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    Prólogo - Alexandre Caparelli

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    Prólogo - Alexandre Caparelli Empty Prólogo - Alexandre Caparelli

    Mensagem por Artorias Seg Fev 03, 2020 10:50 pm

    @Leomar

    "Aqueles que não fazem nada estão sempre dispostos a criticar os que fazem algo."
    Oscar Wilde




    Dr. Alexandre Caparelli estava descansando em um assento do refeitório, tomando provavelmente um café para recuperar as energias após uma exaustiva operação em um paciente. Observava o que se passava na televisão, não parecia interessado em entrosar com outros médicos e funcionários presentes no novo hospital, que começara a trabalhar há pouco tempo. Aparentava não estar de bom humor.

    [...]

    – Ei, você é o Dr. Caparelli, o novo médico, não é? – Uma voz amigável de um rapaz forçara a virar o rosto para saber de quem era.

    Prólogo - Alexandre Caparelli 18741310


    Era o Dr. Roberto Chase, cirurgião plástico, já cruzara com sua pessoa algumas vezes nos corredores do hospital, sua pinta indicava ser um playboy e fanfarrão, certamente um sedutor profissional de mulheres.

    – Eu sou Roberto, estava vendo você aí e pensei em conversar, enturmá-lo. Qual é a sua especialização? – O médico então olha para televisão e repara que estão reprisando um episódio antigo de Os Simpsons...



    Dr. Roberto então gargalha e comenta, dando um tapa no ombro do Alexandre – Esse desenho é ótimo, não é? Previram o coronavírus! –, então gargalhou novamente. Sua presença incomodava Alexandre, que ama seu espaço, seu silêncio e tem preguiça para interações.
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    Mensagem por Leomar Ter Fev 04, 2020 4:13 pm

    Um médico sem café era como um anão jogador de basquete. A maioria dos médicos gostava muito forte pois eram literalmente movidos a cafeina, então o dali era 90% pó, 9% água e 1% açúcar.

    Alexandre conseguia sentir os grãos do pó grudar no céu da boca. Açúcar em hospital era algo trancado a sete chaves, e Alexandre preferia o gosto horrível de terra a colocar adoçante. Felizmente sempre conseguia com Kátia, uma coroa pegável que trabalhava no refeitório e simpatizava com Alex, uma colher de Toddy para transformar seu café num pseudo-capuchino (bem pseudo).

    Ao ouvir seu nome, ou melhor, sobrenome, ele reconhece o Doutor Roberto Chase. Sabia que era um cirurgião plástico até relativamente conhecido entre a classe mais rica da cidade, mas era só o que sabia. Alguns médicos não gostavam de cirurgiões plásticos simplesmente por serem cirurgiões plásticos. Consideravam eles mais como esteticistas do que como médicos de verdade.

    Alexandre porém não costumava julgar alguém antes de conhecer (ou tentava). Não era do tipo que condenava com veemência cirurgias meramente estéticas, mas certamente NUNCA pensou em seguir a área de cirurgia plástica. Só a ideia de lidar com alguém com TDC (Transtorno Dismórfico Corporal) lhe causava ansiedade.

    - Prazer Roberto. Sim, sou o Doutor Caparelli, mas se devo chamá-lo de Roberto, me chame de Alex; Afinal estamos no Brasil, né!

    Alexandre não estava pessoalmente nos melhores dias, mas tenta sorrir enquanto pega a mão de Roberto. Não tinha motivos para gostar dele, mas também não tinha motivos para não gostar, fora seu jeito meio playboy e sua voz de tenor (Alexandre preferia os barítonos e baixos), mas boa parte de seus colegas médicos eram meio playboys, por isto frequentemente preferia companhia de enfermeiros e enfermeiras do que de outros médicos.

