qualquer outro som vindo de fora. Pelo menos assim faria mais sentido…

    Sem enxergar nada, Oliver precisou usar o interruptor da luz mesmo contra a vontade. Não  teve utilidade nenhuma além de ser absurdamente chamativo com as piscada que a lâmpada deu antes de morrer. O garoto resmungou e passou os dedos sobre o cabelo em frustração, deixando mais bagunçado do que estava.

    Tinha que parar de funcionar justo agora?

    Não havia som nenhum lá embaixo. Talvez não passasse da imaginação do garoto ou então foi só algo que caiu… Mas como ter certeza? Não iria entrar no porão quase tomado pela escuridão. Principalmente depois de ter feito a luz piscar. Precisaria de, pelo menos, uma lanterna. Oliver não tinha ido até o porão imediatamente ao ouvir o que achou ter ouvido, entretanto, se ainda houvesse “algo” lá embaixo não iria deixar que saísse enquanto fosse atrás de uma lanterna pela casa. A chave do porão deveria estar dentro de alguma gaveta dos armários da cozinha.

    Oliver ia abrir a primeira gaveta, com os ouvidos bem atentos caso algum som viesse de lá de baixo outra vez, mas tomou mais um susto com o que ouviu a seguir, dessa vez o som era vindo do lado de fora da casa. Daquele bosque lá atrás.

    Algo correndo lá fora? Um animal? A essa altura o garoto já estava meio nervoso com o segundo som peculiar do dia em questão de poucos minutos. Quem sabe era mesmo um gato lá embaixo e ele tinha saído de onde entrou - provavelmente uma das pequenas janelas basculantes do porão - para sair correndo em direção ao bosque. Só que Oliver não ouviu movimentação alguma no andar inferior.

    O garoto fechou a porta, deixando de lado a ideia de procurar a chave para se apoiar sobre a bancada de granito da cozinha e olhar pela janela, movido pela curiosidade, embora se sentisse um pouco receioso. A cabeça já não ficava mais inventando histórias mirabolantes para explicar os sons. Ele estava mais focado em desvendar o mistério, ou pelo menos manter a casa segura.

    Talvez o melhor fosse trancar todos os acessos da casa e pegar um binóculos… Bem, Oliver não tinha um… Mas tinha um telescópio. Talvez ajudasse? O garoto ponderou, enquanto observava o exterior  da casa em busca do que havia corrido do lado de fora. Aquele lado era fora da “jurisdição” de Oliver. Ele não precisava ir lá checar, só garantir que não entrassem na casa - ou saíssem do porão. Além do mais, o garoto estava doente. Era quase como estar de castigo.

    Mas afinal, o que tinha causado o ruído no porão antes e agora os sons de movimentação na vegetação do bosque?
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    Mensagem por Rosenrot Ter Jun 12, 2018 10:18 am


    primeiro dia de aula @Natalie Ursa

    High School



    Talvez Oliver de fato estivesse imaginando. O porão estava silencioso e escuro naquele instante - uma combinação um tanto inquietante para uma criança -, mas Oliver tinha traçado um plano - um bom plano, ele achava - e trancar o porão era uma boa alternativa, esperar alguém chegar e aí sim irem verificar o que estava acontecendo. Voltou para a cozinha e de lá começou sua busca pela chave, sabia que ela estava ali em algum lugar...

    Então o outro som veio, dessa vez de fora e Oliver resolver não arriscar. Subindo na bancada ele teria uma boa visão do que estava do lado de fora sem precisar ir até lá. Não era má ideia. Ali, apoiado, ele podia ver as árvores e a relva leva que dava ao bosque, era um lugar agradável na maior parte do tempo -ele e seus amigos até brincavam ali às vezes -, mas agora parecia vazio e sombrio ao seu modo. Estava concentrado no local. Então alguma coisa simplesmente pulou na janela.

