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    Ventos Uivantes

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    Ventos Uivantes Empty Ventos Uivantes

    Mensagem por Wordspinner Qua Set 08, 2021 11:55 am

    Tribo Ventos Uivantes - Urmatha Kuth


    Não, ele não acabou de sair pela porta dos fundos do restaurante. Eu sei que é o que cê tá vendo. Olha de novo, tá vendo? Neve fresca escorrendo do cabelo, pés molhados e cheiro de pinheiro saindo da cozinha do mexicano? Toda noite é igual. Quer ouvir a história dele? Tudo bem, é só pegar o cara antes dele desaparecer no metrô da rua dois. E eu? Eu pego ele na outra saída, não esquenta, o resto da alcateia já tá esperando a gente. É fácil quando você sabe pra onde a presa vai correr.

    Você é um predador novo feito de fúria ancestral e a fúria não conhece limites. Como um lobo espreita entre as árvores na noite fria você espreita as fronteiras, claro e escuro, percebido e oculto, certo e errado. Você vê todas elas e as quebra como precisar, nenhuma delas fica no seu caminho, como  o Pai não espera permissão e como a Mãe muda quando precisa. Você observa e entende presas que seus irmãos conseguem acompanhar se é que as percebem. A, mas a caçada é especial e sagrada. Só as presas mais inalcançáveis merecem o Siskur-Dah e o que é mais difícil de pegar que os monstros que se escondem fora do mundo?

    Os Ventos Uivantes são exploradores obsessivos se afundando na sombra tanto quanto qualquer outro lugar ainda mais estranho atrás de novos caminhos e entendimento. Eles entendem as leis e limites que governam o mundo e as violam e transgridem, toda segurança é uma ilusão para suas presas. Qualquer ambiente é uma ferramenta para ser usada, das luzes brilhantes de Nova York aos templos de Bangladesh, nada é um obstáculo que os dá pausa e a muito tempo eles fizeram um juramento: “Não permita a nenhuma fronteira ser santuário para sua presa.”

    Pergunte a qualquer outra tribo sobre os Ventos Uivantes e eles têm sempre algo inflamado a dizer. “Eles correm e caçam e fazem inimigos como se não fossem estar vivos amanhã.” Diz o Senhor da Tempestade com os olhos no futuro. “Eles abrem caminhos fechados a tempo demais para se lembrar a razão das trancas” Diz o Sombra Descarnada seguindo seus rastros. “Para eles, tudo é sagrado se tiver sido tocado pela presa.” O Que caça nas Sombras atrás das suas linhas. “Eu vejo o sangue do pai correndo livre e o mundo mudou. Nada nunca mais será o mesmo.” O Mestre do Ferro se adaptando de novo. “Fora do meu caminho são meus irmãos, afundem as mãos demais em alguma corrupção e se tornam presas.” Diz o Garra Sangrenta afiando sua faca.

    Urmatha Kuth acreditam que ultrapassar os próprios limites é o único jeito de avançar e assumir seu lugar no universo. Nisso eles podem parecer se aproximar dos Farsil-Luhal ou mesmo os Iminir, mas Rorkrih-Ur os impele a ultrapassarem a si mesmos e não julgar as mudanças do mundo ou imitar a glória de Urfarah. De fora podem parecer violadores inconsequentes, nada poderia estar mais distante da verdade. Eles percebem limites que as outras tribos ultrapassam sem nenhuma consciência ou julgamento.
    Ventos Uivantes colocam a caçada acima do conforto próprio e dos seus pares, tanto nas suas transgressões quanto nas suas alianças. Afinal, melhor tirar seus irmãos de seu conforto que assistir eles serem usados e devorados por inimigos que nem sabem de onde vem. Eles exploram onde outros não vão em busca de presas ignoradas ou estranhas demais para os outros e qualquer coisa que sirva para destruí-las, até mesmo criaturas ainda mais estranhas.


