Ethan Smith

Ao passar pelos policiais, Ethan os cumprimentou com um aceno de mão, seguido por um manear com a cabeça. Olhou casualmente para dentro dos carros e para as casas próximas.

Ver as viaturas ali estacionadas, com policiais a toa e sem se importarem com o transtorno que causavam naquela área da cidade, fez Ethan acreditar que a instituição estava sendo usada com finalidade política. E isso aumentou seu receio quanto a fidelidade das investigações quanto ao desaparecimento de Chrystian.

Ao sentir o corpo arrepiar, fechou o casaco, e deu dois tapinhas do lado que havia guardado a caixa, assegurando-se que ela ainda estava lá.

Com as vias interditadas, decidiu seguir caminhando até o hotel.

Talvez algo anormal até pudesse estar acontecendo, mas não seria em um local como aquele que descobriria sobre qualquer tipo de anormalidade.

Ele então bebeu mais um gole de água e pagou pela garrafa. Quando estava indo para a porta do local, o homem aue antes estava comendo torta disse para o outro:

- Tudo isso de policial por conta da explosão? E tudo aquilonde ruas fechadas… isso não só deve estar deixando o trânsito caótico mas também é um exagero… até parece atentado terrorista…

E um outro homen disse:

- Será mesmo que isso não é um atentado terrorista!?

Infelizmente Ethan estava quase saindo do local já, mas antes de cruzar a porta conseguiu ouvir essa pequena conversa entre os dois homens e depois sair e prosseguir talvez o seu caminho para o hotel onde estava hospedado.

Andando um pouco pelas ruas ele ainda podia ver que havia uma agitação de policiais e viaturas…

A suposição feita foi algo bem típico de alguem de mais idade com a típica mentalidade de um telespectador assíduo de jornais e programas sensacionalistas, onde tudo sempre termina em tragédia e ataques.

Aquela suposição deixou Ethan confuso e hesitante de para onde ele iria, tanto que chegou a ir no sentido do hotel, depois deu meia volta e pensou em ir em direção ao museu mas ficou dividido mais uma vez, sem falar que estava carregando algumas coisas, Será que era seguro?

Depois de pensar um pouco decidiu então focar na investigação do sumisso do amigo e seguiu para seu destino original, de volta para o hotel, pelo menos era o que ele planejava.

Felizmente ou não, sua curiosidade venceu e ele foi levado de qualquer forma na direção do museu, o coração de toda aquela agitação.

Chegando lá, ele viu um grande e tumulto de pessoas na calçada. Polícia e bombeiros estavam para todos os lados pois algo havia acontecido na porta do museu. Havia muita fumaça e pessoas tossindo, cobrindo seus narizes com pedaços de pano ou até mesmo suas roupas, enquanto pessoas que saiam do museu eram atendidas com falta de ar e alguns até com leve ferimentos de quem havia caido e se machucado em meio ao corre corre do local, mesmo com as autoridades tentando fazer o possível.

Havia grande agitação seguido por um tumulto depessoas da calçada do lugar. Ethan tentou prestar ajuda da melhor forma possível, ajudando inclusive algumas a se dirigirem para as ambulâncias em caso de ferimentos e até mesmo dificuldade para respirar por conta da fumaça. Era um cenário perigoso até mesmo para ele, pois cedo ou tarde poderia acabar se ferindo ou se intoxicar com toda aquela nuvem de fumaça.

Pessoas passavam correndo, vez ou outra esbarrando nos braços de Ethan com força enquanto ele tentava fazer o que podia. Provavelmente cedo ou tarde poderia ganhar alguns roxos com os encontrões que levava.

A nuvem de fumaça vinha do carro em chamas na frente do local, que fazia com que os bombeiros lutassem com as altas labaredas que pareciam não ter fim. Era impossível a fumaça não acabar entrando no museu fazendo com quem lá estava saísse as preças.

Se ela observasse bem, a fumaça era de cor preta bem escura, que mesmo naquela noite se distinguia com relação ao tom de azul do céu...

Ethan estava certo sobre os materiais que poderiam entrar em combustão e gerar aquele tipo de fumaça, mas como se tratava de um carro em chamas na porta do museu a fumaça se espalhava e ia para todos os lados, desde entrar no próprio museu como também afetar outras casas ao lado e também as pessoas que passavam pela rua, causando todo aquele cenário.

Assim que se aproximou do policial, entrou no espírito de investigador que era, tentando parecer que estava calmo e tranquilo apenas fazendo o seu trabalho e questionou sobre os indícios de tudo aquilo, mas o policial deu de ombros, pois infelizmente não sabia de nada e aquele tipo de coisa poderia ter sido desde acidental até premeditado mas quem poderia responder à ele só estava chegando naquele momento, a equipe de bombeiros.

Quatro homens saltaram do carro rapidamente, um deles foi verificar se havia espaço o bastante para trabalharem enquanto outro começava a desenrolar a mangueira, outro conectava a mangueira em um hidrante do outro lado da rua e o último ajudava também com a mangueira, afinal a água iria fazer muita pressão na hora da saída e uma pessoa só não consegue normalmente segura-la.