    Spoiler:

    Tinha durado menos de um segundo, mas Oliver pode ver bem os olhos - eram mesmo olhos? - Do que quer que seja e cair para trás, sentado no chão da cozinha. As luzes da casa piscaram por um instante muito breve e ele sentiu um frio intenso tomar conta do local. Estava prestes a correr para trancar as portas - iria adiantar? - não tinha certeza. Quando começou a ouvir seu nome ser chamado constantemente.

    - Oliver? Oliver? Oliver? Oliver? - Sentiu o corpo ser sacolejado, junto do nome ser chamado. - Oliver? Oliver? Oliver?

    Então Oliver abriu os olhos - suava frio - estava deitado no sofá, de cabeça para baixo, como tinha feito quando desceu do quarto, sua mãe estava a sua frente, observando-o um tanto intrigada. Ainda era manhã, mas a casa não estava mais fria, apesar de Oliver ainda um frio na espinha. Tinha sido um sonho?

    - Está tudo bem? - Perguntou a mãe.


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    Mensagem por Natalie Ursa Seg Jun 18, 2018 9:31 pm


    primeiro dia de aula



    Quem sabe fosse um gambá ou um guaxinim lá fora? As vezes alguns apareciam por ali e era divertido apavorar as irmãs quando o bichinho fedido estava no quintal. Mas algo parecia errado dessa vez... Talvez Oliver só estivesse nervoso ainda com o porão - e que estupidez! - ele repetia a si mesmo como se entrando em fase de negação. Só podia ter imaginado que ouviu, ou tinha confundido com outro ruído, afinal a tv estava ligada e um pouco alta.

    Oliver era um dos mais altos de sua turma, mas mesmo assim o garoto debruçou-se sobre a bancada para ter uma melhor visão do quintal. Não tinha nada lá... Na verdade parecia estranhamente vazio e solitário, quase opressivo. Ele procurava atentamente por algum pequeno animal que pudesse ter feito o som, quando AQUILO surgiu de repente!

    O garoto deu um salto para trás, caindo sentado sobre o chão frio e com o rosto distorcido pelo pavor.

    Tinha mesmo visto aquilo?? Um... Um..!? Olhos... Um rosto pavoroso... O garoto, congelado pelo medo, mal teve tempo de raciocinar algo e as luzes da cozinha começaram a piscar.

    Luzes? Estava escuro!? Já era noite??

    E começava a ficar frio... Frio demais.

    Com o coração batendo freneticamente, enquanto tentava balbuciar nome de estrelas se enrolando todo, a ideia de trancar todas as portas - ou pelo menos tentar FAZER ALGO para o que quer que fosse aquilo que viu não entrasse na casa - o garoto levantou-se com muita pressa e cambaleante do chão rumo a porta de entrada mais próxima - a dos fundos - para trancá-la, mas sem nem conseguir pensar se a atitude mudaria algo. Deixou o bastão caído no chão e começou uma corrida que parecia interminável enquanto ouvia seu nome sendo repetido muito ao longe. Em meio ao pavor, o som parecia minimamente reconfortante, mas indistinguível.

    Quando começou a sentir o corpo ser sacodido, Oliver finalmente conseguiu abrir os olhos em meio ao som da voz da mãe que lhe chamava várias vezes junto ao ruído da tv.

    O garoto arregalou os olhos e praticamente deu um pulo, terminando de cair do sofá - mais uma vez? - sentando-se e virando a cabeça de um lado para o outro, procurando por algo de errado dentro daquela sala e balbuciando mais nomes de astros celestes. Mal tinha visto a mãe ou percebido onde estava. Demorou alguns instantes até se dar conta da presença dela e de que era dia novamente. Sentia o corpo empapado pelo suor e um frio anormal que começava a desaparecer e se normalizar lentamente.

    - Hm??? Mãe? - olhou para ela como se não lhe visse há muito tempo.

