7 de Janeiro de 2089
Costa Bárbara, Mar Mediterrâneo.
Costa Bárbara, Mar Mediterrâneo.
O negócio estava quase fechado, o Sr. Azarov estava de frente com Lativ Dzagoyev, um dos mais influentes membros da Vory v Zakone, a mais bem sucedida mafia da atualidade, os russos estavam "anos luz" a frente do resto do mundo no que se refere a crime organizado, suas raízes estavam impregnadas no cenário político e econômico Russo, e nos vários outros países Pró-Russia. Azarov sabia que não poderia bobear com sua fortuna, seu jogo era jogado de maneira cautelosa, seu império bilionário era feito um castelo de cartas e qualquer vento poderia derrubar, seu elo com a mafia russa era frágil e puramente econômico, afinal de contas, o "Boom" econômico que alavancou as ações da A&A foram orquestrado pela própria mafia, Azarov devia sua fortuna ao crime organizado.
Azarov era detentor do "Império" A&A, a maior corporação russa no ramo de melhorias, e uma das trinta maiores do mundo, as chinesas Haima e MG, e a Australiana Corceps eram as três maiores corporações do ramo. O mercado oriental de melhorias era muito superior ao ocidental, os chineses eram um grande problema para a A&A, estavam praticamente em todos os lugares, eram detentores da metade do mercado, por isso o apoio russo que Azarov tinha era tão importante e não poderia ser jogado fora.
A transação que estava sendo feita dentro do Navio cargueiro Kapitan iz peska finalmente é terminada, Dzagoyev e Azarov assinam o contrato, a carga de melhorias militares A&A poderiam partir para a problemática Crimea, que a mais de 70 anos fazia parte do território russo.
O Kapitan iz peska seguia viajem, o navio que havia saído de Santos, no Brasil, havia passado pelo Estreito de Gibraltar e adentrado o Mediterrâneo a poucos minutos. Nada de anormal havia acontecido, Azarov e Dzagoyev discutiam sobre assuntos paralelos com mais alguns de seus funcionários e sócios na cabine luxuosa do navio, enquanto jogavam o bom e velho truco. O parceiro de Azarov no truco era Zlatan Gustafsson, um imigrante sueco que trabalhava para Azarov, o rapaz era um promissor diplomata, mas blefava demais no truco. - Truco! Fala Gustafsson, e logo o clássico e estremecedor - SEIS!!! é gritado pela dupla do Dzagoyev.
O jogo era um ótimo passa-tempo e o navio viajava rapidamente pelo mar, mas aquele dia não era um dia comum de negociação onde Azarov entregava a mercadoria, recebia os créditos e voltava mais rico para casa, definitivamente não era. O alarme de incêndio começa a soar no navio, mas nenhuma voz saiu dos auto-falantes, todos os que estavam dentro da cabine começam a olhar um para o outro, estavam em dúvida sobre o quê fazer, alguns funcionários e capangas de Dzagoyev começavam aos poucos a sacar suas armas, sem saber se era o caso de usa-las, o clima fica cada vez mais tenso dentro da cabine a cada segundo que nada era dito pelo rádio do navio. Azarov tinha dois helicópteros particulares acompanhando o navio cargueiro, mas nenhum deles tinha contatado o Magnata, o quê lhe faz pensar que pelo menos no exterior do navio, tudo estava normal.
Demorou até que finalmente um dos capangas de Dzagoyev abre a porta da cabine para averiguar o que estava acontecendo. - Tá pegando fogo! FOOOOGOOO!