Até que os bombeiros conseguissem extinguir aquele fogo para então se poder analisar a causa, não haveria resposta alguma...

Off: kkkk... adorei o comentário...

A decisão de Ethan foi sábia, ainda mais porque cedo ou tarde as informações iriam aparecer no lugar certo e na hora certa. Aquele não era o momento ideal para se envolver demais, já que carregava algo consigo que merecia um pouco de cuidado e atenção e provavelmente ele teria isso quando chegasse ao hotel.

Como estava decidido a não fazer mais paradas e simplesmente seguir ao hotel a pé, chegou lá após 15 minutos de caminhada graças a bagunça que o evento causou. Chegando no prédio, subiu para o seu quarto como sempre fazia e chegando lá...

OFF: Fique a vontade para continuar com seus próximos passos...

Ethan cumprimentou o porteiro com um boa noite gentil e passou pelo hall de entrada do hotel. 

O dia tinha sido longo. Toda a manhã e parte considerável da tarde foram consumidas dentro da delegacia, onde tinha ido atrás de informações sobre o paradeiro de Chrystian. Ser represtante de uma autoridade externa, via de regra, não o fazia ser bem recebido. Formalmente, era. Mas olhares, entonação da voz, uma ou outra espera prolongada, evidenciavam a falta de esforço dos homens da lei em querer ajudar. Ethan não os culpava. Mas teria que conseguir identificar o que era mero desconforto de ter um estranho xeretando o seu trabalho e o que era omissão proposital para manter segredos guardados.

Nesse sentido, enquanto esperava o elevador chegar até o andar do seu quarto, cogitava formas de criar vínculo com alguns dos policiais. Convidar-se para o happy hour certamente não funcionaria.

Já dentro do quarto, deixou o casaco em cima de uma cadeira qualquer. Certificou que a porta estava trancada e não delongou para pegar o objeto encontrado no apartamento do amigo.

Levou a caixa de madeira até o sofá. Analisou os botões de números e letras, esforçando-se para lembrar de detalhes da vida do amigo e encontrar particularidades, como data de nascimento, aniversário de casamento, uma promoção na carreira, que pudessem servir de senha.

Off: Posso fazer um teste de inteligência ou raciocínio + investigação, para tentar algumas senhas?

Raciocínio + Investigação:
Xafic Zahi efetuou 7 lançamento(s) de dados (d10.) :

4 , 5 , 10 , 6 , 10 , 5 , 2

O dia havia sido longo e não muito agradável pois ainda haviam muitos que no quesito de trabalho faziam picuinhas e dificultavam o serviço do novato ou simplesmente de qualquer autoridade externa. Ou você tinha contatos poderosos que ajudavam as coisas se resolver da maneira mais fácil ou acabava ficando perdido e Ethan não era alguém com contatos poderosos. O que será que ele poderia fazer para essa siatuação melhorar um pouco?

Criar vínculos com aquele grupinho de policiais matutinos parecia missão impossível, pois os burburinhos entre os investigadores era casos especiais e certas informações eram de responsabilidades dos investigadores do período da noite.

Quando entrou no seu apartamento, se certificou que a porta estava bem trancada e então começou a trabalhar naquela caixa de madeira. Viu que era necessário uma espécie de senha com letras e números para abrir aquela caixa. Haviam infinitas possibilidades  mas parecia que além de ser muito inteligente, conhecia muito bem o amigo falecido então após poucas tentativas, ele conseguiu abrir a caixa simplesmente usando as iniciais do seu nome e sobrenome e o ano que ele e o amigo se conheceram. Será que aquele caixa tinha sido deixada exclusivamente para Ethan ou será que outros saberiam também dessas informações a ponto de abri-la?

OFF: Eu esperava mesmo que fizesse isso ^^

Um micro sorriso se formou no rosto de Smith quando acertou a combinação. Entendeu que a senha era um indicativo que Chrystian contava com ele e não o estava decepcionando, mas no segundo seguinte voltou a se concentrar, sem deixar espaço para curiosidade ou expectativa.

Segurou firme a caixa com uma das mãos e, com a outra, buscou por algo dentro dela.

Quando abriu a caixa encontrou alguns pedaços de uma foto rasgados alí dentro, papéis em branco, ouros com uma ou outra letra que pareciam que poderia formar um nome e bem no fundo daquela caixa havia uma arma ligeiramente desmontada.

Parecia que a arma havia sido feita a mão, sob medida e tinha uma tamanho relativamente pequeno,  o que tornava fácil de carrega-la escondida. Ela estava dividida em pedaços de tamanhos diferentes e um dos pedaços era o mais interessante de todos, pois parecia existir uma espécie de fio que deveria funcionar como a corda de um estilingue naquele dispositivo.

Se Ethan tirasse os pedaços de dentro da caixa veria já o fundo coberto por um tecido vermelho de camurça, mas parecia que aquela caixa estava um pouco menor do que o que aparentava ser pelo lado de fora.

Haviam muitas coisas ali. Por onde Ethan iria começar?