    O que tinha acontecido? Tinha sido outro pesadelo?? Parecia tão real... O garoto olhou em volta mais uma vez só para ter certeza e colocou-se de pé.

    A mãe tinha lhe feito uma pergunta e Oliver precisou pensar um pouco para entender o que ela lhe perguntara:

    - Eu.. S-sim... é, acho que estou... Achei que... - pensou melhor, pois nem sabia o que estava tentando dizer a principio, só tentava acalmar a palpitação do coração e relaxar o corpo, ainda meio rígido pelo susto - Onde a senhora estava? - foi a única pergunta em que conseguiu pensar.
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    Mensagem por Rosenrot Dom Jun 24, 2018 7:32 pm


    primeiro dia de aula @Natalie Ursa

    High School



    A mãe de Oliver o encarava como quem não entendia muito bem o que estava acontecendo. Ela chegou a levar a mão até a testa do garoto, para verificar a temperatura, talvez ele estivesse febril e delirante? - Fui ao mercado, você não viu o bilhete na geladeira?

    Bem, ele tinha visto, mas aquilo tinha sido no sonho... Não tinha? Agora Oliver já não podia dizer com tanta certeza, sua mãe suspirou, se levantando - estava agachada até então - e dando uma olhada breve em volta como quem procura qualquer motivo para o estranho estado do filho, mas depois voltou os olhos para Oliver.

    - Aconteceu alguma coisa enquanto eu estava fora? - Ela perguntou, agora num tom mais sério, enquanto começava a andar na direção da cozinha, Oliver pode ouvir quando ela começou a retirar as coisas dos pacotes de compras... Mas voltar a cozinha? Depois do que tinha visto? A casa em si parecia a mesma de sempre e não existia nenhum barulho estranho no momento... Porém aquela imagem não saia de sua cabeça.

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    Mensagem por Natalie Ursa Qui Jun 28, 2018 3:03 pm


    primeiro dia de aula



    O bilhete...

    Sim, tinha o visto, mas... Nem se lembrava direito depois do pesadelo que teve e... Aliás... Nem tinha certeza que parte do que lembrava era real e que parte tinha imaginado... A sensação de confusão era frustrante. Devia ser tudo culpa da febre!

    Endireitou-se, sentando-se direito no sofá e olhou para a mãe abaixada ao seu lado, com um olhar brevemente tenso ao tentar distinguir sonho de realidade.

    - Ah! Bilhete? - fingiu que não tinha notado as letras enormes e bem destacadas no papel preso à geladeira, não queria passar por mais maluco do que já deveria estar parecendo, caso contrário era bem possível que sua mãe começasse a acreditar que o resfriado de Oliver poderia estar pior e o obrigaria a ficar a semana toda confinado - Não vi. Só fiquei aqui mesmo.

    Quando a mãe levantou-se do chão e dirigiu-se à cozinha, o garoto fez o mesmo e pôs-se de pé, respirando fundo e sentindo-se ainda um pouco agitado, principalmente ao pensar novamente na cozinha e no porão, por isso mesmo a próxima pergunta da Sra. Graham fez seu filho engolir em seco.

    Não tinha acontecido nada, não é?

    Ou será que o som que ouviu lá embaixo, pelo menos, tinha sido real?

    - Não. Nada. Só estava vendo a tv, mas... - ponderou se deveria falar sobre o ruido, pois talvez não fosse uma má ideia dar uma olhada e ter certeza de que fora só um pesadelo idiota - Eu... A senhora sabe se meus álbuns de figurinhas velhos estão lá no porão? Eu estava procurando por eles agora há pouco... Antes de dormir no sofá, claro. - terminou de fazer a pergunta para tomar coragem e ir até a cozinha em que teria a presença da mãe agora para deixá-lo menos tenso.

    Ele se aproximava quase que sorrateiramente da mãe e das compras, mantendo um discreto olhar ansioso e inseguro na direção da porta do porão.