    - Sou um dos novos cardiologistas. E o senhor é um de nossos artistas plásticos, certo? - Roberto faz um breve comentário sobre o desenho, só então Alexandre presta atenção no televisor. - Éh... Já foram melhores antigamente... Mas às vezes fazem algumas sátiras interessantes...
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    Mensagem por Artorias Qui Fev 06, 2020 3:03 pm

    @Leomar

    Alexandre escreveu:- Prazer Roberto. Sim, sou o Doutor Caparelli, mas se devo chamá-lo de Roberto, me chame de Alex; Afinal estamos no Brasil, né!

    Dr. Roberto avança o queixo como uma expressão de concordância e comenta – Ótimo, então o chamarei desta forma!

    [...]

    Alexandre escreveu:- Sou um dos novos cardiologistas. E o senhor é um de nossos artistas plásticos, certo?

    – Hm... cardiologista, quanto mais pessoas nessa área melhor, eu diria! Mas... hm... Sim, isso mesmo, sou cirurgião plástico, muitos pensam ser uma profissão supérflua dentro do meio médico, porém... eu saio com ótimas mulheres por isso, então não me importo! – Dr. Roberto então gargalha e até bate na mesa em êxtase pelo seu senso de humor e seu sentimento de vitória por ser um macho alpha. Aquilo tudo nada impressionaria Alexandre provavelmente, mas, por dentro, era capaz de sentir que gostaria de estar no lugar dele e ter essa vida. Talvez faltasse coragem? Força de vontade então?

    [...]

    Alexandre escreveu:- Éh... Já foram melhores antigamente... Mas às vezes fazem algumas sátiras interessantes...

    – Tem razão! – Acenava positivamente com a cabeça e de braços cruzados, depois apoiaria uma das mãos na mesa e se aproximaria do Dr. Caparelli para que pudesse ser ouvido enquanto falasse baixo, quase cochichando – Ei, depois do trabalho eu irei para uma boate, tem interesse em ir comigo? Garanto que será inesquecível. –, gargalha e prossegue – Nunca desapontei nesse quesito!

    Aquilo era estranho para Alexandre, pois não era do seu feitio, não era muito de beber, não era muito de socializar, muito menos de sair, mas algo fazia ele propender para uma confirmação. Seriam seus instintos querendo agir contra sua razão?

    Nitidamente Dr. Roberto não era um tipo de pessoa que gostaria de ter como companhia por mais do que alguns minutos. Por que ser humano é ser tão complexo? Fazemos coisas contraditórias daquelas que vão contra nossas vontades e pensamentos.
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    Mensagem por Leomar Qui Fev 06, 2020 4:12 pm

    Alexandre não tinha motivos para não gostar de Roberto.

    Ainda.

    Mas ele quase podia sentir o cheiro de uma antipatia se formando, disfarçada pelo cheiro do perfume doce do artista plástico.

    – Hm... cardiologista, quanto mais pessoas nessa área melhor, eu diria! Mas... hm... Sim, isso mesmo, sou cirurgião plástico, muitos pensam ser uma profissão supérflua dentro do meio médico, porém... eu saio com ótimas mulheres por isso, então não me importo!

    - Bem, não sou do tipo que considera a cirurgia plástica como supérflua apenas por ser plástica. Algumas pessoas merecem mesmo ficar mais bonitas, outras eu diria que deveriam ter a obrigação de tentar ficar menos feias... Agora, algo que pessoalmente creio que não me adaptaria no seu ramo é o alto índice de TDC

    Alexandre tinha um senso de humor não muito "popular" digamos assim, e pelo que via Roberto tinha um senso de humor que não combinaria muito com o dele.

    – Ei, depois do trabalho eu irei para uma boate, tem interesse em ir comigo? Garanto que será inesquecível. –, gargalha e prossegue – Nunca desapontei nesse quesito!

    Alexandre ainda estava se esforçando para não julgar o colega precipitadamente, mas apesar de sentir uma pontada de curiosidade e até uma oportunidade de quem sabe ver algumas mulheres bonitas, a mistura de bebidas com lugares barulhentos nunca lhe soava bem. Talvez se fosse outra pessoa convidando...