    O Primogênito



    Os Ventos Uivantes seguem Rorkrih-Ur o mais tenaz dos filhos de Pai Lobo, que também chamam de Devorador de Estrelas ou Lobo Solar. O que nem sempre cai bem com as outras tribos da lua. Só mais uma barreira que não vai se desculpar por atravessar, o Rorkrih-Ur caça sem arrependimentos e também os urathas a quem ele empresta seu conhecimento.

    Essa história é verdadeira. Quando Urfarah ainda corria pelo mundo Rorkrih-Ur não se conformava com caçar as planícies e montanhas. Ele afundou no mais profundo abismo e encontrou presas novas, mas sentia falta da Lua, falta do Sol, falta de luz. Quando voltou ele via as pressas dos seus irmãos como desinteressantes e incapaz de desistir ele aprendeu os caminhos que levavam ao Sol e a Lua antes do fim do paraíso dos caçadores. Lá, entre as estrelas ele caçava sem olhar para trás. Cortejava a lua. Cortejava o Sol. Tão distante e entregue a caça que não viu a morte de Urfarah, não viu o mundo mudar e ficou preso no firmamento.

    Essa história é verdadeira. Muito depois da morte de Urfarah, uma estrela caiu do céu e queimou seu caminho entre um mundo e o outro. Farsil Luhal olharam a coisa nova e disseram que deveria ser destruída, Hirfathra Hissu vasculharam seus segredos e não encontraram resposta, Mennina sentiram seu cheiro e começaram a caçar, Iminir ponderaram seu lugar e souberam que todos tinham que caçar, porém Suthar Anzuth e a sua força somada a dos quatro não foi o bastante. A presa persistia. Espalhava sua presença como a praga. Um lobo pálido como a lua cheia se arriscou dentro do que lugar que era a presa e emergiu de seu coração com a vitória nas mãos quebradas e o nome do Devorador de Estrelas nos lábios partidos. O que ele jurou no escuro fora do mundo é que o juramos hoje “Não permita a nenhuma fronteira ser santuário para sua presa.”  

    Essa história é verdadeira. Tem coisas lá fora. Fora de tudo. Uma mãe sombria que pariu todos os medos, um deus impossível tentando controlar tudo, leviatãs cósmicos querendo devorar o sol e você nem imagina o que, mas cedo ou tarde essas coisas batem na sua porta. Uma alcatéia na Sibéria guardava a porta que separava um outro lugar fodido assim, eles passaram anos ouvindo as coisas do outro lado e esperando. O lua nova deles fazia todo tipo de esforço para entender, noites em claro e anotações nas paredes. Loucura. Mas o alfa mandava largar aquilo, ignorar essa corrupção borbulhante. O cara levou o que tinha e foi pedir ajuda, ele achava que ia acontecer algo e logo. A mensagem repetida todos esses anos era um pedido de ajuda e no fim um aviso, um deles cheirava a maeljin. Preciso dizer que o cara voltou e não tinha mais alcateia? Os ossos ainda tavam lá e a porta fechada pra sempre. O que isso quer dizer? Sei lá, tá cheio de coisa bizarra aí fora, ou algo assim.

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    A Presa



    Os Ventos Uivantes precisam caçar a presa mais perigosa de todas: Os ocultos. Eles estão bem debaixo dos narizes dos outros urathas. Bem na cara dos irmãos e invisíveis, eles escapam entre os dedos. Suas ações e seus planos seguem sem oposição por não serem percebidos até ser tarde demais.

    Muitas vezes isso os põe em confronto com os Mestres do Ferro que caçam tudo que se esconde entre os humanos. Os Ventos Uivantes não tem nenhum problema em colaborar, eles até preferem lutar juntos com seus irmãos e apontar para eles os perigos ocultos no que eles acreditam ser seguro. Magos elusivos com suas tramas de poder podem causar destruição e tragédia, pior ainda as entidades com quem eles tratam em mundos além carne e do espírito. As estranhas cortes e lugares das fadas podem parecer inofensivos e distantes demais, mas seus contratos tem poder real. Entidades de aço vivo invisíveis aos olhos urathas tramam e controlam e estendem suas correntes por todos lados.