    Tinha levado o taco de beisebol no pesadelo e tinha deixado na cozinha. Não estaria ali, tinha "certeza", mas, ser cauteloso nunca era demais, por isso Oliver deu uma olhadinha no chão da cozinha. O skatista não admitiria, mas ele evitava, em um primeiro momento, olhar em direção à janela em que antes vira a figura desconcertante e digna de filme de terror - ou de pesadelos bobos mesmo. Pelo menos podia ver a luz do dia entrando na cozinha sem precisar olhar para fora, já era menos perturbador do que antes - e a presença do calor no ambiente também reforçava isso.

    - Precisa de ajuda? - perguntou meio sério, em um olhar de sobrancelhas sutilmente franzidas e um pouco mais prestativo do que o normal.
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    Mensagem por Rosenrot Ter Jul 10, 2018 9:37 am


    primeiro dia de aula @Natalie Ursa

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    Sua mãe agora tinha a atenção focada no que fazia - guardar algumas coisas e separar outras - enquanto Oliver falava. Ela não parecia 'desconfiar' de coisa alguma, pensando que talvez fosse só efeito da gripe de Oliver agindo sobre o garoto. Quando terminou de guardar as coisas, ela focou-se em separar as coisas que usaria para preparar os lanches, pois achava mesmo que os amigos de Oliver passariam lá depois da aula. Com a pergunta do garoto, moveu a cabeça levemente.

    - É bem provável. - Disse, de maneira vaga. - Seu pai não gosta de jogar nada de vocês fora, então talvez estejam mesmo no porão, mas se for descer lá, leve uma lanterna, o interruptor está com mau contato e seu pai ainda não arrumou.

    Aquela era outra 'coincidência' angustiante da situação, no sonho Oliver não tinha conseguido acender a luz do porão também. A mulher moveu levemente a cabeça em negativo. - Termino essas coisas em um minuto... A propósito. - Ela virou para ele, observando-o. - Você não viu o Toddy por aí, viu? O cachorro do vizinho. Parece que desapareceu há alguns dias.

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    Mensagem por Natalie Ursa Sáb Jul 14, 2018 9:13 pm


    primeiro dia de aula



    Oliver tinha feito a pergunta sobre os álbuns estarem no porão, pois já contava com essa mania do pai de guardar tudo. Pensando melhor, Oliver se deu conta de que o porão provavelmente deveria estar cheio de bonecas das irmãs e não parecia uma ideia muito atraente descer lá, só com uma lanterna, e se deparar com uma depois do "pesadelo" que teve. Sobre a parte do interruptor estar com mal contato, isso deixava o garoto um pouco mais angustiado. Há quanto tempo deveria estar assim? Nem se lembrava da última vez que tinha descido as escadas do porão, quem dirá notar o problema no interruptor.

    - Ah.. Tá. Valeu, mãe. - respondeu com um pequeno engasgo na voz causado pela realização da semelhança com o pesadelo.

    Oliver se ofereceu para ajudar a mãe, mas a cabeça funcionava à todo o vapor com as possibilidades e com as frases que o garoto repetia mentalmente para si: "Acorda, Oliver, foi só um pesadelo idiota!! Pare de ser medroso!!" O garoto até demorou um pouco para processar a última pergunta da mãe sobre o cachorro.

    - O Toddy? Não... Não vi. Desapareceu, é? Não estou sabendo de nada, mas posso perguntar para o pessoal depois, se eles vierem aqui. - "E se eu não for atacado por um espírito com a cara derretida antes." - completou em pensamento - Vou pegar a lanterna então. - mas antes de, de fato, ir atrás do objeto, ele respirou fundo, estendeu as mãos espalmadas em direção da mãe e avisou de modo pausado, para que ficasse bem claro que era algo importante - Não. Entra. No porão! Ok? - mal terminou o aviso "super importante" e saiu apressado atrás da lanterna que tinha em seu quarto.