    Ao por a xícara vazia de café na mesa, ele faz um alongamento quase instintivo com os braços, e sente os músculos levemente doloridos.

    "Porra! Preciso criar coragem e ir na academia, estou ficando velho antes do tempo!" - Pensa, e logo depois pensa na sua cama macia, com lençóis limpinhos esperando.

    - Olha, se eu não tivesse terminado uma operação de dez horas agora... e não tivesse com leve cheiro de éter ainda... eu até aceitaria. Mas me desculpe, mas estou um bagaço!

    Tá, era um pouco de exagero, a operação nem foi tão difícil, mas Alexandre queria inventar uma desculpa menos seca do que "Cai fora, não fui com sua cara".
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    Mensagem por Artorias Ter Fev 11, 2020 9:40 pm

    @Leomar

    Alexandre escreveu:- Bem, não sou do tipo que considera a cirurgia plástica como supérflua apenas por ser plástica. Algumas pessoas merecem mesmo ficar mais bonitas, outras eu diria que deveriam ter a obrigação de tentar ficar menos feias... Agora, algo que pessoalmente creio que não me adaptaria no seu ramo é o alto índice de TDC

    Roberto ficara em silêncio depois de ter dado um sorriso forçado como se tivesse achado engraçado, mas perceptivelmente não havia.

    Alexandre escreveu:- Olha, se eu não tivesse terminado uma operação de dez horas agora... e não tivesse com leve cheiro de éter ainda... eu até aceitaria. Mas me desculpe, mas estou um bagaço!

    Após a resposta, Roberto fala mais algumas coisas e se despede, deixando um cartão com seu número para caso mudasse de ideia. Porém a preguiça é tão forte que seria difícil isso acontecer aparentemente.

    Algumas poucas horas se passaram e era hora de voltar para casa. Dirigindo em seu carro, podia ouvir sua música favorita (OFF: Você que definirá essa música), nada melhor como uma música de qualidade, diferente do detestável funk, porém, exaltado com a música, assustou-se quando uma moto bateu na lateral a direita do Alexandre de seu carro durante um cruzamento. O carro ficara bem danificado na região atingida, mas o médico fica ileso, enquanto o motoqueiro estava caído sobre a frente de seu veículo, estava imóvel e todo coberto por roupa de couro, não sendo possível distinguir quem era e como estava de longe.

    Sua música continuava tocando.
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    Mensagem por Leomar Qua Fev 12, 2020 11:22 pm

    Alexandre ia dirigindo e passando as músicas do pen drive.

    Sarah Brigthman, Taylor Davis, Thomas Bergersen, Lauren Aquilina... Ele começa ouvir suas preferidas, mas estava difícil achar uma que lhe tirasse a impressão ruim daquele dia.

    Mozart... Felicia Farerre... Ivan Torrent... Tinha várias músicas que ele gostava, mas nenhuma estava lhe agradando no momento. Então começa tocar uma de Smith & Dragoman, não era a mais animada do pen drive mas lhe acalmava. Ele vai cantando, acompanhando a música:



    - And how they tried to conquer what they could not understand
    And how their hearts were blinded for He was more than a man


    (E eles tentaram conquistar, o que não conseguiam entender
    E como seus corações estavam cegos, pois Ele era mais do que um homem)

    Sim, aquilo lhe acalmava. Mas neste momento uma moto bate do lado do carona. Alexandre soca o pé no freio instintivamente.

    - Maqueporreéssa?!!!!

    Por dois segundos ele fica assustado, a primeira coisa a pensar é "eu furei o sinal? Não, tenho certeza que estava aberto pra mim. Ou não estava?"

    Mas os pensamentos vem em turbilhão, e ele não se permite ficar em choque, se livra do cinto e sai do carro.

    - Cara! Você está bem? - Se aproxima do motoqueiro, provavelmente o imprudente foi ele, Alexandre nunca furava sinais vermelhos (quase nunca), mas preocuparia com isto depois de ver se ele estava bem.

    "Ou será que eu não vi o sinal?"
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