    Eles caçam seus inimigos não só pelos crimes que cometem, mas pelos segredos que possuem e poderes que exercem. O mundo da carne não foi feito para ser dominado pelo segundo mundo e nem por nenhum outro. Se o rebanho se torna marionete de forças ocultas se tornam ainda mais perigosos, uma arma a ser empunhada. Há mais que só sofrimento e perigo a ser conquistado, tempos estranhos formam curiosas alianças e nem tudo que existe fora do conforto uratha é incompatível e hostil.
    Sua aptidão com as presas nada usuais já fez mais de um cão nefando amaldiçoar sua existência e mais de um Garra Sangrenta disputar violentamente uma presa tão rara. Por isso mesmo Os Ventos Uivantes não se intimidam com fronteiras e não permitem que fiquem no seu caminho. Como sempre com urathas, a violência está sempre perto.


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    O Indivíduo


    Apelidos: Atravessadores(entre os destituídos), Transgressores ou Capacetes de alumínio (pejorativo), Desbravadores (dentro da tribo)

    Conceito: Investigador do oculto, diplomata do submundo, alfa inovador, arqueólogo da Sombra, aliado de pesadelos.

    Dons: "Fervor", "Insight", "Evasion"
    Renome tribal: Pureza

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    Reuniões


    Desde que eram um lodge os Ventos Uivantes se reunem com os conspiracionistas e cultos humanos. Suas presas muitas vezes estão exatamente nesses lugares e entre essas pessoas. Além disso eles procuram locais que estimulam a curiosidade humana como pirâmides, Stonehenge, ruinas, cidades abandonadas e cavernas exóticas. Como qualquer uratha eles trocam histórias, rumores e favores.

    Esses encontros parecem aleatórios e são marcados e divulgados com códigos secretos e muitas camadas de mistérios. Na Asia as cidades abandonadas e os foruns de conspiração na internet são os mais populares e as reuniões são muito informais onde se negociam todo tipo se propriedade. Na América do Norte as convenções de quadrinhos e vídeo games são disfarces perfeitos e inesperadamente os pregões e as casas de câmbio também.

    Na Europa a tribo é muito ativa e seus acordos com outras criaturas são antigos e complicados. Tablóides e jornalecos mentirosos são sua forma mais comum de comunicação. Sempre atrás de um ângulo, sempre atrás de um novo caminho a explorar. Os Ventos Uivantes negociam sem parar uns com os outros como grandes feiras e leilões.

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    Na Caçada


    Durante a caçada os Ventos Uivantes são focados e cuidadosos. Planejadores dedicados e perseguidores que não desistem. Cobram todos os favores que tem em estoque e fazem tudo que podem para controlar o ambiente da presa e atacar de forma inesperada com força imparável. Muitas vezes a ignorância que faz de suas presas perigosas é uma arma que usam contra elas. Muitas vezes a presa não percebe o quanto suas ações ou existência  estão intoxicando a Sombra ou o mundo da carne. Os Ventos Uivantes não tem obrigação nenhuma de avisá-los, e sim de proteger suas fronteiras.
    Sua tenacidade e determinação mantém a tribo atrás de suas presas elusivas contornando seus poderes inesperados e atalhos curiosos e muitas vezes impossíveis para os urathas. Os Ventos Uivantes não desistem de suas presas por nada, exceto talvez para as ver destruídas por outros destituídos. Eles podem assumir riscos e ultrapassar limites em suas caçadas ainda mais que fazem na no seu cotidiano, mas o fazem deliberadamente e com consciência.

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    Fora da Caça


    Uma tribo de desbravadores determinados a proteger seu legado caçando perigos ignorados, menosprezados ou invisíveis as outras tribos. Eles são impelidos a descortinar segredos e olhar debaixo de tapetes, ultrapassando limites e formando conexões enquanto negociam qualquer vantagem que podem para próxima caçada.
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    (C) Ross

      Data/hora atual: Qui maio 02, 2024 9:32 am