    Apesar da ansiedade, o pesadelo tinha lhe parecido tão real, que Oliver sentia a necessidade de confirmar que não se passava de sua imaginação lhe pregando peças e que ele, sua família e amigos não corriam perigo. Ele podia não ser o garoto mais corajoso, mas também não fazia seu feitio se esconder e tremer embaixo das cobertas de sua cama se existia algo que poderia ser potencialmente uma ameaça às pessoas desavisadas... Isso ou era só um garoto que tinha visto muitos filmes e seriados de heróis, monstros e alienígenas.
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    Mensagem por Rosenrot Sáb Ago 04, 2018 10:03 am


    primeiro dia de aula @Natalie Ursa

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    Sua mãe moveu os ombros lentamente, como quem concorda com o que o menino dizia: também não tinha visto o cão e para ser sincera consigo mesma, não se importava muito. Achava o animal barulhento e incomodo. Talvez tivesse fugido ou simplesmente desaparecido na mata próxima as casas. As coisas eram assim.

    Ela se virou para ele, arqueando as sobrancelhas quando o garoto falou tão pausadamente daquela forma, achou engraçado. Será que Oliver estava escondendo algo para mostrar aos amigos? Era possível. Naquela idade, tudo era possível. Moveu a cabeça em positivo, afirmando que tinha compreendido a mensagem. Mas mal sabia dos reais temores do filho.

    Oliver não teve problemas para encontrar uma lanterna. Achou em sua segunda tentativa nas gavetas velhas, testou as pilhas e foi-se encarar o que podia ser nada ou ser um grande pesadelo real. A porta do porão estava fechada, e quando Oliver a abriu, nenhum rangido assustador saiu dela. Abriu normalmente, exibindo uma escadaria branca coberta pela escuridão. Acendeu a lanterna, iluminando os degraus até o fundo.

    Parecia tudo normal.

    Parecia, claro.

    Até um barulho lá em baixo lhe chamar a atenção. Algo tinha caído ou se movido.

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    Mensagem por Natalie Ursa Dom Ago 19, 2018 10:13 pm


    primeiro dia de aula


    Com a lanterna em mãos, Oliver estava pronto para desbravar a escuridão de seu porão. As pilhas funcionavam, nada de falhar como a lâmpada do cômodo abaixo.

    O garoto se dirigiu à porta e a abriu lentamente, sentindo-se mais confiante ao notar que ela não emitiu rangido nenhum. Assim que é bom! Sem parecer com um filme de terror, porque não era. Era só um porão escuro e estúpido.

    O garoto iluminou os degraus brancos e deu o primeiro passo rumo ao "desconhecido", apoiando o pé no primeiro degrau cheio de determinação, quando ouviu o ruído de algo caindo lá embaixo, sobressaltou e sentiu o corpo vacilar por um instante, como se a coragem tivesse saído correndo de dentro dele.

    Não era possível! O porão só podia estar tirando sarro da cara dele!!

    - Eu acho que estamos com sérias infestações de ratos aqui. - resmungou entre os dentes, possivelmente alto o suficiente para que a mãe lhe ouvisse. Ele já começava a sentir-se frustrado, quase envergonhado de si mesmo por estar fazendo isso e, se não visse nada além de roedores ou gatos, ou, sei lá! O Toddy (embora fosse bem difícil justificar como o cão tinha ido parar lá)! Ou então qualquer outro motivo bobo para o som que acabou de ouvir... Aí sentiria-se um completo idiota e medroso!

    - Não tem jeito. - começou a resmungar nomes de algumas estrelas, apenas para se manter focado, entre as frases que falava em voz alta para si mesmo - Não dá para deixar tomarem conta da minha casa... - nem sabia do que estava falando, mas tinha que descobrir, afinal morava lá e não podia deixar por isso mesmo.

    Oliver encheu os pulmões de ar e começou a descer os degraus devagar, sem tirar a atenção do que sua lanterna iluminava à frente.
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    Mensagem por Rosenrot Dom Ago 26, 2018 9:34 am


    primeiro dia de aula @Natalie Ursa

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    Quando Oliver começou a descer, o porão foi preenchido pelo mais absoluto silêncio - o que talvez fosse mais assustador do que o barulho em si. Era como se o lugar tivesse sido envolvido em uma bolha e nenhum som entrasse - ou saisse - dele. Sequer podia ouvir a mãe na cozinha ou os próprios passos. O lugar também parecia ter ficado mais frio, apesar daquela sensação ser idiota: como o porão ia ficar mais frio que o resto da casa?

    Ele desceu mais dois degraus e agora estava a apenas mais dois de atingir o piso. A lanterna não iluminava muito toda a extensão do porão, mas Oliver podia ver algumas coisas de onde estava.

    Um bocado de caixas empilhadas em um bocado de prateleiras. Alguma coisa brilhava no fundo do porão, como dois olhos em chamas, mas quando a lanterna colocou-se em cima, era apenas um brinquedo velho que refletia a luz da lanterna.

    O porão tinha pequenas janelas - usadas para ventilar - e dali Oliver podia ver parte do terreno da casa, pedaços da grama, mas não muito mais que isso. Enquanto vasculhava o porão, sem encontrar nada muito útil, Oliver ouviu um barulho vindo de uma dessas janelas, jogando a lanterna naquela direção ele pode ver vidros sujos pelo tempo, mas também viu outra coisa.

    Oliver viu pés descalços, caminhando pela grama e afastando-se na direção oposta a casa. Foi rápido, não mais que um minuto, mas tempo suficiente para ter certeza que tinha visto pés. E podia dizer que não era sua mãe - os pés eram pequenos, pés de criança - e estavam descalços.

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    Mensagem por Natalie Ursa Qua Set 05, 2018 4:45 am


    primeiro dia de aula


    O porão lhe dava a sensação de que houvesse entrado em um lugar completamente diferente de sua casa... Como se fosse uma passagem para o seu próprio pesadelo. O ar parecia denso e a aparente ausência de ruídos contribuíam ao desconforto e agitação que Oliver sentia a cada novo passo que dava em  rumo ao fundo do porão. A sensação de que a temperatura havia baixado estava ali novamente... Bem, talvez fosse porque o porão meio que ficava abaixo do solo. Era como uma caverna... Ou pelo menos o garoto esperava que essa fosse a razão. Ter uma explicação para o que sentia ajudava Oliver a conseguir descer os degraus que faltavam para verificar o lugar, sem que seu corpo parasse de obedecer e voltasse correndo para a "segurança" da cozinha.

    Só conseguia ver prateleiras amontoadas de caixas e outros objetos que não distinguia bem ainda. Mas algo, lá no fundo, brilhava quando o facho de luz da lanterna se aproximava. Oliver imediatamente jogou a luz na direção do brilho e constatou, com um suspiro de alívio e quase deixando escapar uma risada nervosa, que se tratava apenas de um brinquedo, algo que não via fazia alguns anos já.

    O garoto desceu os degraus que faltava, um pouquinho menos nervoso agora, e continuou a vasculhar, com um pouco de pressa a extensão do cômodo muito pobremente iluminado por pequenas janelas altas em que mais se via a grama do quintal e mais verdes em geral, do que qualquer outra coisa.

    Não tinha mesmo nada ali? O garoto se perguntava enquanto passava o facho de luz pelo ambiente, que parecia ficar um pouco menos escuro. Oliver já se convencia de que não havia nada ali embaixo e estava só agindo como um idiota medroso, quando um novo ruído foi ouvido e o fez sobressaltar. Seu corpo estremeceu e ele se encolheu instintivamente onde estava antes de virar a lanterna na direção do ruído. Vinha das janelas manchadas pela poeira. Não via muito dali, mas podia distinguir nitidamente alto se movimentar pela grama. Pés! Pés pequenos, como os de uma criança! A primeira reação de Oliver foi instintiva. Ele se apressou na direção da janela.

    - Ei! Espera aí! - não sabia se era uma criança, mas era o que fazia mais sentido. Como uma criança, ele também compartilhava da vontade de se aventurar e se meter onde não devia, inclusive no porão dos outros.

    Oliver tentou empurrar a janela para abri-la. Queria saber quem era e se realmente tinha entrado no portão - ou se ele mesmo poderia sair da casa por ali. Talvez a janela fosse pequena demais para isso... Em um primeiro momento, ao ver os pés na grama, não imaginou que poderia ser nada além de uma criança normal. Seu cérebro não teve tempo de formar outras alternativas antes dele tentar pará-lo - ou na mais absurda das hipóteses, segui-lo.
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    Mensagem por Rosenrot Dom Set 16, 2018 11:18 am


    primeiro dia de aula @Natalie Ursa

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    As coisas no porão pareciam apenas coisas de porão, apesar do frio estranho que fazia lá dentro, Oliver não pode identificar nada absurdo ou anormal. Só parecia um lugar velho, cheio de coisas velhas guardadas. Nada demais até aí, ok. Vida que segue.

    Mas ele ainda tinha aquela sensação de que algo não estava certo, que não estava no lugar ou que não era o que deveria ser. Olhou em volta, jogando a luz em diversos lugares, mas tudo parecia extremamente apático. Então o som chamou sua atenção e a janela foi sua porta para ver o que acontecia do lado de fora. Em lógica, Oliver tinha noção de que àquela hora a maior parte das crianças estava - ou deveria - na escola... Mas bom, talvez fosse alguém que como ele não estivesse se sentindo bem.

    Mas não lembrava de nenhuma criança como seu vizinho que não conhecesse.

    Será que era um dos amigos tentando pregar uma peça? Ele correu para a janela, mas ela era uma janela basculhante e dificilmente Oliver poderia passar por ela. Pode ver os pés movendo-se pela grama do jardim e ver o caminho que ele fazia: ia na direção da rua. Teria que deixar o porão, caso pretendesse seguir a figura misteriosa.

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    Mensagem por Natalie Ursa Sex Set 28, 2018 2:54 pm


    primeiro dia de aula


    Quem poderia ser a pessoa que estava correndo no gramado? Oliver estava agitado, alarmado. Podia sentir o coração acelerado em seu peito depois do susto que ver, de fato, algo acontecendo por ali, tinha lhe proporcionado. Não sabia o que significava. Seus amigos não deveriam estar na escola? O horário da escola não tinha passado ainda, não é? Mesmo assim, embora não enxergasse direito pela janela, pequena demais para ele... E provavelmente para a pessoa que saiu correndo também, era capaz de ver os pequenos pés se afastando com pressa. Quem quer que fosse, Oliver não estava gostando disso. Tinha que saber quem estava tentando lhe assustar e, mesmo ainda um pouco afobado pela febre que demonstrava ter mais cedo, o garoto saiu correndo escadas acima, passando rápido pela sua mãe na direção da janela em que poderia ter uma visão mais apropriada da direção da rua. Se fosse rápido o bastante, quem sabe conseguia ver alguém.

    Oliver só sabia que, se fosse algum dos seus amigos, não ficaria nada contente! Fingir que tinha uma assombração no porão da casa dele? Se fosse na casa deles, com certeza não iam achar graça. Se fosse alguma outra criança... Bem que merecia o troco por atormentá-lo até em sua casa, onde sua família morava. Oliver não era muito de revidar a maioria dessas brincadeiras dos outros garotos de fora do seu grupo, mas tudo tinha seu limite!

    Mas... E se fosse mesmo uma assombração???

    O que poderia fazer? Convencer os pais a se mudarem? Bem difícil...
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